Instrumentos musicais do continente asiático

Rudra veena é um cordofone dedilhado reverenciado na música clássica Hindustani, particularmente no estilo Dhrupad, considerado um dos instrumentos mais antigos da Índia. O seu nome deriva de “Rudra”, uma das formas de Shiva, e “veena”, termo genérico para instrumentos de corda indianos. Segundo a mitologia, foi Shiva quem criou este instrumento, inspirado na beleza de sua esposa Parvati.

Distintamente construída, a Rudra Veena possui um longo corpo tubular feito de madeira ou bambu, com cerca de 1,37 a 1,58 metros de comprimento. Em cada extremidade deste corpo, são fixadas duas grandes caixas de ressonância feitas de cabaças ocas, que lhe conferem uma ressonância grave e profunda característica. Ao longo do corpo tubular, encontram-se entre 21 e 24 trastes feitos de metal, fixados com cera, embora o número possa variar conforme a preferência do artista.

A Rudra Veena possui tipicamente sete ou oito cordas de metal. Quatro são as cordas principais, utilizadas para tocar a melodia. Duas ou três cordas laterais, chamadas “chikari”, são usadas para marcar o ritmo e enfatizar a pulsação da música. Algumas versões modernas incluem também uma corda de bordão (“laraj”). O instrumento é tocado com dois plectros (mizrabs) presos aos dedos indicador e médio da mão direita, enquanto a mão esquerda desliza sobre as cordas ao longo dos trastes para produzir as diferentes notas e microtons.

A Rudra Veena é tradicionalmente tocada numa postura específica, com a cabaça superior apoiada no ombro esquerdo e a inferior no colo direito do músico, enquanto o braço do instrumento fica próximo ao peito. A sua sonoridade majestosa e meditativa, juntamente com a sua complexa técnica de execução, conferem-lhe um lugar de grande respeito na tradição musical indiana, embora a sua popularidade tenha diminuído em comparação com outros instrumentos como o sitar e o sarod. No entanto, continua a ser um símbolo da profundidade e da riqueza da música clássica Hindustani.

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Rudra veena, Índia

Rudra veena, Índia

Veena, também grafada vina, é um cordofone indiano venerado, com raízes profundas na música da Índia antiga. Caracteriza-se pela sua construção distintiva, que inclui duas caixas de ressonância grandes, tradicionalmente feitas de cabaças ocas. Estes ressonadores amplificam o som produzido pelas cordas vibrantes, contribuindo para a sonoridade rica e profunda do instrumento. A Veena é tocada dedilhando as cordas com um plectro de metal, geralmente usado no dedo indicador da mão direita.

Este instrumento de corda dedilhada apresenta variações regionais significativas entre o norte e o sul da Índia. No sul, a forma mais proeminente é a Tanjavur Veena, também conhecida como Saraswati Veena. Esta Veena do sul possui um corpo de madeira esculpido, com uma grande caixa de ressonância principal e uma caixa menor secundária. Possui um braço longo com trastes curvos feitos de metal, fixados com cera. As cordas melódicas correm sobre estes trastes, permitindo a produção de notas precisas. Além das cordas melódicas, possui cordas de bordão laterais, que fornecem um acompanhamento harmónico constante.

No norte da Índia, a forma predominante é a Rudra Veena. Esta apresenta um design diferente, com um corpo tubular e duas grandes cabaças presas abaixo de cada extremidade. A Rudra Veena é tocada sem trastes, exigindo uma técnica deslizante para produzir as microtonalidades características da música clássica hindustani. Possui também cordas melódicas e cordas de bordão.

Ambas as formas da Veena são consideradas instrumentos de grande importância na música clássica indiana. A Saraswati Veena é central na música carnática do sul, enquanto a Rudra Veena tem um lugar de destaque na tradição hindustani do norte, embora seja menos comum nas apresentações contemporâneas. A sua sonoridade majestosa e a sua capacidade de expressar nuances melódicas complexas fazem da Veena um símbolo da rica herança musical da Índia.

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Veena, Índia

Veena, Índia

A vina é um instrumento musical tradicional da Índia. É um tipo de cordofone que pertence à família das cítaras. Tem um formato semelhante a uma guitarra, com um longo braço de madeira e uma caixa de ressonância. Possui múltiplas cordas, geralmente sete, que são tocadas com uma palheta de metal.

A vina é amplamente utilizada na música clássica indiana e é considerada um dos instrumentos mais importantes dessa tradição. É tocada tanto como instrumento solo, como no acompanhamento de vozes ou outros instrumentos.

Permite uma grande expressividade musical, com a possibilidade de diferentes técnicas e ornamentações.

A vina tem uma longa história na Índia e é um símbolo importante da cultura indiana. É considerada um instrumento sagrado, sendo associada à deusa Sarasvati, a deusa da música, da arte e da sabedoria. É tocada em festivais, celebrações religiosas e eventos culturais em todo o país.

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Vina, Índia

Vina, Índia, Jayanti Kumaresh

Box tanpura, também conhecida como tamburi ou tambura, é uma variação moderna da tradicional tanpura indiana, caracterizada pelo seu corpo em formato de caixa retangular ou aproximado. Originária da Índia, esta adaptação mantém as qualidades sonoras essenciais da tanpura, um instrumento de corda dedilhada fundamental na música clássica indiana, fornecendo um bordão harmónico constante.

Diferentemente da tanpura tradicional com a sua grande caixa de ressonância em forma de cabaça, a Box Tanpura utiliza uma caixa de madeira, o que a torna mais compacta, leve e fácil de transportar. Apesar da alteração na forma do corpo, o princípio de funcionamento permanece o mesmo: várias cordas de metal são esticadas sobre uma ponte larga e dedilhadas ritmicamente para criar um zumbido harmónico rico em sobretons.

A Box Tanpura geralmente possui quatro cordas, afinadas em intervalos específicos de acordo com a raga a ser executada. A sua sonoridade sustentada e vibrante cria uma atmosfera imersiva, servindo de base para a melodia e o ritmo dos outros instrumentos ou da voz. A sua portabilidade tornou-a uma escolha popular para músicos viajantes e para apresentações em espaços menores, sem comprometer a qualidade essencial do som da tanpura.

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Box tanpura, Índia

Box tanpura, Índia

Tambura, também conhecida como Tanpura ou Tampuri, é um instrumento de corda dedilhada tradicional da Índia, essencial na música clássica indiana, tanto Hindustani quanto Carnática. A sua função principal não é melódica, mas sim a de fornecer um bordão harmónico constante, criando uma base sonora rica e imersiva para a execução da raga (modo musical). A sonoridade sustentada e vibrante da Tambura estabelece o ambiente tonal e ressonante para o solista.

A construção da Tambura tradicionalmente envolve uma grande caixa de ressonância feita de uma cabaça seca e oca, à qual é fixado um longo braço de madeira. Algumas versões podem ter o corpo totalmente feito de madeira, como a “box tanpura”. O número de cordas varia, geralmente entre quatro e seis, feitas de metal. Estas cordas passam sobre uma ponte larga e plana, feita de madeira ou osso, que é ligeiramente curvada. Esta curvatura é crucial para produzir o som característico da Tambura, pois as cordas vibram ligeiramente contra a ponte, gerando um zumbido rico em sobretons.

As cordas da Tambura são afinadas em intervalos específicos, geralmente relacionados à tónica (Sa) da raga. A afinação mais comum para uma Tambura de quatro cordas é Sa-Pa-Sa-Sa (tónica-quinta-tónica-tónica) ou Sa-Ma-Sa-Sa (tónica-quarta-tónica-tónica), dependendo da raga e da tradição musical. As cordas são dedilhadas suave e ritmicamente com os dedos, criando um ciclo contínuo de vibrações que preenchem o espaço com uma ressonância hipnótica.

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Tambura, Índia

Tambura, Índia

Tanpura, tambura, ou tampuri, é um dos instrumentos mais importantes na música clássica indiana, fornecendo uma base harmónica para a melodia principal. O instrumento consiste em um corpo alongado, semelhante a uma cabaça, com uma longa haste de madeira. Possui quatro cordas de aço ou bronze tocadas em padrões rítmicos repetidos chamados de “tala”, que ajudam a estabelecer o ritmo e a estrutura musical da peça.

A tanpura não é tocada melodicamente, mas sim dedilhada em uma sequência constante de acordes, criando um som contínuo e sustentado. É usado tanto por vocalistas como por instrumentistas para acompanhar a melodia, ajudando a manter a afinação e criar um ambiente sonoro rico e ressonante.

A importância da tanpura na música indiana vai além de seu papel como acompanhamento. A sua ressonância e vibrações subtis têm um efeito terapêutico e meditativo, além de criar uma atmosfera espiritual e mística. 

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Tanpura, Índia

Tanpura, Índia

Plung, também conhecido como Ploong, é um instrumento de sopro tradicional do povo Mru (ou Murung), comunidade indígena que habita as regiões do Bangladesh e da Birmânia (Myanmar). Classificado como um órgão de boca, o Plung é construído de forma engenhosa a partir de cabaças e canas de bambu de diversos tamanhos, aproveitando os recursos naturais disponíveis no seu ambiente.

A estrutura básica do Plung consiste numa ou mais cabaças que servem como reservatório de ar. A estas cabaças são fixadas várias canas de bambu, cada uma com um comprimento diferente e equipada com uma palheta livre. Cada cana produz uma nota específica quando o músico sopra através da cabaça e direciona o ar para a cana desejada, utilizando os dedos para abrir e fechar orifícios laterais nas canas, de forma semelhante a uma flauta.

Uma característica notável do Plung é a sua variedade de tamanhos e configurações. O Plung maior pode apresentar até oito tubos de bambu de dimensões consideráveis. A combinação das diferentes longitudes das canas resulta numa gama sonora surpreendentemente rica e complexa, evocando a sonoridade de um pequeno órgão de tubos. A capacidade de produzir múltiplas notas simultaneamente permite a execução de melodias acompanhadas por harmonias simples ou bordões.

O Plung desempenha um papel significativo na música e nas tradições culturais do povo Mru. É frequentemente utilizado em cerimónias rituais, festivais e outras celebrações comunitárias. A sua sonoridade única e a sua construção artesanal refletem a criatividade e a engenhosidade desta comunidade indígena, demonstrando uma profunda conexão com o seu ambiente natural e a sua rica herança musical. A preservação e a prática do Plung continuam a ser importantes para a manutenção da identidade cultural do povo Mru.

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Plung, Bangladesh

Plung, Bangladesh

Zhongruan, cujo nome significa literalmente “ruan tenor”, é um instrumento de corda dedilhada tradicional da China. Pertence à família do ruan, distinguindo-se por ser ligeiramente maior e ter uma tessitura mais grave que o ruan agudo (Pipa). O Zhongruan possui um corpo circular e achatado, construído tradicionalmente em madeira, com um tampo e um fundo colados a uma estrutura lateral.

Este instrumento está equipado com quatro cordas de seda (tradicionalmente) ou de metal (modernamente), que correm ao longo de um braço curto e trastejado até as cravelhas de afinação na extremidade superior. Os trastes, geralmente feitos de marfim ou osso, são dispostos de forma a permitir a execução da escala musical chinesa. Uma ponte, localizada no tampo, eleva as cordas e transmite as suas vibrações para a caixa de ressonância, produzindo o som.

O Zhongruan é versátil na sua forma de ser tocado, podendo ser executado com um plectro (palheta) ou diretamente com os dedos, utilizando diversas técnicas de dedilhado. O uso do plectro permite obter um som mais brilhante e incisivo, ideal para melodias rápidas e ritmos marcados. A técnica de dedilhado com os dedos oferece uma maior variedade de timbres e nuances expressivas, sendo utilizada para melodias mais líricas e para a execução de acordes e arpejos.

Na música tradicional chinesa, o Zhongruan desempenha um papel importante tanto em ensembles orquestrais quanto em apresentações solo ou em pequenos grupos de câmara. A sua sonoridade rica e quente, com uma boa projeção, torna-o um instrumento melódico e harmónico valioso. Ao longo da sua história, o Zhongruan passou por evoluções na sua construção e no seu repertório, adaptando-se às mudanças nos gostos musicais e nas práticas de execução. Continua a ser um instrumento apreciado na China contemporânea, tanto por músicos tradicionais quanto por aqueles que exploram novas sonoridades.

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Zhongruan, China

Zhongruan, China

Zill é um idiofone de concussão encontrado no Tibete e em países árabes, caracterizado pela sua simplicidade e pelo som cintilante que produz. Essencialmente, consiste num par de pequenos pratos circulares feitos de cobre ou de outras ligas metálicas. Estes pratos são geralmente côncavos e possuem um pequeno orifício no centro, por onde passa uma tira de couro ou um cordão, que serve para prender cada prato a um dedo ou à mão do músico.

A produção sonora do Zill ocorre através do entrechoque dos dois pratos. O músico segura um prato em cada mão e bate-os um contra o outro, criando um som agudo, metálico e ressonante. A intensidade e a duração do som podem ser controladas pela força do impacto e pela forma como os pratos são mantidos após o choque. Golpes rápidos e leves produzem sons curtos e brilhantes, enquanto um contacto mais prolongado permite que as vibrações se estendam, gerando um som mais sustentado e tilintante.

No Tibete, os Zills são frequentemente utilizados em cerimónias religiosas e rituais budistas, onde o seu som pode acompanhar cânticos, invocações e meditações. O seu timbre distinto contribui para a atmosfera espiritual e solene destes eventos. Nos países árabes, os Zills são mais comumente associados à música folclórica e à dança do ventre, onde o seu ritmo vibrante e alegre complementa os movimentos da dançarina e a melodia dos outros instrumentos.

Apesar da sua simplicidade, os Zills são capazes de adicionar uma camada rítmica e textural interessante à música. A sua portabilidade e facilidade de uso tornam-nos um instrumento versátil em diferentes contextos culturais e musicais. O som característico dos Zills, seja nos templos tibetanos ou nos palcos árabes, evoca um sentido de celebração, espiritualidade e tradição.

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Ocarina em forma de ovo, Xun é um instrumento de sopro chinês da família das flautas globulares. Tem uma abertura no topo, por onde o executante sopra. Remonta a cerca de 7000 anos sendo um dos mais antigos instrumentos chineses.

O xun é feito tradicionalmente de cerâmica, mas também pode ser feito de outros materiais, como argila ou metal. Possui várias ranhuras na sua superfície, que ajudam a controlar o tom e o timbre do instrumento. Além disso, o xun pode ter de seis a oito orifícios na parte frontal, que são cobertos pelos dedos do músico para produzir diferentes notas.

O xun é tocado soprando-se diretamente na abertura superior do instrumento e controlando a intensidade do sopro para produzir diferentes tons. Embora seja um instrumento relativamente simples, pode ser usado para tocar uma variedade de melodias.

O xun é frequentemente utilizado em conjuntos de música tradicional chinesa, como o ensemble de xun e suona, ou em apresentações solo. É apreciado por sua sonoridade suave e relaxante, e também por sua capacidade de imitar sons da natureza, como o canto dos pássaros ou o som do vento.

Além disso, o xun também é considerado um objeto de arte devido à sua beleza estética. Muitas vezes é decorado com desenhos intricados ou padrões coloridos, tornando-o também um item de colecionador.

(com IA)

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Xun, China

Xun, China