Batuque, ou tam-tam, é um unimembranofone tradicional de Angola (África) tipicamente utilizado pelos Mbundu. Existem vários tipos de batuque com diferenças no tamanho, forma, elementos decorativos e material de que são feitos. O batuque serviu antigamente como forma de comunicação.
Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.
Trombone é um aerofone da família dos metais cuja invenção remonta ao século XV. O seu nome deriva do italiano e significa trompete grande, sendo mais grave que a trompete e mais agudo que a tuba. Não sendo um instrumento transpositor, tem sua notação na clave de fá – para as regiões grave e média da tessitura – e clave de dó na quarta ou terceira linha – para os médios e agudos. Eventualmente, especialmente na composição francesa e para a região aguda, o trombone tem sua notação em clave de sol.
Oboé é um aerofone de madeira com corpo cónico e palheta dupla, que constitui por si mesmo uma subfamília (oboé soprano em Dó, o oboé d’amore em Lá, o corne inglês em Fá, e outros mais raros). A palavra deriva do francês “hautbois”. O executante deste instrumento chama-se oboísta.
Tuba é um aerofone de metal dotado de um tubo largo e válvulas, o maior e o mais grave da secção de metais da orquestra. Foi integrado na orquestra no século XIX, substituindo o oficleide.
Pã (Lupércio ou Lupercus em Roma) é o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores na mitologia grega. Reside em grutas e vaga pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas.
Cultura e História
É representado com orelhas, chifres e pernas de bode, amante da música, traz sempre consigo uma flauta. É temido por todos aqueles que necessitam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispunham a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que é atribuídos a Pã; daí o termo “pânico”.
Os latinos chamavam-no também de Fauno e Silvano e tornou-se símbolo do mundo por ser associado à natureza e simbolizar o universo.
Em Roma, chamado de Lupércio, é o deus dos pastores e de seu festival, celebrado no aniversário da fundação de seu templo, denominado de Lupercália, nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro. Pã é associado com a caverna onde Rômulo e Remo foram amamentados por uma loba. Os sacerdotes que o cultuavam vestiam-se de pele de bode.
Nos últimos dias de Roma, os lobos ferozes vagavam próximos às casas. Os romanos então convidavam Luperco para manter os lobos afastados.
Pã apaixonou-se pela náiade Siringe, que rejeitou com desdém o seu amor, recusando-se a aceitá-lo como seu amante pelo facto de ele não ser nem homem, nem bode. Pã então perseguiu-a, mas Siringe, ao chegar à margem do rio Ladon e vendo que já não tinha possibilidade de fuga, pediu às ninfas dos rios, as náiades, que mudassem a sua forma. Estas, ouvindo as suas preces, atenderam ao seu pedido e a transformaram em caniço. Quando Pã a alcançou e quis agarrá-la, não havia nada, exceto o caniço e o som que o ar produzia ao atravessá-lo. Ao ouvir aquele som, Pã ficou encantado e resolveu então juntar caniços de diferentes tamanhos, inventando um instrumento musical ao qual chamou Siringe (instrumento, em honra à ninfa. Esse instrumento musical é mais conhecido pelo nome de flauta de pã, em honra ao próprio deus.
Pã teria sido um dos filhos de Zeus com sua ama de leite, a cabra Amalteia. Seu grande amor no entanto foi Selene, a Lua. Em uma versão egípcia, Pã estava com outros deuses nas margens do rio Nilo e surgiu Tifão, inimigo dos deuses. O medo transformou cada um dos deuses em animais e Pã, assustado, mergulhou num rio e disfarçou assim metade de seu corpo, sobrando apenas a cabeça e a parte superior do corpo, que se assemelhava ao de um bode; a parte submersa adotou uma aparência aquática. Zeus considerou este estratagema de Pã muito esperto e, como homenagem, transformou-o em uma constelação, a que seria Capricórnio.
Fonte: Cultura e História
Pã e a Syrinx
https://www.musis.pt/wp-content/uploads/2020/04/pa-e-a-syrinx-nicolas-poussin.jpeg401400António Ferreirahttp://musis.pt/wp-content/uploads/2022/05/cropped-musis-logo-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-04-13 16:18:322022-05-04 12:08:36Pã e Syrinx
Siringa, (xiringa, na Galiza) é um das designações da flauta de Pã em língua espanhola. Entre outras utilizações é tocada por afiadores de facas para se fazerem anunciar aos clientes. “Siringa” tem origem na Grécia Antiga, em honra da náiade Siringa, a ninfa pela qual se namorou o semideus Pã e foi convertida em cana. O instrumento pode ser feito de metal, de plástico, de madeira ou de cana.
É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, flauta de embocadura aberta.
Sanshin (literalmente, três cordas) é um cordofone tradicional do Japão, concretamente da província de Okinawa. A sua semelhança com o sanxian chinês sugere origens chinesas por via das fortes ligações do Reino de Ryukyu (que governava Okinawa antes dos japoneses) com a China. No século XVI, o sanshin chegou a Osaka e evoluiu para dar origem ao shamisen, instrumento de maior porte.
Situa-se no índice 31 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais (cordofones simples, compostos de cordas esticadas em um suporte) com caixa de ressonância, neste caso.
Robab (rubab ou rabab) é um cordofone tipo alaúde originário do Afeganistão central e instrumento nacional do Afeganistão. É usado por vários grupos étnicos na Ásia Ocidental.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
Tokere, ou to’ere, é um instrumento de percussão da Polinésia, utilizado por orquestras tradicionais para acompanhar música e dança. É um tambor oblongo de fenda longitudinal decorada com motivos polinésios. Pode ter pequenas dimensões (tokere-mamaiti), médias (tokere-tangarongaro) e grandes (tokere-taki ou tokere-atupaka).
É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida). Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida.