Instrumentos musicais de todo o continente americano

Quijada, de burro, cavalo ou vaca – também conhecida como charrasca, cacharaina, charaina, carretilla ou kahuaha – é um idiofone tradicional hispano-americano constituído pela mandíbula inferior de um animal.

A quijada, também conhecida por diversos nomes como charrasca, cacharaina, charaina, carretilla ou kahuaha, é um idiofone tradicional da América Hispânica, com uma construção peculiar e ancestral. Este instrumento único é feito a partir da mandíbula inferior de um animal, tipicamente um burro, cavalo ou vaca. A sua sonoridade distintiva provém do entrechoque dos dentes soltos quando a mandíbula é percutida ou raspada.

A preparação da quijada como instrumento envolve um processo natural de secagem da mandíbula, por vezes auxiliado pela exposição ao sol ou à salinidade, para remover os tecidos moles e deixar os dentes soltos e prontos para vibrar. Não requer uma elaboração complexa, aproveitando a estrutura óssea natural do animal.

A técnica de tocar a quijada varia. Uma forma comum é golpear a parte final da mandíbula com a palma da mão fechada ou com o punho, o que provoca a vibração dos dentes, produzindo um som característico de chocalho ou de raspagem suave. Outra técnica consiste em esfregar os dentes com uma vareta de madeira ou um osso, criando um som mais áspero e ritmado, onomatopeicamente conhecido como “carrasca”.

A quijada é um instrumento com raízes culturais profundas, especialmente em comunidades afrodescendentes da América Latina. É utilizada em diversos géneros musicais folclóricos e tradicionais, como o Son Jarocho no México, a música afro-peruana (festejo, landó), e em celebrações como carnavais e festas religiosas. A sua sonoridade peculiar e a sua ligação cultural fazem da quijada um instrumento singular e expressivo dentro do vasto panorama da música latino-americana.

ETIQUETAS

  • Idiofones de fricção
  • Instrumentos de altura indefinida
  • Instrumentos de mandíbula de animal
  • Instrumentos começados por q
Quijada

Quijada

Okónkolo é um bimembranofone horizontal formado por caixa de ressonância cilíndrica e couro em ambas as extremidades muito utilizado em Cuba. É também conhecido como “Bonko” ou “Aña” e faz parte do conjunto de tambores denominado “Bata”. O Okónkolo consiste em uma caixa de ressonância cilíndrica feita geralmente de madeira, com uma pele de couro esticada em ambas as extremidades. O tamanho do Okónkolo é menor em comparação com os outros tambores da Bata, sendo o menor em diâmetro.

O tambor é tocado usando as mãos e baquetas, que podem ser feitas de madeira ou metal. Os músicos geralmente tocam ambos os lados do tambor, criando diferentes sons e ritmos. O lado com a pele mais esticada produz um som mais agudo, enquanto o lado com a pele menos esticada produz um som mais grave.

O Okónkolo desempenha um papel importante na música tradicional afro-cubana, especialmente na música religiosa de Santería. É usado para acompanhar cantos e danças rituais, trazendo-lhes uma energia rítmica única.

Além disso, o Okónkolo também pode ser encontrado em outras formas de música cubana, como o jazz afrocubano e a música popular. Muitos músicos cubanos têm explorado suas possibilidades sonoras e incorporado o instrumento em suas composições.

(com IA)

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais de Cuba
  • Instrumentos da América Central
  • tambores bimembranofones
  • Instrumentos começados por o

Ajayu, cordofone de timbre peculiar e história enraizada, é um pequeno instrumento tradicional do Chile que cativa pela sonoridade das suas doze cordas de aço, dispostas em cinco ordens. Esta configuração de cordas múltiplas e ordens confere ao ajayu uma riqueza harmónica e uma complexidade sonora que se destacam apesar das suas dimensões compactas. A utilização de cordas de aço contribui para um som brilhante e com boa projeção, diferenciando-o de outros instrumentos de corda tradicionais da região que podem utilizar cordas de tripa ou nylon.

A disposição das doze cordas em cinco ordens sugere uma afinação específica que explora a ressonância simpática entre as cordas e permite a criação de acordes e melodias com uma textura sonora particular. Embora a descrição não detalhe a afinação exata, é comum em instrumentos de ordens múltiplas que algumas cordas dentro da mesma ordem sejam afinadas em uníssono ou em oitavas, enriquecendo o timbre e o volume.

Sendo um instrumento tradicional do Chile, o ajayu provavelmente está ligado a géneros musicais folclóricos específicos da região, acompanhando canções, danças ou narrativas culturais. A sua portabilidade, devido ao tamanho reduzido, pode tê-lo tornado um instrumento popular em contextos sociais e festivos, facilitando a sua utilização em diferentes ambientes.

A construção do ajayu, embora não detalhada, seguiria provavelmente técnicas artesanais tradicionais, utilizando madeiras locais para a caixa de ressonância e o braço. O design e os materiais empregados influenciariam diretamente a qualidade do som e a ressonância do instrumento. A presença de doze cordas num instrumento de pequenas dimensões implica um braço e uma cravelheira capazes de suportar a tensão das cordas e permitir uma afinação precisa.

O ajayu representa uma faceta da diversidade musical do Chile, um testemunho da criatividade e da adaptação das tradições musicais locais. A sua combinação única de doze cordas de aço em cinco ordens oferece um leque de possibilidades sonoras que certamente enriquecem o panorama da música folclórica chilena, preservando uma parte importante da sua herança cultural.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Chile
  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Instrumentos começados por a
Ajayu, Chile

Ajayu, Chile

Cabasa é um idiofone de fricção semelhante ao afoxé. A “cabasa” orquestral moderna tem uma configuração e materiais diferentes da verdadeira cabaça tradicional. É utilizada na música latina.
Situa-se no índice 13. do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Nestes idiofones, o som produz-se por fricção ou raspagem.
ETIQUETAS
  • Idiofones de raspagem ou fricção
  • Instrumentos começados por c
Cajón é um instrumento de percussão direta de origem afro-peruana, em forma de caixa de madeira percutida pelas mãos do executante que nela toca sentado.
Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida). Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida.
ETIQUETAS
  • Instrumentos musicais do Peru
  • Instrumentos de percussão de madeira
  • Instrumentos começados por c
Rondador é um aerofone de aresta da família das flautas de Pã, tradicional do Equador. Consiste em pedaços de cana dispostos lado a lado fechados na extremidade inferior, sendo o instrumento soprado na parte superior. O rondador é considerado o instrumento nacional do Equador.
É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. É uma flauta de embocadura aberta.
ETIQUETAS
  • Instrumentos musicais do Equador
  • Instrumentos de sopro de aresta
  • Flautas de embocadura aberta
  • Família das flautas de Pã
  • Instrumentos começados por r
Güira é um idiofone de mão – de metal, plástico ou de madeira – de percussão indireta por raspagem com vassoura metálica ou vara de madeira. Aparece com outros nomes conforme as regiões e países da América Latina (güiro, guayo, rascador, güícharo, candungo, carracho, rayo).
Situa-se na categoria 13 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Nestes idiofones, o som produz-se por fricção ou raspagem.
ETIQUETAS
  • Idiofones de fricção
  • Instrumentos de altura indefinida
  • Instrumentos começados por g
Guacharaca é um idiofone de fricção da Colômbia e América Latina que desempenha o papel que o washboard tem na música cajun, o reco-reco no samba brasileiro e o guiro na salsa.
Situa-se na categoria 13 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Nestes idiofones, o som produz-se por fricção ou raspagem.
ETIQUETAS
  • Instrumentos musicais da Colômbia
  • Idiofones de fricção
  • Instrumentos começados por g
Cuatro é um cordofone autóctone de Puerto Rico, país de que é considerado símbolo nacional. Também se encontra em Cuba e na Venezuela. Deve o seu nome ao facto de originariamente ter 4 cordas. Acompanha a música tradicional (danzas, seis, guarachas), interpretações de música popular e ocasionalmente de música erudita.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas tensionadas.
ETIQUETAS
  • Instrumentos musicais de Porto Rico
  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Família dos alaúdes
  • Instrumentos começados por c
Guitarrón é um cordofone inventado no México no século XIX para tocar as notas mais graves nos mariachi. Tem a forma de uma guitarra, mas é maior e mais fundo, com um braço proporcionalmente curto.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas tensionadas.
ETIQUETAS
  • Instrumentos musicais do México
  • Instrumentos inventados no século XIX
  • Família dos alaúdes
  • Instrumentos começados por g