Qanun, kanun ou ganoun, é um instrumento de corda tradicional do Egito, Síria e Arábia Saudita. Qanun é um instrumento de corda originário do século X, da região de Farab, no atual Irão, e tradicional na Síria e no Médio Oriente, com diferentes nomes: kanun, kanoon, kanoun, quanoon, qanoun.
O nome vem da palavra grega “κανών”, que significava “regra”. Faz parte do tradicional agrupamento árabe conhecido por takht, que inclui quatro instrumentos melódicos (oud, nay, qanun e violino) e um instrumento de percussão (riq, ou a tabla).
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
O marwas, também conhecido como mirwas, é um pequeno tambor de mão bimembranofone, circular e de grande popularidade nos Emirados Árabes Unidos, no Iémen e na Malásia. A sua presença no Sudeste Asiático é resultado da emigração iemenita, que levou este instrumento musical para a Malásia, Indonésia e Brunei.
É construído com um corpo cilíndrico de madeira, coberto em ambas as extremidades por peles esticadas e presas por cordas ou aros. O seu tamanho reduzido torna-o portátil e ideal para ser tocado com as mãos, produzindo uma variedade de sons percussivos dependendo da técnica de execução e da área da pele atingida.
No contexto musical do Sudeste Asiático muçulmano, o marwas desempenha um papel fundamental nos géneros zapin e gambus. O zapin é uma dança e um género musical tradicional com influências árabes, enquanto o gambus refere-se a um tipo de alaúde de braço curto e também ao estilo musical que o acompanha. Nestes géneros, o marwas fornece a pulsação rítmica e contribui para a riqueza da textura sonora.
Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.
ETIQUETAS
Instrumentos musicais dos Emirados Árabes Unidos
tambores percutidos
Instrumentos começados por m
Marwas, bimembranofone, Estados Árabes Unidos e Iémen
O Otomatone é um instrumento musical eletrónico projetado para se parecer com uma nota musical. É um pequeno dispositivo em forma de nota musical, com uma “boca” e um “braço” móvel. Ao pressionar o braço e soprar na “boca”, o Otomatone emite um som que pode ser controlado pela posição do braço. É frequentemente considerado um brinquedo devido ao seu aspeto único e divertido, mas também pode ser usado como um instrumento musical para criar diferentes tons e melodias.
O Otomatone ganhou popularidade devido a sua aparência peculiar e única forma de tocar.
Na categoria dos eletrofones, o som é produzido por meios eletrónicos.
O pambai faz parte da família dos membranofones, que são instrumentos musicais que produzem som através da vibração de uma membrana esticada sobre uma estrutura. O Pambai é originário da Índia e é composto por um par de tambores metálicos cilíndricos.
Cada tambor do Pambai possui uma única membrana fixada na parte superior do cilindro. A membrana é normalmente feita de couro ou pele animal. Para tocar o instrumento, utilizam-se baquetas de madeira que são percutidas na superfície da membrana.
Os tambores do Pambai são de tamanhos diferentes, sendo o tambor menor conhecido como “Thala” e o maior como “Valanthalai”. O Thala é tocado com a mão direita, enquanto o Valanthalai é tocado com a mão esquerda. Devido às diferentes dimensões dos tambores, cada um produz um som distinto.
O Pambai é tradicionalmente utilizado em apresentações musicais das regiões de Tamil Nadu e Karnataka, no sul da Índia. É frequentemente usado em conjuntos de percussão junto com outros instrumentos, como o mridangam e o ghatam, para criar ritmos complexos e acompanhar danças tradicionais.
Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.
Patwain é um conjunto circular de tambores tocados por um só executante. É um instrumento tradicional de Myanmar (antiga Birmânia). É composto tipicamente por 18 a 21 tambores de diferentes tamanhos e afinações, dispostos horizontalmente num círculo numa estrutura ornamentada de madeira dourada, frequentemente decorada com mosaicos de vidro.
O executante do patwain senta-se no centro do conjunto de tambores em forma de ferradura, entrando por uma abertura na parte de trás. Cada tambor é afinado através da aplicação de uma pasta feita de arroz e cinzas no centro da pele, permitindo ao músico produzir uma variedade surpreendente de notas e melodias.
O patwain é o instrumento principal no hsaing waing, a orquestra tradicional birmanesa, que inclui também outros instrumentos de percussão e sopro. O tocador de patwain desempenha um papel crucial na orquestra, liderando o conjunto e muitas vezes improvisando melodias complexas e ritmos intrincados. A habilidade e a destreza do músico são altamente valorizadas, e a música do patwain é uma parte essencial das cerimónias religiosas, festivais e outras celebrações culturais em Myanmar.
É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida). Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida.
O chod damaru é um instrumento musical usado em cerimónias do Chod, uma prática espiritual única no budismo tântrico tibetano. É considerado um instrumento sagrado e possui um simbolismo profundo. É um tambor de mão com formato cónico. É feito tradicionalmente com dois pedaços de madeira, unidos por uma pele de animal de cada lado. Existem várias representações artísticas decorativas no exterior do tambor.
Na prática do Chod, o Chod damaru é usado para criar um som único. O praticante segura o tambor e o sacode, criando movimentos rápidos e frequentes. Isso produz um som rítmico, reverberante e distintivo.
O som do Chod damaru é considerado uma expressão do mantra do Chod, que é usado para invocar e pacificar os demónios internos e externos. Acredita-se que o som do tambor tenha o poder de cortar as apegos e ilusões egoístas, purificando a mente e abrindo o caminho para a iluminação. É considerado um tesouro cultural do Tibete e um símbolo importante da tradição budista tibetana.
Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.
O guqin é um instrumento musical de corda datado de mais de 3.000 anos. Também conhecido como ch’in ou quixianquin, é considerado uma das mais antigas cítaras chinesas. O nome guqin significa literalmente “instrumento antigo de cordas”. Tem sete cordas dispostas sobre uma caixa de ressonância em formato retangular.
Tradicionalmente, a caixa é feita de madeira de amoreira ou roxo, e a corda é feita de seda trançada. O instrumento é tocado com um tipo de palheta de marfim.
É usado principalmente para acompanhar a meditação e é considerado um instrumento de folclore solene e refinado. Por ser um instrumento de contemplação, o guqin desempenha um papel importante nas práticas taoístas e budistas da China. Além disso, é associado à literatura, poesia e cultura clássica chinesas.
O guqin é apreciado por sua sonoridade suave e melancólica. Tocá-lo requer habilidades técnicas e conhecimento musical aprofundado, por isso é frequentemente considerado um instrumento para intelectuais e estudiosos. É comum que aqueles que desejam dominar o guqin passem anos estudando e praticando para aperfeiçoar sua técnica e compreensão da música tradicional chinesa.
No mundo moderno, o guqin continua a ser usado e apreciado por artistas e entusiastas, tanto na China quanto em outros países. Ele também tem sido fonte de inspiração para músicos contemporâneos que exploram a fusão de estilos musicais tradicionais e modernos.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
ETIQUETAS
Instrumentos musicais da China
Família das cítaras
Instrumentos musicais começados por g
Guqin, China
https://www.musis.pt/wp-content/uploads/2020/04/guqin-china.jpeg400400António Ferreirahttp://musis.pt/wp-content/uploads/2022/05/cropped-musis-logo-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-04-20 10:00:322025-04-20 22:19:57Guquin, China
O chande é um instrumento tradicional de percussão do sul da Índia, principalmente usado na música clássica carnática. É um tambor cilíndrico com duas peles de couro nas extremidades, que são afinadas de forma diferente para produzir uma variedade de sons.
O chande é tocado com baquetas de madeira chamadas de “valam” “kuri”, que são utilizadas para bater nas diferentes partes do tambor e produzir diferentes timbres. O músico utiliza técnicas variadas de batida, golpes rápidos e suaves, para criar ritmos complexos e melodias distintas.
Além da música clássica, o chande também é utilizado na música tradicional do sul da Índia, como em festivais religiosos e danças folclóricas. Em alguns estados indianos, como Kerala, o instrumento é conhecido como “chenda” e tem uma importância cultural significativa.
O chande é muito valorizado pela sua capacidade de produzir sons potentes e envolventes, que podem ser ouvidos a longa distância. É comumente tocado em conjunto com outros instrumentos musicais, como o violino e a flauta, para criar interpretações ricas em melodia e ritmo.
Em resumo, o chande é um instrumento de percussão tradicional do sul da Índia, que desempenha um papel fundamental na música clássica e tradicional da região. Ele possui uma sonoridade única e é tocado com habilidade e destreza usando baquetas de madeira.
Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.
O Binsasara, também grafado como binzasara ou binsazara, é um idiofone tradicional do Japão, pertencente à família dos instrumentos de percussão indireta, assemelhando-se funcionalmente às tréculas ou tabuinhas ocidentais. A sua construção consiste numa série de pequenas placas de madeira, geralmente retangulares ou ligeiramente arredondadas, interligadas por um ou mais cordéis.
A produção sonora do Binsasara ocorre através do movimento ritmado das mãos do executante. O instrumento é segurado pelas extremidades, que geralmente possuem alças para facilitar o manuseio. Ao agitar ou manipular as extremidades com destreza, as placas de madeira são forçadas a bater umas contra as outras, gerando um som característico de estalido ou clique repetitivo. A intensidade e a velocidade do movimento das mãos controlam o volume e o ritmo da sonoridade produzida.
O Binsasara é frequentemente utilizado em festivais tradicionais japoneses, danças folclóricas e em acompanhamentos musicais onde um ritmo marcado e um efeito sonoro distintivo são desejados.
É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida). Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida.
O Babandir, partilhando a mesma família e muitas designações com o Babendil, é um idiofone tradicional das Filipinas, classificado como um gongo de borda estreita. Tal como o seu quase homónimo, é construído em bronze ou latão e apresenta uma superfície lisa e ligeiramente convexa. A característica distintiva da borda estreita influencia a sua ressonância e o timbre metálico que produz.
A função primordial do Babandir na música tradicional filipina é a marcação do tempo e a sustentação da pulsação rítmica para o conjunto musical. É executado através da percussão direta da sua superfície com uma ou duas baquetas. Estas podem ser simples varas de madeira ou possuir extremidades envoltas em materiais mais suaves para alterar a qualidade do som produzido. O som resultante é geralmente claro, penetrante e com uma sustentação moderada, encaixando-se na textura sonora das diversas orquestras de gongo filipinas.
O Babandir é um componente essencial em muitas formas de música cerimonial e festiva nas Filipinas, incluindo o renomado conjunto kulintang, onde desempenha um papel crucial na estrutura rítmica.
Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida.