Trompa de harmonia
A trompa teve a sua origem no olifante e no shofar dos hebreus, instrumentos ainda em uso nas cerimónias ligadas ao Ano Novo judeu e à Festa da Expiação. Além dos egípcios e hebreus, também os gregos fizeram uso do shofar e do Kegos (trompa) para anunciar ao povo as suas reuniões religiosas e profanas. A trompa de metal foi construída por volta de 1400 e tornou-se um instrumento muito utilizado em França até ao reinado de Luís XV, tendo neste país encontrado a sua grande expansão. Daí que os ingleses lhe tenham chamado french horn (trompa francesa). Ao longo dos tempos, a trompa foi sofrendo várias modificações, a começar pelo nome: trompa de caça, trompa lisa ou de mão, trompa cromática ou de pistões, trompa de harmonia, como hoje é conhecida, ou simplesmente trompa.
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Trompa de harmonia do Museu Nacional da Música, construída por Marcel-Auguste Raoux em 1835, encomenda de Joaquim Pedro Quintela (1801-1869), 2.º barão de Quintela e 1.º conde de Farrobo, próspero negociante e abastado proprietário que pôs uma boa parte da sua fortuna ao serviço da música. A grande quantidade de festas promovidas por Joaquim Pedro Quintela, conde de Farrobo, no Teatro Thalia, do qual era proprietário, deu origem à expressão “farrobodó”, cujo uso corrente é “forrobodó”.