Instrumentos musicais do continente asiático

Huqin, ou hu-ch’in, é um instrumento de corda friccionada com profundas raízes na tradição musical chinesa, tendo a sua origem nas estepes da Mongólia. Caracteriza-se por um design engenhoso que inclui uma pequena caixa de ressonância, geralmente coberta com pele de cobra, e um braço cilíndrico vertical que atravessa essa caixa. O número de cordas varia, podendo ser duas, três ou mesmo quatro, tradicionalmente feitas de seda, embora materiais metálicos sejam cada vez mais comuns. As cordas são friccionadas por um arco de bambu e crina de cavalo, criando uma sonoridade expressiva e versátil.

Apesar do seu tamanho compacto, o huqin possui uma notável capacidade expressiva, tornando-o ideal tanto para performances a solo quanto para integrar ou acompanhar diversos agrupamentos musicais. A sua voz pode evocar uma ampla gama de emoções, desde a melancolia lírica até a vivacidade alegre, adaptando-se a diferentes estilos e géneros musicais chineses. A técnica de execução envolve uma manipulação precisa do arco e dos dedos sobre as cordas, permitindo a produção de melodias fluidas, glissandos expressivos e ornamentações delicadas.

O huqin é um termo genérico que engloba diversas variantes regionais e especializadas, cada uma adaptada a contextos musicais específicos. O erhu, talvez a variante mais conhecida, possui duas cordas e é amplamente utilizado na música folclórica e orquestral chinesa. O jinghu, menor e de timbre agudo, é essencial na ópera de Pequim. O sihu, com as suas quatro cordas, encontra o seu lugar em certas tradições regionais. A existência destas variantes antes da dinastia Song (960–1279) atesta a antiguidade e a evolução contínua desta família de instrumentos ao longo da história da música chinesa.

Em essência, o huqin e as suas variantes representam uma parte fundamental da herança sonora da China, com a sua voz única a ecoar através de séculos de tradição musical. A sua versatilidade e expressividade garantem a sua presença contínua e a sua apreciação tanto por músicos quanto por ouvintes em todo o mundo.

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  • Instrumentos musicais da Mongólia
  • Instrumentos musicais da Ásia
  • Instrumentos de corda friccionada
  • Cordofones de arco
  • Instrumentos começados por h
Huggin, Mongólia

Huggin, Mongólia

Ektara, também conhecida como ektar, iktara, ou ik tara, é um instrumento popular na Índia, Bangladesh, Egito e Paquistão. cordofone simples, é feito com um corpo circular e uma única corda fixada em uma extremidade e ajustada através de tensão manual.

É tradicionalmente tocada com o dedo ou unha, deslizando-o ao longo da corda para criar diferentes notas. Apesar de ter apenas uma corda, é possível produzir uma variedade de sons, dependendo da forma como o instrumento é tocado.

O instrumento é frequentemente usado em apresentações folclóricas e devocionais, acompanhando cantores e músicos. Também é comum ser utilizado em músicas populares e clássicas indianas. Devido à sua simplicidade e facilidade de manuseio, a iktara é um instrumento popular entre os músicos de rua na Índia.

A iktara tem uma longa história e é considerada um dos instrumentos musicais mais antigos da Índia. A sua origem remonta a mais de 1.000 anos, e seu nome deriva da palavra sânscrita “ik,” que significa “um”, e “tara”, que significa “corda”.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

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  • Instrumentos musicais da Índia
  • Instrumentos começados por e
Ektara, Índia

Ektara, Índia

Duff é um tambor de mão árabe ancestral, particularmente significativo na tradição musical da Núbia, região histórica que abrange partes do sul do Egito e do norte do Sudão. Caracteriza-se pela sua estrutura simples e elegante: um aro baixo de madeira sobre o qual é esticada uma membrana de pele animal fina, geralmente de cabra ou peixe. Esta construção minimalista confere ao duff uma leveza e uma ressonância natural que o distinguem de outros tambores de quadro.

A ausência de soalhas ou outros acessórios metálicos no duff nubiano enfatiza a pureza do som produzido pela percussão direta da membrana com os dedos e a palma da mão. A técnica de execução explora uma variedade de toques e ritmos, desde batidas suaves e rítmicas até golpes mais fortes e acentuados, permitindo a criação de padrões complexos e envolventes. A habilidade do percussionista reside na sua capacidade de modular a dinâmica e o timbre do instrumento através da precisão dos seus movimentos.

No contexto cultural da Núbia, o duff desempenha um papel fundamental em diversas cerimónias e celebrações. Acompanha cantos tradicionais, danças rituais e eventos festivos, marcando o pulso rítmico e enriquecendo a expressão musical da comunidade. A sua sonoridade quente e terrosa evoca a paisagem e a história da região, ligando as gerações através de melodias e ritmos ancestrais.

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  • Instrumentos musicais do Egito
  • tambores percutidos
  • tambores de mão
  • tambores de aro baixo
  • Instrumentos começados por d
Duff, Egito

Duff, Egito

Dizi, também conhecido como flauta de bambu chinesa, é um instrumento de sopro transversal com uma história rica que remonta a mais de 2000 anos. Feito tradicionalmente de bambu, embora por vezes se usem outras madeiras ou até pedra, o dizi distingue-se por um orifício especial coberto por uma membrana fina de bambu chamada dimo. Esta membrana vibratória confere ao dizi o seu timbre característico, um som brilhante, penetrante e com um ligeiro zumbido.

A construção típica do dizi inclui um orifício para soprar, seis orifícios para os dedos e, crucialmente, o orifício para a membrana (mo kong), localizado entre o orifício de sopro e o primeiro orifício para o dedo. Existem diferentes tamanhos de dizi, sendo os mais comuns o qudi e o bangdi. O qudi, geralmente mais longo, possui um tom mais suave e grave, sendo frequentemente utilizado na música folclórica do sul da China e na ópera Kunqu. Em contraste, o bangdi é mais curto e produz um som mais agudo e vibrante, adequado para a música folclórica do norte da China e óperas mais animadas.

O dizi desempenha um papel fundamental em diversos géneros musicais chineses, desde a música folclórica regional até à ópera tradicional e à moderna orquestra chinesa. Na orquestra chinesa contemporânea, o dizi é um instrumento essencial, frequentemente comparado à flauta ocidental em termos de função, mas com a sua sonoridade única e expressiva. A sua versatilidade permite-lhe executar melodias líricas e passagens virtuosas, tornando-o um instrumento amado tanto por músicos como por ouvintes.

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  • Instrumentos musicais da China
  • Aerofones de aresta
  • Família das flautas travessas
  • Instrumentos começados por d
Dizi, China

Dizi, China

A dilruba é considerada uma variante menor e mais recente do sar. É um instrumento formado por uma caixa de ressonância de madeira, com um braço longo e estreito semelhante ao de um violino. Possui um total de 20 cordas, sendo que 4 a 5 delas são cordas melódicas principais, enquanto as outras são cordas de apoio.

A principal diferença entre a dilruba e o sarangi está no tamanho e na forma do instrumento. A dilruba é menor e mais fácil de transportar. Também possui um som mais brilhante e agudo em comparação com o som mais suave e grave do sarangi. Além disso, a técnica de tocar a dilruba também é ligeiramente diferente, com o uso de um arco mais curto e movimentos mais rápidos.

Apesar de ser uma inovação mais recente, a dilruba tornou-se um instrumento essencial na música clássica indiana, sendo utilizado tanto como instrumento solo quanto em conjunto com outros instrumentos e vocais. É conhecida por sua capacidade expressiva e vasta gama de tons.

(com IA)

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas tensionadas.

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  • Instrumentos musicais da Índia
  • Instrumentos de corda friccionada
  • Cordofones de arco
  • Instrumentos começados por d
Dilruba, Índia

Dilruba, Índia

Kyey se é um gongo triangular de metal tradicional de Myanmar, que pode apresentar diversas formas e tamanhos. Pode ser ouvido no uso cerimonial dos templos ou quando os monges caminham pelas ruas pedindo para as almas. É percutido por um martelo de madeira no lado esquerdo ou direito do triângulo.

Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida.
  • Instrumentos musicais de Myanmar
  • Idiofones percutidos
  • Instrumentos começados por k
kyey se, Myanmar

kyey se, Myanmar

Lojki é um idiofone russo formado por duas colheres de madeira (raramente de metal), decoradas ou não. Apareceu como instrumento ainda antes do século XVIII.
Limbe é um aerofone da família das flautas traversas tradicional da Mongólia. É tradicionalmente feito de bambu, sendo hoje com frequência feito de plástico.
É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.
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  • Instrumentos musicais da Mongólia
  • Instrumentos musicais da Ásia
  • Aerofones de aresta
  • Família das flautas travessas
  • Instrumentos começados por l
Madal é um bimembranofone cilíndrico muito divulgado e utilizado na música tradicional nepalesa que o tocador, sentado, coloca na horizontal sobre as pernas e percute com ambas as mãos.
Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.
  • Instrumentos musicais do Nepal
  • tambores percutidos
  • Instrumentos começados por m
Bansuri é uma flauta travessa tradicional do Bangledesh e da Índia, sendo associada à tradição pastoril e à história de amor de Krishna e Radha. Murali, bansi, baashi e baanhi são outros nomes deste instrumento.
É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.
  • Instrumentos musicais do Bangladesh
  • Aerofones de aresta
  • Família das flautas travessas
  • Instrumentos começados por b