Instrumentos musicais da Oceania

Rehu é um aerofone tradicional do povo Māori da Nova Zelândia, classificado como uma flauta longitudinal fechada numa das extremidades. Tal como o porutu, outro instrumento de sopro Māori, o Rehu é geralmente construído a partir de madeira, embora também possam ser utilizados outros materiais naturais. A sua característica distintiva é o seu corpo alongado e a presença de diversos orifícios ao longo do seu comprimento, que permitem ao músico produzir diferentes notas musicais através da combinação da digitação e da manipulação da embocadura.

A técnica de tocar o Rehu envolve soprar na extremidade aberta da flauta, direcionando o fluxo de ar de forma precisa para criar o som. Os orifícios para os dedos são utilizados para alterar o comprimento efetivo do tubo vibratório, resultando em diferentes alturas de som. A habilidade do músico reside em controlar a respiração, a embocadura e a digitação para executar melodias e padrões rítmicos complexos. A sonoridade do Rehu é frequentemente descrita como suave, melancólica e evocativa, com uma qualidade que se assemelha à voz humana ou aos sons da natureza.

O Rehu possui um significado cultural profundo para o povo Māori, estando frequentemente associado a cerimónias, rituais e à transmissão de histórias e tradições ancestrais. A sua música pode evocar emoções, contar narrativas e conectar as pessoas com o seu passado e com o mundo natural. A construção e a decoração do Rehu também podem carregar significados simbólicos, refletindo a cosmovisão e os valores culturais Māori.

Embora a tradição de tocar o Rehu tenha enfrentado desafios ao longo da história, esforços de revitalização têm procurado preservar e promover este instrumento ancestral. Músicos e artesãos Māori contemporâneos estão a redescobrir e a inovar na construção e na execução do Rehu, garantindo que a sua voz continue a ecoar nas futuras gerações e a enriquecer a paisagem sonora da Nova Zelândia. A sua ligação com a identidade cultural Māori torna o Rehu um instrumento de grande importância e significado.

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Rehu, Nova Zelândia

Rehu, Nova Zelândia

Pahu é um membranofone de percussão direta com sonoridade grave. Encontra-se na Polinésia: Hawaii, Tahiti, Ilhas Cook, Samoa e Tolekau. É tradicionalmente constituído por um corpo cilíndrico de madeira com pele de tubarão tensionada por cordas e tocado com as palmas e dedos. Considerado instrumento sagrado, foi geralmente conservado no templo e utilizado para acompanhar um repertório de canções sagradas.

O Pahu também é conhecido pelo seu tamanho imponente, geralmente sendo maior que outros tambores polinésios. Além disso, o tambor possui uma decoração elaborada, com entalhes em madeira ou outros materiais, representando símbolos e figuras significativas da cultura polinésia.

O Pahu é considerado um dos instrumentos mais antigos e importantes da Polinésia. A sua origem remonta a tempos ancestrais, sendo utilizado em cerimónias religiosas, rituais e celebrações importantes. Acredita-se que o som profundo e poderoso do tambor seja capaz de invocar forças divinas, conectar os seres humanos ao sobrenatural e transmitir mensagens espirituais.

Atualmente, o Pahu continua sendo visto como um símbolo de identidade cultural e é utilizado em apresentações de dança tradicional polinésia, festivais e eventos culturais. O conhecimento da construção e toque do Pahu é transmitido de geração em geração, garantindo a preservação desse importante património cultural polinésio.

Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida. É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida).

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Pahu, Hawaii

Pahu, Hawaii

O koauau é um instrumento musical tradicional do povo Maori, indígenas da Nova Zelândia. É uma flauta de madeira ou osso, com aproximadamente 10 a 20 cm de comprimento, aberta nas extremidades e com 3 a 6 orifícios. É considerado um instrumento de sopro, pois o som é produzido ao soprar através dele.

O koauau desempenha um papel importante na cultura Maori, sendo usado em várias cerimónias e eventos tradicionais. É um instrumento sagrado e muitas vezes é usado em acompanhamento vocal ou danças folclóricas. Também pode ser utilizado como um instrumento solista, onde um músico toca o koauau sozinho.

A flauta é esculpida com cuidado e habilidade, geralmente decorada com entalhes ou símbolos Maori. As diferentes variações do koauau podem ter tamanhos e designs variados, cada um com seu próprio som único.

O koauau era tradicionalmente feito de ossos de aves, mas com o tempo, passou a ser confeccionado principalmente em madeira. A madeira preferida para sua fabricação é o matai, pois possui um som suave e melódico. No entanto, outros tipos de madeira também podem ser utilizados.

Atualmente, o koauau é uma peça importante na preservação da cultura Maori. É ensinado nas escolas e workshops de música em toda a Nova Zelândia, garantindo que essa tradição musical seja passada para as próximas gerações. Além disso, muitos artistas contemporâneos têm incorporado o som do koauau em suas composições, criando uma ponte entre o passado e o presente da música Maori.

(com IA)

É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

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koauau, Nova zelândia

koauau, Nova zelândia

To’ere ou tokere, é um tambor de fenda da Polinésia, utilizado por orquestras tradicionais para acompanhar música e dança. É um tambor oblongo de fenda longitudinal decorada que serve de abertura do som. Pode ter pequenas dimensões (tokere-mamaiti), médias (tokere-tangarongaro) e grandes (tokere-taki ou tokere-atupaka).

É tocado com as mãos, batendo nas laterais da fenda para produzir diferentes tons. As extremidades do tambor são decoradas com entalhes e motivos polinésios, como tiki ou padrões geométricos, que representam a cultura e a história da comunidade.

O tokere é usado principalmente nas tradições musicais da Polinésia, como hulas e danças tradicionais. Fornece a batida rítmica e os sons percussivos que animam as atuações. Também é usado em cerimónias religiosas e eventos sociais importantes.

Na cultura polinésia, os tambores têm um significado simbólico e espiritual. São considerados instrumentos sagrados e possuem um lugar importante nas tradições culturais e religiosas.

Embora não seja tão conhecido globalmente como outros instrumentos polinésios, como o ukulele ou o pareu, o tokere desempenha um papel fundamental nas músicas e danças tradicionais da Polinésia. É um instrumento fascinante, com bela arte esculpida e sons únicos que exemplificam a rica herança musical da região.

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  • Idiofones de madeira
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To'ere, Tahiti

To’ere, Tahiti

Nguru é um pequeno instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Pertence à família das flautas globulares, flautas de embocadura aberta, semelhante à ocarina ou ao xun chinês. 

O Nguru pode ser feito de diversos materiais, como dente de baleia, madeira, osso ou cerâmica.
O instrumento possui entre dois e quatro orifícios digitadores, nos quais o tocador coloca os dedos para modificar o som produzido. A embocadura do Nguru é aberta, o que significa que o músico sopra diretamente na extremidade do instrumento para produzir o som.

O Nguru é tocado soprando ar na extremidade do instrumento e utilizando as mãos para cobrir ou descobrir parcialmente os orifícios. Dessa forma, é possível criar diferentes notas musicais e melodias.

Por ser um instrumento tradicional dos Maori, o Nguru possui uma importância cultural significativa. Muitas vezes é usado em cerimónias, festividades e apresentações musicais relacionadas com a cultura Maori.

É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

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  • Instrumentos musicais da Nova Zelândia
  • Aerofones de aresta
  • Flautas globulares
  • Instrumentos tradicionais do povo Maori
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Nguru, Nova Zelândia

Ngguru; Nova Zelândia

Putorino é um instrumento tradicional do povo Maori, na Nova Zelândia. Mede de 20 a 50 cm. Ele é feito de madeira e tem um formato curvo com uma extremidade mais estreita e outra mais larga. Uma das características distintivas do putorino é a presença de orifícios nas laterais. Tradicionalmente, os buracos são feitos por insetos que escavam a madeira, produzindo assim um som oco e distintivo quando o instrumento é tocado.

Existem dois tipos principais de putorino: o putorino macho (whetu), que tem uma extremidade mais larga em forma de lágrima, e o putorino fêmea (rua), que tem uma extremidade mais estreita e curva. Ambos possuem um bocal no lado estreito para fazer o som.

O putorino é tocado soprando no bocal e cobrindo os buracos laterais com os dedos para mudar o tom. Os Maoris acreditam que o instrumento tem uma conexão espiritual com as forças da natureza e o tocam em cerimónias importantes para invocar as energias dos ancestrais e dos Deuses Maoris.

Além de sua função musical, o putorino também é usado como um objeto decorativo e artístico, sendo esculpido com ricas ilustrações e detalhes simbólicos da cultura Maori. Ele é considerado um instrumento sagrado e de significado cultural profundo para o povo Maori, representando a comunicação entre os mundos espiritual e terreno.

(com IA)

É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

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Putorino, Nova Zelândia

Putorino, Nova Zelândia

Pukaea é uma trompete de madeira tradicional do povo maori, na Nova Zelândia. É tradicionalmente feito de madeira de um tipo de concha marinha chamada Tritão, que é esculpida e esvaziada para criar um som vibrante. Tem uma forma reta e longa, com uma extremidade aberta em forma de funil e a outra extremidade com um bocal para o executante soprar. É tocado soprando-se diretamente no bocal enquanto os lábios produzem a vibração do ar. Dependendo da técnica do tocador, o som pode variar de melódico a estridente.

Além de sua função musical, o Pukaea também tem um papel importante em cerimónias maori. Historicamente, era usado para comunicar mensagens de guerra, chamando os guerreiros para a batalha ou como um sinal para indicar a vitória. Também era utilizado em cerimónias de boas-vindas e de honra, bem como em eventos comunitários tradicionais.

O Pukaea é considerado um símbolo de identidade e força maori.

(com IA)

É um instrumento de sopro do grupo 423 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de bocal (também chamado de palheta labial) em que os lábios do executante causam diretamente a vibração do ar.

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Pukaea, Nova Zelândia

Pukaea, Nova Zelândia

Instrumento que remonta a tempos muito antigos, didjeridu (ou didgeridoo) é um aerofone de palheta labial tradicional dos aborígenes da Austrália feito a partir de um tronco de árvore. Pode atingir 2 metros de comprimento e exige muita força para se tocar. O som no didjeridoo é produzido pela vibração dos lábios e por outros sons produzidos pelo instrumentista.

Além do tronco de árvore, também são comuns o uso de tubos de bambu ou de metal na fabricação do didjeridoo. Tradicionalmente, alguns aborígenes australianos acreditam que o som produzido pelo instrumento tem propriedades espirituais e é capaz de conectar as pessoas com a natureza e os ancestrais.

O didjeridoo é conhecido por produzir um som característico, semelhante a um zumbido contínuo. Para tocá-lo, o músico precisa soprar ar de forma contínua, enquanto realiza movimentos com os lábios para criar diferentes notas e ritmos. Além disso, técnicas como a respiração circular – um método de respiração que permite ao instrumentista soprar continuamente enquanto inspira ar pelo nariz – são frequentemente utilizadas para manter o som contínuo.

Este instrumento é normalmente usado em rituais e cerimónias, mas também tem ganho popularidade em apresentações musicais contemporâneas. Muitos músicos modernos de diferentes partes do mundo têm explorado novas técnicas e estilos para tocar o didjeridoo, combinando-o com outros instrumentos e géneros musicais.

Além dos aborígenes, muitos não-aborígenes também têm aprendido a tocar o didjeridoo, porém, é importante ressaltar que o respeito pela cultura e tradição aborígene é fundamental nesse contexto. Aprender sobre a história e significado do instrumento, assim como buscar autorização e orientação de anciãos e comunidades aborígenes é importante para garantir uma abordagem culturalmente sensível ao tocar o didjeridoo.

(com IA)

É um instrumento de sopro do grupo 423 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de bocal (também chamado de palheta labial) em que os lábios do executante causam diretamente a vibração do ar.

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Didjeridu, Austrália

Didjeridu, Austrália

Lali é um tambor de fenda originalmente utilizado como instrumento de comunicação para anunciar nascimentos, mortes e guerras. É feito de um tronco de árvore oco, geralmente de uma árvore grande chamada dakua. É tradicionalmente tocado com baquetas feitas de bambu ou madeira.

O lali desempenha um papel importante na cultura e na sociedade fijiana. Originalmente, era usado para transmitir mensagens importantes, como anunciar o nascimento de uma criança, a morte de alguém importante ou o início de uma guerra. A batida do lali tinha diferentes significados e era facilmente reconhecida pelos moradores das aldeias fijianas.

Além do seu uso como instrumento de comunicação, o lali também é usado como instrumento musical nas Ilhas Fiji. Uma versão menor do lali, chamada lali ni meke, é tocada durante danças tradicionais e apresentações musicais. Essas danças e músicas são um importante aspecto da cultura fijiana e são frequentemente realizadas em ocasiões cerimoniais, festivais e eventos culturais.

O lali ni meke é tocado com as mãos, ao invés de baquetas, e produz sons percussivos que ajudam a acompanhar as danças e o canto. É um instrumento vibrante e poderoso, que acrescenta ritmo e energia às apresentações. O lali ni meke também é utilizado como meio de expressão cultural e artística nas Ilhas Fiji.

(com IA)

Lali, IIhas Fidji

Lali, IIhas Fidji

Fa’atete é um tambor levemente cónico com corpo de madeira e membrana simples esticada por cordas tocada com baquetas. É um instrumento de percussão tradicional da Polinésia Francesa, especificamente do Tahiti. É construído com um corpo de madeira, com a parte inferior mais estreita que a parte superior. A membrana do tambor é feita de pele animal ou de material sintético, como plástico, e é esticada na parte superior do corpo do tambor. Para manter a membrana no lugar e ajustar a tensão, são usadas cordas que atravessam o comprimento do tambor, amarradas de um lado para o outro.

O fa’atete é tocado com baquetas, conhecidas localmente como “toere”, que são feitas geralmente de madeira. O modo de tocar o fa’atete consiste em bater as baquetas na superfície da membrana, produzindo sons distintos e ritmos. O fa’atete é frequentemente usado em apresentações de danças e músicas tradicionais do Tahiti, como o haka. Além disso, também pode ser usado como um instrumento solista ou em conjuntos de percussão para acompanhar outras formações musicais.

Ao longo dos anos, o fa’atete também foi introduzido em outros estilos musicais, como o pop e o rock, sendo adaptado para diferentes ritmos e estilos modernos.

O fa’atete é considerado um símbolo da cultura polinésia e uma importante forma de expressão artística do povo tahitiano.

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Fa'atete, Tahiti

Fa’atete, Tahiti