Sallaneh é um cordofone dedilhado desenvolvido sob a supervisão do músico iraniano Hossein Alizadeh e construído por Siamak Afsari inspirado no barbat persa. Tem seis cordas melódicas e seis harmónicas.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
Qichak é um instrumento de corda friccionada tradicional do Irão, de quatro cordas.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
Donbak, também conhecido por variações como tombak, dombak ou zarb, é um membranofone iraniano com forma de cálice. É reverenciado como o principal instrumento de percussão na música persa, desempenhando um papel rítmico fundamental e oferecendo uma vasta gama de timbres e matizes expressivos.
O corpo do Donbak é feito de madeira, embora também possam ser encontrados exemplares em cerâmica ou metal. Uma única membrana, geralmente de pele de cabra ou cordeiro, é esticada e colada na abertura mais larga do corpo, criando a superfície de percussão. A forma de cálice do corpo contribui para a ressonância e projeção do som, conferindo-lhe uma qualidade rica e encorpada.
A técnica de execução do Donbak é altamente desenvolvida e envolve o uso de ambas as mãos para produzir uma variedade de sons distintos. Diferentes partes da mão e diferentes tipos de golpes na membrana geram timbres que variam de graves e profundos a agudos e estalados. Os músicos de Donbak empregam uma linguagem rítmica complexa, utilizando combinações intrincadas de toques para criar padrões rítmicos sofisticados e acompanhar melodias vocais e instrumentais na música persa.
Situa-se no índice 31 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais (cordofones simples, compostos de cordas esticadas em um suporte) com caixa de ressonância, neste caso.
Daffli (daff, dufli, def, duf) é um membranofone circular de aro baixo revestido de pele de vaca, cabra ou cavalo, e com pequeníssimos aros a toda a volta, no lado inferior. É um instrumento muito usado no Médio Oriente, Irão, Índia e Ásia Central, tanto na música popular como na erudita. Alguns daf são munidos de soalhas o que os torna semelhantes a pandeiretas maiores.
Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.
Saz (nome persa) é uma família de cordofones dedilhados descendentes da antiga pandura. É popular na Turquia, Curdistão, Irão, Azerbaijão, Arménia e Balcãs.
A família do saz inclui: cura, baglama, tambura e divan saz. A cura tem o som mais agudo da família; cada um dos demais é uma oitava abaixo do anterior, sendo o divan saz (ou simplesmente saz) o mais grave de todos.
Em algumas fontes, a família é denominada baglama (do turco baglama, derivado de baglamak: ‘amarrar’), e o termo saz é reservado para o divan saz.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
Também conhecido por kamanche ou kamancha, kamancheh é um instrumento de corda friccionada utilizado no Irão, Arménia, Azerbaijão e Turquia.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
Tombak, também conhecido por zarb, donbak ou dombak, é um membranofone de origem persa (antigo Irão), amplamente considerado o instrumento de percussão mais importante da música clássica persa. A sua rica sonoridade e a sua capacidade de produzir uma vasta gama de timbres e ritmos complexos tornam-no um elemento fundamental nos ensembles musicais iranianos.
O corpo do Tombak é tipicamente esculpido numa única peça de madeira, geralmente de nogueira, amoreira ou freixo, com uma forma de cálice ou ampulheta. Uma das extremidades mais largas é coberta por uma pele de animal, tradicionalmente de cabra ou cordeiro, que é colada e tensionada sobre a abertura. A qualidade da pele e a forma do corpo do instrumento influenciam significativamente o seu som.
O Tombak é tocado com as mãos desnudas, utilizando uma variedade de golpes e técnicas que produzem diferentes sons e ritmos. Os principais golpes incluem o “tek”, um som agudo e seco produzido com a borda dos dedos na extremidade da pele, e o “bom”, um som grave e ressonante obtido com a palma da mão no centro da pele. Combinações destes e outros golpes, juntamente com técnicas como estalos de dedos e toques na borda do corpo de madeira, permitem ao percussionista criar padrões rítmicos intrincados e expressivos.
A importância do Tombak na música persa reside na sua capacidade de não apenas marcar o tempo, mas também de interagir melodicamente com os outros instrumentos e com a voz. Os percussionistas de Tombak são altamente valorizados pela sua musicalidade e pela sua habilidade em improvisar e responder às nuances da interpretação. O instrumento é essencial em formações musicais clássicas e folclóricas do Irão, contribuindo para a rica tapeçaria sonora da música persa. A sua sonoridade única e a sua versatilidade rítmica garantem o seu lugar central na tradição musical iraniana.
Zarb, também conhecido como Tombak, Donbak ou Dombak, é um membranofone de origem persa (antigo Irão) e é considerado o instrumento de percussão principal da música clássica persa. O seu corpo tem uma forma de cálice ou ampulheta, tradicionalmente esculpido numa única peça de madeira de árvores como a nogueira ou o freixo. Uma pele de animal, geralmente de cabra ou cordeiro, é esticada e colada sobre a abertura mais larga do corpo, funcionando como a superfície de percussão.
O Tombak é tipicamente posicionado na diagonal sobre os joelhos do músico, que o percute com as mãos desnudas. Uma variedade de golpes e técnicas são empregados para produzir uma rica paleta de sons e ritmos complexos. Os golpes fundamentais incluem o “tek” (ou “tom”), um som grave e ressonante obtido ao golpear o centro da pele com a palma da mão, e o “bak”, um som mais agudo e estalante produzido ao golpear perto da borda da pele com os dedos.
Para além destes golpes básicos, os tocadores de Tombak utilizam uma variedade de outros toques, incluindo estalos de dedos e golpes na borda do corpo de madeira, enriquecendo ainda mais a expressividade rítmica do instrumento. A técnica de execução exige grande destreza e sensibilidade, permitindo ao músico interagir de forma melódica e rítmica com outros instrumentos e vocalistas na música persa. O Tombak não se limita a marcar o tempo; a sua versatilidade permite a criação de intrincados padrões rítmicos e improvisações complexas, tornando-o um elemento vital na rica tapeçaria sonora da música tradicional iraniana.
Dutar, ou Dotar, é um instrumento de cordas dedilhadas tradicional do Irão e de regiões adjacentes da Ásia Central. O seu nome, derivado do persa, significa literalmente “duas cordas” (do “do” – dois e “tar” – corda), refletindo a sua característica mais distintiva. O corpo do Dutar possui uma forma característica de meia pêra, geralmente esculpido em madeira de amoreira, que contribui para a sua ressonância única e timbre quente.
O braço longo do Dutar é geralmente feito da mesma madeira do corpo e possui trastes de tripa ou nylon, dispostos de forma diatónica, permitindo a execução de melodias e modos tradicionais da música persa e da Ásia Central. As duas cordas, tradicionalmente feitas de seda ou, modernamente, de nylon ou metal, são afinadas em intervalos específicos, frequentemente uma quarta ou uma quinta justa, dependendo da região e da tradição musical.
O Dutar é tocado dedilhando as cordas com os dedos da mão direita, enquanto a mão esquerda pressiona as cordas nos trastes para produzir diferentes notas. A técnica de execução pode variar, mas frequentemente envolve um dedilhado ágil e ornamentado, característico da música folclórica e clássica dessas regiões. O instrumento é valorizado pela sua capacidade de produzir melodias expressivas e rítmicas, muitas vezes acompanhadas por harmonias simples proporcionadas pelas duas cordas.
Embora seja um instrumento com apenas duas cordas, o Dutar possui uma rica tradição musical e é utilizado em diversos contextos sociais e culturais. É comum encontrá-lo em performances a solo, em conjuntos musicais folclóricos e como acompanhamento para cantores de histórias e poesia épica. A sua sonoridade melancólica e evocativa é profundamente ligada à identidade musical e cultural do Irão e da Ásia Central, sendo um instrumento apreciado tanto pelos músicos quanto pelos ouvintes. A sua construção artesanal e a sua sonoridade distintiva garantem a sua continuidade nas tradições musicais da região.
Karnay, também conhecido por variações como karnaï, kernei ou qayroq, é um imponente instrumento de sopro de metal, tradicionalmente encontrado no Irão e no Uzbequistão. Construído em cobre, o Karnay se destaca pelo seu comprimento considerável, podendo atingir vários metros, e pela sua forma reta e cónica, terminando numa campânula larga. Esta construção robusta e alongada confere ao instrumento uma sonoridade potente, penetrante e com um timbre metálico característico.
Historicamente, o Karnay desempenhou um papel significativo em contextos cerimoniais e militares nestas regiões. O seu som forte e de longo alcance era utilizado para sinalizar eventos importantes, como a chegada de dignitários, o início de festividades, ou como um instrumento de chamada para a batalha. A sua presença em procissões e celebrações tradicionais ainda é marcante, contribuindo para a atmosfera festiva e solene.
A técnica de execução do Karnay envolve soprar vigorosamente na embocadura, produzindo um som fundamental que pode ser alterado ligeiramente através da pressão labial e da técnica de sopro. Dada a sua extensão, o Karnay geralmente requer o apoio de um ou mais músicos para ser sustentado durante a performance. Frequentemente, vários Karnays são tocados em conjunto, criando padrões rítmicos complexos e uma rica textura sonora através da alternância de sopros e da produção de diferentes notas dentro da sua gama limitada.
No Irão e no Uzbequistão, o Karnay é um símbolo cultural importante, associado a tradições ancestrais e à identidade musical destas nações. Embora possa não ser um instrumento melódico no sentido tradicional, a sua força sonora e o seu papel cerimonial garantem a sua presença contínua em eventos culturais e celebrações, preservando a sua sonoridade única e o seu significado histórico para as futuras gerações.