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Surmandal, também conhecido como Swarmandal, é um cordofone indiano pertencente à família das cítaras, desempenhando um papel de acompanhamento proeminente na música clássica Hindustani. O seu nome literalmente significa “grupo de tons”, refletindo a sua capacidade de produzir um rico leque de ressonâncias harmónicas.

O instrumento consiste numa caixa de ressonância retangular e rasa, sobre a qual se estendem numerosas cordas de metal, tipicamente entre 30 e 40, ou até mais em algumas versões. Estas cordas são afinadas diatonicamente ou cromaticamente, de acordo com a raga (modo musical) a ser interpretada. As cordas são dispostas em fileiras paralelas e esticadas sobre pequenas pontes, permitindo a sua vibração livre.

O Surmandal é tocado dedilhando as cordas com os dedos de ambas as mãos. O músico desliza suavemente os dedos pelas cordas, criando um acompanhamento textural e harmónico para o vocalista ou o instrumentista principal. Não possui um braço ou um sistema de trastes para produzir melodias distintas como um sitar ou um sarod. Em vez disso, o seu foco reside na criação de um ambiente sonoro exuberante e sustentado, enriquecendo a interpretação principal com um tapete de harmonia e ressonância.

A técnica de tocar o Surmandal exige sensibilidade e uma compreensão profunda da raga. O músico deve ser capaz de selecionar e dedilhar as cordas certas para complementar a melodia e o humor da peça musical. O som produzido pelo Surmandal é frequentemente descrito como etéreo e cintilante, adicionando uma dimensão quase celestial à música clássica Hindustani. Embora seja principalmente um instrumento de acompanhamento, em algumas ocasiões pode ser apresentado em breves passagens solo para demonstrar a sua beleza sonora única.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

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Surmmandal, Índia

Surmmandal, Índia

Sursringar é um instrumento de corda dedilhada originário do norte da Índia. É considerado um instrumento precursor do sarod, sendo maior e com algumas características diferentes.

É tradicionalmente construído com madeira de jacarandá e possui uma caixa de ressonância em formato de tambor. A escala é feita de metal e o instrumento tem um total de 25 cordas. As cordas são geralmente feitas de aço e bronze e são tocadas com um plectro, similar a uma palheta de guitarra.

O som produzido pelo sursringar é rico e encorpado, com uma ressonância única. É geralmente utilizado na música clássica indiana, tanto como instrumento solo quanto em conjuntos musicais.

Embora menos comum que o sarod atualmente, o sursringar ainda é apreciado e tocado por músicos tradicionais indianos. A sua sonoridade distinta e seu papel na música clássica indiana o tornam um instrumento valioso e interessante.

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Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas tensionadas.

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Sursringar, Índia

Sursringar, Índia

O swarabat, também conhecido como swarbat ou swaragat, é um instrumento de corda tradicional do sul da Índia. É feito de madeira e possui um corpo circular com forma semelhante a um pandeiro. O corpo do instrumento é oco, permitindo a ressonância do som. É geralmente tocado com um plectro, que é uma pequena peça de madeira, metal ou plástico usada para tocar as cordas. O plectro é segurado entre os dedos do músico enquanto ele toca as notas no instrumento.

O instrumento possui várias cordas que são afinadas de forma precisa para diferentes notas musicais. As cordas são esticadas ao longo do corpo circular do swarabat, passando por pequenos suportes ou trastos presos ao instrumento.

Ao tocar o swarabat, o músico usa o plectro para dedilhar as cordas e produzir diferentes tons. O som produzido é rico e melodioso, e o instrumento é capaz de reproduzir uma variedade de escalas musicais.

O swarabat é comumente usado na música indiana clássica, especialmente nas regiões do sul da Índia. Ele desempenha um papel importante na música carnática, uma das duas principais tradições musicais da Índia, juntamente com a música hindustani.

O instrumento tem uma longa história na Índia e é considerado um componente essencial das atuações musicais tradicionais do sul do país. Ele também tem sido objeto de inovação e experimentação, com músicos modernos a explorar novas técnicas e estilos musicais.

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Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

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Swarabat, Índia

Swarabat, Índia

Sundari (ou sundri) é um instrumento de sopro indiano de palheta dupla. É semelhante ao shehnai, mas menor em tamanho e proporciona um som mais agudo. É popular nas regiões de Punjab e Rajasthan, no norte da Índia.

O instrumento consiste em um tubo cilíndrico feito de madeira, preso a um reservatório de ar, geralmente feito de cerâmica ou metal. Possui duas palhetas, feitas de cana, responsáveis por produzir o som quando o músico sopra.

A palheta dupla do sundari permite que o músico produza um tom contínuo sem a necessidade de interrupções para respirar. Isso torna o instrumento ideal para peças musicais em andamento rápido, onde é necessário tocar uma série de notas consecutivas em um curto espaço de tempo.

O sundari é amplamente utilizado nas tradições musicais clássicas indianas, especialmente nas formas de música folclórica e popular. É comumente associado a ocasiões festivas, como casamentos, festivais religiosos e outras celebrações.

A técnica de tocar o sundari exige um bom controle de respiração e habilidade para atingir notas precisas. Os músicos profissionais que tocam esse instrumento passam anos aprimorando suas habilidades e aprendendo os intricados padrões melódicos e rítmicos da música indiana.

O sundari desempenha um papel significativo na música indiana, adicionando uma sonoridade distinta e folclórica às performances. É um instrumento versátil, capaz de se destacar tanto nas melodias principais quanto no suporte harmónico.

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Nos instrumentos da categoria 4 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais (aerofones), o som é produzido principalmente pela vibração do ar ou pela sua passagem através de arestas ou palhetas: o instrumento por si só não vibra, nem há membranas ou cordas vibrantes.

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Sundari, Índia

Sundari, Índia

Sjofloyte, cujo nome significa literalmente “flauta do mar”, é uma variante norueguesa da flauta de bisel. A sua designação evoca a sua chegada à Noruega através das rotas marítimas, trazida da Europa Continental durante os séculos XVIII e XIX. Este instrumento de sopro de madeira tornou-se parte integrante da música folclórica norueguesa, adaptando-se ao contexto cultural e musical local.

Tal como outras flautas de bisel, o Sjofloyte é caracterizado por um bocal com um bloco (fipple) que direciona o sopro do músico sobre uma aresta afiada, produzindo o som. Possui uma série de orifícios para os dedos ao longo do seu corpo cilíndrico, permitindo ao instrumentista alterar a altura do som ao abrir e fechar estas aberturas. O número e a disposição dos orifícios podem variar ligeiramente entre diferentes modelos e regiões da Noruega.

O Sjofloyte é tipicamente feito de madeira, como pinho, abeto ou outras madeiras locais, contribuindo para o seu timbre quente e suave. O seu tamanho pode variar, influenciando a sua tessitura e o carácter do seu som. Flautas maiores tendem a produzir sons mais graves, enquanto as menores têm um registo mais agudo.

Na música folclórica norueguesa, o Sjofloyte é frequentemente utilizado para tocar melodias tradicionais, canções de dança e outras peças musicais. O seu som melancólico e expressivo adapta-se bem à natureza lírica de muitas melodias folclóricas norueguesas. Embora possa não ter a mesma proeminência de outros instrumentos folclóricos noruegueses, como o Hardanger fiddle, o Sjofloyte mantém um lugar especial na tradição musical do país, representando uma ligação com as influências musicais continentais trazidas pelo mar. A sua simplicidade e beleza sonora continuam a encantar músicos e ouvintes.

É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

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Sjofloyte, Noruega

Sjofloyte, Noruega

Skuduciai é um aerofone pertencente à família das flautas de Pã, um instrumento tradicional e distintivo da Lituânia, localizada na região da Europa Oriental. Diferentemente de uma flauta de Pã única, o Skuduciai é um instrumento coletivo, constituído por um conjunto de pequenas flautas de bisel individuais, cada uma produzindo uma única nota específica. Estas flautas são geralmente feitas de madeira, embora possam ser utilizados outros materiais naturais.

Um conjunto de Skuduciai é tradicionalmente tocado por vários músicos simultaneamente. Cada instrumentista segura uma ou mais flautas, soprando na extremidade aberta para produzir a sua nota designada. A melodia é criada pela interação das diferentes notas tocadas pelas várias flautas, resultando numa textura sonora única e entrelaçada. As melodias são frequentemente curtas, repetitivas e sincopadas, criando um efeito rítmico e harmónico complexo.

O número de flautas num conjunto de Skuduciai pode variar, mas geralmente situa-se entre três e oito. Cada flauta tem um comprimento diferente, determinando a sua afinação. As notas são frequentemente organizadas de forma a criar padrões melódicos e harmónicos específicos dentro da tradição musical lituana.

O Skuduciai está intrinsecamente ligado às tradições musicais e rituais folclóricos lituanos. É frequentemente tocado durante festivais, celebrações e outras ocasiões comunitárias, acompanhando danças e cantos tradicionais. A natureza colaborativa da sua execução reflete os valores sociais e a importância da comunidade na cultura lituana. O som produzido pelo conjunto de Skuduciai é vibrante e alegre, evocando a rica herança musical do país. A sua forma única de produção musical coletiva torna-o um instrumento verdadeiramente especial no panorama da música folclórica europeia.

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  • Instrumentos musicais da Lituânia
  • Aerofones de aresta
  • Família das flautas de Pã
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Skuduciai, Lituânia

Skuduciai, Lituânia

Soduang, também grafado como So-duang, é um instrumento musical cordofone de arco, característico da região do Sudeste Asiático, particularmente encontrado na Tailândia e no Laos. A sua principal característica reside na sua simplicidade estrutural, possuindo tipicamente apenas duas cordas. Apesar do número reduzido de cordas, o Soduang é capaz de produzir uma variedade expressiva de sons e melodias, desempenhando um papel importante na música tradicional dessas culturas.

O corpo do Soduang é geralmente cilíndrico ou em forma de barril, frequentemente feito de madeira ou coco. Uma pele de animal, como a de cobra ou cabra, é esticada sobre uma das extremidades do corpo, funcionando como uma caixa de ressonância. As duas cordas, tradicionalmente feitas de seda ou, modernamente, de materiais sintéticos, estendem-se ao longo do corpo e passam sobre uma pequena ponte até as cravelhas de afinação na extremidade oposta.

O Soduang é tocado na vertical. O músico segura o instrumento no colo ou entre as pernas e usa um arco, geralmente feito de madeira e crina de cavalo, para friccionar as cordas. A mão esquerda é utilizada para pressionar as cordas em diferentes pontos ao longo do braço, alterando o seu comprimento vibratório e, consequentemente, a altura do som produzido. A técnica de execução exige destreza e sensibilidade para modular o tom e criar nuances musicais.

A sonoridade do Soduang é frequentemente descrita como suave e melancólica, com uma qualidade vocal expressiva. É utilizado tanto em apresentações solo quanto em conjuntos musicais, acompanhando cantores ou outros instrumentos. Na música tradicional tailandesa e laosiana, o Soduang pode ser ouvido em diversos contextos, desde cerimónias religiosas e festivais até apresentações de música clássica e folclórica. A sua simplicidade estrutural contrasta com a sua capacidade de produzir melodias complexas e emotivas, tornando-o um instrumento valioso e apreciado na sua região de origem.

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  • Instrumentos de corda friccionada
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Soduang

Soduang

Sona, também conhecido como Suona, é um aerofone tradicional de palheta dupla, predominantemente encontrado na China. Caracteriza-se pelo seu som potente e penetrante, o que o torna um instrumento marcante em diversos contextos musicais, desde celebrações festivas e rituais religiosos até conjuntos folclóricos e, ocasionalmente, na ópera chinesa.

A construção do Sona é relativamente simples, mas eficaz na produção do seu timbre característico. O corpo do instrumento é geralmente cónico, feito de madeira dura como o sândalo ou a ébano. Na extremidade superior, encaixa-se uma pequena palheta dupla, tipicamente feita de cana. Esta palheta vibra quando o músico sopra através dela, criando o som inicial.

Uma característica distintiva do Sona é a sua campânula, geralmente feita de latão ou outro metal. Esta campânula amplifica o som produzido pela palheta, conferindo-lhe a sua intensidade e projeção notáveis. O tamanho e a forma da campânula podem variar, influenciando ligeiramente o timbre do instrumento. O corpo do Sona possui também furos para os dedos, permitindo ao músico controlar a altura das notas ao abrir e fechar estas aberturas. O número de furos pode variar dependendo do tipo específico de Sona.

Existem diferentes tamanhos e estilos de Sona, cada um com a sua própria tessitura e utilização tradicional. O Bangdi, por exemplo, é uma versão menor e mais aguda, enquanto outras variantes maiores produzem sons mais graves. O Sona desempenha um papel crucial em muitas celebrações tradicionais chinesas, como casamentos e funerais, onde o seu som vibrante adiciona uma atmosfera festiva ou solene, conforme o contexto. A sua capacidade de cortar através de outros sons também o torna ideal para apresentações ao ar livre e em grandes grupos musicais. A sua sonoridade única e a sua importância cultural garantem que o Sona continue a ser um instrumento vibrante na música tradicional chinesa.

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So-na, China

So-na, China

Soku é um cordofone tradicional de uma única corda friccionada, originário do sudoeste do Mali. É um instrumento musical relativamente simples em sua construção, mas com um som característico e um papel cultural significativo na região.

O corpo do Soku é geralmente feito de uma cabaça ou de uma pequena caixa de madeira. Uma única corda, tradicionalmente feita de fibra vegetal ou, mais modernamente, de fio de metal, estende-se ao longo do corpo. Uma das extremidades da corda é fixada ao corpo, enquanto a outra passa sobre uma pequena ponte e é tensionada por uma cravelha de afinação.

O Soku é tocado friccionando a corda com um arco curto, geralmente feito de madeira e crina de cavalo. A altura do som é alterada pressionando a corda contra o corpo do instrumento com os dedos da mão esquerda. Como possui apenas uma corda, a melodia é criada através da variação da altura dessa única corda, explorando diferentes harmónicos e técnicas de arco.

A sonoridade do Soku pode variar dependendo do tamanho da caixa de ressonância e do material da corda, mas geralmente produz um som melancólico e ressonante. É frequentemente utilizado em apresentações solo ou em pequenos conjuntos, acompanhando canções e narrativas tradicionais da região do sudoeste do Mali. Embora possa não ser amplamente conhecido fora da sua área de origem, o Soku representa uma parte importante do património musical e cultural do Mali.

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Soku, Mali

Soku, Mali

Sopila, também conhecida por outros nomes como Sapele, Sopile ou Rosenice (particularmente na Ístria), é um antigo instrumento de sopro tradicional da Croácia, feito de madeira. Pertence à família das palhetas duplas e apresenta semelhanças notáveis com o oboé e a charamela (shawm). A sua presença histórica e o seu som característico tornam-no um elemento fundamental da música folclórica croata, especialmente nas regiões costeiras e insulares.

A Sopila é tipicamente construída a partir de uma única peça de madeira, frequentemente bordo, freixo ou cerejeira, torneada para criar um corpo cónico ou cilíndrico que se alarga ligeiramente na extremidade inferior. Possui um bocal onde se encaixa uma palheta dupla, feita de cana. A vibração desta palheta, quando o músico sopra, produz o som do instrumento. Ao longo do corpo da Sopila, existem vários orifícios para os dedos, geralmente seis ou sete, que permitem ao instrumentista alterar a altura das notas ao abrir e fechar estas aberturas.

Uma característica distintiva da Sopila é o seu som agudo, penetrante e, por vezes, nasal, que lhe confere uma sonoridade única e facilmente reconhecível. Tradicionalmente, a Sopila é frequentemente tocada em pares, com dois instrumentistas a executarem melodias em intervalos paralelos, geralmente uma segunda maior, criando uma harmonia dissonante característica da música folclórica desta região da Croácia. Esta forma de tocar em dueto é uma marca da tradição musical da Ístria e de outras áreas onde a Sopila é predominante.

O repertório da Sopila inclui melodias de dança animadas, canções festivas e, por vezes, peças mais lentas e líricas. O instrumento desempenha um papel importante em celebrações, festivais e eventos comunitários, mantendo viva uma rica herança musical. Apesar da sua antiguidade, a Sopila continua a ser um símbolo da identidade cultural croata e um instrumento vibrante na sua música tradicional.

Sopila, Croácia

Sopila, Croácia