Instrumentos musicais do continente asiático

Venu é uma flauta travessa indiana, confeccionada tradicionalmente em bambu, que ocupa um lugar de destaque na música carnática, o sistema de música clássica do sul da Índia. Este instrumento de sopro simples, mas expressivo, é conhecido por diversos nomes regionais, refletindo a sua presença e apreciação em diferentes partes do sul da Índia: venuvu, pillana grovi, kulalu e pullankuzhal são algumas das suas designações mais comuns.

O Venu é tipicamente feito de uma única haste de bambu, cuidadosamente selecionada pela sua qualidade e pelas suas características acústicas. O bambu é perfurado com seis ou oito orifícios para os dedos, que permitem ao músico produzir uma vasta gama de notas e microtons característicos da música carnática. A embocadura é feita numa das extremidades da flauta, onde um orifício é cuidadosamente posicionado para permitir ao músico soprar e controlar o fluxo de ar, produzindo o som.

A técnica de execução do Venu exige grande destreza e controlo da respiração. O músico utiliza os dedos para abrir e fechar os orifícios, enquanto ajusta a embocadura e a pressão do ar para obter as diferentes notas e ornamentações melódicas complexas que são essenciais na música carnática. A capacidade de produzir gamas subtis de afinação e expressividade emocional torna o Venu um instrumento altamente valorizado tanto em apresentações solo quanto em acompanhamento.

O som do Venu é frequentemente descrito como doce, melodioso e evocativo. A sua sonoridade natural e a sua capacidade de expressar nuances emocionais profundas fazem dele um instrumento particularmente adequado para a interpretação das intrincadas ragas e talas (ciclos rítmicos) da música carnática. É comummente ouvido em concertos clássicos, acompanhando vocalistas ou outros instrumentos, e também possui uma rica tradição de interpretação solo. A sua simplicidade material contrasta com a sua complexidade musical, tornando o Venu um instrumento icónico da cultura musical do sul da Índia.

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Venu, Índia

Venu, Índia

Tombak, também conhecido por zarb, donbak ou dombak, é um membranofone de origem persa (antigo Irão), amplamente considerado o instrumento de percussão mais importante da música clássica persa. A sua rica sonoridade e a sua capacidade de produzir uma vasta gama de timbres e ritmos complexos tornam-no um elemento fundamental nos ensembles musicais iranianos.

O corpo do Tombak é tipicamente esculpido numa única peça de madeira, geralmente de nogueira, amoreira ou freixo, com uma forma de cálice ou ampulheta. Uma das extremidades mais largas é coberta por uma pele de animal, tradicionalmente de cabra ou cordeiro, que é colada e tensionada sobre a abertura. A qualidade da pele e a forma do corpo do instrumento influenciam significativamente o seu som.

O Tombak é tocado com as mãos desnudas, utilizando uma variedade de golpes e técnicas que produzem diferentes sons e ritmos. Os principais golpes incluem o “tek”, um som agudo e seco produzido com a borda dos dedos na extremidade da pele, e o “bom”, um som grave e ressonante obtido com a palma da mão no centro da pele. Combinações destes e outros golpes, juntamente com técnicas como estalos de dedos e toques na borda do corpo de madeira, permitem ao percussionista criar padrões rítmicos intrincados e expressivos.

A importância do Tombak na música persa reside na sua capacidade de não apenas marcar o tempo, mas também de interagir melodicamente com os outros instrumentos e com a voz. Os percussionistas de Tombak são altamente valorizados pela sua musicalidade e pela sua habilidade em improvisar e responder às nuances da interpretação. O instrumento é essencial em formações musicais clássicas e folclóricas do Irão, contribuindo para a rica tapeçaria sonora da música persa. A sua sonoridade única e a sua versatilidade rítmica garantem o seu lugar central na tradição musical iraniana.

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Tombak, Irão

Tombak, Irão

A pullankuzhal, também conhecida como venu, venuvu ou kulalu, é uma flauta travessa indiana que desempenha um papel importante na música carnática (forma clássica de música do sul da Índia). A flauta é feita de bambu e possui oito furos que são usados ​​para produzir diferentes notas musicais.

É tocada horizontalmente, e o músico sopra no bocal, enquanto controla o fluxo de ar com os dedos para criar diferentes sons. A flauta é considerada uma das mais antigas e tradicionais instrumentos musicais indianos, com uma história que remonta a milhares de anos.

É conhecida por suas qualidades sonoras distintas, que são tonais e suaves. É capaz de produzir uma ampla gama de notas e efeitos musicais, tornando-se um instrumento versátil que pode ser usado como um instrumento solo ou em conjunto com outros instrumentos musicais.

Na música carnática, a pullankuzhal geralmente é usada para improvisação, com músicos habilidosos explorando diferentes escalas e melodias durante as apresentações. Além disso, a flauta também é amplamente utilizada em composições clássicas e folclóricas, bem como em rituais religiosos.

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É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.
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Pullankuzhal, Índia

Pullankuzhal, Índia

Zhong é um tipo de sino antigo chinês que faz parte da família dos idiofones de metal. Era feito de bronze e tem uma longa história, remontando a pelo menos cerca de 1000 anos a.C. Era usado em cerimónias rituais e faziam parte de um conjunto de sinos que tocavam em conjunto.

O zhong é notável tanto pela sua mestria tecnológica quanto pela sua belíssima ornamentação. Esses sinos antigos eram decorados com padrões intricados e detalhes minuciosos.

Diferente dos sinos convencionais, o Zhong não tinha um badalo suspenso em seu interior. Em vez disso, era percutido com um martelo de madeira para produzir som. Esses sinos eram suspensos de uma estrutura de madeira e tocados em conjunto para criar uma melodia harmoniosa.

O Zhong desempenhava um papel importante na antiga cultura chinesa, sendo utilizado em vários contextos, desde cerimónias religiosas e rituais até apresentações musicais. Acredita-se que o som do Zhong possuía propriedades espirituais e era capaz de transmitir mensagens divinas.

Hoje em dia, o Zhong continua sendo apreciado como uma peça de arte e é frequentemente exibido em museus e coleções particulares. A sua história e significado cultural fazem dele um importante símbolo da cultura chinesa antiga.

(com IA)

Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida.

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Zhong,China

Zhong,China

Zokra, também conhecida como zukra ou zoughara, é a designação para a gaita de foles na Líbia. Este aerofone tradicional distingue-se pela sua terminação de ponteiro-duplo, onde dois tubos melódicos (ponteiros) terminam em dois chifres de vaca. Esta característica confere ao instrumento uma aparência e sonoridade únicas, diferenciando-o de outras gaitas de foles encontradas noutras regiões.

A Zokra é um instrumento musical versátil, tradicionalmente utilizado em diversos eventos sociais importantes na Líbia, como banquetes, casamentos e funerais. A sua música acompanha as celebrações festivas, marca os ritos de passagem e proporciona um fundo sonoro para as cerimónias fúnebres, demonstrando a sua integração na vida social e cultural do país.

Curiosamente, a forma como a Zokra é tocada varia geograficamente dentro da Líbia. Nas regiões sul e oeste do país, o instrumento é utilizado como uma gaita de foles tradicional, incorporando um saco de pele (presumivelmente de cabra, semelhante a outras gaitas de foles) que armazena o ar insuflado pelo músico, permitindo um som contínuo. No entanto, na parte leste da Líbia, a Zokra é tocada de uma maneira diferente: sem o uso do saco, sendo soprada diretamente com a boca, funcionando essencialmente como um clarinete duplo. Esta adaptação regional demonstra a evolução e a flexibilidade do instrumento dentro das diferentes práticas musicais locais. A Zokra, com as suas peculiaridades construtivas e variações de execução, representa um elemento importante do património musical da Líbia.

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Zokra, Líbia

Zokra, Líbia

Zukra, também conhecida como zokra ou zoughara, é a gaita de foles tradicional da Líbia. Uma característica distintiva deste aerofone é a sua terminação com um ponteiro-duplo, onde dois tubos melódicos (ponteiros) se estendem e terminam em dois chifres de vaca. Esta construção única confere ao instrumento uma aparência e sonoridade peculiares.

A Zukra desempenha um papel significativo na vida social e cultural da Líbia, sendo tradicionalmente tocada em eventos importantes como banquetes, casamentos e funerais. A sua música acompanha as celebrações festivas, marca os momentos de união e também proporciona um ambiente sonoro para as cerimónias de luto, evidenciando a sua versatilidade e integração nas tradições locais.

A Zukra é tocada de forma semelhante a outras gaitas de foles, utilizando um saco de pele para armazenar o ar insuflado pelo músico através de um tubo. O ar armazenado é então direcionado para os dois ponteiros, cujos orifícios são manipulados pelos dedos para produzir a melodia. Os dois ponteiros, terminando nos chifres de vaca, contribuem para a sonoridade característica e possivelmente para a projeção do som do instrumento. A Zukra representa um elemento importante do património musical da Líbia, refletindo as suas tradições e costumes.

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Zukra, Líbia

Zukra, Líbia

Rudra veena é um cordofone dedilhado reverenciado na música clássica Hindustani, particularmente no estilo Dhrupad, considerado um dos instrumentos mais antigos da Índia. O seu nome deriva de “Rudra”, uma das formas de Shiva, e “veena”, termo genérico para instrumentos de corda indianos. Segundo a mitologia, foi Shiva quem criou este instrumento, inspirado na beleza de sua esposa Parvati.

Distintamente construída, a Rudra Veena possui um longo corpo tubular feito de madeira ou bambu, com cerca de 1,37 a 1,58 metros de comprimento. Em cada extremidade deste corpo, são fixadas duas grandes caixas de ressonância feitas de cabaças ocas, que lhe conferem uma ressonância grave e profunda característica. Ao longo do corpo tubular, encontram-se entre 21 e 24 trastes feitos de metal, fixados com cera, embora o número possa variar conforme a preferência do artista.

A Rudra Veena possui tipicamente sete ou oito cordas de metal. Quatro são as cordas principais, utilizadas para tocar a melodia. Duas ou três cordas laterais, chamadas “chikari”, são usadas para marcar o ritmo e enfatizar a pulsação da música. Algumas versões modernas incluem também uma corda de bordão (“laraj”). O instrumento é tocado com dois plectros (mizrabs) presos aos dedos indicador e médio da mão direita, enquanto a mão esquerda desliza sobre as cordas ao longo dos trastes para produzir as diferentes notas e microtons.

A Rudra Veena é tradicionalmente tocada numa postura específica, com a cabaça superior apoiada no ombro esquerdo e a inferior no colo direito do músico, enquanto o braço do instrumento fica próximo ao peito. A sua sonoridade majestosa e meditativa, juntamente com a sua complexa técnica de execução, conferem-lhe um lugar de grande respeito na tradição musical indiana, embora a sua popularidade tenha diminuído em comparação com outros instrumentos como o sitar e o sarod. No entanto, continua a ser um símbolo da profundidade e da riqueza da música clássica Hindustani.

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Rudra veena, Índia

Rudra veena, Índia

Veena, também grafada vina, é um cordofone indiano venerado, com raízes profundas na música da Índia antiga. Caracteriza-se pela sua construção distintiva, que inclui duas caixas de ressonância grandes, tradicionalmente feitas de cabaças ocas. Estes ressonadores amplificam o som produzido pelas cordas vibrantes, contribuindo para a sonoridade rica e profunda do instrumento. A Veena é tocada dedilhando as cordas com um plectro de metal, geralmente usado no dedo indicador da mão direita.

Este instrumento de corda dedilhada apresenta variações regionais significativas entre o norte e o sul da Índia. No sul, a forma mais proeminente é a Tanjavur Veena, também conhecida como Saraswati Veena. Esta Veena do sul possui um corpo de madeira esculpido, com uma grande caixa de ressonância principal e uma caixa menor secundária. Possui um braço longo com trastes curvos feitos de metal, fixados com cera. As cordas melódicas correm sobre estes trastes, permitindo a produção de notas precisas. Além das cordas melódicas, possui cordas de bordão laterais, que fornecem um acompanhamento harmónico constante.

No norte da Índia, a forma predominante é a Rudra Veena. Esta apresenta um design diferente, com um corpo tubular e duas grandes cabaças presas abaixo de cada extremidade. A Rudra Veena é tocada sem trastes, exigindo uma técnica deslizante para produzir as microtonalidades características da música clássica hindustani. Possui também cordas melódicas e cordas de bordão.

Ambas as formas da Veena são consideradas instrumentos de grande importância na música clássica indiana. A Saraswati Veena é central na música carnática do sul, enquanto a Rudra Veena tem um lugar de destaque na tradição hindustani do norte, embora seja menos comum nas apresentações contemporâneas. A sua sonoridade majestosa e a sua capacidade de expressar nuances melódicas complexas fazem da Veena um símbolo da rica herança musical da Índia.

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Veena, Índia

Veena, Índia

A vina é um instrumento musical tradicional da Índia. É um tipo de cordofone que pertence à família das cítaras. Tem um formato semelhante a uma guitarra, com um longo braço de madeira e uma caixa de ressonância. Possui múltiplas cordas, geralmente sete, que são tocadas com uma palheta de metal.

A vina é amplamente utilizada na música clássica indiana e é considerada um dos instrumentos mais importantes dessa tradição. É tocada tanto como instrumento solo, como no acompanhamento de vozes ou outros instrumentos.

Permite uma grande expressividade musical, com a possibilidade de diferentes técnicas e ornamentações.

A vina tem uma longa história na Índia e é um símbolo importante da cultura indiana. É considerada um instrumento sagrado, sendo associada à deusa Sarasvati, a deusa da música, da arte e da sabedoria. É tocada em festivais, celebrações religiosas e eventos culturais em todo o país.

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Vina, Índia

Vina, Índia, Jayanti Kumaresh

Box tanpura, também conhecida como tamburi ou tambura, é uma variação moderna da tradicional tanpura indiana, caracterizada pelo seu corpo em formato de caixa retangular ou aproximado. Originária da Índia, esta adaptação mantém as qualidades sonoras essenciais da tanpura, um instrumento de corda dedilhada fundamental na música clássica indiana, fornecendo um bordão harmónico constante.

Diferentemente da tanpura tradicional com a sua grande caixa de ressonância em forma de cabaça, a Box Tanpura utiliza uma caixa de madeira, o que a torna mais compacta, leve e fácil de transportar. Apesar da alteração na forma do corpo, o princípio de funcionamento permanece o mesmo: várias cordas de metal são esticadas sobre uma ponte larga e dedilhadas ritmicamente para criar um zumbido harmónico rico em sobretons.

A Box Tanpura geralmente possui quatro cordas, afinadas em intervalos específicos de acordo com a raga a ser executada. A sua sonoridade sustentada e vibrante cria uma atmosfera imersiva, servindo de base para a melodia e o ritmo dos outros instrumentos ou da voz. A sua portabilidade tornou-a uma escolha popular para músicos viajantes e para apresentações em espaços menores, sem comprometer a qualidade essencial do som da tanpura.

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Box tanpura, Índia

Box tanpura, Índia