Enciclopédia de instrumentos musicais do mundo

Zhong é um tipo de sino antigo chinês que faz parte da família dos idiofones de metal. Era feito de bronze e tem uma longa história, remontando a pelo menos cerca de 1000 anos a.C. Era usado em cerimónias rituais e faziam parte de um conjunto de sinos que tocavam em conjunto.

O zhong é notável tanto pela sua mestria tecnológica quanto pela sua belíssima ornamentação. Esses sinos antigos eram decorados com padrões intricados e detalhes minuciosos.

Diferente dos sinos convencionais, o Zhong não tinha um badalo suspenso em seu interior. Em vez disso, era percutido com um martelo de madeira para produzir som. Esses sinos eram suspensos de uma estrutura de madeira e tocados em conjunto para criar uma melodia harmoniosa.

O Zhong desempenhava um papel importante na antiga cultura chinesa, sendo utilizado em vários contextos, desde cerimónias religiosas e rituais até apresentações musicais. Acredita-se que o som do Zhong possuía propriedades espirituais e era capaz de transmitir mensagens divinas.

Hoje em dia, o Zhong continua sendo apreciado como uma peça de arte e é frequentemente exibido em museus e coleções particulares. A sua história e significado cultural fazem dele um importante símbolo da cultura chinesa antiga.

(com IA)

Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais da China
  • Idiofones percutidos
  • Família dos sinos de bronze
Zhong,China

Zhong,China

Zampoña é um aerofone tradicional da região feito de canas, da família da flauta de Pã, composto por duas filas de tubos ou canas ocas, disposta em tamanho descendente. Tem origem pré-colombiana na cultura Wari. A zampoña é um dos pilares da música andina e está espalhada pelos países da região (Chile, Bolívia, Equador e Argentina).

Nos aerofones, categoria 4 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos, o som é produzido principalmente pela vibração do ar ou pela sua passagem através de arestas ou palhetas: o instrumento por si só não vibra, nem há membranas ou cordas vibrantes.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Chile
  • Aerofones de aresta
  • Flautas de Pã
  • Instrumentos começados por z
Zamponã, Chille

Zamponã, Chille

Alpine zither é um instrumento de corda da família das cítaras, profundamente enraizado na tradição musical da região alpina da Europa, que abrange países como Áustria, Alemanha (Baviera), Suíça e Eslovénia. Caracteriza-se por uma caixa de ressonância plana e relativamente rasa, sobre a qual se estendem numerosas cordas de metal ou, ocasionalmente, de tripa ou nylon.

Uma das particularidades da Alpine zither reside na sua disposição de cordas e na forma como é tocado. Geralmente, possui um conjunto de cordas melódicas que correm sobre um braço com trastes, semelhantes aos de uma guitarra, permitindo ao músico produzir notas específicas pressionando as cordas contra os trastes com os dedos da mão esquerda, enquanto as dedilha com um plectro preso ao polegar da mão direita. Adicionalmente, existem várias outras cordas, sem trastes, que são dedilhadas pelos restantes dedos da mão direita para fornecer acompanhamento harmónico, baixo ou acordes.

Historicamente, a zither alpina evoluiu de instrumentos mais simples, ganhando popularidade como um instrumento folclórico e doméstico nos séculos XVIII e XIX. A sua sonoridade rica e ressonante, capaz de produzir tanto melodias líricas quanto acompanhamentos rítmicos, tornou-o um elemento comum em celebrações, danças e serestas alpinas.

Apesar da sua outrora grande popularidade na música folclórica da Europa alpina, o Alpine zither é hoje em dia raramente ouvido na música moderna dominante. No entanto, continua a ser apreciado por entusiastas da música tradicional e folclórica, e esforços são feitos para preservar e revitalizar o seu legado musical. O seu som único evoca a paisagem e a cultura da região alpina, mantendo viva uma tradição musical distinta.

ETIQUETAS

  • Instrumentos de corda
  • Família das cítaras
Alpine zither

Alpine zither

Zhiter deriva do latim “cithara”, a mesma raiz que deu origem à palavra “guitarra”, e designa um instrumento de corda popular na Europa Central. No entanto, “Zhiter” refere-se especificamente ao instrumento conhecido em português como cítara. Portanto, descrever “Zhiter” é descrever a cítara centro-europeia.

A cítara é um instrumento de cordas com uma caixa de ressonância plana e relativamente rasa. A sua característica distintiva reside na disposição das suas cordas. Geralmente, possui um conjunto de cordas melódicas que correm sobre um braço com trastes, semelhantes aos de uma guitarra, permitindo ao músico produzir notas específicas pressionando as cordas contra os trastes com os dedos da mão esquerda, enquanto as dedilha com um plectro preso ao polegar da mão direita. Adicionalmente, existem várias outras cordas, sem trastes, que são dedilhadas pelos restantes dedos da mão direita para fornecer acompanhamento harmónico, baixo ou acordes.

A cítara possui uma longa história na Europa Central, sendo particularmente popular na Áustria e na Alemanha (especialmente na Baviera). Tornou-se um instrumento comum na música folclórica e também foi adotado em contextos de música clássica e popular. A sua sonoridade rica e versátil permite a execução tanto de melodias líricas quanto de acompanhamentos rítmicos e harmónicos.

Existem diferentes tipos de cítaras, variando no número de cordas e na sua disposição. A cítara de concerto, por exemplo, é uma versão mais elaborada com uma maior extensão e capacidade expressiva. Apesar de não ser tão proeminente na música popular contemporânea, a cítara continua a ser um instrumento valorizado na música tradicional da Europa Central, evocando a cultura e a paisagem da região alpina e além.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais da Alemanha
  • Instrumentos de corda
  • Instrumentos começados por z
Zhiter, Alemanha

Zhiter, Alemanha

Zokra, também conhecida como zukra ou zoughara, é a designação para a gaita de foles na Líbia. Este aerofone tradicional distingue-se pela sua terminação de ponteiro-duplo, onde dois tubos melódicos (ponteiros) terminam em dois chifres de vaca. Esta característica confere ao instrumento uma aparência e sonoridade únicas, diferenciando-o de outras gaitas de foles encontradas noutras regiões.

A Zokra é um instrumento musical versátil, tradicionalmente utilizado em diversos eventos sociais importantes na Líbia, como banquetes, casamentos e funerais. A sua música acompanha as celebrações festivas, marca os ritos de passagem e proporciona um fundo sonoro para as cerimónias fúnebres, demonstrando a sua integração na vida social e cultural do país.

Curiosamente, a forma como a Zokra é tocada varia geograficamente dentro da Líbia. Nas regiões sul e oeste do país, o instrumento é utilizado como uma gaita de foles tradicional, incorporando um saco de pele (presumivelmente de cabra, semelhante a outras gaitas de foles) que armazena o ar insuflado pelo músico, permitindo um som contínuo. No entanto, na parte leste da Líbia, a Zokra é tocada de uma maneira diferente: sem o uso do saco, sendo soprada diretamente com a boca, funcionando essencialmente como um clarinete duplo. Esta adaptação regional demonstra a evolução e a flexibilidade do instrumento dentro das diferentes práticas musicais locais. A Zokra, com as suas peculiaridades construtivas e variações de execução, representa um elemento importante do património musical da Líbia.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais da Líbia
  • Instrumentos de sopro de palheta
  • Gaitas de fole
  • Instrumentos começados por z
Zokra, Líbia

Zokra, Líbia

Zukra, também conhecida como zokra ou zoughara, é a gaita de foles tradicional da Líbia. Uma característica distintiva deste aerofone é a sua terminação com um ponteiro-duplo, onde dois tubos melódicos (ponteiros) se estendem e terminam em dois chifres de vaca. Esta construção única confere ao instrumento uma aparência e sonoridade peculiares.

A Zukra desempenha um papel significativo na vida social e cultural da Líbia, sendo tradicionalmente tocada em eventos importantes como banquetes, casamentos e funerais. A sua música acompanha as celebrações festivas, marca os momentos de união e também proporciona um ambiente sonoro para as cerimónias de luto, evidenciando a sua versatilidade e integração nas tradições locais.

A Zukra é tocada de forma semelhante a outras gaitas de foles, utilizando um saco de pele para armazenar o ar insuflado pelo músico através de um tubo. O ar armazenado é então direcionado para os dois ponteiros, cujos orifícios são manipulados pelos dedos para produzir a melodia. Os dois ponteiros, terminando nos chifres de vaca, contribuem para a sonoridade característica e possivelmente para a projeção do som do instrumento. A Zukra representa um elemento importante do património musical da Líbia, refletindo as suas tradições e costumes.

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  • Instrumentos musicais da Líbia
  • Instrumentos de sopro de palheta
  • Gaitas de fole
  • Instrumentos começados por z
Zukra, Líbia

Zukra, Líbia

Zummara é um aerofone de palheta dupla de origem árabe, assemelhando-se a um pequeno clarinete duplo feito de bambu. Este instrumento tradicional encontra-se particularmente associado à ilha de Malta, onde desempenha um papel na sua música folclórica. Em outras regiões do mundo árabe, um instrumento semelhante é frequentemente conhecido por “mejwes”.

A Zummara é caracterizada pela sua construção com dois tubos de bambu paralelos, unidos entre si. Cada tubo possui a sua própria palheta dupla, geralmente feita de cana, e uma série de orifícios para os dedos. O músico sopra simultaneamente nos dois tubos, utilizando os dedos de ambas as mãos para manipular os orifícios e produzir melodias. A presença de dois tubos permite a execução de harmonias simples, frequentemente em intervalos paralelos, ou a duplicação da melodia com ligeiras variações, criando uma textura sonora rica e característica.

O tamanho da Zummara pode variar ligeiramente, mas geralmente é um instrumento compacto e portátil. A sua sonoridade é tipicamente brilhante e penetrante, com um timbre que reflete a vibração das palhetas duplas e a ressonância dos tubos de bambu. Em Malta, a Zummara é tradicionalmente utilizada em festas, celebrações e outros eventos sociais, acompanhando danças folclóricas e canções populares.

A sua semelhança com o “mejwes” encontrado noutras partes do mundo árabe sugere uma origem comum e uma história partilhada dentro das tradições musicais da região. No entanto, a Zummara desenvolveu a sua própria identidade cultural em Malta, tornando-se um símbolo da sua herança musical única. A sua presença contínua na música folclórica maltesa atesta a sua importância e o seu valor para a comunidade local.

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  • Instrumentos musicais de Malta
  • Aerofones de palheta dupla
  • Instrumentos começados por z
Zummara, Malta

Zummara, Malta

Zuffolo é uma flauta de bisel tradicional da Itália, também conhecido por chiufolo ou ciufolo, com uma rica história na música folclórica do país, remontando pelo menos ao século XIV. Este aerofone simples, mas expressivo, é tipicamente construído a partir de uma única peça de madeira, apresentando um tubo estreito e uma embocadura cuidadosamente trabalhada numa das extremidades.

A sua forma de tocar é peculiar: o músico sopra lateralmente no tubo, direcionando o ar contra uma aresta afiada interna (o bisel), o que provoca a vibração da coluna de ar dentro do tubo e gera o som. Esta técnica de sopro lateral distingue o Zuffolo de outras flautas de bisel onde o ar é soprado diretamente na extremidade.

O Zuffolo possui um número limitado de orifícios para os dedos, geralmente entre três e seis, dispostos ao longo do seu corpo. A manipulação destes orifícios permite ao instrumentista produzir diferentes notas, dentro de uma gama melódica modesta, mas suficiente para a execução de melodias tradicionais. A sonoridade do Zuffolo é descrita como aguda e, por vezes, estridente, conferindo-lhe um timbre característico que o torna facilmente reconhecível.

Historicamente, o Zuffolo tem sido particularmente associado às regiões da Toscana e da Úmbria, onde era tradicionalmente utilizado em contextos rurais e festivos. A sua portabilidade e a relativa facilidade de construção contribuíram para a sua popularidade entre os pastores e camponeses. Era frequentemente utilizado para acompanhar danças, cantar melodias simples ou como um instrumento solista em pequenas reuniões.

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  • Instrumentos de sopro de aresta
  • Família das flautas
  • Instrumentos começados por z
Zuffolo, Itália

Zuffolo, Itália

Rudra veena é um cordofone dedilhado reverenciado na música clássica Hindustani, particularmente no estilo Dhrupad, considerado um dos instrumentos mais antigos da Índia. O seu nome deriva de “Rudra”, uma das formas de Shiva, e “veena”, termo genérico para instrumentos de corda indianos. Segundo a mitologia, foi Shiva quem criou este instrumento, inspirado na beleza de sua esposa Parvati.

Distintamente construída, a Rudra Veena possui um longo corpo tubular feito de madeira ou bambu, com cerca de 1,37 a 1,58 metros de comprimento. Em cada extremidade deste corpo, são fixadas duas grandes caixas de ressonância feitas de cabaças ocas, que lhe conferem uma ressonância grave e profunda característica. Ao longo do corpo tubular, encontram-se entre 21 e 24 trastes feitos de metal, fixados com cera, embora o número possa variar conforme a preferência do artista.

A Rudra Veena possui tipicamente sete ou oito cordas de metal. Quatro são as cordas principais, utilizadas para tocar a melodia. Duas ou três cordas laterais, chamadas “chikari”, são usadas para marcar o ritmo e enfatizar a pulsação da música. Algumas versões modernas incluem também uma corda de bordão (“laraj”). O instrumento é tocado com dois plectros (mizrabs) presos aos dedos indicador e médio da mão direita, enquanto a mão esquerda desliza sobre as cordas ao longo dos trastes para produzir as diferentes notas e microtons.

A Rudra Veena é tradicionalmente tocada numa postura específica, com a cabaça superior apoiada no ombro esquerdo e a inferior no colo direito do músico, enquanto o braço do instrumento fica próximo ao peito. A sua sonoridade majestosa e meditativa, juntamente com a sua complexa técnica de execução, conferem-lhe um lugar de grande respeito na tradição musical indiana, embora a sua popularidade tenha diminuído em comparação com outros instrumentos como o sitar e o sarod. No entanto, continua a ser um símbolo da profundidade e da riqueza da música clássica Hindustani.

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  • Instrumentos musicais da Índia
  • Instrumentos de corda dedilhada
Rudra veena, Índia

Rudra veena, Índia

Veena, também grafada vina, é um cordofone indiano venerado, com raízes profundas na música da Índia antiga. Caracteriza-se pela sua construção distintiva, que inclui duas caixas de ressonância grandes, tradicionalmente feitas de cabaças ocas. Estes ressonadores amplificam o som produzido pelas cordas vibrantes, contribuindo para a sonoridade rica e profunda do instrumento. A Veena é tocada dedilhando as cordas com um plectro de metal, geralmente usado no dedo indicador da mão direita.

Este instrumento de corda dedilhada apresenta variações regionais significativas entre o norte e o sul da Índia. No sul, a forma mais proeminente é a Tanjavur Veena, também conhecida como Saraswati Veena. Esta Veena do sul possui um corpo de madeira esculpido, com uma grande caixa de ressonância principal e uma caixa menor secundária. Possui um braço longo com trastes curvos feitos de metal, fixados com cera. As cordas melódicas correm sobre estes trastes, permitindo a produção de notas precisas. Além das cordas melódicas, possui cordas de bordão laterais, que fornecem um acompanhamento harmónico constante.

No norte da Índia, a forma predominante é a Rudra Veena. Esta apresenta um design diferente, com um corpo tubular e duas grandes cabaças presas abaixo de cada extremidade. A Rudra Veena é tocada sem trastes, exigindo uma técnica deslizante para produzir as microtonalidades características da música clássica hindustani. Possui também cordas melódicas e cordas de bordão.

Ambas as formas da Veena são consideradas instrumentos de grande importância na música clássica indiana. A Saraswati Veena é central na música carnática do sul, enquanto a Rudra Veena tem um lugar de destaque na tradição hindustani do norte, embora seja menos comum nas apresentações contemporâneas. A sua sonoridade majestosa e a sua capacidade de expressar nuances melódicas complexas fazem da Veena um símbolo da rica herança musical da Índia.

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  • Instrumentos musicais da Índia
  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Instrumentos começados por v
Veena, Índia

Veena, Índia