Enciclopédia de instrumentos musicais do mundo

Wassamba é um instrumento de percussão idiofone, tradicionalmente construído com madeira e pedaços de cabaça, com raízes na África Ocidental, particularmente no Mali, mas também encontrado com variações em outras partes do mundo, como Austrália, Tibete, Indonésia e México. A sua utilização principal está associada a cerimoniais fúnebres, onde o seu som pode contribuir para a atmosfera solene e ritualística. Em algumas culturas, também é empregado em contextos de diversão, como acompanhamento para danças e outras celebrações.

A construção do Wassamba geralmente envolve uma estrutura de madeira, que pode variar em forma e tamanho, servindo como suporte para as peças de cabaça. Estas cabaças, secas e ocas, são fixadas de forma a poderem chocar umas contra as outras ou contra a estrutura de madeira quando o instrumento é movimentado. O som produzido é um chocalho rítmico, com um timbre seco e percussivo, resultante da colisão dos materiais.

A técnica de execução do Wassamba envolve movimentos laterais e verticais do instrumento, agitando-o para criar os sons desejados. A intensidade e o padrão rítmico podem ser controlados pela velocidade e amplitude dos movimentos. Em cerimoniais fúnebres, o Wassamba pode ser tocado de forma lenta e constante, criando uma atmosfera de lamento e respeito. Em contextos festivos, os ritmos podem ser mais rápidos e complexos, incentivando a dança e a celebração.

A presença do Wassamba em diversas culturas geográficas sugere uma origem ancestral comum ou uma convergência na utilização de materiais naturais para criar instrumentos de percussão. As variações regionais podem apresentar diferentes materiais, tamanhos e técnicas de execução, mas o princípio fundamental de produzir som através do movimento e da colisão de elementos permanece. No Mali e noutras regiões da África Ocidental, o Wassamba é um elo sonoro com as tradições e rituais das comunidades.

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Wassamba

Wassamba

Yatuga, também conhecida como cítara da Mongólia, é um instrumento de corda dedilhada com um timbre doce e melodioso, profundamente enraizado na tradição musical da Mongólia. Pertencente à família das cítaras, a Yatuga possui uma longa caixa de ressonância retangular, geralmente feita de madeira, sobre a qual se estendem um número variável de cordas de seda ou metal.

Uma característica social e histórica interessante da Yatuga reside na distinção do número de cordas e no seu uso. Tradicionalmente, a Yatuga de 12 cordas era um instrumento de prestígio, tocado exclusivamente nas cortes reais e nos mosteiros budistas. O seu acesso era proibido aos pastores, a maioria da população mongol, que só tinham permissão para tocar uma versão menor, a Yatuga de 10 cordas. Esta restrição reflete a hierarquia social e o valor cultural atribuído ao instrumento de maior complexidade.

As cordas da Yatuga são esticadas ao longo da caixa de ressonância e elevadas por pequenas pontes. São dedilhadas com os dedos ou com pequenos plectros presos aos dedos, produzindo um som suave e lírico. A técnica de execução envolve a criação de melodias, harmonias e ornamentações, explorando a ressonância da longa caixa de madeira.

Apesar da distinção histórica no número de cordas e no seu uso social, ambas as versões da Yatuga desempenham um papel importante na música tradicional mongol. A sua sonoridade evoca as vastas estepes e a rica herança cultural do país. Nos tempos modernos, a Yatuga é apreciada tanto em apresentações solo quanto em agrupamento, continuando a encantar os ouvintes com o seu timbre doce e a sua expressividade melódica. 

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Yatuga, Mongólia

Yatuga, Mongólia

Alpenhorn, também conhecido como trompa alpina, é um imponente aerofone tradicional das regiões montanhosas da Suíça. Este instrumento de sopro natural, feito de madeira, possui uma forma cónica alongada que pode atingir vários metros de comprimento, curvando-se suavemente na extremidade. A sua construção tradicional envolve o uso de madeira de árvores como o pinheiro ou o abeto, dividida, escavada e depois unida e envolvida para garantir a sua integridade e vedação.

A embocadura do Alpenhorn assemelha-se à de outros instrumentos de sopro de metal, com o músico vibrando os lábios para produzir o som. Por ser um instrumento natural, sem válvulas ou pistões, o Alpenhorn só consegue produzir os harmónicos da sua nota fundamental, o que lhe confere uma sonoridade melancólica e ressonante, característica dos Alpes. A habilidade do tocador reside na sua capacidade de controlar a embocadura para selecionar e executar as diferentes notas da série harmónica.

Historicamente, o Alpenhorn desempenhava um papel crucial na comunicação entre as comunidades isoladas nas montanhas alpinas. O seu som potente podia viajar longas distâncias, sendo utilizado para sinalizar, chamar o gado, anunciar eventos ou simplesmente para momentos de convívio musical. Instrumentos semelhantes, com funções comunicativas e musicais, existem em outras cadeias montanhosas da Europa, desde os Alpes franceses até aos Cárpatos, refletindo a necessidade humana de comunicação em ambientes isolados.

Hoje em dia, embora as suas funções de comunicação tenham sido amplamente substituídas pela tecnologia moderna, o Alpenhorn mantém a sua importância cultural como um símbolo da Suíça e da sua paisagem alpina. É frequentemente ouvido em festivais folclóricos, cerimónias e como um instrumento solista, encantando o público com a sua sonoridade única e evocativa. A sua presença continua a celebrar a rica herança musical e as tradições das montanhas suíças.

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Alpenhorn, Suiça

Alpenhorn, Suiça

Satara é um instrumento de sopro tradicional do Paquistão, conhecido por diversos nomes regionais como jorhi, pawa jorhi, do nali, donal, giraw, ou nagoze. A sua característica distintiva reside na sua construção com duas flautas paralelas, unidas entre si. Esta configuração permite uma execução musical única, onde uma das flautas é utilizada para tocar a melodia principal, enquanto a outra emite um bordão constante, criando uma textura sonora rica e envolvente.

As duas flautas do Satara são geralmente feitas de madeira ou bambu, com comprimentos e diâmetros que podem variar ligeiramente, influenciando a sua afinação e timbre. A flauta melódica possui uma série de orifícios para os dedos, permitindo ao músico produzir diferentes notas ao abrir e fechar estas aberturas. A flauta de bordão, por outro lado, possui menos orifícios ou nenhum, sendo afinada para uma nota fundamental que serve de acompanhamento contínuo à melodia.

A técnica de execução do Satara exige coordenação e habilidade do músico, que sopra simultaneamente nas duas flautas através de uma embocadura comum ou separada. Os dedos são utilizados para manipular os orifícios da flauta melódica, enquanto a flauta de bordão fornece uma base harmónica constante, semelhante ao efeito de um drone em outros instrumentos como a gaita de foles.

O Satara desempenha um papel importante na música folclórica do Paquistão, sendo frequentemente utilizado em apresentações rurais, celebrações e festivais. A sua sonoridade característica, com a melodia a destacar-se sobre o fundo constante do bordão, evoca a paisagem e as tradições musicais da região. Apesar da sua simplicidade construtiva, o Satara é capaz de produzir melodias expressivas e ritmos cativantes, mantendo viva uma rica herança musical.

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Satara, Paquistão

Satara, Paquistão

Khalam é um instrumento de corda dedilhada tradicionalmente encontrado em diversas regiões da África Ocidental, incluindo Mali, Gâmbia, Níger, Gana, Burkina Faso e Mauritânia. A sua origem é objeto de debate entre os estudiosos: alguns acreditam que se desenvolveu na área que hoje corresponde ao Mali, enquanto outros defendem uma ligação com instrumentos do antigo Egito. Curiosamente, existe um instrumento com o mesmo nome na Arábia Saudita, sugerindo possíveis conexões históricas ou culturais transregionais. O Khalam é também conhecido por outros nomes, como kontingo, xalam, ngoni e koni, refletindo as variações linguísticas e culturais das regiões onde é tocado.

A construção do Khalam varia ligeiramente dependendo da região, mas geralmente apresenta um corpo em forma de canoa ou tigela, feito de madeira e coberto com uma pele de animal esticada, que funciona como caixa de ressonância. Um braço de madeira comprido atravessa o corpo, servindo de suporte para as cordas, que tradicionalmente eram feitas de tripa de animal, mas hoje podem ser de nylon ou metal. O número de cordas também varia, geralmente entre duas e cinco, afinadas de acordo com as tradições musicais locais.

O Khalam é tocado dedilhando as cordas com os dedos de uma ou ambas as mãos. A técnica de execução permite a produção de melodias, ritmos e acompanhamentos simples. É um instrumento fundamental na música folclórica da África Ocidental, frequentemente utilizado por griots (músicos e contadores de histórias tradicionais) para acompanhar narrativas, canções e danças. A sua sonoridade única e a sua ligação com a tradição oral conferem-lhe um papel cultural significativo nas comunidades onde é apreciado. A sua presença em diferentes países e as suas diversas denominações atestam a sua importância e a sua longa história na região.

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Khalam, Mali

Khalam, Mali

O yakumogoto é um instrumento musical tradicional do Japão, muito associado à religião xintoísta. É semelhante ao ichigenkin, um tipo de cítara japonesa de uma única corda, mas o yakumogoto possui duas cordas.

Foi criado por Nakayama Kotonushi em 1820, com o objetivo de criar um instrumento que pudesse acompanhar o canto xintoísta nos rituais religiosos. O nome “yakumogoto” significa literalmente “instrumento de oito nuvens” em japonês, possivelmente referindo-se às oito cordas do original ichigenkin.

O yakumogoto é tradicionalmente feito com uma caixa de ressonância retangular, uma ponte de osso ou madeira e duas cordas de seda ou nylon, afinadas geralmente em quintas. O músico toca o instrumento usando uma palheta de madeira ou os dedos para beliscar e produzir as notas musicais.

Atualmente, o yakumogoto é usado principalmente em apresentações religiosas e cerimónias xintoístas. Também pode ser encontrado em espetáculos de música tradicional japonesa e é considerado um instrumento culturalmente importante no país.

(com IA)

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas tensionadas.

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Yakumogoto, Japão

Yakumogoto, Japão

Yamatagoto, também conhecido como wagon ou azumagoto, é uma cítara japonesa que se distingue do mais conhecido koto e de outros cordofones tradicionais do Japão por sua origem genuinamente japonesa. Enquanto o koto foi introduzido na corte japonesa da China durante o período Nara (século VIII), o Yamatagoto possui raízes autóctones, remontando a períodos ainda mais antigos da história japonesa.

A construção do Yamatagoto é relativamente simples, consistindo numa longa caixa de ressonância de madeira, geralmente feita de cedro japonês (sugi). Sobre esta caixa, são esticadas tipicamente seis cordas de seda, embora algumas versões mais antigas pudessem ter cinco. As cordas são elevadas por pequenas pontes móveis, que permitem ajustar a afinação de cada corda individualmente. O instrumento é colocado horizontalmente no chão ou sobre um suporte baixo, e o músico ajoelha-se para tocar.

A técnica de execução do Yamatagoto envolve o dedilhar das cordas com os dedos da mão direita, utilizando unhas postiças feitas de bambu ou marfim para produzir um som mais claro e incisivo. A mão esquerda pode pressionar as cordas entre as pontes para obter diferentes alturas ou aplicar técnicas de vibrato. O repertório tradicional do Yamatagoto inclui melodias curtas, muitas vezes com carácter cerimonial ou folclórico, que refletem a sua antiga ligação com as tradições japonesas.

Embora o koto tenha se tornado o instrumento de cítara mais proeminente no Japão, o Yamatagoto preserva uma identidade única como um instrumento nativo, com uma história e um repertório distintos. A sua sonoridade suave e melancólica evoca uma atmosfera ancestral, ligando os ouvintes às raízes musicais do Japão. A sua presença, embora menos comum em apresentações modernas, continua a ser valorizada como um elo importante com o passado musical do país.

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Yamatagoto, Japão

Yamatagoto, Japão

Zaqq foi a forma mais popular da gaita de foles em Malta até à década de 1970, marcando as festividades folclóricas e a vida quotidiana da ilha. Este aerofone de palheta, construído de forma singular com a pele inteira de um animal (como um cão, gato ou cabrito), incluindo as patas e a cauda, distinguia-se de outras gaitas de foles mediterrânicas. A cabeça do animal era removida, e no lugar do pescoço era inserido o ponteiro (is-saqqafa), feito de dois tubos de cana paralelos. Um dos tubos possuía cinco orifícios para a melodia, enquanto o outro tinha apenas um, funcionando como bordão. O ar era insuflado para o saco de pele através de um tubo de sopro (mserka), geralmente feito de cana ou borracha, inserido numa das patas do animal. O som era amplificado por um chifre de boi fixado na extremidade dos ponteiros.

O Zaqq era frequentemente tocado a solo ou acompanhado pelo tanbur, um tambor de moldura maltês. As representações do século XIX mostram frequentemente músicos a tocar Zaqq e tanbur juntos em danças vibrantes. No entanto, com o passar do tempo, o Zaqq perdeu popularidade, sendo gradualmente substituído pelo acordeão, mais fácil de aprender e com maior versatilidade melódica para a música popular da época.

Na década de 1970, restavam poucos tocadores tradicionais de Zaqq em Malta. O último deles, Toni “l-Hammarun” Cachia, faleceu em 2004. Contudo, nos tempos modernos, há um crescente movimento para reanimar o uso deste instrumento icónico. Grupos de música folclórica como Etnika têm desempenhado um papel crucial na redescoberta e na reintrodução do Zaqq na cena musical maltesa contemporânea, reconstruindo instrumentos e ensinando a sua execução às novas gerações, procurando assim preservar uma parte importante da herança cultural de Malta.

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Zaqq, Malta

Zaqq, Malta

Zafzafa é um membranofone de fricção tradicional de Malta, pertencente a uma família de instrumentos musicais encontrados em diversas culturas ao redor do mundo, da Europa à América, África e Ásia. A sua construção é relativamente simples, mas engenhosa: consiste numa membrana única, geralmente feita de pele de animal (como cabra ou ovelha), esticada e firmemente presa na abertura de um pote de barro ou cerâmica. Este pote serve como ressonador, amplificando o som produzido pela vibração da membrana.

A característica distintiva do Zafzafa reside na sua forma de ser tocado. O som é gerado pela fricção de uma vara, geralmente feita de cana ou madeira, contra a superfície da membrana. A vara é mantida firmemente com uma das mãos e movida para cima e para baixo através da membrana, produzindo uma série de vibrações que são amplificadas pelo pote de barro. A intensidade e o timbre do som podem ser controlados pela pressão exercida sobre a vara e pela velocidade do movimento.

O som produzido pelo Zafzafa é frequentemente descrito como um zumbido ou um ronco, com uma qualidade áspera e terrosa, influenciada pelo tamanho e pela forma do pote de barro e pela tensão da membrana. Em Malta, este instrumento tradicionalmente acompanhava certas festividades e rituais, contribuindo para a atmosfera sonora específica desses eventos. Embora não seja um instrumento comum na música popular contemporânea, o Zafzafa representa uma ligação com as práticas musicais folclóricas do passado da ilha.

A sua semelhança com outros membranofones de fricção encontrados globalmente sugere uma possível origem ancestral comum ou uma invenção independente em diferentes culturas para produzir sons rítmicos e vibrantes de forma simples e eficaz. O Zafzafa, com a sua construção humilde e o seu som peculiar, é um testemunho da criatividade humana na exploração das possibilidades sonoras dos materiais disponíveis.

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Zafzafa, Malta

Zafzafa, Malta

Two-tone block, designação inglesa para o bloco de dois sons, é um idiofone de madeira pertencente à família dos blocos sonoros. Caracteriza-se pela sua construção que integra dois blocos de madeira distintos, geralmente de tamanhos diferentes, unidos por um cabo ou outra estrutura que facilita o manuseio pelo músico. Cada bloco possui uma cavidade interna, criada por um furo ou um espaço oco, que influencia a sua ressonância e, consequentemente, a frequência do som produzido.

A diferença de tamanho entre os dois blocos é fundamental para a funcionalidade do instrumento, pois é esta variação que permite a produção de duas alturas de som distintas. O bloco maior tende a gerar uma frequência mais baixa e um som mais grave, enquanto o bloco menor produz uma frequência mais alta e um som mais agudo. Esta dualidade sonora oferece ao percussionista uma maior flexibilidade rítmica e melódica dentro do contexto percussivo.

O Two-tone block é percutido com uma vareta de madeira, que pode ter diferentes espessuras e durezas para alterar o timbre do som produzido. Ao golpear cada um dos blocos, o músico pode alternar entre as duas alturas, criando padrões rítmicos e acentuações interessantes. A técnica de execução pode envolver golpes simples e diretos, ou combinações mais complexas que exploram a diferença de timbre e altura entre os dois blocos.

Este instrumento é amplamente utilizado em diversos géneros musicais, incluindo orquestras sinfónicas, bandas de jazz, música latina e percussão contemporânea. A sua capacidade de adicionar cor e articulação rítmica torna-o um elemento valioso na secção de percussão. A sua simplicidade construtiva contrasta com a sua eficácia em enriquecer a textura sonora de uma composição. O Two-tone block, ou bloco de dois sons, é um exemplo de como um instrumento de percussão relativamente simples pode oferecer possibilidades expressivas significativas.

Two-tone block

Two-tone block