Harpa celta, ou harpa céltica, é um cordofone dedilhado, uma pequena harpa de 24 a 34 cordas e cerca de 1,5 metros de altura. É um verdadeiro símbolo da Irlanda, cuja bandeira integra. É representada em moedas e inspirou uma ponte em Dublin.
A sonoridade da harpa celta é doce e cristalina, perfeita para baladas melancólicas, danças alegres e a narração de contos ancestrais. A sua portabilidade, em comparação com harpas maiores, permitiu que viajasse com os músicos, difundindo a sua música e a sua simbologia.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas tensionadas.
ETIQUETAS
Instrumentos tradicionais da Irlanda do Norte
Instrumentos de corda dedilhada
Família das harpas
Instrumentos começados por h
Harpa celta de 12 cordas
https://www.musis.pt/wp-content/uploads/2020/03/harpa-celta-de-12-cordas.jpeg400400António Ferreirahttp://musis.pt/wp-content/uploads/2022/05/cropped-musis-logo-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-03-23 14:19:292025-04-18 14:30:45Harpa celta, Irlanda do Norte
Dulzaina, o mesmo que gaita em algumas regiões espanholas, é um instrumento de sopro de palheta em forma cónica, tradicional de algumas regiões de Espanha, feito de madeira, com cerca de 70 cm. Possui uma sonoridade intensa e penetrante, característica dos instrumentos de palheta dupla.
A dulzaina desempenha um papel fundamental na música folclórica de diversas regiões como Aragão e Castela, onde acompanha danças tradicionais e celebrações festivas. Na Comunidade Valenciana, assume o nome de “dolçaina”, mantendo a sua essência sonora e o seu lugar de destaque nas manifestações culturais.
A sua construção e o uso da palheta dupla conferem-lhe um timbre único, capaz de produzir melodias alegres e ritmadas, muitas vezes com um caráter festivo e enérgico. A habilidade do dulzainero reside em controlar a respiração e a pressão do ar para modular o som e expressar a vivacidade da música tradicional espanhola.
A gaita de fole é um aerofone que tem pelo menos um tubo melódico e um insuflador mediado por uma válvula ligados a um reservatório de ar; na maioria dos casos, há pelo menos mais um tubo melódico, pelo qual se emite uma nota pedal constante em harmonia com o tubo melódico. É muito utilizado nas regiões de influência celta, incluindo a Escócia, França, Espanha e Portugal.
gaita de fole, gaiteiro infantil, França, 1575
“E do outro lado do rio andavam muitos deles, dançando e folgando, um diante do outro, sem se tomarem pelas mãos. Dançavam muito bem. Passou-se então além do rio o nosso Diogo Dias, que já foi tesoureiro da Casa Real em Sacavém e que é homem muito gracioso e folgazão. Ele levou consigo um gaiteiro dos nossos e sua gaita. Logo meteu-se com eles nas danças, tomando-os pelas mãos; e eles folgavam e riam e acompanhavam muito bem ao ritmo da gaita. Depois que muito dançara, Diogo Dias encheu-lhes de admiração com a execução de perfeitos saltos-mortais, exibição que os fazia muito rir e folgar. Como Diogo Dias, com os seus bailes, muito os segurasse e os afagasse, logo se retraíram, esquivos como os animais monteses, e se retiraram para cima do monte.”
Carta de Pero Vaz de Caminha, o primeiro documento escrito da História do Brasil.
ETIQUETAS
Instrumentos tradicionais de Portugal
Instrumentos de sopro
Aerofones portugueses
Instrumentos começados por g
Reciclanda, música e instrumentos para um planeta sustentável
Reciclanda é um conceito musical inovador que contribui para o cumprimento dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e das metas de reciclagem de embalagens, promovendo a sustentabilidade desde idade precoce até idade avançada através da reutilização musical, com sessões, oficinas, formações e exposições. Promove o desenvolvimento global, a inclusão e a reabilitação a partir de eco-instrumentos, do ritmo, do jogo e das literaturas de tradição oral.
https://www.musis.pt/wp-content/uploads/2020/03/gaita-de-foles.jpeg400400António Ferreirahttp://musis.pt/wp-content/uploads/2022/05/cropped-musis-logo-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-03-23 13:25:042025-04-18 13:10:19Gaita de fole
Pífano, pífaro ou pife é uma pequena flauta transversal, aguda, similar a um flautim, mas com um timbre mais intenso e estridente, devido ao seu diâmetro menor. Os pífanos são originários da Europa medieval e são frequentemente utilizados em bandas militares.
Com raízes que remontam à Europa medieval, o pífano tem uma longa e rica história, particularmente ligada às bandas militares. A sua sonoridade penetrante permitia que fosse ouvido claramente mesmo em meio ao ruído de marchas e de batalhas, desempenhando um papel crucial na comunicação e na manutenção do ritmo das tropas.
Apesar do seu tamanho diminuto, o pífano é capaz de produzir melodias vivazes e marcantes. A sua agilidade e o seu timbre distintivo o tornaram um elemento característico em muitas formações musicais, tanto militares quanto folclóricas. Em Portugal, o pífaro marca presença em algumas tradições, adicionando o seu brilho agudo a festividades e cortejos.
É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.
ETIQUETAS
Instrumentos de sopro de aresta
Flauta de embocadura aberta
Família das flautas transversais
Pífaro, Portugal e Europa
https://www.musis.pt/wp-content/uploads/2020/03/pifano_europa.jpeg400400António Ferreirahttp://musis.pt/wp-content/uploads/2022/05/cropped-musis-logo-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-03-23 10:55:092025-04-18 12:06:02Pífano, Portugal
Os primeiros modelos surgem, em Itália, no final do séc. XVI com, entre os mais célebres luthiers de violino, Andrea Amati (ca 1511- ca 1580) e Gasparo da Salò (1540-1609). Durante muitos anos, seu tamanho e forma não estavam estabilizados, sendo, este instrumento, principalmente utilizado para acompanhar música de dança. Evoluiu, consideravelmente, sendo, no final do séc. XVI, um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da virtuosidade, tornando-se, no início do séc. XVII, um sucesso, em Itália, sobretudo nas igrejas.
A sua construção estabilizou-se no séc. XVIII com luthiers (Stradivarius, Guarnierius, entre outros) que representam um marco incontestável para esta arte. A maior parte dos violinos, do séc. XVIII, conservados até hoje (e, felizmente tocados) sofreram, durante séculos, importantes transformações, tais como: a substituição da barra harmónica por uma barra maior, o alongamento do braço (conservando a voluta de origem), o aumento da escala para possibilitar execução de notas mais agudas, e a inclinação do braço do violino (possibilitando uma maior tensão e, consequentemente, uma maior amplitude sonora).
A prática do instrumento a que chamamos hoje de violino “barroco” caracteriza-se como um conjunto de diferenças técnicas e pela utilização de um arco específico, convexo e pontiagudo, com menos tensão na metade superior. O violino deve pousar no ombro, toca-se sem almofada e sem queixeira, técnica, denominada chin-off, que perdurou até ao final do séc. XVIII, início do séc. XIX. O arco também sofreu modificações no final do séc. XVIII; o archetier francês François-Xavier Tourte inverteu a curvatura da vara e implementou o sistema de parafuso.
Por fim, convém ainda referir que as cordas de tripa foram utilizadas até ao início do séc. XX. A sua substituição pelas cordas metálicas apenas se generalizou após a guerra de 1914-1918.
[ Ana Clérigo, publicado na Meloteca a 18 de junho de 2019 ]
Dobro é um cordofone dedilhado com braço trastejado da família das guitarras, com um ou mais discos de ressonância no corpo criada na República Checa (Europa).
Tem um ou mais cones de metal, chamados ressonadores, embutidos no seu corpo. Estes discos vibrantes amplificam o som das cordas de uma maneira única, conferindo ao dobro um timbre brilhante, som prolongado e um volume considerável.
Apesar de ser fortemente associado à música americana, especialmente ao blues, country e bluegrass, o dobro tem as suas raízes na Europa Central, mais precisamente na República Checa. Foi inventado no início do século XX pelos irmãos Dopyera, imigrantes eslovacos nos Estados Unidos. O nome “Dobro” é, na verdade, uma abreviação de “Dopyera Brothers”.
O corpo do dobro pode ter diferentes formatos, como o tradicional “round neck” (braço redondo), tocado como uma guitarra convencional, ou o “square neck” (braço quadrado), geralmente tocado com uma barra de metal enquanto o instrumento repousa no colo do músico. Esta versatilidade contribuiu para a sua adoção em diversos estilos musicais, marcando presença com o seu som inconfundível e a sua história transcontinental.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
ETIQUETAS
Instrumentos musicais da República Checa
Instrumentos de corda dedilhada
Cordofones do tipo alaúde
Instrumentos começados por d
Dobro, República Checa
https://www.musis.pt/wp-content/uploads/2020/03/dobro.jpeg400400António Ferreirahttp://musis.pt/wp-content/uploads/2022/05/cropped-musis-logo-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-03-10 09:49:462025-04-18 09:27:34Dobro, República Checa