Tag Archive for: instrumentos musicais do Egito

Sistro, ou sistrum, é um instrumento musical de percussão de agitamento já representado há milhares de anos na Suméria e no Egito. Já existia na Suméria 2500 a.C. No templo de Abul-Simbel, a deusa Nefertari aparece representada com um sistro na mão direita. Nefertari foi uma grande rainha egípcia, esposa de Ramessés II, faraó do Egito, cujo nome significa “a mais bela”, “a mais perfeita” e é muitas vezes seguido pelo epíteto “amada de Mut”. Nasceu cerca de 1290 a.C., e morreu por volta de 1254 a.C.

Feito em bronze, mas também em madeira, no antigo Egito tinha o nome de sechechet e era tocado por sacerdotisas e mulheres nobres. Os sistros andavam associados ao culto da deusa Hator, mas também a Ísis, Bastet e Amom. Com o seu toque, os egípcios pretendiam aplacar a ira do deus em questão. Quando o culto de Ísis se difundiu na bacia do Mar Mediterrâneo, o sistro tornou-se popular entre os romanos. Tinha um cabo com arco na outra extremidade onde se colocavam barras com discos (soalhas) de metal. Entre o cabo e o arco estava muitas vezes representada a deusa Hátor, divindade do céu, sol, amor, amor, maternidade e beleza. Nas cerimónias da Igreja Copta, no Egito, o sistro é ainda hoje utilizado, com os nomes de senasel ou tsenatsil. Etnias da América do Norte também o utilizam.

Instrumentos do mesmo tipo, idiofones metálicos de agitamento, são utilizados em vários países.

Fonte: Wikipédia

Nefertari com sistro na mão direita (em Abul-Simbel)

Nefertari com sistro na mão direita (em Abul-Simbel)

Arghoul é um aerofone de palheta simples constituído por dois tubos, muito frequente no Egipto, Palestina e Norte de África. Remonta ao Antigo Egito. Aparece com outras grafias: arghul, argul, arghool, argol.

Nos instrumentos da categoria aerofone, índice 4 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, o som é produzido principalmente pela vibração do ar ou pela sua passagem através de arestas ou palhetas: o instrumento por si só não vibra, nem há membranas ou cordas vibrantes.

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Zummarah é um aerofone de palheta dupla tradicional do Egito (África).

É um instrumento de sopro do grupo 422 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de palheta em que o músico sopra colocando uma palheta em vibração.

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Sistrum, derivado do grego “seistron” que significa “o que é abanado”, era um idiofone metálico de percussão indireta de grande importância musical e religiosa no antigo Iraque e, especialmente, no Egito. Conhecido como “sekhem” ou “sesheshet” na língua egípcia, este instrumento produzia som através do movimento de pequenas peças metálicas, como discos ou barras, que vibravam quando o instrumento era agitado.

Construído geralmente em bronze, embora também existissem exemplares em madeira, o sistro possuía um formato característico de ferradura ou de um arco com um cabo. Através do arco passavam varetas metálicas soltas, que chocavam entre si e contra as laterais da estrutura quando o instrumento era sacudido. A intensidade e o ritmo do som produzido dependiam da maneira como o sistro era agitado.

No antigo Egito, o sistro estava particularmente associado ao culto de diversas divindades femininas. A deusa Nefertari, esposa do faraó Ramsés II, é frequentemente representada com um sistro na mão direita, como se observa no templo de Abul-Simbel, testemunhando a sua relevância em contextos rituais. Era um instrumento tocado principalmente por sacerdotisas e mulheres da nobreza durante cerimónias religiosas, procissões e festivais dedicados a deusas como Hator, Ísis, Bastet e também ao deus Amom.

O som vibrante e cintilante do sistro era considerado capaz de afastar espíritos malignos, promover a fertilidade e invocar a proteção divina. A sua utilização em rituais visava criar uma atmosfera sagrada e alegre, honrando as divindades e acompanhando cânticos e danças. A presença constante do sistro nas representações artísticas e nos achados arqueológicos do antigo Egito sublinha o seu papel fundamental na música, na religião e na vida social daquela civilização.

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Sistrum, Egito

Sistrum, Egito

Duff é um tambor de mão árabe ancestral, particularmente significativo na tradição musical da Núbia, região histórica que abrange partes do sul do Egito e do norte do Sudão. Caracteriza-se pela sua estrutura simples e elegante: um aro baixo de madeira sobre o qual é esticada uma membrana de pele animal fina, geralmente de cabra ou peixe. Esta construção minimalista confere ao duff uma leveza e uma ressonância natural que o distinguem de outros tambores de quadro.

A ausência de soalhas ou outros acessórios metálicos no duff nubiano enfatiza a pureza do som produzido pela percussão direta da membrana com os dedos e a palma da mão. A técnica de execução explora uma variedade de toques e ritmos, desde batidas suaves e rítmicas até golpes mais fortes e acentuados, permitindo a criação de padrões complexos e envolventes. A habilidade do percussionista reside na sua capacidade de modular a dinâmica e o timbre do instrumento através da precisão dos seus movimentos.

No contexto cultural da Núbia, o duff desempenha um papel fundamental em diversas cerimónias e celebrações. Acompanha cantos tradicionais, danças rituais e eventos festivos, marcando o pulso rítmico e enriquecendo a expressão musical da comunidade. A sua sonoridade quente e terrosa evoca a paisagem e a história da região, ligando as gerações através de melodias e ritmos ancestrais.

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Duff, Egito

Duff, Egito

Arghul, aerofone de palheta simples, é um instrumento musical profundamente enraizado nas tradições do Egito, Palestina e Norte de África. A sua característica mais distintiva é a sua construção com dois tubos paralelos, geralmente feitos de cana ou bambu. Um dos tubos possui orifícios para os dedos, permitindo a execução de melodias, enquanto o outro tubo, mais longo e sem orifícios, produz um som de bordão contínuo, criando uma rica textura sonora.

A palheta simples, similar à de um clarinete, é inserida na extremidade de cada tubo e vibra com o sopro do músico, gerando o som característico do arghul. A técnica de respiração circular é frequentemente utilizada para manter o som do bordão de forma ininterrupta enquanto a melodia é tocada no tubo principal. Esta habilidade exige um controlo respiratório apurado e contribui para a sonoridade hipnotizante e contínua do instrumento.

Ao longo dos séculos, o arghul tem sido um acompanhamento essencial em diversas ocasiões sociais e cerimoniais, desde festividades e casamentos até rituais religiosos. As suas múltiplas grafias – arghul, argul, arghoul, argool, argol – refletem a sua presença em diferentes dialetos e regiões. Embora possa variar ligeiramente em tamanho e detalhes de construção, o princípio fundamental dos dois tubos e da palheta simples permanece constante, testemunhando a sua longevidade e importância cultural na música do Médio Oriente e do Norte de África.

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Arghul, Egito

Arghul, Egito

Mazhar é um membranofone árabe tradicional do Egito, uma espécie de tamborim com soalhas de bronze.
Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, pelas soalhas. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida. É também membranofone percutido, na medida em que tem membrana batida pela mão do executante. É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida).
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Kissar é um cordofone dedilhado, também escrito kissir, tanbour ou gytarah barbaryeh, antiga lira da Núbia, ainda em uso no Egito e Abissínia. O corpo consiste numa tigela rasa e redonda de madeira, coberta com uma caixa de ressonância de pele de carneiro com orifícios redondos.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
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Ney é um aerofone típico do Médio Oriente. Surgiu no Egito antigo onde se tornou comum. O termo ney em persa significa “cana”, e é o material de que é costume ser feito. Também é chamado nai, nye, nay. Faz parte do tradicional agrupamento árabe conhecido por takht, que inclui quatro instrumentos melódicos (oud, nay, qanun e violino) e um instrumento de percussão (riq, ou a tabla).
É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.
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Tef é um pandeiro tradicional do Egito (África).
Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.
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