Instrumentos musicais do continente asiático

Thimila ou paani é um instrumento de percussão tradicionalmente usado na música e nas danças folclóricas do sul da Índia, especialmente no estado de Kerala. É um tipo de tambor bimembranofone em formato de ampulheta, com um corpo de madeira e peles nas extremidades.

A construção da thimila é feita com um cilindro de madeira oco, que tem um tamanho médio de cerca de 45 centímetros de comprimento e 20 centímetros de diâmetro. Em cada extremidade do cilindro, é fixada uma pele de animal, tradicionalmente pele de cabra. Essas peles são presas e tensas no corpo da thimila usando cordas, permitindo ajustar a tensão e, consequentemente, o som produzido.

Para tocar a thimila, o músico segura o instrumento verticalmente entre os joelhos ou ombros e bate nas peles usando as mãos nuas. O som é produzido pelo impacto das mãos nas peles tensionadas, resultando em um som grave e ressonante.

A thimila é frequentemente utilizada em conjunto com outros instrumentos de percussão, como a mridangam, para acompanhar danças e performances musicais. Ela desempenha um papel importante na música carnática, um estilo de música clássica do sul da Índia.

Além disso, a thimila também é usada em cerimónias religiosas e festivais em Kerala, onde é tocada de forma ritmada para marcar o tempo e criar atmosfera festiva. É um instrumento de grande importância cultural e tradicional na região sul da Índia.

(com IA)

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.

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Thimila, Índia

Thimila, Índia

Nagara (naqqara, naqareh, nagada) é um tambor tradicional com uma rica história no Médio Oriente, Turquia e Índia. Este bimembranofone, geralmente tocado em pares, consiste num corpo arredondado, tradicionalmente feito de barro, madeira ou metal, com uma pele de animal esticada sobre a abertura superior, fixada por cordas ou tiras de couro que podem ser ajustadas para alterar a afinação.

Os Nagara são tipicamente tocados com baquetas, que podem ter cabeças de couro ou madeira, e cada tambor do par é afinado numa altura diferente, permitindo a criação de melodias rítmicas e a marcação de batidas distintas. A sua sonoridade potente tornava-o ideal para espaços abertos, onde a sua ressonância podia ser ouvida a longas distâncias.

Historicamente, o Nagara desempenhou um papel significativo em contextos militares, sendo utilizado como um tambor de guerra para sinalizar exércitos e anunciar eventos reais. No entanto, com o tempo, transitou de uma ferramenta funcional de comunicação para um elemento essencial da música e da dança, particularmente nas tradições folclóricas. Na Índia, por exemplo, é um instrumento popular na música folclórica Punjabi (Bhangra) e Rajasthani, e é usado em cerimónias de templos e casamentos.

Acredita-se que o Nagara seja um possível ancestral dos timbales usados na Europa. Após as Cruzadas, o instrumento foi adotado na Europa, onde era conhecido como naker ou naccaire, sendo utilizado principalmente para fins militares, mas também em música de câmara, dança e procissões. Os timbales modernos, usados em orquestras, descendem deste antigo instrumento, embora tenham evoluído significativamente na sua construção e utilização. A influência do Nagara pode ser rastreada através da sua adoção e adaptação em diferentes culturas ao longo da história.

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Nagara, Médio Oriente

Nagara, Médio Oriente

Naqareh, também conhecido por naqqara, nagara ou nagada, é um tambor tradicional com uma longa história no Médio Oriente, Turquia e Índia. Este instrumento de percussão, classificado como um membranofone do tipo timbale, caracteriza-se tipicamente por ser tocado em pares, embora existam variações regionais.

Cada tambor do par possui geralmente um tamanho diferente, resultando em sons distintos: um produz batidas de tom mais baixo, enquanto o outro oferece tons mais agudos. A construção tradicional envolve um corpo arredondado, muitas vezes feito de barro cozido ou metal, sobre o qual é esticada uma pele de animal, como a de cabra ou ovelha, fixada com cordas que permitem ajustar a tensão e, consequentemente, a afinação.

Os Naqareh são percutidos com pequenas baquetas de madeira, por vezes curvadas na extremidade superior, chamadas “damka”. Ao longo da história, estes tambores desempenharam um papel significativo em diversos contextos culturais, desde cerimónias e celebrações até à música folclórica e militar. Acredita-se que o Naqareh tenha sido introduzido na Europa após as Cruzadas, onde evoluiu para os timbales modernos utilizados em orquestras. A sua presença em iconografia europeia medieval atesta a sua influência e disseminação.

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Nagareh

Nagareh

Nevel é um instrumento de cordas dedilhado, proeminente na música da antiga Israel e mencionado várias vezes no Antigo Testamento da Bíblia Hebraica. O termo hebraico “Nevel” (נֵבֶל) tem sido tradicionalmente traduzido para o português como harpa, embora alguns estudiosos modernos sugiram que poderia ter sido mais semelhante a uma lira de maior porte.

As referências bíblicas ao Nevel, nomeadamente no Livro dos Salmos (Salmo 92:3), no Livro de Isaías (Isaías 5:12) e no Livro de Daniel (Daniel 3:5), indicam a sua importância em contextos religiosos e seculares. Era usado para acompanhar cânticos e celebrações, contribuindo para a atmosfera de alegria e louvor. O Salmo 92:3, em particular, menciona o Nevel juntamente com o saltério e a harpa (em algumas traduções), realçando o seu papel na música litúrgica.

A forma e o número exato de cordas do Nevel são debatidos entre os estudiosos, dada a escassez de evidências arqueológicas diretas do período bíblico. Algumas interpretações sugerem que era um instrumento com uma caixa de ressonância e múltiplas cordas dispostas verticalmente, semelhante a uma harpa. Outras teorias apontam para um instrumento com cordas dispostas horizontalmente sobre uma caixa, mais parecido com uma lira ou um saltério. A designação “Nevel Asor” (נֵבֶל עָשׂוֹר) encontrada em alguns Salmos (por exemplo, Salmo 33:2 e 144:9), que significa “Nevel de dez cordas”, sugere que existiam variações no número de cordas.

Independentemente da sua forma precisa, o Nevel era um instrumento musical significativo na cultura do antigo Israel, associado tanto à expressão religiosa quanto à celebração da vida. A sua menção nas Sagradas Escrituras atesta o seu lugar de destaque na história da música e na fé do povo israelita.

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Nevel, Israel

Nevel, Israel

Hu-ch’in, também conhecido simplesmente como Huqin, é uma família de instrumentos de cordas friccionadas com raízes profundas nas tradições musicais da China e da Mongólia. Caracteriza-se pelo seu braço cilíndrico, que diferencia-o de outros instrumentos de corda com braços mais alongados e com trastes. Embora a maioria dos Huqin possua duas cordas, existem variantes com três ou até quatro cordas, cada uma afinada para produzir diferentes tessituras e possibilidades melódicas.

A versatilidade do Hu-ch’in é notável. Embora seja um instrumento expressivo e frequentemente utilizado para performances a solo, onde a sua sonoridade rica e emotiva pode brilhar, ele também desempenha um papel crucial no acompanhamento vocal e na integração em diversos agrupamentos musicais, desde pequenas orquestras tradicionais até conjuntos folclóricos. A sua capacidade de produzir uma ampla gama de expressões, do melancólico ao vibrante, torna-o um elemento fundamental na música chinesa.

Dentro da família Hu-ch’in, existem várias variantes distintas, cada uma com características sonoras e aplicações específicas. O Erhu é talvez o mais conhecido, com o seu timbre lírico e expressivo, frequentemente utilizado em melodias sentimentais. O Jinghu, com o seu som agudo e penetrante, é essencial na ópera de Pequim. O Sihu, geralmente com quatro cordas, oferece uma sonoridade mais encorpada e é comum em certas regiões e estilos musicais.

A história do Hu-ch’in remonta a antes da dinastia Song (960–1279), evidenciando a sua longa e rica trajetória na cultura musical chinesa. A sua origem mongol sugere uma influência das tradições musicais nómadas, que se fundiram com as práticas musicais chinesas ao longo dos séculos, resultando na diversidade e sofisticação que a família Hu-ch’in apresenta hoje. A sua contínua popularidade e a variedade de suas formas atestam a sua importância duradoura no panorama musical da China.

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Hu-ch'in, china

Hu-ch’in, china

Zheng, também conhecido como Guzheng ou Gu-zheng, é um instrumento de cordas dedilhadas tradicional da China, pertencente à vasta família das cítaras. Distingue-se pelo seu corpo alongado e plano, sobre o qual se estendem tipicamente 21 ou mais cordas de seda ou metal. Estas cordas são esticadas sobre pequenas pontes móveis, que permitem ajustar a afinação de cada corda individualmente, oferecendo uma flexibilidade tonal significativa ao músico.

Considerado o ancestral de diversas cítaras asiáticas, como o koto japonês, o yatga mongol, o gayageum coreano e o đàn tranh vietnamita, o Guzheng possui uma rica história e um papel cultural importante na China. O seu nome, que significa “antiga cítara”, reflete a sua longa linhagem e a sua influência no desenvolvimento de outros instrumentos de corda na Ásia Oriental.

O Guzheng é um instrumento de mesa, o que significa que é tocado horizontalmente, geralmente com o músico sentado ao lado ou em frente ao instrumento. As cordas são dedilhadas com os dedos da mão direita, frequentemente utilizando plectros presos aos dedos, enquanto a mão esquerda pode pressionar as cordas do lado de dentro das pontes para produzir vibratos, glissandos e outras ornamentações sonoras características.

A sonoridade do Guzheng é rica, melodiosa e expressiva, capaz de evocar uma ampla gama de emoções, desde a delicadeza e a serenidade até à grandiosidade e ao vigor. É um instrumento versátil, utilizado tanto em performances a solo, onde a sua complexidade melódica e harmónica pode ser plenamente explorada, quanto em conjuntos musicais, onde contribui com texturas sonoras únicas e um timbre distinto. A sua beleza estética, com frequentemente elaboradas decorações em madeira, complementa a sua sonoridade encantadora, tornando o Guzheng um instrumento apreciado tanto visual quanto auditivamente.

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Zheng, China

Zheng, China

Dung-chen é uma imponente trompa tradicional do Tibete e de regiões vizinhas da China, notável pelo seu tamanho impressionante, que pode atingir até 4 metros ou mais de comprimento. Este instrumento de sopro de metal é composto por diversas secções tubulares que se encaixam, permitindo o seu transporte e montagem. A sua construção robusta e o seu comprimento extremo conferem-lhe uma sonoridade profunda, ressonante e poderosa, capaz de viajar longas distâncias.

A utilização primordial do Dung-chen está intrinsecamente ligada às práticas religiosas das comunidades monásticas budistas tibetanas. O seu som grave e prolongado é essencial em rituais, cerimónias e festivais religiosos, onde desempenha um papel fundamental na criação de uma atmosfera solene e espiritual. O toque do Dung-chen marca o início e o fim de cerimónias, acompanha cânticos e orações, e anuncia a presença de figuras religiosas importantes. A sua sonoridade é vista como uma oferenda sonora e um meio de comunicação com o divino.

A técnica de execução do Dung-chen requer habilidade e resistência física, dada a necessidade de produzir um fluxo constante de ar para manter o som. Frequentemente, dois ou mais músicos tocam em conjunto, alternando as respirações para criar um som contínuo edrone. As variações na intensidade e na forma de soprar podem produzir nuances sonoras subtis, mas a característica principal do Dung-chen é a sua ressonância profunda e penetrante.

Embora seja predominantemente utilizado em contextos religiosos, o som único e a presença visual marcante do Dung-chen também o tornaram um símbolo da cultura tibetana, ocasionalmente surgindo em contextos seculares ou em colaborações musicais que procuram explorar a sua sonoridade ancestral e evocativa. A sua grandiosidade física e o seu significado espiritual fazem do Dung-chen um instrumento musical singular e profundamente enraizado na tradição do Tibete.

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Dung-chen, Tibete

Dung-chen, Tibete

Dutar, ou Dotar, é um instrumento de cordas dedilhadas tradicional do Irão e de regiões adjacentes da Ásia Central. O seu nome, derivado do persa, significa literalmente “duas cordas” (do “do” – dois e “tar” – corda), refletindo a sua característica mais distintiva. O corpo do Dutar possui uma forma característica de meia pêra, geralmente esculpido em madeira de amoreira, que contribui para a sua ressonância única e timbre quente.

O braço longo do Dutar é geralmente feito da mesma madeira do corpo e possui trastes de tripa ou nylon, dispostos de forma diatónica, permitindo a execução de melodias e modos tradicionais da música persa e da Ásia Central. As duas cordas, tradicionalmente feitas de seda ou, modernamente, de nylon ou metal, são afinadas em intervalos específicos, frequentemente uma quarta ou uma quinta justa, dependendo da região e da tradição musical.

O Dutar é tocado dedilhando as cordas com os dedos da mão direita, enquanto a mão esquerda pressiona as cordas nos trastes para produzir diferentes notas. A técnica de execução pode variar, mas frequentemente envolve um dedilhado ágil e ornamentado, característico da música folclórica e clássica dessas regiões. O instrumento é valorizado pela sua capacidade de produzir melodias expressivas e rítmicas, muitas vezes acompanhadas por harmonias simples proporcionadas pelas duas cordas.

Embora seja um instrumento com apenas duas cordas, o Dutar possui uma rica tradição musical e é utilizado em diversos contextos sociais e culturais. É comum encontrá-lo em performances a solo, em conjuntos musicais folclóricos e como acompanhamento para cantores de histórias e poesia épica. A sua sonoridade melancólica e evocativa é profundamente ligada à identidade musical e cultural do Irão e da Ásia Central, sendo um instrumento apreciado tanto pelos músicos quanto pelos ouvintes. A sua construção artesanal e a sua sonoridade distintiva garantem a sua continuidade nas tradições musicais da região.

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Dutar, Irão

Dutar, Irão

O bhaya é um tambor indiano de som grave que faz parte da tabla, um instrumento de percussão amplamente utilizado na música clássica indiana. Ele é tocado em conjunto com a daina, que é o outro tambor da tabla, formando um par de tambores de tamanhos diferentes.

O bhaya tem uma forma cilíndrica e é feito tradicionalmente de madeira ou cerâmica. Tem um diâmetro maior que a daina e geralmente é feito de cobre ou latão. A membrana do Bhaya é esticada sobre a estrutura do tambor e é fixada com a ajuda de cordas que são enroladas ao redor do casco.

Para tocar o bhaya, o músico usa os dedos e a palma da mão para criar diferentes sons e ritmos. Os dedos são usados para bater no centro da membrana, enquanto a palma da mão é usada para abafar o som e criar variações tonais. O músico é capaz de produzir uma ampla gama de sons, desde tons graves e profundos até sons claros e agudos.

O bhaya desempenha um papel importante na música indiana, proporcionando a base rítmica para as melodias. É usado principalmente em apresentações solo de tabla, bem como em espetáculos com outros instrumentos musicais indianos, como sitar, sarod, flauta.

A arte de tocar tabla, incluindo o bhaya, requer anos de prática e dedicação. Os músicos de tabla são altamente treinados para dominar as diferentes técnicas, além de memorizar uma ampla variedade de ritmos e padrões complexos.

O bhaya e a daina juntos formam uma combinação harmoniosa que contribui para a riqueza e a complexidade da música clássica indiana. Eles são fundamentais para a tradição musical do país e são considerados um dos instrumentos mais importantes da Índia.

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Bhaya, Índia

Bhaya, Índia

Damaroo é um instrumento de percussão da Índia, classificado como um bimembranofone devido às suas duas peles vibratórias. A sua forma característica de ampulheta, estreitando-se no centro e alargando-se nas extremidades, é fundamental para a sua produção sonora única. Tradicionalmente, as peles são feitas de couro de cabra ou outros animais, esticadas sobre a estrutura de madeira ou metal do corpo do instrumento e presas por cordas ou tiras de couro que percorrem o seu exterior.

A maneira como o Damaroo é tocado é particularmente interessante. O músico segura o instrumento na mão e agita-o vigorosamente, fazendo com que pequenas bolas ou nós presos às extremidades de cordas soltas batam nas membranas em ambos os lados. A pressão exercida pela mão do músico no centro do Damaroo controla a tensão das cordas que atravessam as peles, permitindo variar o tom do som produzido. Ao apertar e soltar a pressão, o músico pode modular a altura e criar uma variedade de sons rítmicos e até mesmo tons melódicos rudimentares.

No contexto religioso hindu, o Damaroo possui um significado simbólico profundo. O seu som é frequentemente associado ao deus Shiva, sendo comummente representado em suas mãos em pinturas e esculturas. O som rítmico e pulsante do Damaroo é interpretado como a representação do ritmo cósmico da criação e da destruição, o ciclo eterno da vida e da morte. A sua sonoridade evoca a energia primordial do universo e o poder transformador de Shiva.

Além do seu uso religioso, o Damaroo também é encontrado em contextos folclóricos e em apresentações de rua na Índia. A sua portabilidade e a capacidade de produzir sons distintos com movimentos relativamente simples tornam-no um instrumento versátil para diversos tipos de atuações. A sua forma icónica e o seu significado cultural e religioso fazem do Damaroo um instrumento único e profundamente enraizado na tradição indiana.

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Damaroo, Índia

Damaroo, Índia