Instrumentos musicais do continente asiático

Tro é um cordofone de fricção tradicional do Camboja, abrangendo uma família de instrumentos de corda verticalmente arqueados. Estes instrumentos podem ter duas ou três cordas e apresentam corpos construídos em madeira ou coco, com variações regionais e funcionais que lhes conferem nomes distintos, como Tro Khmer, Tro Che, Tro Sau Toch, Tro Sau Thom e Tro U. O termo genérico “Tro Khmer” refere-se frequentemente aos instrumentos de três cordas, enquanto os outros nomes designam variações de dois cordas com características específicas.

A construção típica do Tro envolve um corpo ressonador feito de coco ou madeira, coberto com pele de animal, como cobra ou bezerro, que funciona como tampo harmónico. Um braço de madeira atravessa o corpo, servindo de suporte para as cordas, tradicionalmente de seda, mas atualmente mais comuns em metal para maior durabilidade e brilho sonoro. A tensão das cordas é ajustada por cravelhas na extremidade do braço. Uma ponte, feita de bambu, madeira, osso ou marfim, eleva as cordas sobre a pele.

O Tro é tocado com um arco de crina de cavalo, friccionando as cordas para produzir o som. A técnica de execução varia entre os diferentes tipos de Tro. No Tro Khmer, o arco passa por cima das cordas, enquanto nos outros tipos, o arco pode passar entre as cordas. A mão esquerda do músico pressiona as cordas ao longo do braço para alterar a altura das notas, criando melodias.

Cada tipo de Tro possui um timbre e uma tessitura distintos, adequados a diferentes contextos musicais. O Tro U, por exemplo, tem um corpo de coco e produz um som mais grave, enquanto o Tro Sau Toch (pequeno Tro) e o Tro Sau Thom (grande Tro) possuem corpos de madeira e geralmente um som mais agudo e penetrante. O Tro Che também é um instrumento de duas cordas com características próprias. Estes instrumentos desempenham papéis importantes em ensembles tradicionais cambojanos, acompanhando danças, cerimónias e outras formas de expressão cultural.

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Tro, Cambodja

Tro, Cambodja

Palwei é um instrumento de sopro tradicional da Birmânia (Myanmar) que se apresenta em duas variantes distintas, dependendo da presença ou ausência de uma palheta. Quando possui uma palheta, o instrumento é denominado Khin Palwei, enquanto a versão sem palheta é conhecida como Kyaw Palwei. Ambas as formas desempenham papéis importantes na música folclórica e nas tradições culturais da Birmânia.

O Khin Palwei, com a sua palheta, assemelha-se a um oboé ou a um clarinete primitivo. A palheta, geralmente feita de folha de palma ou outro material vegetal adequado, vibra com o sopro do músico, produzindo o som. O corpo do instrumento é tipicamente cónico ou cilíndrico, feito de madeira ou bambu, e possui uma série de orifícios para os dedos que permitem a alteração da altura das notas. A sonoridade do Khin Palwei é geralmente descrita como nasal e penetrante, capaz de expressar uma ampla gama de melodias e emoções.

Por outro lado, o Kyaw Palwei é uma flauta aberta, semelhante a uma flauta de bisel, onde o som é produzido direcionando o sopro do músico sobre uma aresta afiada numa das extremidades do tubo. Tal como o Khin Palwei, possui orifícios para os dedos ao longo do seu corpo de madeira ou bambu, permitindo a execução de melodias. O timbre do Kyaw Palwei tende a ser mais suave e doce em comparação com a sonoridade mais intensa do Khin Palwei.

Ambas as variantes do Palwei são frequentemente utilizadas em ensembles musicais tradicionais birmaneses, acompanhando danças, cerimónias religiosas e outras celebrações. A escolha entre o Khin Palwei e o Kyaw Palwei pode depender do contexto musical específico e do efeito sonoro desejado. A sua presença na música birmanesa atesta a rica diversidade dos instrumentos de sopro tradicionais desta região do Sudeste Asiático.

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Palwei, Myanmar

Palwei, Myanmar

Pakavaj é um bimembranofone tradicional do norte da Índia, também conhecido por pakhawaj, mardal, pakuaj, pakhvaj e mardala. É frequentemente comparado à mridanga do sul da Índia devido à sua forma cilíndrica e ao uso de peles tensionadas em ambas as extremidades. No entanto, existem diferenças significativas na sua construção, sonoridade e utilização musical.

O corpo do Pakavaj é tipicamente esculpido numa única peça de madeira, como jacarandá ou sândalo, apresentando uma forma de barril mais alongada do que a mridanga. As peles, geralmente de cabra, são fixadas nas extremidades e tensionadas por um sistema de tiras de couro entrelaçadas ao longo do corpo do instrumento. Pequenos blocos de madeira são inseridos sob estas tiras para ajustar a tensão e, consequentemente, a afinação das peles.

Uma característica distintiva do Pakavaj é a aplicação de uma pasta preta permanente (“syahi”) no centro da pele do lado direito (agudo), semelhante à tabla e à mridanga, que contribui para a clareza e a definição das notas agudas. No lado esquerdo (grave), aplica-se uma pasta temporária feita de farinha de trigo e água (“atta”), que é removida após a sessão musical. Esta pasta ajuda a produzir um som grave e ressonante característico.

O Pakavaj é tradicionalmente tocado horizontalmente, colocado sobre um suporte ou no colo do músico, com ambas as mãos a percutir as peles. Produz um som profundo, melodioso e rico em harmónicos. É o instrumento de percussão padrão no estilo vocal Dhrupad e acompanha também o raro instrumento de corda Been. Embora partilhe semelhanças com a mridanga, o Pakavaj possui uma sonoridade mais grave e um papel específico na música clássica do norte da Índia.

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Pakavaj, Índia

Pakavaj, Índia

Também conhecido por pakuaj, pakhvaj, pakavaj e mardala, semelhante a mridanga do sul da Índia, o mardal é um instrumento musical tradicional do norte da Índia, especificamente da região de Odisha.

É um tambor de duas faces feito a partir de uma única peça de madeira. Tem formato cónico, com a parte inferior mais estreita do que a parte superior. As faces do tambor são cobertas com pele de animal, geralmente de cabra.

Uma característica única do mardal é o seu som distintivo. Ele produz uma combinação de graves e agudos, dependendo de quais partes do tambor são tocadas. O músico geralmente usa as mãos para tocar o instrumento, embora também possa usar baquetas de madeira.

O mardal é amplamente utilizado na música clássica indiana, especialmente no género de música odissi, que é originário de Odisha. É um instrumento bastante versátil e pode ser usado tanto para acompanhar danças como para tocar solos intricados.

Além disso, o mardal também desempenha um papel importante em cerimónias religiosas e festivais em Odisha, onde é tocado para acompanhar cantos devocionais e rituais.

O instrumento tem uma longa história na cultura indiana e é considerado uma parte essencial da tradição musical do país.

(com IA)

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.

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Mardal, Índia

Mardal, Índia

Panchamukha vadyam é um imponente tambor indiano de metal, exclusivamente utilizado na música ritualística dos templos. O seu nome, que significa literalmente “instrumento de cinco faces”, reflete a sua característica mais distintiva: cinco superfícies de percussão distintas, cada uma com um nome associado às cinco faces de Shiva, uma das principais divindades do hinduísmo: Sadyojatam, Isanam, Tatpurusham, Aghoram e Vamadevam.

A construção deste instrumento é notável. O corpo é feito de metal, geralmente bronze ou cobre, moldado de forma a criar cinco aberturas circulares, cada uma coberta por uma membrana de pele animal. A membrana central é invariavelmente a maior, produzindo o som mais grave e fundamental. As outras quatro membranas, dispostas ao seu redor, são geralmente menores e afinadas em tons mais agudos, oferecendo uma variedade tonal ao instrumento.

A tensão de cada membrana pode ser ajustada individualmente através de um sistema de cordéis que as prendem à estrutura metálica. Este mecanismo permite ao músico afinar cada face do tambor de acordo com as necessidades do ritual ou da peça musical. O Panchamukha Vadyam é percutido com ambas as mãos, utilizando diferentes técnicas e intensidades para explorar a gama sonora das suas cinco faces.

A sua utilização está estritamente ligada aos ritos e cerimónias dos templos hindus, onde o seu som profundo e multifacetado contribui para a atmosfera sagrada e para a intensidade emocional das práticas religiosas. Acredita-se que o som das suas cinco faces reverbera com as energias das cinco faces de Shiva, invocando a sua presença e bênçãos. Dada a sua natureza sagrada e o seu uso específico, o Panchamukha Vadyam não é comum em contextos musicais seculares, permanecendo um instrumento cerimonial de grande importância cultural e religiosa na Índia.

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Panchamukha vadyam, Índia

Panchamukha vadyam, Índia

Otsuzumi, também conhecido como Okawa, é um tambor bimembranofone japonês que se distingue pela sua forma de ampulheta, característica partilhada com o seu parente menor, o Tsuzumi (ou Kotsuzumi). No entanto, o Otsuzumi é uma versão significativamente maior, o que lhe confere uma sonoridade mais profunda, ressonante e poderosa. Este instrumento desempenha um papel crucial tanto no teatro tradicional japonês, nomeadamente no Noh e no Kabuki, quanto em diversas formas de música folclórica e clássica.

A construção do Otsuzumi envolve um corpo de madeira em forma de ampulheta, geralmente feito de cerejeira. Duas peles de animal, tradicionalmente de veado, são esticadas sobre as extremidades mais largas do corpo e fixadas por cordas de cânhamo intrincadamente entrelaçadas. A tensão destas cordas pode ser ajustada para alterar a afinação do tambor, permitindo aos músicos adaptarem o som às necessidades da peça musical. Pequenos pedaços de papel (“choshi-gami”) são frequentemente inseridos entre as peles e o corpo para refinar ainda mais o timbre.

A técnica de execução do Otsuzumi é altamente ritualizada e exige grande precisão e força. O tambor é geralmente segurado no ombro do músico, que o percute com uma mão usando os dedos e a palma, enquanto a outra mão ajusta a tensão das cordas para modificar o tom imediatamente antes ou durante o golpe. Esta manipulação da tensão permite a produção de uma variedade de sons, desde um estrondo seco e agudo até um rugido profundo e prolongado.

No teatro Noh, o Otsuzumi, juntamente com o Kotsuzumi e os tambores Taiko e Shime-daiko, forma a parte percussiva essencial, conhecida como “hayashi”. Cada tambor possui um papel específico na estrutura rítmica e na atmosfera da peça. A sonoridade grave e imponente do Otsuzumi contribui para os momentos de clímax e para a intensidade dramática das representações. A sua presença na música tradicional japonesa sublinha a sua importância cultural e a sua rica herança sonora.

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Otsuzumi, Japão

Otsuzumi, Japão

Yatuga, também conhecida como cítara da Mongólia, é um instrumento de corda dedilhada com um timbre doce e melodioso, profundamente enraizado na tradição musical da Mongólia. Pertencente à família das cítaras, a Yatuga possui uma longa caixa de ressonância retangular, geralmente feita de madeira, sobre a qual se estendem um número variável de cordas de seda ou metal.

Uma característica social e histórica interessante da Yatuga reside na distinção do número de cordas e no seu uso. Tradicionalmente, a Yatuga de 12 cordas era um instrumento de prestígio, tocado exclusivamente nas cortes reais e nos mosteiros budistas. O seu acesso era proibido aos pastores, a maioria da população mongol, que só tinham permissão para tocar uma versão menor, a Yatuga de 10 cordas. Esta restrição reflete a hierarquia social e o valor cultural atribuído ao instrumento de maior complexidade.

As cordas da Yatuga são esticadas ao longo da caixa de ressonância e elevadas por pequenas pontes. São dedilhadas com os dedos ou com pequenos plectros presos aos dedos, produzindo um som suave e lírico. A técnica de execução envolve a criação de melodias, harmonias e ornamentações, explorando a ressonância da longa caixa de madeira.

Apesar da distinção histórica no número de cordas e no seu uso social, ambas as versões da Yatuga desempenham um papel importante na música tradicional mongol. A sua sonoridade evoca as vastas estepes e a rica herança cultural do país. Nos tempos modernos, a Yatuga é apreciada tanto em apresentações solo quanto em agrupamento, continuando a encantar os ouvintes com o seu timbre doce e a sua expressividade melódica. 

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Yatuga, Mongólia

Yatuga, Mongólia

Satara é um instrumento de sopro tradicional do Paquistão, conhecido por diversos nomes regionais como jorhi, pawa jorhi, do nali, donal, giraw, ou nagoze. A sua característica distintiva reside na sua construção com duas flautas paralelas, unidas entre si. Esta configuração permite uma execução musical única, onde uma das flautas é utilizada para tocar a melodia principal, enquanto a outra emite um bordão constante, criando uma textura sonora rica e envolvente.

As duas flautas do Satara são geralmente feitas de madeira ou bambu, com comprimentos e diâmetros que podem variar ligeiramente, influenciando a sua afinação e timbre. A flauta melódica possui uma série de orifícios para os dedos, permitindo ao músico produzir diferentes notas ao abrir e fechar estas aberturas. A flauta de bordão, por outro lado, possui menos orifícios ou nenhum, sendo afinada para uma nota fundamental que serve de acompanhamento contínuo à melodia.

A técnica de execução do Satara exige coordenação e habilidade do músico, que sopra simultaneamente nas duas flautas através de uma embocadura comum ou separada. Os dedos são utilizados para manipular os orifícios da flauta melódica, enquanto a flauta de bordão fornece uma base harmónica constante, semelhante ao efeito de um drone em outros instrumentos como a gaita de foles.

O Satara desempenha um papel importante na música folclórica do Paquistão, sendo frequentemente utilizado em apresentações rurais, celebrações e festivais. A sua sonoridade característica, com a melodia a destacar-se sobre o fundo constante do bordão, evoca a paisagem e as tradições musicais da região. Apesar da sua simplicidade construtiva, o Satara é capaz de produzir melodias expressivas e ritmos cativantes, mantendo viva uma rica herança musical.

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Satara, Paquistão

Satara, Paquistão

O yakumogoto é um instrumento musical tradicional do Japão, muito associado à religião xintoísta. É semelhante ao ichigenkin, um tipo de cítara japonesa de uma única corda, mas o yakumogoto possui duas cordas.

Foi criado por Nakayama Kotonushi em 1820, com o objetivo de criar um instrumento que pudesse acompanhar o canto xintoísta nos rituais religiosos. O nome “yakumogoto” significa literalmente “instrumento de oito nuvens” em japonês, possivelmente referindo-se às oito cordas do original ichigenkin.

O yakumogoto é tradicionalmente feito com uma caixa de ressonância retangular, uma ponte de osso ou madeira e duas cordas de seda ou nylon, afinadas geralmente em quintas. O músico toca o instrumento usando uma palheta de madeira ou os dedos para beliscar e produzir as notas musicais.

Atualmente, o yakumogoto é usado principalmente em apresentações religiosas e cerimónias xintoístas. Também pode ser encontrado em espetáculos de música tradicional japonesa e é considerado um instrumento culturalmente importante no país.

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Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas tensionadas.

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Yakumogoto, Japão

Yakumogoto, Japão

Yamatagoto, também conhecido como wagon ou azumagoto, é uma cítara japonesa que se distingue do mais conhecido koto e de outros cordofones tradicionais do Japão por sua origem genuinamente japonesa. Enquanto o koto foi introduzido na corte japonesa da China durante o período Nara (século VIII), o Yamatagoto possui raízes autóctones, remontando a períodos ainda mais antigos da história japonesa.

A construção do Yamatagoto é relativamente simples, consistindo numa longa caixa de ressonância de madeira, geralmente feita de cedro japonês (sugi). Sobre esta caixa, são esticadas tipicamente seis cordas de seda, embora algumas versões mais antigas pudessem ter cinco. As cordas são elevadas por pequenas pontes móveis, que permitem ajustar a afinação de cada corda individualmente. O instrumento é colocado horizontalmente no chão ou sobre um suporte baixo, e o músico ajoelha-se para tocar.

A técnica de execução do Yamatagoto envolve o dedilhar das cordas com os dedos da mão direita, utilizando unhas postiças feitas de bambu ou marfim para produzir um som mais claro e incisivo. A mão esquerda pode pressionar as cordas entre as pontes para obter diferentes alturas ou aplicar técnicas de vibrato. O repertório tradicional do Yamatagoto inclui melodias curtas, muitas vezes com carácter cerimonial ou folclórico, que refletem a sua antiga ligação com as tradições japonesas.

Embora o koto tenha se tornado o instrumento de cítara mais proeminente no Japão, o Yamatagoto preserva uma identidade única como um instrumento nativo, com uma história e um repertório distintos. A sua sonoridade suave e melancólica evoca uma atmosfera ancestral, ligando os ouvintes às raízes musicais do Japão. A sua presença, embora menos comum em apresentações modernas, continua a ser valorizada como um elo importante com o passado musical do país.

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Yamatagoto, Japão

Yamatagoto, Japão