Instrumentos musicais do continente asiático

Shahnai (shenai, shehnai, sahanai, sanai, shenoy, shana) é um aerofone tradicional do subcontinente indiano, feita de madeira, com palheta dupla e campânula de metal. É usado em casamentos, procissões, templos e concertos. É semelhante ao nadaswaram do Sul da Índia.

Jaltarang, jal-tarang, jal-yantra (na Idade Média), Udakavadya (Kamasutra de Vatsyayana), jalatarangam ou jalatharangam é um instrumento melódico de percussão que consiste num conjunto de tigelas de cerâmica afinadas com água e percutidas com uma baqueta em cada mão. “Jal” significa “água” e “tarang”, “ondas”. Instrumento que remonta a tempos remotos na História, continua a ser utilizado na música clássica indiana. No seu regresso da Índia à Macedónia, Alexandre terá ouvido músicos tocarem este instrumento.

Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida.

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Jaltarang, Índia

Jaltarang, Índia

santour é um instrumento musical de cordas originário do Oriente Médio e da Índia. É um tipo de cítara trapezoidal, comum em várias culturas da região. O instrumento é composto por um corpo retangular feito de madeira, com cerca de 72 cordas de metal (geralmente, três cordas por nota) estendidas sobre pontes.

O santour é tocado com baquetas de madeira chamadas meiz. O músico utiliza uma técnica de trinado e deslize das baquetas sobre as cordas para criar diferentes notas e efeitos musicais. Normalmente, as cordas são afinadas de acordo com a melodia que se pretende executar.

O instrumento possui uma sonoridade única e é utilizado principalmente para tocar música clássica tradicional e folclórica nos países onde é popular. Na Índia, por exemplo, é comumente utilizado no estilo musical clássico hindustani. No Iraque e no Irã, o santoor é um instrumento essencial para a música popular e clássica.

O santour tem uma longa história e pode ser rastreado até a antiga Pérsia. Ao longo dos anos, a sua construção e técnica de execução evoluíram, resultando em diferentes variações regionais do instrumento.

(com IA)

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

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Santour, Índia

Santour, Índia

Ramsinga é um instrumento de sopro indiano composto por quatro tubos de metal fino que são ligados entre si. Tradicionalmente, é usado em contextos rituais e cerimónias religiosas na Índia.

O instrumento é tocado soprando-se ar por um dos extremos dos tubos, produzindo assim um som característico. O som emitido pela ramsinga é considerado sagrado e acredita-se que ele tenha o poder de afastar energias negativas e purificar o ambiente. É frequentemente utilizado em templos hindus e em práticas devocionais para criar uma atmosfera espiritual durante as cerimónias religiosas.

(com IA)

É um instrumento de sopro do grupo 423 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de bocal (também chamado de palheta labial) em que os lábios do executante causam diretamente a vibração do ar.

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Ramsinga, Índia

Ramsinga, Índia

Parai, também conhecido como thappu, é um antigo tambor nativo da Índia, com particular relevância no sul do país. Este instrumento de percussão direta possui uma estrutura circular de madeira que forma o corpo do tambor. Uma das faces desta estrutura é aberta, enquanto a outra é coberta por uma membrana feita de pele de vaca, esticada e fixada à estrutura de madeira.

O som característico do parai é produzido ao golpear a membrana de pele de vaca com baquetas ou com as mãos. A tensão da pele e o ponto onde é golpeada influenciam a altura e o timbre do som produzido, que pode variar de batidas profundas e ressonantes a sons mais agudos e estalados.

Historicamente, o parai desempenhou um papel multifacetado na sociedade Tamil. Era utilizado em tempos de guerra para comunicar mensagens e inspirar os guerreiros, em festivais e cerimónias religiosas para marcar o ritmo e criar uma atmosfera festiva, e também em eventos comunitários e funerais. A sua sonoridade forte e vibrante tem o poder de reunir as pessoas e evocar emoções profundas.

Apesar das mudanças sociais e da introdução de novos instrumentos, o parai continua a ser um símbolo importante da identidade cultural Tamil, sendo preservado e tocado em diversas celebrações e eventos tradicionais, mantendo viva a sua rica herança sonora e cultural.

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.

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Parai, Índia

Parai, Índia

Thappu é um instrumento amplamente utilizado nas áreas rurais do sul da Índia, especialmente no estado de Tamil Nadu. É considerado um dos instrumentos musicais mais antigos e tradicionais da região. O tamanho do thappu varia de pequeno a grande, com diâmetros que podem chegar a um metro.

A estrutura circular de madeira é tradicionalmente feita de madeira de neem ou jaca, conhecidas por suas propriedades acústicas. A pele de vaca é esticada sobre a abertura da estrutura e é fixada com uma corda enrolada em volta da madeira.

O thappu é tocado usando as palmas das mãos e os dedos. O músico pode variar o tom e o ritmo dependendo da parte da pele que é tocada e da técnica utilizada. Em algumas ocasiões, o instrumento pode ser acompanhado por outros instrumentos musicais, como a flauta e a Viola.

É usado em uma variedade de contextos, desde rituais religiosos e festivais até apresentações musicais e danças folclóricas. É um instrumento importante nas tradições da música carnática e do teatro de dança Bharathanatyam, ambos originários de Tamil Nadu.

Apesar de sua importância cultural, o thappu está atualmente ameaçado de extinção. Com o avanço da tecnologia e a influência de instrumentos musicais ocidentais, o número de músicos tradicionais do thappu está a diminuir. 

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.

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Thappu, Índia

Thappu, Índia

Pepa é um instrumento de sopro tradicional de Assam, Índia, feito de corno de búfalo. É semelhante a uma flauta, consistindo em um tubo oco feito de bambu, com várias aberturas. Toca-se soprando de um lado do tubo enquanto se cobrem ou descobrem as aberturas com os dedos. O músico pode alterar a melodia ao fazer diferentes combinações de aberturas e ao alterar a intensidade do sopro. É um instrumento bastante versátil, podendo ser utilizado tanto em músicas tradicionais como em músicas mais modernas.

A pepa é frequentemente utilizada nas celebrações religiosas e eventos culturais da região de Assam. É considerada um símbolo importante da cultura assamesa e desempenha um papel significativo na música dessa região.

Com a população de búfalos a diminuir, é cada vez mais difícil e caro comprar um pepa.

É um instrumento de sopro do grupo 423 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de bocal (também chamado de palheta labial) em que os lábios do executante causam diretamente a vibração do ar.

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Pepa, Índia

Pepa, Índia

Pien-ch’ing é um litofone chinês, um instrumento de percussão idiofónico que produz som através da vibração de pedras. É composto por um conjunto de 16 pedras em forma de L, meticulosamente trabalhadas para terem o mesmo tamanho, mas com variações significativas na sua espessura e dureza. Estas diferenças sutis nas propriedades físicas das pedras são cruciais para determinar a altura do som que cada uma produz ao ser percutida.

As pedras do pien-ch’ing são suspensas por cordas ou suportes de um elaborado e decorativo suporte de madeira. Este suporte não é apenas funcional, mantendo as pedras na posição correta para serem tocadas, mas também uma obra de arte em si mesmo, frequentemente adornado com pintura polícroma vibrante e detalhada, refletindo a estética e a simbologia da cultura chinesa.

O pien-ch’ing é tocado golpeando as pedras com um tipo de martelo ou baqueta. A disposição das pedras no suporte segue uma ordem específica, geralmente diatónica ou pentatónica, permitindo a execução de melodias tradicionais chinesas. Devido à natureza dos materiais e à precisão necessária na sua construção e afinação, o pien-ch’ing era historicamente um instrumento cerimonial importante, associado à música da corte imperial e a rituais religiosos, simbolizando harmonia e ordem cósmica. A sua sonoridade única e a beleza visual do instrumento conferem-lhe um lugar de destaque na história da música chinesa.

Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida. É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida).

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Pien-ch'ing, China

Pien-ch’ing, China

Argol, também grafado arghul, argul, arghoul ou arghool, é um aerofone de palheta simples tradicional do Egito, Palestina e Norte de África, com raízes que remontam ao Antigo Egito. Este instrumento singular é constituído por dois tubos paralelos, geralmente feitos de cana. Um dos tubos possui orifícios para os dedos e é usado para tocar a melodia, enquanto o outro, mais longo e sem orifícios, funciona como um bordão, produzindo uma nota contínua de acompanhamento.

A palheta simples, comum a ambos os tubos, vibra com o sopro do tocador, gerando o som característico do argol. A técnica de respiração circular é frequentemente utilizada para manter um som contínuo e ininterrupto. O argol possui um timbre rico e ligeiramente nasal, sendo um instrumento proeminente na música folclórica e tradicional das regiões onde é encontrado, evocando uma sonoridade ancestral e distintiva.

Nos instrumentos da categoria 4 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais (aerofones), o som é produzido principalmente pela vibração do ar ou pela sua passagem através de arestas ou palhetas: o instrumento por si só não vibra, nem há membranas ou cordas vibrantes.

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Argol, Palestina

Argol, Palestina

Shinobue é uma flauta traversa pertencente à família yokobue, um grupo de flautas transversais de bambu tradicionais do Japão. Este aerofone é construído a partir de um único tubo de bambu, cuidadosamente perfurado com oito orifícios digitais: sete na parte frontal para os dedos e um na parte posterior para o polegar. O seu tamanho compacto e a sua construção em bambu conferem-lhe uma sonoridade brilhante e penetrante, distinta de outras flautas japonesas.

O shinobue desempenha um papel crucial em diversos aspetos da cultura japonesa, sendo particularmente proeminente em festivais tradicionais (matsuri) e em apresentações teatrais, como o kabuki e o noh. Nestes contextos, a sua melodia vibrante e expressiva contribui para a atmosfera festiva e para a narrativa dramática. Os tocadores de shinobue empregam uma variedade de técnicas de sopro e digitação para produzir ornamentações complexas e variações tonais subtis, enriquecendo a música tradicional japonesa.

Apesar da sua simplicidade estrutural, o shinobue é capaz de expressar uma ampla gama de emoções e melodias, tornando-o um instrumento essencial na paisagem sonora do Japão e um símbolo da sua rica herança musical. A sua presença em festivais e no teatro garante a sua continuidade e relevância cultural através das gerações.

É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

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Shinobue, Japão

Shinobue, Japão