Enciclopédia de instrumentos musicais do mundo

Karnay, também conhecido por variações como karnaï, kernei ou qayroq, é um imponente instrumento de sopro de metal, tradicionalmente encontrado no Irão e no Uzbequistão. Construído em cobre, o Karnay se destaca pelo seu comprimento considerável, podendo atingir vários metros, e pela sua forma reta e cónica, terminando numa campânula larga. Esta construção robusta e alongada confere ao instrumento uma sonoridade potente, penetrante e com um timbre metálico característico.

Historicamente, o Karnay desempenhou um papel significativo em contextos cerimoniais e militares nestas regiões. O seu som forte e de longo alcance era utilizado para sinalizar eventos importantes, como a chegada de dignitários, o início de festividades, ou como um instrumento de chamada para a batalha. A sua presença em procissões e celebrações tradicionais ainda é marcante, contribuindo para a atmosfera festiva e solene.

A técnica de execução do Karnay envolve soprar vigorosamente na embocadura, produzindo um som fundamental que pode ser alterado ligeiramente através da pressão labial e da técnica de sopro. Dada a sua extensão, o Karnay geralmente requer o apoio de um ou mais músicos para ser sustentado durante a performance. Frequentemente, vários Karnays são tocados em conjunto, criando padrões rítmicos complexos e uma rica textura sonora através da alternância de sopros e da produção de diferentes notas dentro da sua gama limitada.

No Irão e no Uzbequistão, o Karnay é um símbolo cultural importante, associado a tradições ancestrais e à identidade musical destas nações. Embora possa não ser um instrumento melódico no sentido tradicional, a sua força sonora e o seu papel cerimonial garantem a sua presença contínua em eventos culturais e celebrações, preservando a sua sonoridade única e o seu significado histórico para as futuras gerações.

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  • Instrumentos musicais do Irão
  • Aerofones de bocal
  • Instrumentos começados por k
Karnay, Irão

Karnay, Irão

Sanza, também conhecida por diversos outros nomes regionais como Mbira, Kalimba ou Likembe, é um idiofone beliscado fascinante, amplamente distribuído pela África subsariana. A sua característica fundamental reside em uma série de lamelas metálicas, finas e flexíveis, fixadas em uma extremidade sobre uma caixa de ressonância de madeira. Estas lamelas, geralmente feitas de ferro ou aço, variam em comprimento para produzir diferentes alturas de som quando vibradas.

A caixa de ressonância da Sanza, tradicionalmente feita de madeira oca ou de uma cabaça, amplifica o som produzido pelas vibrações das lamelas, conferindo ao instrumento um timbre suave, melódico e ressonante. O músico segura a Sanza com as mãos e belisca as extremidades livres das lamelas com os polegares ou outros dedos, produzindo notas individuais ou acordes simples. A disposição das lamelas geralmente segue uma escala diatónica, embora variações cromáticas e outras afinações regionais existam.

A Sanza é um instrumento versátil, utilizado tanto para entretenimento pessoal quanto em contextos sociais e cerimoniais. Sua portabilidade e a relativa facilidade de aprendizado contribuíram para a sua popularidade em diversas culturas africanas. É frequentemente usado para acompanhar canções, contar histórias, expressar emoções e em rituais tradicionais. A música da Sanza pode variar de melodias alegres e dançantes a peças contemplativas e melancólicas.

A diversidade de nomes e formas da Sanza reflete a sua ampla distribuição e a sua adaptação às diferentes tradições musicais africanas. Apesar das variações regionais, o princípio fundamental de lamelas vibratórias fixadas a uma caixa de ressonância permanece constante. A Sanza não é apenas um instrumento musical, mas também um símbolo da rica herança cultural e da inventividade musical do continente africano, com uma sonoridade que continua a encantar ouvintes em todo o mundo.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Zaire
  • Lamelofones dedilhados
  • Instrumentos começados por s
Sanza, Zaire

Sanza, Zaire, piano de polegares

O santoor é um instrumento musical de cordas originário do Oriente Médio e da Índia. É um tipo de cítara trapezoidal, comum em várias culturas da região. O instrumento é composto por um corpo retangular feito de madeira, com cerca de 72 cordas de metal (geralmente, três cordas por nota) estendidas sobre pontes.

O santoor é tocado com baquetas de madeira chamadas meiz. O músico utiliza uma técnica de trinado e deslize das baquetas sobre as cordas para criar diferentes notas e efeitos musicais. Normalmente, as cordas são afinadas de acordo com a melodia que se pretende executar.

O instrumento possui uma sonoridade única e é utilizado principalmente para tocar música clássica tradicional e folclórica nos países onde é popular. Na Índia, por exemplo, é comumente utilizado no estilo musical clássico hindustani. No Iraque e no Irã, o santoor é um instrumento essencial para a música popular e clássica.

O santoor tem uma longa história e pode ser rastreado até a antiga Pérsia. Ao longo dos anos, a sua construção e técnica de execução evoluíram, resultando em diferentes variações regionais do instrumento.

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  • Instrumentos musicais da Índia
  • Família das cítaras
  • Instrumentos começados por s
Santoor, Índia

Santoor, Índia

Khartal, também conhecido como kartal, é um idiofone de percussão manual tradicional da Índia. Sua construção simples, mas eficaz, consiste em um par de peças de madeira que são entrechocadas para produzir som. Embora a descrição básica possa sugerir um instrumento rudimentar, o Khartal possui variações regionais e técnicas de execução que lhe conferem uma versatilidade rítmica surpreendente e um papel importante em diversos géneros musicais indianos.

Uma das formas mais comuns do Khartal é constituída por duas peças de madeira retangulares ou ovais, cada uma com pequenos címbalos de metal embutidos. Quando as peças de madeira são batidas uma contra a outra, os címbalos também chocam, adicionando um brilho metálico e vibrante ao som da madeira percutida. Esta versão é frequentemente utilizada na música folclórica e religiosa, especialmente em cânticos devocionais (bhajans) e música popular.

Outra variação do Khartal envolve um único bloco de madeira com recortes ou fendas e pequenos címbalos de metal fixados. Este bloco é segurado numa mão, enquanto a outra mão o percute com um pequeno bastão ou com outra peça de madeira, fazendo vibrar os címbalos e produzindo um som rítmico complexo. Esta versão é particularmente utilizada na música folclórica do Rajastão.

O Khartal desempenha um papel crucial na marcação do ritmo e na criação de padrões rítmicos complexos em diversos conjuntos musicais indianos. A sua sonoridade percussiva e a adição dos címbalos metálicos conferem energia e vivacidade à música. Apesar de sua simplicidade estrutural, músicos habilidosos podem extrair uma variedade impressionante de ritmos e texturas sonoras do Khartal, tornando-o um instrumento essencial na rica tapeçaria da música tradicional da Índia. A sua portabilidade e facilidade de uso também contribuem para a sua popularidade em contextos musicais diversos.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais da Índia
  • Idiofones percutidos
  • Instrumentos de percussão altura indefinida
  • Instrumentos começados por K
Khartal, Índia

Khartal, Índia

O sambal é um instrumento musical de percussão membranofone tradicional da Índia Ocidental. Sua característica distintiva reside na sua construção única, consistindo em dois tambores de madeira distintos, fixados juntos de forma a serem tocados simultaneamente por um único músico. Uma das metades do Sambal é sempre maior que a outra, resultando em dois tambores com timbres e alturas de som diferentes, o que enriquece a sua capacidade rítmica.

Os tambores do Sambal são geralmente feitos de madeira escavada ou construídos com aros de madeira cobertos por peles de animal esticadas, como couro de cabra ou boi. O tamanho diferente dos tambores influencia diretamente a frequência do som produzido: o tambor maior emite um som mais grave e profundo, enquanto o menor produz um som mais agudo e cortante. Esta dualidade sonora é fundamental para a expressividade rítmica do instrumento.

O Sambal é tocado utilizando duas baquetas, uma para cada tambor. O músico coordena os movimentos das mãos para criar padrões rítmicos complexos e dinâmicos, explorando a interação entre os sons graves e agudos dos dois tambores. A técnica de execução pode variar significativamente entre as diferentes tradições folclóricas da Índia Ocidental, mas geralmente envolve uma combinação de batidas simples, redobros e acentos rítmicos que acompanham danças, canções e outras formas de expressão cultural.

Este instrumento de percussão desempenha um papel vital em muitas celebrações, festivais e eventos sociais na Índia Ocidental. O seu som vibrante e energético é frequentemente associado a danças folclóricas e procissões, contribuindo para a atmosfera festiva e animada. A presença do Sambal em conjuntos musicais tradicionais da região sublinha a sua importância cultural e a sua capacidade de evocar a identidade rítmica única do folclore da Índia Ocidental. A sua construção singular e a sua sonoridade distinta fazem do Sambal um instrumento percussivo memorável e essencial.

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  • Instrumentos musicais da Índia
  • tambores percutidos
  • Instrumentos começados por s
Sambal, Índia

Sambal, Índia

Sac de gemecs é uma gaita de foles tradicional da Catalunha, um aerofone de palheta dupla com um reservatório de ar (o saco ou sac) feito tradicionalmente de pele de cabra ou ovelha. O ar é insuflado para o saco através de um tubo de sopro (bufador ou manxa), e a pressão constante exercida pelo braço do músico força o ar a passar pelas palhetas dos tubos melódicos e dos bordões, produzindo um som contínuo e característico.

Este instrumento possui um tubo melódico principal, chamado grall ou grallet, com orifícios para os dedos que permitem ao músico tocar melodias. O número de orifícios pode variar ligeiramente dependendo da região e do tipo específico de Sac de Gemecs. Além do tubo melódico, a gaita catalã geralmente apresenta um ou mais bordões (bordons), tubos que emitem notas fixas e sustentadas, criando uma base harmónica para a melodia. O número e a afinação dos bordões também podem variar.

A riqueza da nomenclatura associada ao Sac de Gemecs – coixinera, caterineta, borrega, manxa borrega, bot, noia verda, mossa verda, ploranera, sac de lesaspres, buna, cornamusa, xeremia – reflete a sua presença e as suas variações regionais dentro da Catalunha, bem como possíveis influências linguísticas e culturais ao longo da sua história. Cada um destes nomes pode carregar conotações locais ou históricas específicas, embora todos se refiram essencialmente ao mesmo tipo de gaita de foles catalã.

O Sac de Gemecs desempenha um papel fundamental na música folclórica e nas celebrações tradicionais da Catalunha, acompanhando danças, procissões e festividades. A sua sonoridade distintiva e a sua presença visual marcante tornam-no um símbolo da identidade cultural catalã, mantendo-se vivo através de grupos folclóricos e músicos que continuam a tocar e a preservar esta rica tradição musical.

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  • Instrumentos musicais de Espanha
  • Instrumentos tradicionais da Catalunha
  • Aerofones de palheta
  • Família das gaitas de fole
  • Instrumentos começados por s
Sac de gemecs, Catalunha

Sac de gemecs, Catalunha

Ryūteki (龍笛) é um instrumento de sopro de palheta dupla, pertencente à família dos oboés, utilizado na música clássica da corte japonesa, conhecida como gagaku. Tradicionalmente feito de bambu, este instrumento possui sete orifícios para os dedos na frente e dois orifícios para o polegar na parte de trás, permitindo a produção de uma escala diatónica e diversas variações tonais através de técnicas de sopro e digitação específicas.

O Ryūteki possui um corpo cilíndrico relativamente curto e grosso, com uma embocadura que acomoda uma pequena palheta dupla feita de cana. A técnica de sopro exige um controlo preciso da respiração e da embocadura para produzir o som característico do instrumento, que é frequentemente descrito como rico, expressivo e com uma certa doçura melancólica. A sonoridade do Ryūteki é considerada a voz do dragão entre os instrumentos de sopro do gagaku, evocando uma sensação de mistério e profundidade.

No contexto do gagaku, o Ryūteki desempenha um papel melódico central na categoria de música tōgaku, que tem origens chinesas. As melodias executadas no Ryūteki são geralmente sinuosas e ornamentadas, com um ritmo relativamente lento e um fluxo contínuo de som. O instrumento interage com outros instrumentos de sopro, como o hichiriki e o kagurabue, bem como com instrumentos de percussão e de corda, criando uma textura sonora complexa e rica.

Aprender a tocar o Ryūteki requer um treino rigoroso e um profundo entendimento da estética musical do gagaku. A precisão da afinação, o controlo da respiração e a execução das ornamentações melódicas são aspetos cruciais da técnica. Como um dos pilares da música clássica japonesa, o Ryūteki continua a ser ensinado, preservando uma tradição musical milenar e oferecendo uma janela para a sofisticada cultura da corte japonesa.

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  • Instrumentos musicais do Japão
  • Aerofones de aresta
  • Família das flautas
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Ryuteki, Japão

Ryuteki, Japão

Rebab é um cordofone de arco com uma rica história e diversas formas encontradas em diferentes países muçulmanos e na Itália. A sua característica comum é uma caixa de ressonância coberta por uma membrana, geralmente feita de pele de animal, e um corpo frequentemente talhado a partir de um único bloco de madeira. A ausência de um braço tradicional faz com que as notas sejam produzidas pressionando as cordas diretamente com os dedos.

Introduzido na Península Ibérica por volta do século VII durante a ocupação muçulmana, o Rebab teve um impacto significativo no desenvolvimento de instrumentos de corda europeus, sendo considerado um ancestral do alaúde e do violino. No Afeganistão, sob o nome de Rubab, é hoje um instrumento central na música afegã, possuindo uma sonoridade que alguns comparam ao banjo, embora a sua técnica de execução com arco o distinga.

A variedade de nomes que o Rebab possui – rabab, rebap, rebeb, rababa, al-rababa, rubāb, robab, rubob ou rawap, e também joza ou jauza no Iraque – reflete a sua ampla dispersão geográfica e as adaptações culturais regionais. As suas formas também variam consideravelmente, desde instrumentos com corpo em forma de pêra ou barco até modelos com corpos planos, redondos, trapezoidais ou retangulares. Alguns Rebab possuem um espigão na parte inferior para apoio, enquanto outros são segurados no colo do músico. O número de cordas também varia, geralmente entre uma e três, tradicionalmente feitas de tripa ou seda, mas atualmente também de metal ou nylon. A técnica de tocar pode envolver o uso de um arco ou o dedilhar das cordas, dependendo da região e do estilo musical.

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  • Instrumentos de corda friccionada
  • Cordofones de arco
  • Instrumentos começados por r
Rebab

Rebab

Rehu é um aerofone tradicional do povo Māori da Nova Zelândia, classificado como uma flauta longitudinal fechada numa das extremidades. Tal como o porutu, outro instrumento de sopro Māori, o Rehu é geralmente construído a partir de madeira, embora também possam ser utilizados outros materiais naturais. A sua característica distintiva é o seu corpo alongado e a presença de diversos orifícios ao longo do seu comprimento, que permitem ao músico produzir diferentes notas musicais através da combinação da digitação e da manipulação da embocadura.

A técnica de tocar o Rehu envolve soprar na extremidade aberta da flauta, direcionando o fluxo de ar de forma precisa para criar o som. Os orifícios para os dedos são utilizados para alterar o comprimento efetivo do tubo vibratório, resultando em diferentes alturas de som. A habilidade do músico reside em controlar a respiração, a embocadura e a digitação para executar melodias e padrões rítmicos complexos. A sonoridade do Rehu é frequentemente descrita como suave, melancólica e evocativa, com uma qualidade que se assemelha à voz humana ou aos sons da natureza.

O Rehu possui um significado cultural profundo para o povo Māori, estando frequentemente associado a cerimónias, rituais e à transmissão de histórias e tradições ancestrais. A sua música pode evocar emoções, contar narrativas e conectar as pessoas com o seu passado e com o mundo natural. A construção e a decoração do Rehu também podem carregar significados simbólicos, refletindo a cosmovisão e os valores culturais Māori.

Embora a tradição de tocar o Rehu tenha enfrentado desafios ao longo da história, esforços de revitalização têm procurado preservar e promover este instrumento ancestral. Músicos e artesãos Māori contemporâneos estão a redescobrir e a inovar na construção e na execução do Rehu, garantindo que a sua voz continue a ecoar nas futuras gerações e a enriquecer a paisagem sonora da Nova Zelândia. A sua ligação com a identidade cultural Māori torna o Rehu um instrumento de grande importância e significado.

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  • Instrumentos musicais da Nova Zelândia
  • Instrumentos tradicionais do povo Maori
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Rehu, Nova Zelândia

Rehu, Nova Zelândia

Ravanahatha, também conhecido por ravanastron ou ravana hasta veena, é um instrumento musical de cordas friccionadas com uma rica história e tradição na Índia e no Sri Lanka. Considerado um dos instrumentos de arco mais antigos do mundo, o ravanahatha possui uma construção singular que o distingue de outros instrumentos de corda. O seu corpo é tipicamente feito de uma secção oca de bambu ou de uma cabaça, sobre a qual é esticada uma membrana de pele de animal, funcionando como caixa de ressonância. Um braço de bambu é fixado a este corpo, sustentando uma ou mais cordas principais, tradicionalmente feitas de crina de cavalo ou aço.

A característica mais marcante do ravanahatha é o seu arco, que também é frequentemente feito de bambu e possui cerdas de crina de cavalo. A técnica de execução envolve segurar o instrumento verticalmente ou apoiado no ombro e friccionar as cordas com o arco para produzir som. A altura das notas é alterada pressionando as cordas com os dedos ao longo do braço, que geralmente não possui trastes, permitindo a produção de microtons e glissandos característicos da música indiana.

O ravanahatha tem uma forte ligação com a tradição épica do Ramayana, sendo frequentemente associado ao rei Ravana do Sri Lanka, a quem a lenda atribui a sua invenção. Ao longo dos séculos, o instrumento tem sido utilizado por músicos folclóricos, contadores de histórias e cantores religiosos na Índia e no Sri Lanka. A sua sonoridade, que pode variar de um timbre suave e melancólico a um som mais áspero e intenso, é adequada para a narração de histórias e a expressão de emoções profundas.

Embora a sua popularidade tenha diminuído com o tempo, esforços estão sendo feitos para preservar e revitalizar o ravanahatha, reconhecendo o seu valor histórico e cultural. Músicos e estudiosos estão a redescobrir a sua sonoridade única e a explorar o seu potencial na música contemporânea, garantindo que este antigo instrumento de arco continue a ecoar nas futuras gerações.

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  • Instrumentos musicais da Índia
  • Instrumentos de corda friccionada
  • Cordofones de arco
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Ravanahatha, Índia

Ravanahatha, Índia