Tag Archive for: instrumentos musicais do Mali

O karillan é um instrumento de percussão da África Ocidental, constituído por um cilindro de metal com ranhuras raspado com uma vareta de metal. Tradicionalmente, este instrumento é tocado por caçadores do sul do Mali e por mulheres para acompanhar o canto. É possível ouvi-lo em álbuns de Soungalo Coulibaly, por exemplo. Por vezes, o músico passa um fio fino nos dois pequenos orifícios localizados na parte de trás do instrumento e coloca o polegar para o segurar melhor. Atualmente, o karillan é frequentemente incluído nos conjuntos de percussão de percussionistas ocidentais. Tem cerca de 28 cm de comprimento e 4 cm de diâmetro.

ETIQUETAS

  • Idiofones de raspagem
  • Instrumentos musicais do Mali
Karillan, idiofone de raspagem do Mali

Karillan, idiofone de raspagem do Mali

Sangban é o tambor médio de um conjunto de três tambores tradicionais da África Ocidental, o djun-djun. É tocado com duas baquetas e possui um som médio, que complementa os outros dois tambores do conjunto Djun-Djun. O conjunto Djun-Djun é composto por três tambores: o Kenkeni (o menor), o Sangban (o médio) e o Dundunba (o maior). São tradicionalmente feitos de madeira e couro de cabra, e cada um tem um tamanho e afinação diferentes. Juntos, esses tambores formam a base rítmica da música africana, criando batidas fortes e uma atmosfera muito animada.

O Sangban tem um papel especial no conjunto Djun-Djun. Ele normalmente toca o padrão rítmico básico, fornecendo uma linha de baixo e estabelecendo o groove da música. Enquanto o Kenkeni toca os golpes mais agudos e rápidos e o Dundunba adiciona os graves mais profundos, o Sangban fica no meio, mantendo o ritmo e dando sustentação à música.

Além disso, o Sangban é conhecido por suas características sonoras distintas. Ele produz um som profundo e ressonante, que pode ser ouvido claramente mesmo em meio a outros instrumentos. Também é comum que seja decorado com sinos e anéis de metal, que adicionam um toque de brilho ao seu som.

A música tradicional africana é muito rica e diversa, e os tambores Djun-Djun desempenham um papel fundamental em sua expressão. Eles são usados em uma variedade de contextos, desde festivais e cerimônias tradicionais até apresentações modernas de música africana.

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida. 

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais da África Ocidental
  • tambores percutidos
  • tambores em forma de cilindro
  • tambores bimembranofones
  • Instrumentos começados por s
Sangban, bimembranofone cilíndrico, Mali

Sangban, bimembranofone cilíndrico, Mali

Kenkeni é o menor e, por consequência, o mais agudo dos três tambores que compõem o conjunto tradicional da África Ocidental chamado djun-djun. O kenkeni, apesar do seu tamanho modesto, possui uma voz distinta e essencial dentro do conjunto.

Em geral, o kenkeni mede cerca de 50-60 centímetros de altura e possui um diâmetro menor que os seus companheiros, o sangban (médio) e o doundounba (maior e mais grave). As membranas, feitas de pele de animal, são tensionadas por cordas ou aros, permitindo ajustar a afinação. O kenkeni é tocado com baquetas, produzindo um som penetrante e agudo que muitas vezes assume a função de manter um padrão rítmico constante e repetitivo, fornecendo uma base estável para as variações e os solos executados nos tambores maiores.

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Mali
  • tambores percutidos
  • tambores em forma de cilindro
  • Instrumentos começados por k
Kenkeni, o menor, Mali

Kenkeni, o menor, Mali

Djun-djun é o nome genérico de um conjunto de três tambores tradicionais da África Ocidental com origem no Império do Mali. Este conjunto é composto por três tamanhos distintos, cada um contribuindo com uma voz única para a tapeçaria rítmica: o dundunba, o maior e de tom mais grave; o sangban, de tamanho médio e tom intermediário; e o kenkeni, o menor e de tom mais agudo.

Tradicionalmente, os djuns-djuns são construídos com corpos de madeira e membranas de pele de animal, como boi ou cabra, fixadas por um sistema de cordas que permite ajustar a tensão e, consequentemente, a afinação. São percutidos com baquetas de madeira, produzindo sons profundos que formam a espinha dorsal rítmica de muitas formas de música e dança da África Ocidental. Cada tambor desempenha um papel crucial na criação de padrões rítmicos complexos e envolventes, com o dundunba frequentemente a marcar o ritmo base, o sangban a adicionar variações e o kenkeni a introduzir acentuações e figuras rítmicas mais rápidas. 

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida. 

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Mali
  • tambores percutidos
  • Instrumentos da África Ocidental
Djun-djun, bimembranofone cilíndrico, Mali

Djun-djun, bimembranofone cilíndrico, Mali

Kolokolo (também conhecido por krin) é um tambor de fendas, idiofone de madeira de percussão direta com baquetas de madeira, constituído por um pequeno tronco de madeira seca no qual foram escavadas fendas. É tradicional do Mali e da África Ocidental.
Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida. É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida).
  • Instrumentos musicais do Mali
  • Idiofones percutidos
  • tambores de fenda
  • Instrumentos começados por k

Soku é um cordofone tradicional de uma única corda friccionada, originário do sudoeste do Mali. É um instrumento musical relativamente simples em sua construção, mas com um som característico e um papel cultural significativo na região.

O corpo do Soku é geralmente feito de uma cabaça ou de uma pequena caixa de madeira. Uma única corda, tradicionalmente feita de fibra vegetal ou, mais modernamente, de fio de metal, estende-se ao longo do corpo. Uma das extremidades da corda é fixada ao corpo, enquanto a outra passa sobre uma pequena ponte e é tensionada por uma cravelha de afinação.

O Soku é tocado friccionando a corda com um arco curto, geralmente feito de madeira e crina de cavalo. A altura do som é alterada pressionando a corda contra o corpo do instrumento com os dedos da mão esquerda. Como possui apenas uma corda, a melodia é criada através da variação da altura dessa única corda, explorando diferentes harmónicos e técnicas de arco.

A sonoridade do Soku pode variar dependendo do tamanho da caixa de ressonância e do material da corda, mas geralmente produz um som melancólico e ressonante. É frequentemente utilizado em apresentações solo ou em pequenos conjuntos, acompanhando canções e narrativas tradicionais da região do sudoeste do Mali. Embora possa não ser amplamente conhecido fora da sua área de origem, o Soku representa uma parte importante do património musical e cultural do Mali.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Mali
  • Instrumentos de corda friccionada
  • Cordofones de arco
  • Instrumentos começados por s
Soku, Mali

Soku, Mali

Khalam é um instrumento de corda dedilhada tradicionalmente encontrado em diversas regiões da África Ocidental, incluindo Mali, Gâmbia, Níger, Gana, Burkina Faso e Mauritânia. A sua origem é objeto de debate entre os estudiosos: alguns acreditam que se desenvolveu na área que hoje corresponde ao Mali, enquanto outros defendem uma ligação com instrumentos do antigo Egito. Curiosamente, existe um instrumento com o mesmo nome na Arábia Saudita, sugerindo possíveis conexões históricas ou culturais transregionais. O Khalam é também conhecido por outros nomes, como kontingo, xalam, ngoni e koni, refletindo as variações linguísticas e culturais das regiões onde é tocado.

A construção do Khalam varia ligeiramente dependendo da região, mas geralmente apresenta um corpo em forma de canoa ou tigela, feito de madeira e coberto com uma pele de animal esticada, que funciona como caixa de ressonância. Um braço de madeira comprido atravessa o corpo, servindo de suporte para as cordas, que tradicionalmente eram feitas de tripa de animal, mas hoje podem ser de nylon ou metal. O número de cordas também varia, geralmente entre duas e cinco, afinadas de acordo com as tradições musicais locais.

O Khalam é tocado dedilhando as cordas com os dedos de uma ou ambas as mãos. A técnica de execução permite a produção de melodias, ritmos e acompanhamentos simples. É um instrumento fundamental na música folclórica da África Ocidental, frequentemente utilizado por griots (músicos e contadores de histórias tradicionais) para acompanhar narrativas, canções e danças. A sua sonoridade única e a sua ligação com a tradição oral conferem-lhe um papel cultural significativo nas comunidades onde é apreciado. A sua presença em diferentes países e as suas diversas denominações atestam a sua importância e a sua longa história na região.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Mali
  • Instrumentos começados por k
Khalam, Mali

Khalam, Mali

Djembe, tambor unimembranofone de percussão manual originário da África Ocidental, marca a História do povo Mandé do Mali, onde foi desenvolvido há cerca de 800 anos. A sua forma de cálice, esculpida artesanalmente em madeira nobre como mogno ou lenke, é fundamental para a sua acústica única. Uma pele de animal, geralmente de cabra, é esticada firmemente sobre a abertura mais larga e fixada por um sistema de cordas ou esticadores que percorrem toda a volta do corpo do tambor.

Esta construção engenhosa permite ao djembe produzir uma vasta gama de sons distintos, dependendo da área da membrana percutida e da técnica utilizada. Ao tocar perto do aro, o som resultante é agudo e estalado. Ao golpear o centro da pele, produz-se um som grave e profundo. Entre estes extremos, uma variedade de tons médios e ressonantes, enriquecem ainda mais as possibilidades sonoras do instrumento. Esta versatilidade torna o djembe capaz de acompanhar ritmos complexos e melodias percussivas.

Encontrado em diversos países da África subsaariana, como Gâmbia, Senegal, Guiné e Burkina Faso, o djembe transcendeu as fronteiras regionais, tornando-se um símbolo da música africana em todo o mundo. Tradicionalmente, a sua execução era reservada aos homens, que desempenhavam o papel de contadores de histórias e músicos da comunidade. O djembe acompanhava cerimónias rituais, celebrações, colheitas e outras atividades importantes da vida tribal.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Mali
  • tambores percutidos
  • tambores em forma de cálice
  • Instrumentos começados por d
Djembe, Mali

Djembe, Mali

 
Njarka é um pequeno cordofone nativo do Mali dotado de uma cabaça e uma corda.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
ETIQUETAS
  • Instrumentos musicais do Mali
  • Instrumentos de corda friccionada
  • Cordofones de arco
  • Instrumentos começados por n
Njurkel é um instrumento de uma corda friccionada com arco tradicional do Mali (África).
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
ETIQUETAS
  • Instrumentos musicais do Mali
  • Instrumentos de corda friccionada
  • Instrumentos começados por n