Enciclopédia de instrumentos musicais do mundo

Tin whistle, também conhecida como pennywhistle, é uma flauta de metal tradicional da Irlanda, ocasionalmente de madeira, muito usada na música celta, escocesa e medieval.

A sua construção consiste num tubo cilíndrico com seis orifícios para os dedos e um bocal para soprar. A afinação é diatónica, o que significa que produz uma escala específica sem a necessidade de chaves complexas. A melodia nasce da combinação das aberturas e fechamentos dos orifícios pelos dedos do músico, juntamente com a modulação do sopro.

É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

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  • Instrumentos musicais da Irlanda
  • Aerofones de aresta
  • Família das flautas
  • Instrumentos começados por t
Tin whistle, flauta, Irlanda

Tin whistle, flauta, Irlanda

Timpani, tímpanos ou timbales é um conjunto de tambores unimembranofones de forma de taça hemisférica, feitos de cobre polido, com uma membrana no cimo da caixa que se afinam através de um pedal.

Cada um tem um pele, esticada firmemente sobre a abertura superior de cada tambor. O que torna os tímpanos únicos e versáteis é o seu sistema de afinação por pedal. Este mecanismo engenhoso permite ao percussionista alterar a tensão da pele de forma rápida e precisa, modificando a altura do som produzido. Assim, um conjunto de tímpanos, geralmente composto por dois a cinco tambores de diferentes tamanhos, pode cobrir uma ampla gama de notas graves e médias, oferecendo possibilidades melódicas e harmónicas dentro da percussão orquestral.

Os tímpanos são instrumentos de grande impacto sonoro, capazes de produzir desde um trovão profundo e ressonante até notas definidas e melodias suaves. São frequentemente utilizados para criar efeitos dramáticos, sublinhar momentos importantes da música e adicionar uma base rítmica poderosa. 

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida. 

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  • tambores percutidos
  • tambores de altura definida
  • Família dos tímpanos
Timpani, Javier Eguillor

Timpani, Javier Eguillor

Grande órgão é um imponente órgão de tubos que se destaca pelas suas dimensões, número de tubos, registos, foles, teclados e diversidade e potência sonora.

O órgão é aerofone de teclado constituído por muitos e diferentes tubos, um ou mais teclados e pedaleira, fole, someiro, manúbrios e outros elementos que permitem a chegada do ar aos tubos e a obtenção de sonoridades pretendidas. A origem do instrumento é atribuída a Ctesíbio, engenheiro mecânico de Alexandria, no século III a. C. É, por excelência, o instrumento da Igreja Católica.

O seu poder reside não apenas no seu tamanho físico, mas na vasta quantidade de tubos, registos, foles e teclados que o compõem, culminando numa diversidade e potência sonora impressionantes.

Os tubos, de diferentes materiais, formas e comprimentos, produzem diferentes timbres, alturas e intensidades quando o ar insuflado pelos foles os atravessa. Os numerosos registos permitem ao organista combinar diferentes grupos de tubos, criando uma paleta sonora inesgotável, desde sussurros delicados até explosões tonais avassaladoras. Os múltiplos teclados, tanto manuais quanto pedais, oferecem uma complexidade textural e uma capacidade contrapontística sem paralelo.

O grande órgão é frequentemente encontrado em catedrais, basílicas e grandes salas de concerto, onde a sua sonoridade rica e envolvente pode preencher o espaço com magnificência. A sua capacidade de sustentar notas por longos períodos, de criar crescendos dramáticos e de produzir harmonias complexas faz dele um instrumento singular, capaz de evocar tanto a grandiosidade divina quanto a profundidade das emoções humanas. 

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  • Instrumentos de tecla
  • Aerofones de teclado
  • Grandes órgãos
Grande órgão Georg Jann 1985 da Sé do Porto

Grande órgão Georg Jann 1985 da Sé do Porto

Corne inglês (Cor anglais, em Francês, English horn, em Inglês) é um aerofone de madeira de palheta dupla da família do oboé. Embora seja maior e mais grave que o oboé, a dedilhação é igual. Como acontece com o fagote e alguns tipos de saxofone, o instrumentista usa uma alça no pescoço para apoiar o suporte.

Ligeiramente maior que o oboé, com uma campânula bulbosa e um tudel curvo que sustenta a palheta dupla. Apesar da sua aparência distinta e do seu timbre mais grave e suave, a dedilhação do corne inglês é surpreendentemente similar à do oboé, permitindo aos oboístas explorarem a sua sonoridade única com relativa familiaridade técnica.

O seu registo mais grave confere-lhe uma doçura e uma profundidade que contrastam com o brilho do oboé, preenchendo o espaço sonoro com uma cor única. Compositores de diversas épocas exploraram a sua capacidade de expressar emoções líricas e melancólicas, conferindo-lhe momentos de destaque em passagens orquestrais memoráveis. 

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  • Instrumentos de sopro de palheta dupla
  • Instrumentos de sopro de madeira
  • Família do oboé
Corne inglês, aerofone de palheta dupla

Corne inglês, aerofone de palheta dupla

Viola, Viola d’arco, ou violeta, é um instrumento de quatro cordas e arco da orquestra, semelhante ao violino na aparência e no modo de tocar.

Apesar da semelhança visual e na técnica de execução, a maior dimensão da Viola d’arco confere-lhe uma sonoridade distinta. O seu timbre é mais doce, mais rico em harmónicos graves, possuindo uma qualidade melancólica e introspectiva que a situa num registo intermédio, preenchendo o espaço sonoro entre o brilho agudo do violino e a profundidade ressonante do violoncelo.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

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  • Instrumentos musicais em Portugal
  • Instrumentos musicais da orquestra
  • Quarteto de cordas
  • Instrumentos de corda friccionada
  • Cordofones de arco
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Violetista Joana Cipriano tocando

Violetista Joana Cipriano tocando

Viola d’arco, violeta ou simplesmente Viola, é um instrumento de quatro cordas e arco da orquestra, semelhante ao violino na aparência e no modo de tocar. Sendo maior que o violino, tem um som mais doce e grave, situando-se num registo intermédio entre violino e violoncelo.

Com quatro cordas afinadas uma quinta abaixo do violino, a Viola d’arco é tocada da mesma maneira, sustentada entre o ombro e o queixo e vibrando sob a ação expressiva de um arco.

Apesar da semelhança visual e na técnica de execução, a maior dimensão da Viola d’arco confere-lhe uma sonoridade distinta. O seu timbre é mais doce, mais rico em harmónicos graves, possuindo uma qualidade melancólica e introspectiva que a situa num registo intermédio, preenchendo o espaço sonoro entre o brilho agudo do violino e a profundidade ressonante do violoncelo.

Na orquestra, a Viola d’arco desempenha um papel crucial, tecendo texturas harmónicas densas e expressivas, enriquecendo as melodias e fornecendo uma base sonora calorosa para os outros instrumentos. Frequentemente, assume o protagonismo em passagens líricas e emotivas, revelando a beleza única do seu timbre aveludado. 

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

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  • Instrumentos musicais da orquestra
  • Instrumentos de corda friccionada
  • Cordofones de arco
  • Instrumentos começados por v
Violetista Ana Sofia Sousa tocando

Violetista Ana Sofia Sousa tocando

Acordeão diatónico

por Paulo Gonçalves

Acordeão diatónico, instrumento musical de palheta livre, com fole como agente ativador do som, cujas palhetas metálicas vibram através do fluxo e pressão de ar, quando pressionados botões, em função e proporcional ao movimento de expansão e compressão pelo instrumentista.

A sua concepção, inspirada entre outros, no instrumento Sheng, expandiu-se na Europa cujas primeiras patentes reportam a pouco antes de 1830, inclusive, e anos subsequentes. Amplamente difundido dadas as possibilidades de acompanhamento em variados estilos musicais, a variação e evolução dos modelos de acordeão resultou não só da disseminação cultural e fenómenos migratórios mas muito das sucessivas alterações e melhorias por parte dos artesãos e inventores. Daí resultaram diversificadas designações em vários países e culturas e aplicação em músicas tradicionais como em ramificações modernas.

Quanto ao surgimento da designação Acordeão é dada distinção a Cyrill Demian em Viena e sua patente em 1829, cunhando assim o instrumento.

A denominação concertina provém de uma patente de Charles Wheatstone em Londres, aproximadamente em 1844. Outras inovações se seguiram e continuam até ao presente.

concertina é o termo comumente utilizado para Acordeão Diatónico no Norte de Portugal, cuja introdução destes instrumentos no país, na segunda metade do séc. XIX acabou por substituir instrumentos musicais até então dominantes.

Paulo Gonçalves

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  • Acordeão diatónico
  • Aerofones de palheta livre
  • Aerofones de tecla
  • Instrumentos começados por a
Paulo Gonçalves, acordeonista, de Braga

Paulo Gonçalves, acordeonista, de Braga

Reciclanda, música e instrumentos sustentáveis

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança, o bem estar dos seniores e a capacitação de profissionais.

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Clarinete (clarinet em Inglês) é um aerofone de madeira de palheta simples, constituído por tubo cilíndrico, boquilha e chaves. Possui os registos grave, médio, agudo e superagudo. Desenvolveu-se no início do século XIX a partir do “chalumeau”. A sua sonoridade única nasce da vibração de uma palheta simples, fixada a uma boquilha. Um complexo sistema de chaves metálicas permite ao músico controlar o fluxo de ar e produzir uma vasta gama de notas.

Uma das características distintivas do clarinete é a sua ampla extensão, abrangendo os registos grave, médio, agudo e um superagudo brilhante. Cada registo possui um timbre característico, desde a profundidade aveludada do chalumeau (seu ancestral) até o brilho penetrante das notas mais altas, conferindo-lhe uma versatilidade expressiva notável.

O clarinete desenvolveu-se no início do século XVIII a partir do chalumeau, passando por aprimoramentos que expandiram a sua tessitura e possibilidades técnicas. Rapidamente se integrou na orquestra sinfónica, em grupos de câmara, em bandas militares e tornou-se um instrumento solista proeminente em diversos géneros musicais, do clássico ao jazz. A sua capacidade de produzir tanto melodias suaves e líricas quanto passagens rápidas e virtuosas, aliada à sua rica paleta tímbrica, fazem do clarinete um instrumento essencial e apreciado no mundo da música.

O clarinete é um instrumento de sopro do grupo 422 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de palheta em que o músico sopra colocando a palheta em vibração.

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  • Aerofones de palheta simples
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Clarinetista Crispim Luz tocando

Clarinetista Crispim Luz tocando

Violeta, também chamada Viola d’arco ou Viola simplesmente, é um instrumento de quatro cordas e arco da orquestra, semelhante ao violino na aparência e no modo de tocar. Sendo maior que o violino, tem um som mais doce e grave, situando-se num registo intermédio entre violino e violoncelo. Com quatro cordas afina uma quinta abaixo do violino.

Apesar da semelhança visual e na técnica de execução, a maior dimensão da violeta confere-lhe uma sonoridade distinta. O seu timbre é mais doce, mais rico em harmónicos graves, possuindo uma qualidade melancólica e introspectiva que a situa num registo intermédio, preenchendo o espaço sonoro entre o brilho agudo do violino e a profundidade ressonante do violoncelo.

Na orquestra, a violeta desempenha um papel crucial, tecendo texturas harmónicas densas e expressivas, enriquecendo as melodias e fornecendo uma base sonora calorosa para os outros instrumentos. Frequentemente, assume o protagonismo em passagens líricas e emotivas, revelando a beleza única do seu timbre aveludado. 

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

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Pedro Meireles, violetista, tocando

Pedro Meireles, violetista, tocando

Oficleide – o mesmo que ophicleide, oficlide ou figle – é um instrumento de sopro da família dos metais parecido com a tuba, inventado por Antoine Joseph Sax, construtor de instrumentos belga, no século XIX. O nome deriva do grego (ophis, ópheos – serpente) + kleidos, kleidós – chave), serpente com chaves ao longo do corpo.

Com uma presença visual marcante e uma sonoridade robusta, que floresceu no século XIX como um precursor da tuba. 

A sua construção peculiar envolvia um corpo cónico largo, semelhante ao da tuba, mas com um sistema de chaves complexo, inspirado no oboé e no fagote, em vez dos pistões ou varas dos outros metais. Estas chaves permitiam ao músico controlar o fluxo de ar e produzir uma gama surpreendentemente ampla de notas, com uma sonoridade que podia variar do suave e melancólico ao forte e retumbante.

O oficleide encontrou o seu lugar em orquestras, bandas militares e óperas do século XIX, adicionando uma cor grave e expressiva à secção dos metais. Compositores como Berlioz e Mendelssohn exploraram as suas capacidades em obras importantes. No entanto, com o desenvolvimento e aprimoramento da tuba e do bombardino, o oficleide gradualmente caiu em desuso, tornando-se uma curiosidade histórica. 

É um instrumento de sopro do grupo 423 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de bocal (também chamado de palheta labial) em que os lábios do executante causam diretamente a vibração do ar.

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  • Instrumentos de bocal
  • Instrumentos inventados no século XIX
  • Instrumentos inventados por Sax
  • Instrumentos de palheta labial
Oficleide alto

Oficleide alto