Enciclopédia de instrumentos musicais do mundo

Piccolo, flauta piccolo ou flautim é um instrumento de sopro da orquestra da secção das madeiras em registo agudo. Apesar do seu tamanho compacto, o piccolo possui um registo agudo brilhante e penetrante, capaz de se destacar mesmo nos momentos mais densos da música orquestral.

Construído geralmente em metal, madeira ou plástico, o piccolo partilha o mesmo princípio de funcionamento da flauta transversal, com orifícios que são abertos e fechados pelos dedos para produzir diferentes notas. No entanto, o seu tubo mais curto resulta numa tessitura significativamente mais alta, frequentemente soando uma oitava acima da flauta transversal padrão.

O piccolo é frequentemente utilizado para adicionar brilho e intensidade ao naipe das madeiras, reforçando passagens agudas ou criando efeitos especiais vívidos e penetrantes. 

É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

ETIQUETAS

  • Instrumentos de sopro de aresta
  • Flauta de embocadura aberta
  • Família das flautas
  • Instrumentos da orquestra
Flautim em Dó

Flautim em Dó

timbales, tímpanos ou timpani, é um conjunto de tambores unimembranofones de forma hemisférica, feitos de cobre, com uma membrana no cimo da caixa que se afinam através de um pedal.

Em Cuba, o termo designa um par de caixas com revestimento de uma membrana em suporte tripé. Cada caixa tem associado um chocalho. O instrumento é utilizado na salsa e jazz latino.

Timbales LP

timbales LP

Tímpanos, timpani ou timbales é um conjunto de tambores unimembranofones de forma hemisférica, de grande porte, feitos de cobre, com uma membrana no cimo da caixa que se afinam através de um pedal. Têm corpo em forma de taça hemisférica e são tradicionalmente feitos de cobre polido. Uma única pele, esticada firmemente sobre a abertura superior de cada tambor, aguarda o toque preciso das baquetas. O que torna os tímpanos únicos e versáteis é o seu sistema de afinação por pedal.

Este mecanismo engenhoso permite ao percussionista alterar a tensão da pele de forma rápida e precisa, modificando a altura do som produzido. Assim, um conjunto de tímpanos, geralmente composto por dois a cinco tambores de diferentes tamanhos, pode cobrir uma ampla gama de notas graves e médias, oferecendo possibilidades melódicas e harmónicas dentro da percussão orquestral.

Os tímpanos são instrumentos de grande impacto sonoro, capazes de produzir desde um trovão profundo e ressonante até notas definidas e melodias suaves. São frequentemente utilizados para criar efeitos dramáticos, sublinhar momentos importantes da música e adicionar uma base rítmica poderosa. A habilidade do timpanista reside não só na precisão dos golpes, mas também na sua capacidade de afinar os tambores com rapidez e de executar passagens melódicas e rítmicas complexas. 

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida. 

ETIQUETAS

  • tambores percutidos
  • tambores de altura definida
  • Família dos tímpanos
  • Tímpanos

    Tímpanos

Bullroarer (rombo, o mesmo que bullroarer, ou turndun) é um zumbidor, da classe dos aerofones livres, designada pelo índice 41 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. É um antigo instrumento ritual e instrumento de comunicação no Paleolítico, encontrado nos cinco continentes com formas diferentes e usado ainda pelos aborígenes australianos.

Consiste numa peça de madeira comprido-oval cujo com um orifício onde está atado o fio que permite ao executante produzir som é produzido pelo atrito do objeto rodopiando contra o ar. Quanto maior é a velocidade do movimento giratório, maior é o volume e a altura do som.

Bullroarer, Austrália

Bullroarer, Austrália

É um zumbidor, da classe dos aerofones livres, designada pelo índice 41 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

ETIQUETAS

  • Categoria dos aerofones livres
  • Instrumentos começados por b

Chalumeau é um instrumento de sopro de palheta tradicional de França. É considerado um dos precursores do clarinete moderno. Ele foi amplamente utilizado na música barroca entre os séculos XVII e XVIII. O instrumento é feito de madeira e possui uma única palheta de cana que vibra quando o músico sopra ar no tubo.

O chalumeau tem uma extensão mais limitada em comparação com o clarinete, geralmente indo do Dó3 ao Dó4. A sua sonoridade é mais suave e menos brilhante. Inicialmente, o chalumeau tinha apenas oito furos, mas ao longo do tempo foram adicionados mais furos para aumentar a tessitura.

Muitas composições da época foram escritas especificamente para o chalumeau, e ele era frequentemente usado em conjunção com outros instrumentos da família dos clarinetes, como o clarone. No entanto, com o desenvolvimento do clarinete moderno, no século XIX, o chalumeau foi gradualmente abandonado em favor do novo instrumento, que possuía uma maior extensão e um timbre mais expressivo.

Hoje em dia, o chalumeau continua sendo utilizado em algumas músicas folclóricas francesas e em certas interpretações históricas de música barroca. É considerado um instrumento de valor histórico e é apreciado por músicos e colecionadores interessados na música antiga.

É um instrumento de sopro do grupo 422 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de palheta em que o músico sopra colocando a palheta em vibração.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais de França
  • Instrumentos de sopro de palheta
  • Família dos clarinetes
  • Instrumentos começados por c
Chalumeau, França

Chalumeau, França

Penny whistle, ou tin whistle (apito de lata), é uma flauta de metal tradicional da Irlanda, ocasionalmente de madeira, muito usada na música celta, escocesa e medieval.

Apesar do seu tamanho compacto e da sua aparente simplicidade, este aerofone possui um timbre doce e penetrante que se tornou inseparável da música celta, escocesa e até mesmo de interpretações de música medieval.

A sua construção é direta: um tubo cilíndrico com seis orifícios para os dedos e um bocal para soprar. A afinação é diatónica, o que significa que produz uma escala específica sem a necessidade de chaves complexas. A melodia nasce da combinação das aberturas e fechamentos dos orifícios pelos dedos do músico, juntamente com a modulação do sopro.

É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais da Irlanda
  • Aerofones de aresta
  • Família das flautas
Penny whistle

Penny whistle

Berimbau é um instrumento musical tradicionalmente utilizado na capoeira, uma arte marcial brasileira que combina dança, música e acrobacias. É composto por uma vara de madeira chamada baqueta, um arco feito de uma vara flexível de madeira ou metal e uma corda tensa de arame. O arame é prendido nas extremidades do arco e é apoiado em uma cabaça oca que serve como caixa de ressonância.

O berimbau é tocado segurando-se uma das extremidades do arco com uma das mãos, enquanto a outra mão segura a baqueta. Ao percutir a corda com a baqueta, é possível variar a altura do som produzido, pressionando-se a corda com o dedo da mão que segura o arco.

Além da capoeira, o berimbau também é usado em outras manifestações culturais brasileiras, como festas populares e músicas folclóricas. Existem diferentes tipos de berimbau, com tamanhos e afinações diferentes, cada um com seu próprio nome e função na capoeira. Os principais são o gunga, o médio e o Viola, que têm diferentes funções melódicas na roda de capoeira.

O berimbau desempenha um papel importante na capoeira, sendo responsável por marcar o ritmo dos movimentos e trazer energia para a prática da arte. Além disso, durante a roda de capoeira, os tocadores de berimbau cantam e improvisam versos que narram os acontecimentos e interagem com os jogadores de capoeira.

Situa-se no índice 31 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais (cordofones simples, compostos de cordas esticadas em um suporte). Estes instrumentos podem ter caixa de ressonância ou não: a sua falta não impede a execução do instrumento.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Brasil
  • Arcos musicais
  • Instrumentos começados por b
Berimbau, Brasil

Berimbau, Brasil

 

Bandolim é a designação portuguesa de um cordofone dedilhado de 4 cordas duplas de metal de origem napolitana e muito usado na Itália e com tradições próprias em Milão, Génova e Sicília.

Algo semelhante à guitarra no braço, cravelhas e trastos, o Bandolim é tocado com um plectro que belisca as cordas. O Bandolim é usado em Portugal e no Brasil.

A sua particularidade reside nas suas quatro cordas duplas de metal, afinadas em uníssono, que produzem um som brilhante e cheio de projeção quando beliscadas com um plectro (ou palheta). Esta técnica de execução confere ao Bandolim uma agilidade notável, ideal para melodias rápidas e ornamentadas, bem como para o acompanhamento rítmico.

Em Portugal, o Bandolim encontrou um lar acolhedor, integrando-se em grupos de folclore e em serenatas, onde a sua sonoridade límpida e alegre se destaca.

No Brasil, o instrumento também floresceu, marcando presença em estilos como o choro e a seresta, adicionando um toque melancólico e virtuoso às melodias. Seja nas serenatas italianas, nos grupos folclóricos portugueses ou nas rodas de choro brasileiras, o Bandolim encanta com a sua voz expressiva. 

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais de Portugal
  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Instrumentos começados por b
Bandolim

Bandolim

Baixo fretless é uma guitarra ou um baixo em que não há trastos (pequenas divisões de metal), muito popular no Jazz, Funk e R&B.

Sem os trastos para definir precisamente a altura das notas, o músico de baixo fretless desenvolve uma sensibilidade apurada no posicionamento dos dedos. Pequenas variações na pressão e na localização dos dedos ao longo do braço resultam em microtonalidades e glissandos suaves, um efeito de “deslize” entre as notas que confere um caráter vocal e melancólico ao instrumento. Esta capacidade de manipular o tom de forma contínua permite uma expressividade única, ideal para linhas melódicas sinuosas e para a criação de grooves com um toque especial.

Embora exija uma técnica precisa e um bom ouvido para a afinação, o baixo fretless recompensa o músico com uma sonoridade rica em harmónicos, com um timbre quente e aveludado que se destaca na mistura sonora. Nos géneros onde reina a improvisação e a liberdade expressiva, o baixo fretless torna-se uma ferramenta poderosa para criar linhas de baixo sofisticadas e emotivas, adicionando uma camada extra de profundidade e sentimento à música.

ETIQUETAS

  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Cordofones sem trastos
Baixo fretless

Baixo fretless

Piano vertical é um cordofone de tecla cujas origens remotas se encontram no saltério. A sua estrutura eleva-se verticalmente, ocupando menos espaço do que um piano de cauda, tornando-o uma escolha popular para ambientes domésticos e espaços de estudo.

Dotado de um teclado padrão de 88 notas, o piano vertical oferece uma vasta gama expressiva. As cordas internas, com diferentes espessuras e comprimentos, correspondem às diversas alturas sonoras. Ao pressionar uma tecla, um complexo mecanismo entra em ação: um martelo revestido de feltro é lançado para percutir a corda correspondente, produzindo o som. Imediatamente após o impacto, um abafador silencia a corda, cessando a vibração assim que a tecla é libertada.

Os pedais, geralmente dois ou três, oferecem um controlo adicional sobre a sonoridade. O pedal de sustentação permite prolongar o som das notas mesmo após as teclas serem soltas, enquanto o pedal suave (una corda) altera o timbre, produzindo um som mais delicado. O pedal central, presente em alguns modelos, tem funções variadas, como sustentar notas específicas. O piano vertical, com a sua versatilidade e menor exigência de espaço, democratizou o acesso ao universo sonoro do piano.

ETIQUETAS

  • Instrumentos de corda percutida
  • Pianos acústicos
Piano vertical Steinway

Piano vertical Steinway