Instrumentos musicais de todo o continente americano

Kena, também conhecida como quena ou qina, é uma flauta tubular tradicional dos Andes, feita de bambu ou madeira. Possui tipicamente seis orifícios frontais para os dedos e um orifício traseiro para o polegar. O som é produzido soprando na extremidade superior e controlando os orifícios para criar diferentes notas.

Este instrumento de sopro é fundamental na música folclórica de países andinos como Peru, Bolívia, Equador e nas províncias argentinas de Salta e Jujuy. A kena produz um som melancólico e expressivo, intimamente ligado à identidade cultural e paisagística da região. É frequentemente utilizada em cerimónias, festivais e na música popular andina contemporânea, sendo um símbolo da rica herança musical da América do Sul.

Kena

Kena

Piedras, ou pedras, em Português, designa um idiofone constituído por duas pequenas pedras que entrechocam. O uso destas pedras devidamente selecionadas pelo som e a forma esteve muito generalizado entre pastores de La Rioja (Espanha), que assim acompanhavam as jotas (danças).

Existe também no México como conjunto de pequenas lajes de tamanhos diferentes sobre uma mesa percutidas por uma pequena pedra em cada mão. Remonta ao período pré-hispânico.

Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida). Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida.

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  • Instrumentos musicais do México
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  • Instrumentos pré-hispânicos
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Piedras, México

Piedras, México

Pifilca é um pequeno aerofone de madeira, com dimensões entre 30 e 40 centímetros, tradicional da Patagónia, particularmente das províncias argentinas de Río Negro e Neuquén. Este instrumento de sopro simples é caracterizado por um tubo reto de madeira, geralmente com um bocal biselado para facilitar a produção do som.

A pifilca possui um número limitado de orifícios digitais, variando geralmente entre três e seis, o que lhe confere uma escala musical específica e um timbre característico, muitas vezes descrito como suave e melancólico. Tradicionalmente associada às culturas indígenas da Patagónia, como os Mapuche, a pifilca era utilizada em rituais, cerimónias e como forma de expressão musical pessoal.

A sua construção artesanal, utilizando madeiras locais, e a sua sonoridade evocativa ligam a pifilca à paisagem natural e à história cultural da região patagónica, sendo um símbolo da sua herança ancestral.

Nos instrumentos da categoria aerofone, o som é produzido principalmente pela vibração do ar ou pela sua passagem através de arestas ou palhetas: o instrumento por si só não vibra, nem há membranas ou cordas vibrantes.

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  • Instrumentos musicais da Argentina
  • Instrumentos de sopro de madeira
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Pifilca, Argentina

Pifilca, Argentina

Pinkillu (também grafado pinquillo, pinkuyllu ou pinqullu) é uma pequena flauta tubular de sopro, tradicional da região dos Andes, abrangendo países como Argentina, Bolívia, Chile, Equador e Peru. Fabricado principalmente a partir de cana, este aerofone possui um design simples mas com uma sonoridade distintiva, profundamente enraizada nas tradições musicais andinas.

O pinkillu geralmente apresenta um corpo cilíndrico e um número limitado de orifícios digitais, variando tipicamente entre cinco e seis na parte frontal, e ocasionalmente um orifício posterior para o polegar. A produção do som ocorre ao soprar na extremidade superior do tubo, direcionando o ar sobre uma aresta cortante para criar a vibração. A alteração das notas é conseguida através da abertura e do fecho dos orifícios com os dedos, permitindo a execução de melodias características da música andina.

Devido ao seu tamanho compacto e à facilidade de transporte, o pinkillu é frequentemente utilizado em celebrações, rituais e festividades comunitárias nos Andes. O seu som pode variar de suave e melancólico a mais agudo e penetrante, dependendo do tamanho e do material de construção. É um instrumento emblemático da identidade cultural andina, frequentemente tocado sozinho ou em conjunto com outros instrumentos tradicionais, como a quena e o bombo, contribuindo para a rica tapeçaria sonora desta região da América do Sul.

Nos aerofones, categoria 4 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos, o som é produzido principalmente pela vibração do ar ou pela sua passagem através de arestas ou palhetas: o instrumento por si só não vibra, nem há membranas ou cordas vibrantes.

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  • Instrumentos musicais dos Andes
  • Aerofones de aresta
  • Família das flautas
  • Instrumentos começados por p
Pinkillu, Andes

Pinkillu, Andes

Pinquillo, também conhecido como pinkillu, pinkuyllu ou pinqullu, é uma pequena flauta tubular de cana, um instrumento de sopro tradicional e emblemático da região dos Andes, presente na Argentina, Bolívia, Chile, Equador e Peru. Este aerofone simples, mas expressivo, é geralmente construído a partir de uma única peça de cana oca, com um comprimento modesto que facilita o seu transporte e manuseio.

Caracteriza-se por possuir um número limitado de orifícios digitais, tipicamente entre cinco e seis dispostos na parte frontal do tubo, permitindo ao tocador produzir uma gama específica de notas. A produção sonora ocorre ao soprar na extremidade superior do pinquillo, direcionando o fluxo de ar sobre uma aresta cortante, de forma semelhante a outras flautas de bisel.

O som do pinquillo pode variar dependendo do seu tamanho e construção, mas geralmente possui uma qualidade melancólica e doce, intimamente ligada à paisagem e às tradições culturais dos Andes. Este instrumento desempenha um papel significativo em diversas celebrações, rituais e expressões musicais comunitárias, sendo frequentemente tocado em conjunto com outros instrumentos andinos, como bombos e quenas, enriquecendo a rica tapeçaria sonora desta região da América do Sul. A sua simplicidade e a sua ligação profunda com a cultura local fazem do pinquillo um símbolo da identidade andina.

Nos aerofones, categoria 4 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos, o som é produzido principalmente pela vibração do ar ou pela sua passagem através de arestas ou palhetas: o instrumento por si só não vibra, nem há membranas ou cordas vibrantes.

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  • Instrumentos musicais dos Andes
  • Aerofones de aresta
  • Família das flautas
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Pinquillo, Andes

Pinquillo, Andes

Zampoña é um aerofone tradicional da região feito de canas, da família da flauta de Pã, composto por duas filas de tubos ou canas ocas, disposta em tamanho descendente. Tem origem pré-colombiana na cultura Wari. A zampoña é um dos pilares da música andina e está espalhada pelos países da região (Chile, Bolívia, Equador e Argentina).

Nos aerofones, categoria 4 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos, o som é produzido principalmente pela vibração do ar ou pela sua passagem através de arestas ou palhetas: o instrumento por si só não vibra, nem há membranas ou cordas vibrantes.

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  • Instrumentos musicais do Chile
  • Aerofones de aresta
  • Flautas de Pã
  • Instrumentos começados por z
Zamponã, Chille

Zamponã, Chille

Wakrawagra, também conhecido como wakrapuku ou wagra, é uma trombeta natural tradicional dos povos indígenas do Peru e da região dos Andes, na América do Sul. A sua origem remonta à era pré-colombiana, evidenciando a sua longa história e a sua profunda ligação com as culturas ancestrais desta área. Tradicionalmente, este aerofone é construído a partir de fragmentos de corno de gado bovino, habilmente unidos para formar um longo tubo cónico ou ligeiramente curvo.

A construção do Wakrawagra reflete a engenhosidade e a adaptação dos povos andinos aos recursos naturais disponíveis. Os pedaços de corno são cuidadosamente cortados, moldados e fixados entre si, muitas vezes utilizando resinas naturais ou outros materiais orgânicos, para criar um instrumento funcional capaz de produzir sons potentes e ressonantes. O comprimento e a forma exata do Wakrawagra podem variar, influenciando o seu timbre e a sua tessitura.

Este trompete natural desempenha um papel crucial nos rituais de fertilidade e em outras cerimónias importantes das comunidades andinas. O seu som grave e penetrante é frequentemente utilizado para invocar as divindades, anunciar eventos significativos ou acompanhar danças rituais. Acredita-se que o Wakrawagra possui propriedades espirituais e a sua execução é muitas vezes carregada de simbolismo, conectando as pessoas com a natureza e com os seus antepassados.

Apesar da influência da cultura ocidental e da introdução de instrumentos modernos, o Wakrawagra continua a ser um símbolo da identidade cultural andina e um elo com as tradições ancestrais. A sua sonoridade única ecoa através das montanhas, lembrando a rica herança e as práticas rituais dos povos indígenas do Peru e dos Andes. A sua preservação e o seu uso contínuo testemunham a resiliência cultural destas comunidades.

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  • Instrumentos musicais do Peru
  • Instrumentos musicais dos Andes
  • Instrumentos pré-colombianos
  • Família das trombetas
  • Instrumentos começados por w

Wank’ara é um tambor bimembranofone tradicional da Bolívia, com uma presença marcante na música folclórica e nas celebrações culturais do país. A sua construção é relativamente simples, consistindo num corpo cilíndrico, geralmente feito de madeira, que é revestido em ambas as extremidades por peles de animais, tipicamente de ovelha, lhama ou cabra. Estas peles são tensionadas sobre as aberturas do cilindro e fixadas por um sistema de cordas ou aros, permitindo ajustar a afinação do tambor.

O tamanho do Wank’ara pode variar, desde tambores menores, mais agudos, até exemplares maiores, com um som mais grave e profundo. A forma cilíndrica do corpo contribui para a ressonância do instrumento, enquanto a qualidade e a tensão das peles determinam o seu timbre e a sua projeção sonora.

O Wank’ara é tocado percutindo as peles com uma ou duas baquetas, geralmente feitas de madeira com uma extremidade ligeiramente acolchoada ou revestida. A técnica de execução varia de acordo com o ritmo e o estilo musical, podendo envolver batidas simples e repetitivas para marcar o pulso da música, ou padrões rítmicos mais complexos e elaborados.

Este tambor desempenha um papel fundamental em diversas manifestações culturais bolivianas, como festivais, danças folclóricas e cerimónias rituais. O seu som forte e vibrante acompanha as melodias dos instrumentos de sopro andinos, como a zampoña e o charango, criando uma rica tapeçaria sonora característica da música da região. O Wank’ara não é apenas um instrumento musical, mas também um símbolo da identidade cultural boliviana, presente em momentos importantes da vida comunitária e nas expressões artísticas tradicionais. 

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  • Instrumentos musicais da Bolívia
  • tambores percutidos
  • Instrumentos musicais começados por w
Wank ara, Bolívia

Wank ara, Bolívia

Teponatzli é um idiofone de percussão direta utilizado pelos Aztecas e outras culturas do centro do México, com origens pré-colombianas. Este instrumento único pertence à família dos tambores de fenda e é construído a partir de um tronco de árvore oco, geralmente de madeira dura como o jacarandá ou o cedro. A característica distintiva do Teponatzli reside nas fendas esculpidas na sua superfície superior. Estas fendas, tipicamente em forma de H ou duas linhas paralelas, criam duas “línguas” de madeira com diferentes comprimentos e espessuras, permitindo a produção de duas notas distintas com diferentes frequências quando percutidas.

A arte da construção do Teponatzli era altamente especializada, e regiões como Tlaxcala eram conhecidas pelos seus marceneiros exímios na talha da madeira, produzindo alguns dos melhores exemplares. O tronco era cuidadosamente escavado para criar uma câmara de ressonância interna, e as fendas eram precisamente cortadas e afinadas para obter os tons desejados. Alguns Teponatzli eram ricamente decorados com entalhes de figuras humanas, animais ou motivos geométricos, refletindo a importância cultural e cerimonial do instrumento.

O Teponatzli era tocado percutindo as línguas de madeira com baquetas, que podiam ser feitas de madeira simples ou ter pontas revestidas a borracha ou pele para alterar o timbre. Os ritmos complexos e as sequências de notas produzidas pelo Teponatzli desempenhavam um papel crucial na música cerimonial, nas danças rituais e na comunicação à distância. O som oco e ressonante do Teponatzli podia viajar longas distâncias, sendo utilizado para sinalizar eventos importantes ou para coordenar movimentos em grandes cerimónias. A sua sonoridade única impressionou os conquistadores europeus, testemunhando a sofisticação musical das civilizações mesoamericanas.

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  • Idiofones percutidos
  • Instrumentos de percussão de altura indefinida
  • tambores de fenda
  • Instrumentos começados por t
Teponatzli

Teponatzli

Jarana é um instrumento de corda dedilhada tradicional do México, notável por ser menor que uma guitarra padrão e por apresentar distintas variações regionais, cada uma com características próprias e um papel específico na música local. As três versões mais conhecidas são a Jarana Huasteca, a Jarana Jarocha e a Jarana Yucateca.

A Jarana Huasteca, da região de La Huasteca, possui geralmente cinco cordas dispostas em três cursos duplos e dois simples. É utilizada principalmente no conjunto musical Huasteco, onde desempenha um papel rítmico e harmónico vibrante, frequentemente acompanhando o violino e a guitarra quinta. A sua afinação e técnica de execução contribuem para a sonoridade característica e enérgica desta tradição musical.

A Jarana Jarocha, originária de Veracruz, é talvez a mais conhecida internacionalmente, devido à popularidade do Son Jarocho. Possui tipicamente oito cordas em cinco cursos (dois triplos e três duplos) e é tocada com uma palheta, produzindo um ritmo sincopado e percussivo essencial para a dança e a improvisação melódica do Son Jarocho. A sua interação com a harpa jarocha e outros instrumentos cria uma sonoridade festiva e complexa.

A Jarana Yucateca, da península de Yucatán, apresenta geralmente oito cordas em cinco cursos (um simples, três duplos e um simples). É menor em tamanho do que as outras jaranas e possui uma sonoridade mais suave e lírica. É utilizada no acompanhamento de trova yucateca e outras formas musicais da região, contribuindo com harmonias delicadas e ritmos subtis.

Apesar das suas diferenças regionais em tamanho, número de cordas e afinação, todas as jaranas partilham a característica de serem instrumentos de corda dedilhada com um corpo menor que o de uma guitarra tradicional. São construídas geralmente em madeira e desempenham um papel fundamental na identidade musical e cultural das suas respectivas regiões no México, demonstrando a riqueza e a diversidade do folclore musical do país.

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  • Instrumentos musicais do México
  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Cordofones do tipo alaúde
  • Instrumentos começados por j
Jarana, México

Jarana, México