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Pianola Metrostyle é um instrumento inventado em 1901 por Francis L. Young e fabricado pela Pianola Aeolian Company. Representa um marco significativo na história dos instrumentos musicais e do entretenimento doméstico no início do século XX. Ela destaca-se como um tipo específico de piano mecânico comercializado com grande sucesso, tornando a reprodução musical complexa acessível a um público mais amplo.

Características e Funcionamento:

Mecanismo Pneumático: A Pianola Metrostyle opera através de um complexo sistema pneumático. Em vez de um pianista humano tocar as teclas diretamente, o som é produzido pela ação de martelos que golpeiam as cordas do piano. Esses martelos são controlados por ar pressurizado, que por sua vez é regulado por um rolo de papel perfurado.

Rolos de Papel Perfurado: A “partitura” da música reside em longos rolos de papel. Esses rolos contêm uma série de perfurações (furos) estrategicamente posicionadas. À medida que o rolo é alimentado através de um mecanismo dentro da pianola, o ar passa através dessas perfurações.

Ação das Perfurações: Cada perfuração no rolo corresponde a uma nota musical específica ou a uma função do piano (como o pedal de sustentação). Quando uma perfuração passa por um “leitor” pneumático, permite a passagem de ar para um pequeno fole ou mecanismo correspondente àquela nota. A expansão e contração desses foles acionam alavancas e martelos, que finalmente atingem as cordas do piano, produzindo o som.

Metrostyle: A Expressão Interpretativa: A grande inovação e o ponto chave do sucesso da Pianola Metrostyle residiam no seu sistema “Metrostyle”. Diferentemente de outros pianos mecânicos da época que reproduziam a música de forma puramente mecânica e sem nuances interpretativas, o Metrostyle oferecia um grau de controle expressivo.

Linha de Tempo Metrostyle: Os rolos Metrostyle continham uma linha impressa que representava o tempo musical. Um ponteiro móvel no painel da pianola indicava essa linha.
Marcações de Expressão: Intérpretes e compositores criavam arranjos especiais para os rolos Metrostyle, marcando a linha de tempo com indicações de dinâmica (forte, piano, etc.), tempo (rápido, lento) e outras nuances expressivas.
Controle Manual: O utilizador da pianola podia seguir o ponteiro e ajustar manualmente uma alavanca ou pedal para acelerar ou desacelerar o rolo, e outra para controlar o volume (a intensidade do ar que acionava os martelos). Isso permitia ao “pianista” adicionar sua própria interpretação à música gravada no rolo, tornando a experiência mais envolvente e artística.
Gabinete e Design: As pianolas Metrostyle eram frequentemente alojadas em gabinetes de madeira elaboradamente decorados, refletindo os estilos de mobiliário da época. Eram consideradas peças de mobiliário de destaque nas casas da classe média e alta.

Repertório: Uma vasta gama de rolos Metrostyle foi produzida, abrangendo desde música clássica e ópera até canções populares e música de dança da época. Isso permitiu que as pessoas desfrutassem de uma ampla variedade de música em suas próprias casas, sem a necessidade de um pianista habilidoso.

A Pianola Metrostyle desempenhou um papel crucial na disseminação da música no início do século XX. Ela democratizou o acesso à música, permitindo que famílias ouvissem performances de alta qualidade no conforto de seus lares. Além disso, preservou interpretações de músicos da época em seus rolos.

Pianola Metrostyle

Pianola Metrostyle do Museu Nacional da Música, ft MNM

Reciclanda, instrumentos sustentáveis

Reciclanda, música e instrumentos para um planeta sustentável

Reciclanda é um conceito musical inovador que contribui para o cumprimento dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e das metas de reciclagem de embalagens, promovendo a sustentabilidade desde idade precoce até idade avançada através da reutilização musical, com sessões, oficinas, formações e exposições. Promove o desenvolvimento global, a inclusão e a reabilitação a partir de eco-instrumentos, do ritmo, do jogo e das literaturas de tradição oral.

Corneta é um aerofone que tem os nomes de cornetto em Italiano, cornet à bouquin em Francês, cornett em Inglês, zink em Alemão e Neerlandês, sinka ou zinka em Sueco, sinkki em Finlandês, e cink em Checo e Húngaro. É um aerofone conhecido na Europa desde a Idade Média que foi popular entre 1500-1650. É um instrumento recurvo e de seção cónica internamente. Consiste num tubo feito de madeira, marfim ou ebonite.

Historicamente, foi utilizado na igreja juntamente com a sacabuxa para dobrar o coro.

O termo designa outros instrumentos, incluindo com finalidades não musicais como a corneta usada antigamente em Abela e concelho de Santiago do Cacém para reunir trabalhadores de uma herdade.

Corneta

Corneta, Museu do Trabalho Rural, Abela, Santiago do Cacém

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  • Aerofones antigos
Corneta, cornet à bouquin, Eva Godard, Philharmonie de Paris

Corneta, cornet à bouquin, Eva Godard, Philharmonie de Paris

Cittern é um instrumento de corda dedilhada tradicional da Europa que foi popular entre os séculos XVI-XVIII, derivado da cítola, um instrumento similar dos séculos XIV-XV.

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  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Instrumentos da Renascença
Cittern, A carta de amor, Johannes Vermeer, pormenor

Cittern, A carta de amor, Johannes Vermeer, pormenor

Sudrophone é um aerofone do grupo dos metais originário de França (Europa).

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  • Instrumentos de sopro
  • Sopros de metal
Sudrophone, grupo dos metais

Sudrophone, grupo dos metais

Quinticlave é um aerofone de família dos instrumentos de metal, da família do oficleide.

Quinticlave, alto ophicleide, grupo dos metais

Quinticlave, alto ophicleide, grupo dos metais

Cervelas (também chamado rackett ou fagote de salsicha é uma família de instrumentos de sopro de palheta da Renascença e do Barroco. Foi introduzido no final do século XVI e substituído pelos fagotes no final do século XVII.

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  • Instrumentos de sopro
  • Instrumentos da Renascença
Cervelas, Renascença

Cervelas, Renascença

 

Cromorne (cromorno) designa um instrumento de sopro de palheta dupla recorrente no período renascentista.

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  • Instrumentos do renascimento
Cromorne soprano

Cromorne soprano

Glass harmonica, glass armonica, glass harmonium, bowl organ, hydrocrystalophone, armonica ou harmonica são termos ingleses para harmónica de vidro, idiofone de fricção criado por Benjamin Franklin em 1761. É constituído por uma série de taças de vidro de diferentes tamanhos. Mozart, Beethoven, Martini, Hasse, Galuppi, Jomeli e Glinka compuseram para harmónica de vidro.

O instrumento consiste numa série de taças de vidro de diferentes tamanhos, cada uma afinada para uma nota específica. Estas taças são montadas horizontalmente num eixo que é parcialmente submerso em água.

Para tocar a harmónica de vidro, o músico humedece os dedos e toca nas bordas das taças enquanto o eixo gira, produzindo um som cristalino e melancólico através da fricção do vidro molhado. O tamanho da taça determina a altura do som: taças maiores produzem sons mais graves, enquanto as menores emitem sons mais agudos.

A invenção de Franklin tornou o instrumento mais prático e com maior controlo expressivo em comparação com métodos anteriores de tocar taças de vidro individuais. A disposição das taças permitia ao músico tocar acordes e melodias complexas com relativa facilidade.

A sonoridade única e hipnotizante da harmónica de vidro cativou compositores da época clássica, incluindo Mozart, Beethoven, Martini e outros, que escreveram peças especificamente para este instrumento. Apesar da sua beleza sonora e popularidade inicial, a harmónica de vidro gradualmente caiu em desuso no século XIX, em parte devido a rumores (infundados) sobre os seus potenciais efeitos negativos na saúde dos músicos e à dificuldade na sua construção e manutenção.

No entanto, a harmónica de vidro tem vindo a ressurgir no final do século XX e início do século XXI, com músicos e compositores contemporâneos a redescobrirem o seu encanto sonoro único. O instrumento continua a fascinar pela sua beleza frágil e pela sua capacidade de evocar paisagens sonoras oníricas e delicadas.

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  • idiofone de fricção
  • Instrumentos obsoletos
Glass harmonica, harmónica de vidro

Glass harmonica, harmónica de vidro

Glass harmonium, glass harmonica, glass armonica, bowl organ, hydrocrystalophone, armonica ou harmonica são termos ingleses para harmónica de vidro, idiofone de fricção criado por Benjamin Franklin em 1761. 

Este instrumento único é composto por uma série de taças de vidro de diferentes tamanhos, cada uma meticulosamente afinada para produzir uma nota musical específica. As taças são dispostas horizontalmente num eixo rotativo, parcialmente imerso num recipiente com água.

A produção sonora ocorre através da fricção. O músico humedece os dedos e toca suavemente nas bordas das taças em rotação. A vibração resultante da fricção do vidro molhado gera um som puro, etéreo e melancólico, frequentemente descrito como celestial ou fantasmagórico. A altura do som é determinada pelo tamanho da taça: taças maiores ressoam em frequências mais baixas (sons graves), enquanto taças menores produzem sons mais agudos.

A inovação de Franklin representou um avanço significativo em relação às práticas anteriores de tocar taças de vidro individuais. A montagem das taças num eixo permitiu uma execução mais fluida e a possibilidade de tocar melodias e harmonias complexas com maior controlo dinâmico e expressivo.

A beleza e a novidade do som da harmónica de vidro conquistaram a admiração de muitos compositores do período clássico. Nomes ilustres como Mozart, Beethoven, Martini, Hasse, Galuppi, Jomelli e Glinka compuseram peças especificamente para este instrumento, explorando as suas qualidades tonais únicas e a sua capacidade de criar atmosferas musicais distintas.

Apesar do seu sucesso inicial e do apreço de figuras musicais proeminentes, a harmónica de vidro gradualmente perdeu popularidade no século XIX. Vários fatores contribuíram para o seu declínio, incluindo preocupações (largamente infundadas) sobre potenciais efeitos adversos na saúde dos músicos devido às vibrações do vidro e à dificuldade na produção e manutenção do instrumento.

No entanto, a harmónica de vidro tem experimentado um renascimento no final do século XX e no século XXI. Músicos e compositores contemporâneos têm redescoberto o seu timbre singular e a sua capacidade de evocar sonoridades delicadas e oníricas, garantindo que este engenhoso instrumento de Franklin continue a encantar ouvintes.

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  • Idiofones de fricção
  • Instrumentos obsoletos
Glass harmonium, harmónica de vidro

Glass harmonium, harmónica de vidro

Figle, também conhecido como oficleide, é um instrumento de sopro da família dos metais que floresceu no século XIX. Inventado pelo fabricante de instrumentos francês Jean Hilaire Asté (Halary) por volta de 1817 e patenteado em 1821, o figle foi concebido como um desenvolvimento do bugle de chaves, buscando estender seu alcance para as regiões mais graves e substituir o serpentão. 

Construído em metal, o figle possui um tubo cônico largo que se expande gradualmente a partir do bocal em forma de taça, semelhante ao trombone ou eufónio. Originalmente com nove chaves, alguns modelos posteriores chegaram a ter onze, cobrindo grandes orifícios de tom. A maioria dos orifícios de tom permanece fechada, abrindo apenas quando uma chave é pressionada, com exceção de um grande orifício perto da campana que normalmente fica aberto, atuando como a principal saída sonora quando as outras chaves estão fechadas.

É um instrumento de sopro do grupo 423 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de bocal (também chamado de palheta labial) em que os lábios do executante causam diretamente a vibração do ar.

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  • Instrumentos de bocal
  • Instrumentos inventados por Sax
  • Instrumentos inventados no séc. XIX
  • Instrumentos de palheta labial
Figle, sopros de metal

Figle, sopros de metal