Tag Archive for: cordofones

Clavichord é o termo inglês para clavicórdio. É um pequeno instrumento de tecla, predecessor do piano. Inventado no século XIV, ostenta o título de mais antigo cordofone de teclado e percussão. O seu mecanismo de produção sonora é engenhoso: ao pressionar uma tecla, uma pequena lâmina de metal, denominada “tangente”, eleva-se e percute a corda, permanecendo em contacto com ela enquanto a tecla é mantida pressionada. Esta característica única permite ao músico exercer um controlo subtil sobre o volume e o vibrato, conferindo ao clavicórdio uma expressividade delicada.

Durante os séculos XVII e XVIII, o clavicórdio alcançou grande popularidade, particularmente nos países de língua alemã, na Escandinávia e na Península Ibérica. Nesse período, tornou-se o instrumento doméstico por excelência para a prática musical e para a execução de peças a solo. A sua sonoridade suave e a sua portabilidade relativa tornavam-no ideal para ambientes privados, contrastando com o volume e a projeção de outros instrumentos de teclado da época, como o cravo. 

Num teclado, cada tecla ativa uma nota diferente. Na maior parte dos casos, as teclas estão ordenadas com as notas mais graves à esquerda, e as notas mais agudas à direita. No clavicórdio, as teclas ativam um mecanismo com uma tangente para percutir cordas.

ETIQUETAS

  • Cordofones de teclado
  • Instrumentos começados por p
  • Instrumentos de corda percutida
Clavichord, instrumento de tecla e corda percutida

Clavichord, instrumento de tecla e corda percutida

Viola, Viola d’arco, ou violeta, é um instrumento de quatro cordas e arco da orquestra, semelhante ao violino na aparência e no modo de tocar.

Apesar da semelhança visual e na técnica de execução, a maior dimensão da Viola d’arco confere-lhe uma sonoridade distinta. O seu timbre é mais doce, mais rico em harmónicos graves, possuindo uma qualidade melancólica e introspectiva que a situa num registo intermédio, preenchendo o espaço sonoro entre o brilho agudo do violino e a profundidade ressonante do violoncelo.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais em Portugal
  • Instrumentos musicais da orquestra
  • Quarteto de cordas
  • Instrumentos de corda friccionada
  • Cordofones de arco
  • Instrumentos começados por v
Violetista Joana Cipriano tocando

Violetista Joana Cipriano tocando

Baixo fretless é uma guitarra ou um baixo em que não há trastos (pequenas divisões de metal), muito popular no Jazz, Funk e R&B.

Sem os trastos para definir precisamente a altura das notas, o músico de baixo fretless desenvolve uma sensibilidade apurada no posicionamento dos dedos. Pequenas variações na pressão e na localização dos dedos ao longo do braço resultam em microtonalidades e glissandos suaves, um efeito de “deslize” entre as notas que confere um caráter vocal e melancólico ao instrumento. Esta capacidade de manipular o tom de forma contínua permite uma expressividade única, ideal para linhas melódicas sinuosas e para a criação de grooves com um toque especial.

Embora exija uma técnica precisa e um bom ouvido para a afinação, o baixo fretless recompensa o músico com uma sonoridade rica em harmónicos, com um timbre quente e aveludado que se destaca na mistura sonora. Nos géneros onde reina a improvisação e a liberdade expressiva, o baixo fretless torna-se uma ferramenta poderosa para criar linhas de baixo sofisticadas e emotivas, adicionando uma camada extra de profundidade e sentimento à música.

ETIQUETAS

  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Cordofones sem trastos
Baixo fretless

Baixo fretless

Harpa celta, ou harpa céltica, é um cordofone dedilhado, uma pequena harpa de 24 a 34 cordas e cerca de 1,5 metros de altura. É um verdadeiro símbolo da Irlanda, cuja bandeira integra. É representada em moedas e inspirou uma ponte em Dublin.

A sonoridade da harpa celta é doce e cristalina, perfeita para baladas melancólicas, danças alegres e a narração de contos ancestrais. A sua portabilidade, em comparação com harpas maiores, permitiu que viajasse com os músicos, difundindo a sua música e a sua simbologia.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas tensionadas.

ETIQUETAS

  • Instrumentos tradicionais da Irlanda do Norte
  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Família das harpas
  • Instrumentos começados por h
Harpa celta de 12 cordas

Harpa celta de 12 cordas

Viola bastarda, o mesmo que lira-Viola, é uma guitarra em forma de lira fabricada no século XIX que fazia o contraponto à melodia principal.

Existe um exemplar no Museu Nacional Soares dos Reis (Porto).

A sua estrutura, com o corpo a evocar as formas clássicas da lira, certamente a distinguia visualmente. As cordas, dispostas ao longo de um braço trastejado como o de uma guitarra, permitiam ao músico dedilhar acordes e linhas melódicas que dialogavam com a melodia principal. O seu papel era o de criar um contraponto, uma voz secundária que enriquecia a textura musical.

O termo “bastarda” pode sugerir uma posição menos importante, mas o contraponto é fundamental para a profundidade e a complexidade da música. A Viola bastarda, portanto, desempenhava um papel crucial ao adicionar camadas harmónicas e linhas melódicas que se entrelaçavam com a melodia principal, criando uma experiência auditiva mais rica e interessante.

ETIQUETAS

  • Instrumentos caídos em desuso
  • Instrumentos inventados no século XIX
  • Instrumentos começados por v
Lira viola, França, Museu Nacional Soares dos Reis, créditos António José Ferreira

Lira Viola, França, Museu Nacional Soares dos Reis, créditos António José Ferreira

Piano de cauda, ou piano de concerto, é um cordofone de teclado, como 88 cordas por martelos, e com maior capacidade sonora que o piano vertical. No século XIX, a armação de ferro fundido contribuiu para aumentar a tensão das cordas, produzindo-se um som mais cheio.

O piano de cauda é o rei dos cordofones de teclado. Distinguindo-se do piano vertical pela sua disposição horizontal das cordas e pela maior extensão destas, o piano de cauda possui uma capacidade sonora incomparável. A sua ressonância rica e profunda enche as salas de concerto com uma sonoridade plena e expressiva, capaz de matizes delicados e de poderosos crescendos.

Um marco fundamental na sua evolução aconteceu no século XIX com a introdução da armação de ferro fundido. A inovação permitiu suportar uma tensão muito maior das cordas, resultando num som ainda mais cheio, potente e com maior sustentação. O piano de cauda tornou-se, assim, o instrumento de eleição para os grandes concertos e para a expressão máxima da arte pianística, um símbolo de virtuosismo e de beleza sonora. 

ETIQUETAS

  • Cordofones de tecla
  • Instrumentos de corda percutida
Piano de cauda

Piano de cauda