Enciclopédia de instrumentos musicais do mundo

Nagaswaram (nadaswaram, nadhaswaram, ou nathaswaram) é um instrumento de sopro de palheta dupla semelhante ao shehnai do Norte da Índia, mas mais longo. Faz parte da tradição instrumental clássica de Tamilnadu, Andhra Pradesh, Karnataka e Kerala. Na cultura Tamil é considerado auspicioso e toca em quase todos os casamentos.
Nadhaswaram (nadaswaram, nagaswaram, ou nathaswaram) é um instrumento de sopro de palheta dupla semelhante ao shehnai do Norte da Índia, mas mais longo. Faz parte da tradição instrumental clássica de Tamilnadu, Andhra Pradesh, Karnataka e Kerala. Na cultura Tamil é considerado auspicioso e toca em quase todos os casamentos.
Mouth organ é um termo inglês que pode designar dois instrumentos: o que vulgarmente em Português se chama “harmónica”, ou órgão de tubos de boca, o “sheng” chinês, por exemplo. O sheng é um aerofone chinês de palheta livre. É um instrumento polifónico que goza de muita popularidade como instrumento solista. É formado por 17 tubos verticais (canas de bambu) e uma câmara de vento (à qual estão ligados tubos) para cujo interior o músico sopra. Remonta provavelmente a 3000 anos a. C.

Gembri (também grafado como gumbri, guembri, gambri, guember) é um fascinante instrumento de corda dedilhada com raízes profundas na música do Norte de África, particularmente em Marrocos, Argélia, Tunísia e Mali. Derivado do ngoni, um alaúde tradicional da África Ocidental, o gembri possui características únicas que o distinguem e lhe conferem um papel especial nas tradições musicais dessas regiões.

Características Físicas e Construção:

Corpo: O corpo do gembri é geralmente feito de uma caixa de ressonância retangular ou trapezoidal, frequentemente construída a partir de madeira ou, tradicionalmente, de um tronco de árvore oco coberto com pele de camelo ou cabra esticada. Esta pele vibrante atua como uma membrana, semelhante à de um banjo, produzindo um som característico e ressonante.

Braço: Um braço longo e geralmente sem trastes estende-se a partir do corpo. Tradicionalmente, este braço pode ser feito do mesmo material que o corpo ou de uma madeira diferente. A ausência de trastos permite uma maior flexibilidade nas afinações e na produção de microtons, importantes em muitas músicas tradicionais do Norte de África.

Cordas: O número de cordas varia, mas geralmente possui de duas a três cordas feitas tradicionalmente de tripa animal ou, mais modernamente, de nylon. Estas cordas são afinadas em intervalos específicos, que podem variar dependendo da região e da tradição musical.

Ponte: Uma pequena ponte de madeira ou osso eleva as cordas acima da membrana, permitindo a sua vibração.

Pestana: Uma pestana no topo do braço guia as cordas até as cravelhas de afinação.

Decoração: Os gembri podem apresentar decorações entalhadas no corpo e no braço, ou serem adornados com contas e outros materiais, refletindo a estética e a identidade cultural do seu construtor e utilizador.

Som e Técnica de Execução:

Som: O som do gembri é geralmente descrito como profundo, ressonante e com uma qualidade percussiva devido à membrana de pele. As cordas dedilhadas produzem notas distintas que se misturam com a vibração da pele, criando uma textura sonora rica e terrosa.
Técnica: O gembri é tradicionalmente tocado dedilhando as cordas com os dedos de uma mão, enquanto a outra mão pode ser usada para manipular a tensão da pele ou produzir efeitos percussivos no corpo do instrumento. A ausência de trastes permite a execução de glissandos e microtons, elementos importantes na música gnawa e em outras tradições musicais do Norte de África.

Papel Cultural e Musical:

Música Gnawa: O gembri é um instrumento central na música gnawa de Marrocos e de partes da Argélia. Nos rituais gnawa (lila), o gembri é tocado pelo maâlem (mestre músico), que lidera as cerimónias espirituais através da sua música hipnótica e ritmada. O som profundo do gembri é considerado a voz do camelo, um animal com fortes conotações espirituais na cultura gnawa.

Outras Tradições Musicais: Além da música gnawa, o gembri também é encontrado em outras tradições musicais do Norte de África, onde desempenha papéis variados, desde acompanhamento melódico até à criação de ritmos de dança.

Evolução e Influências: Como derivado do ngoni, o gembri partilha uma linhagem com outros instrumentos de corda da África Ocidental. Ao longo do tempo, adaptou-se aos contextos culturais e musicais do Norte de África, desenvolvendo características próprias.

Em resumo, o gembri é mais do que um simples instrumento musical; é um artefacto cultural carregado de história e significado. O seu som único e a sua ligação profunda com tradições musicais como a gnawa fazem dele um elemento essencial da paisagem sonora do Norte de África.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais de Marrocos
  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Instrumentos começados por g
Gembri, Norte de África

Gembri, Norte de África

Guember, também conhecido por gumbri, guembri, gambri ou guember, é um instrumento de corda dedilhada com raízes profundas na música do Norte de África, nomeadamente em Marrocos, Tunísia, Argélia e Mali. Descendente do ngoni da África Ocidental, o guember possui características distintas que o singularizam.

O seu corpo, geralmente retangular ou trapezoidal, é tradicionalmente construído a partir de um tronco oco coberto por uma pele esticada de camelo ou cabra, funcionando como uma membrana ressonante similar à de um banjo. Um braço longo, tipicamente sem trastes, estende-se do corpo, permitindo grande flexibilidade nas afinações e na produção de microtons característicos da música regional.

O número de cordas varia, mas usualmente apresenta duas ou três, feitas tradicionalmente de tripa animal ou, modernamente, de nylon. Estas são elevadas por uma pequena ponte sobre a membrana e guiadas por uma pestana até às cravelhas de afinação. O instrumento pode exibir decorações entalhadas ou adornos diversos, refletindo a estética cultural.

O som do guember é profundo, ressonante e percussivo devido à pele vibrante. É tocado dedilhando as cordas, enquanto a outra mão pode manipular a tensão da pele para efeitos sonoros adicionais. É um instrumento central na música gnawa de Marrocos e Argélia, onde o maâlem (mestre músico) o utiliza nos rituais espirituais (lila). O seu som grave é associado à voz do camelo, simbolicamente importante na cultura gnawa. Além da música gnawa, o guember também integra outras tradições musicais do Norte de África, desempenhando papéis melódicos e rítmicos. A sua evolução a partir do ngoni demonstra a adaptação e a importância cultural deste instrumento na paisagem sonora da região.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas em tensão.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais de Marrocos
  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Instrumentos começados por g
Guember, Rabat, Marrocos

Guember, Rabat, Marrocos

Ragai é um aerofone da família das trombetas naturais tradicional da Lituânia (Europa). Embora possa ser menos conhecido internacionalmente do que outros instrumentos de sopro, o ragai possui características únicas e um significado cultural importante na Lituânia.

Características Físicas e Construção:

Material: Tradicionalmente, o ragai é construído a partir de materiais naturais encontrados no ambiente rural lituano. Os materiais mais comuns incluem casca de árvore (especialmente de bétula ou salgueiro), madeira (como bordo ou freixo), ou até mesmo chifres de animais (como os de vaca ou carneiro).

Forma: A forma do ragai pode variar consideravelmente dependendo do material e da técnica de construção. Geralmente, apresenta um formato cónico ou ligeiramente curvo, alargando-se numa extremidade para formar uma campânula (a parte que amplifica o som). O comprimento também pode variar, influenciando a afinação e o timbre do instrumento.

Bocal: O bocal do ragai é geralmente uma abertura simples na extremidade mais estreita do tubo. Em alguns casos, pode ser ligeiramente moldado para facilitar a embocadura. Não possui peças complexas como válvulas ou pistões, característicos das trombetas modernas.

Técnica de Construção: A construção do ragai muitas vezes envolve técnicas artesanais tradicionais. A casca de árvore, por exemplo, pode ser enrolada e fixada para formar um tubo. A madeira pode ser escavada ou unida em secções. Os chifres são naturalmente ocos e podem ser adaptados como instrumentos de sopro com pouca modificação.

Som e Técnica de Execução:

Som: Como uma trombeta natural, o ragai produz uma série harmónica de notas, dependendo da pressão do ar e da embocadura tocador. Não é capaz de produzir todas as notas da escala cromática como uma trombeta com válvulas. O timbre do ragai varia dependendo do material de construção, mas geralmente é descrito como um som forte, rústico e penetrante, com uma qualidade natural e terrosa. Os ragai feitos de casca tendem a ter um som mais suave e aveludado, enquanto os de madeira ou chifre podem ser mais brilhantes e potentes.

Técnica: A técnica de execução envolve o controlo da respiração e dos músculos faciais (embocadura) para produzir diferentes alturas dentro da série harmónica do instrumento. Os исполнители experientes podem executar melodias simples, sinais e chamados utilizando as notas disponíveis.

Papel Cultural e Musical:

Sinalização e Comunicação: Historicamente, o ragai era frequentemente utilizado para fins práticos, como sinalizar no campo, chamar animais, ou comunicar entre comunidades rurais. O seu som potente podia viajar longas distâncias.

Música Folclórica: O ragai também desempenha um papel importante na música folclórica lituana. Pode ser tocado como um instrumento solista, em dueto ou em conjuntos instrumentais maiores. A sua sonoridade única contribui para a identidade sonora da música tradicional lituana.

Rituais e Festividades: Em algumas regiões e ocasiões, o ragai pode estar associado a rituais e festividades tradicionais, adicionando uma dimensão sonora especial às celebrações.

Preservação Cultural: Hoje em dia, com a modernização e a introdução de outros instrumentos, o ragai pode ser menos comum no uso quotidiano, mas continua a ser valorizado como um símbolo da herança cultural lituana. Esforços são feitos para preservar a sua construção e técnica de execução, garantindo que as futuras gerações possam apreciar este instrumento tradicional.

Em resumo, o ragai é mais do que um simples instrumento de sopro; é uma janela para o passado rural da Lituânia, um testemunho da engenhosidade humana na utilização de recursos naturais para criar música e comunicação. O seu som único e a sua ligação com as tradições folclóricas conferem-lhe um lugar especial no património cultural lituano.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais da Lituânia
  • Instrumentos de sopro
  • Família das trombetas naturais
  • Instrumentos começados por r
Ragai, Lituânia

Ragai, Lituânia

Cimbolai (do grego kymbalon) é um cordofone de percussão em forma trapezoidal tradicional da Lituânia, aonde chegou na Idade Média através do Grão-Ducado da Lituânia.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas tensionadas.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais da Lituânia
  • Instrumentos de corda percutida
  • Instrumentos começados por c
Cimbolai, cordofone percutido, Lituânia

Cimbolai, cordofone percutido, Lituânia

Molinukas (rouxinol) é um instrumento de sopro de argila tradicional da Lituânia (Europa). É utilizado na música folclórica e como brinquedo. Geralmente tem dois orifícios, mas pode ter até quatro. Com água, o sopro imita o chilrear de passarinhos.

É um pequeno instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. É da família das flautas globulares, flautas de embocadura fechada.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais da Lituânia
  • Instrumentos de sopro de argila
  • Brinquedos musicais
  • Instrumentos começados por m
Molinukas, aerofone, Lituânia

Molinukas, aerofone, Lituânia

Lumzdelis é um instrumento de sopro tradicional da Lituânia (Europa).

É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais da Lituânia
  • Aerofones de aresta
  • Família das flautas
  • Instrumentos começados por l
Lumzdelis, flauta, Lituânia

Lumzdelis, flauta, Lituânia

Sekminiu ragelis é um instrumento de sopro tradicional da Lituânia (Europa).

É um instrumento de sopro do grupo 422 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de palheta em que o músico sopra colocando a palheta em vibração.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais da Lituânia
  • Instrumentos de sopro
  • Instrumentos começados por s
Sekminiu ragelis, Lituânia

Sekminiu ragelis, Lituânia