Corne inglês (Cor anglais, em Francês, English horn, em Inglês) é um aerofone de madeira de palheta dupla da família do oboé. Embora seja maior e mais grave que o oboé, a dedilhação é igual. Como acontece com o fagote e alguns tipos de saxofone, o instrumentista usa uma alça no pescoço para apoiar o suporte.
Ligeiramente maior que o oboé, com uma campânula bulbosa e um tudel curvo que sustenta a palheta dupla. Apesar da sua aparência distinta e do seu timbre mais grave e suave, a dedilhação do corne inglês é surpreendentemente similar à do oboé, permitindo aos oboístas explorarem a sua sonoridade única com relativa familiaridade técnica.
O seu registo mais grave confere-lhe uma doçura e uma profundidade que contrastam com o brilho do oboé, preenchendo o espaço sonoro com uma cor única. Compositores de diversas épocas exploraram a sua capacidade de expressar emoções líricas e melancólicas, conferindo-lhe momentos de destaque em passagens orquestrais memoráveis.
Chalumeau é um instrumento de sopro de palheta tradicional de França. É considerado um dos precursores do clarinete moderno. Ele foi amplamente utilizado na música barroca entre os séculos XVII e XVIII. O instrumento é feito de madeira e possui uma única palheta de cana que vibra quando o músico sopra ar no tubo.
O chalumeau tem uma extensão mais limitada em comparação com o clarinete, geralmente indo do Dó3 ao Dó4. A sua sonoridade é mais suave e menos brilhante. Inicialmente, o chalumeau tinha apenas oito furos, mas ao longo do tempo foram adicionados mais furos para aumentar a tessitura.
Muitas composições da época foram escritas especificamente para o chalumeau, e ele era frequentemente usado em conjunção com outros instrumentos da família dos clarinetes, como o clarone. No entanto, com o desenvolvimento do clarinete moderno, no século XIX, o chalumeau foi gradualmente abandonado em favor do novo instrumento, que possuía uma maior extensão e um timbre mais expressivo.
Hoje em dia, o chalumeau continua sendo utilizado em algumas músicas folclóricas francesas e em certas interpretações históricas de música barroca. É considerado um instrumento de valor histórico e é apreciado por músicos e colecionadores interessados na música antiga.
É um instrumento de sopro do grupo 422 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de palheta em que o músico sopra colocando a palheta em vibração.
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Instrumentos musicais de França
Instrumentos de sopro de palheta
Família dos clarinetes
Instrumentos começados por c
Chalumeau, França
https://www.musis.pt/wp-content/uploads/2020/04/chalumeau_franca.jpeg400400António Ferreirahttp://musis.pt/wp-content/uploads/2022/05/cropped-musis-logo-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-04-13 17:35:252025-04-18 16:05:36Chalumeau, França
Penny whistle, ou tin whistle (apito de lata), é uma flauta de metal tradicional da Irlanda, ocasionalmente de madeira, muito usada na música celta, escocesa e medieval.
Apesar do seu tamanho compacto e da sua aparente simplicidade, este aerofone possui um timbre doce e penetrante que se tornou inseparável da música celta, escocesa e até mesmo de interpretações de música medieval.
A sua construção é direta: um tubo cilíndrico com seis orifícios para os dedos e um bocal para soprar. A afinação é diatónica, o que significa que produz uma escala específica sem a necessidade de chaves complexas. A melodia nasce da combinação das aberturas e fechamentos dos orifícios pelos dedos do músico, juntamente com a modulação do sopro.
É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.
Bandolimé a designação portuguesa de um cordofone dedilhado de 4 cordas duplas de metal de origem napolitana e muito usado na Itália e com tradições próprias em Milão, Génova e Sicília.
Algo semelhante à guitarra no braço, cravelhas e trastos, o Bandolim é tocado com um plectro que belisca as cordas. O Bandolim é usado em Portugal e no Brasil.
A sua particularidade reside nas suas quatro cordas duplas de metal, afinadas em uníssono, que produzem um som brilhante e cheio de projeção quando beliscadas com um plectro (ou palheta). Esta técnica de execução confere ao Bandolim uma agilidade notável, ideal para melodias rápidas e ornamentadas, bem como para o acompanhamento rítmico.
Em Portugal, o Bandolim encontrou um lar acolhedor, integrando-se em grupos de folclore e em serenatas, onde a sua sonoridade límpida e alegre se destaca.
No Brasil, o instrumento também floresceu, marcando presença em estilos como o choro e a seresta, adicionando um toque melancólico e virtuoso às melodias. Seja nas serenatas italianas, nos grupos folclóricos portugueses ou nas rodas de choro brasileiras, o Bandolim encanta com a sua voz expressiva.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
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Instrumentos musicais de Portugal
Instrumentos de corda dedilhada
Instrumentos começados por b
Bandolim
https://www.musis.pt/wp-content/uploads/2020/04/bandolim.jpeg400400António Ferreirahttp://musis.pt/wp-content/uploads/2022/05/cropped-musis-logo-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-04-13 17:24:202025-04-18 16:00:32Bandolim, Portugal
Siringa, (xiringa, na Galiza) é um das designações da flauta de Pã em língua espanhola. Entre outras utilizações é tocada por afiadores de facas para se fazerem anunciar aos clientes. “Siringa” tem origem na Grécia Antiga, em honra da náiade Siringa, a ninfa pela qual se namorou o semideus Pã e foi convertida em cana. O instrumento pode ser feito de metal, de plástico, de madeira ou de cana.
É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, flauta de embocadura aberta.
Xiringa, ou siringa, é um termo que na Galiza, Espanha, designa uma flauta de Pã utilizada por afiadores de facas para se fazerem anunciar aos clientes. O nome xiringa, ou siringa, tem origem na Grécia Antiga, em honra da náiade Siringa, a ninfa pela qual se namorou o semideus Pã e foi convertida em cana. O instrumento pode ser feito de metal, de plástico, de madeira ou de cana.
É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. É uma flauta de embocadura aberta
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Instrumentos de sopro de aresta
Família das flautas de Pã
Flautas de embocadura aberta
Instrumentos começados por
Xiringa, Grécia Antiga
https://www.musis.pt/wp-content/uploads/2020/04/pan-e-siringa-aerofone-grecia-antiga.jpeg400400António Ferreirahttp://musis.pt/wp-content/uploads/2022/05/cropped-musis-logo-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-04-13 11:21:412024-09-26 10:50:03Xiringa, Grécia Antiga
Flauta de amolador – também chamado em Portugal apito de amolador, apito ou gaita de amolador – é um instrumento de sopro da família das flautas de Pã.
É um pequeno instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. É uma flauta de embocadura aberta.
É utilizado tradicionalmente pelos amoladores (amola-tesouras) e afiadores de facas que, tocando, se faziam anunciar aos clientes. Além de amolar facas e tesouras e de arranjar panelas e tachos, o amolador consertava guarda-chuvas. As pessoas criaram o hábito de, quando o ouviam exclamar: “-Vem aí chuva!”.
O amolador era nómada que se deslocava com a sua roda de aldeia em aldeia, acompanhado por vezes de um burro que lhe carregava os pertences. “A retribuição era frequentemente em géneros alimentares: carne “curada” no fumo ou no sal, azeite, batatas. Para comunicar entre si os amoladores tinham um dialecto próprio, o baralhete. Havia, entre os amoladores, muitos originários da Galiza.”
Forum da Quinta de Conde, 2008
No passado, as pessoas tinham tesouras e navalhas de barbear que precisavam de ser afiadas de vez em quando, tinham pratos para arranjar, tachos para rebitar, guarda-chuvas para reparar.
Flauta de amolador, siringa, Portugal
“O equipamento principal do amolador era a roda (estrutura em madeira, dotada com uma roda, que a tornava móvel), munida com um ou dois esmeris. Na posição vertical a roda servia para afiar as tesouras, as facas e as navalhas de barbear. O amolador colocava uma correia a ligar a roda grande ao eixo que suportava os esmeris e impulsionava o pedal até atingir a rotação desejada no esmeril. Na posição horizontal a roda funcionava como uma carro de mão para se deslocar e transportar a ferramenta de trabalho. Esta era constituída usualmente por alicates, martelos, sovelas, arame, cré, rebites, varetas e pano de guarda-chuva. Acontecia frequentemente que o amolador também tinha conhecimentos de funileiro e nesse caso juntava pelo menos um ferro de soldar, estanho, chapas de zinco de diferentes espessuras e uma palanca em ferro.”
O ofício está em vias de extinção.
A flauta de amolador é um instrumento de sopro do grupo 422 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de palheta em que o músico sopra colocando a palheta em vibração.
apito de afiador é um instrumento de sopro da família das flautas de Pã ou siringas utilizado tradicionalmente pelos capadores e afiadores de facas e tesouras da Galiza que tocando se faziam anunciar aos clientes.
É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. É uma flauta de embocadura aberta.
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Família das flautas de Pã
Instrumentos começados por a
Instrumentos musicais de Espanha
Instrumentos de profissões
Instrumentos tradicionais da Galiza
https://www.musis.pt/wp-content/uploads/2020/04/apito-de-afiador-galiza.jpeg400400António Ferreirahttp://musis.pt/wp-content/uploads/2022/05/cropped-musis-logo-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-04-13 10:16:582022-06-07 15:08:00Apito de afiador, Galiza