Tag Archive for: instrumentos musicais do Médio Oriente

Nay (também chamado ney, nye, nai) é um aerofone típico do Médio Oriente. Surgiu no Egito antigo onde se tornou comum. O termo ney em persa significa “cana”, e é o material de que é costume ser feito. Tem seis orifícios digitadores na parte da frente, e um na parte de trás. Faz parte do tradicional agrupamento arábico conhecido por takht, que inclui quatro instrumentos melódicos (oud, nay, qanun e violino) e um instrumento de percussão (riq, ou a tabla).

O nay é um instrumento de sopro feito tradicionalmente de cana, embora também possa ser feito de metal ou madeira. É tocado soprando diretamente na extremidade do instrumento, sem  palheta como em outros instrumentos de sopro.

O nay é geralmente utilizado para tocar música árabe e persa, mas também pode ser encontrado em outros géneros musicais, como música turca e até mesmo em alguns estilos de música jazz. É considerado um instrumento de destaque nas interpretações de música clássica árabe.

A técnica de tocar o nay envolve o uso de diferentes dedos para cobrir os orifícios na parte dianteira do instrumento, enquanto o orifício traseiro é usado para controlar a altura do som. Dessa forma, é possível produzir uma ampla variedade de notas musicais.

O nay tem uma sonoridade distinta e suave, característica da música do Médio Oriente. É muitas vezes usado para evocar um ambiente calmo e sereno, sendo considerado um símbolo de paz e espiritualidade.

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Nay, ney, aerofone, Médio Oriente

Nay, ney, aerofone, Médio Oriente

Dahola, também conhecido pelos nomes de darbuka ou doumbeck, é um membranofone de origem milenar no Médio Oriente. Este instrumento de percussão em forma de cálice é um elemento fundamental na música tradicional de diversos países do Médio Oriente, do Norte de África e dos Balcãs, carregando uma rica história cultural.

A sua construção consiste num corpo único, tradicionalmente feito de barro, madeira ou metal, com uma extremidade mais larga e aberta e outra mais estreita, onde é esticada uma pele, geralmente de cabra, peixe ou, modernamente, materiais sintéticos. A forma do corpo atua como uma caixa de ressonância, amplificando o som produzido pela percussão da pele.

O dahola é tocado principalmente com as mãos, utilizando uma variedade de golpes que produzem diferentes sons e ritmos. Os dois sons fundamentais são o “doum”, um som grave e ressonante produzido ao golpear o centro da pele com a mão inteira, e o “tek”, um som agudo e estalado obtido ao golpear a borda da pele com os dedos. A combinação destes e de outros golpes mais complexos permite aos percussionistas criar padrões rítmicos intrincados e dinâmicos.

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Dohola, ou darbuka

Dohola, ou darbuka

Nagara (naqqara, naqareh, nagada) é um tambor tradicional com uma rica história no Médio Oriente, Turquia e Índia. Este bimembranofone, geralmente tocado em pares, consiste num corpo arredondado, tradicionalmente feito de barro, madeira ou metal, com uma pele de animal esticada sobre a abertura superior, fixada por cordas ou tiras de couro que podem ser ajustadas para alterar a afinação.

Os Nagara são tipicamente tocados com baquetas, que podem ter cabeças de couro ou madeira, e cada tambor do par é afinado numa altura diferente, permitindo a criação de melodias rítmicas e a marcação de batidas distintas. A sua sonoridade potente tornava-o ideal para espaços abertos, onde a sua ressonância podia ser ouvida a longas distâncias.

Historicamente, o Nagara desempenhou um papel significativo em contextos militares, sendo utilizado como um tambor de guerra para sinalizar exércitos e anunciar eventos reais. No entanto, com o tempo, transitou de uma ferramenta funcional de comunicação para um elemento essencial da música e da dança, particularmente nas tradições folclóricas. Na Índia, por exemplo, é um instrumento popular na música folclórica Punjabi (Bhangra) e Rajasthani, e é usado em cerimónias de templos e casamentos.

Acredita-se que o Nagara seja um possível ancestral dos timbales usados na Europa. Após as Cruzadas, o instrumento foi adotado na Europa, onde era conhecido como naker ou naccaire, sendo utilizado principalmente para fins militares, mas também em música de câmara, dança e procissões. Os timbales modernos, usados em orquestras, descendem deste antigo instrumento, embora tenham evoluído significativamente na sua construção e utilização. A influência do Nagara pode ser rastreada através da sua adoção e adaptação em diferentes culturas ao longo da história.

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Nagara, Médio Oriente

Nagara, Médio Oriente

Naqareh, também conhecido por naqqara, nagara ou nagada, é um tambor tradicional com uma longa história no Médio Oriente, Turquia e Índia. Este instrumento de percussão, classificado como um membranofone do tipo timbale, caracteriza-se tipicamente por ser tocado em pares, embora existam variações regionais.

Cada tambor do par possui geralmente um tamanho diferente, resultando em sons distintos: um produz batidas de tom mais baixo, enquanto o outro oferece tons mais agudos. A construção tradicional envolve um corpo arredondado, muitas vezes feito de barro cozido ou metal, sobre o qual é esticada uma pele de animal, como a de cabra ou ovelha, fixada com cordas que permitem ajustar a tensão e, consequentemente, a afinação.

Os Naqareh são percutidos com pequenas baquetas de madeira, por vezes curvadas na extremidade superior, chamadas “damka”. Ao longo da história, estes tambores desempenharam um papel significativo em diversos contextos culturais, desde cerimónias e celebrações até à música folclórica e militar. Acredita-se que o Naqareh tenha sido introduzido na Europa após as Cruzadas, onde evoluiu para os timbales modernos utilizados em orquestras. A sua presença em iconografia europeia medieval atesta a sua influência e disseminação.

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Nagareh

Nagareh

Naqqara (naqareh, nagara, nagada) é um tambor tradicional do Médio Oriente, Turquia e Índia, que está provavelmente na origem dos timbales usados na Europa.

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Naqqara, Museum of Fine Artes, Boston

Naqqara, Museum of Fine Artes, Boston

Tanbur é um termo genérico para vários alaúdes de braço longo trastejado do Médio Oriente e Ásia Central.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
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Naqus é um idiofone percutido tradicional do Norte de África e Médio Oriente, constituído por duas peças de ferro.
É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida). Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida.
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