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Gembri (também grafado como gumbri, guembri, gambri, guember) é um fascinante instrumento de corda dedilhada com raízes profundas na música do Norte de África, particularmente em Marrocos, Argélia, Tunísia e Mali. Derivado do ngoni, um alaúde tradicional da África Ocidental, o gembri possui características únicas que o distinguem e lhe conferem um papel especial nas tradições musicais dessas regiões.

Características Físicas e Construção:

Corpo: O corpo do gembri é geralmente feito de uma caixa de ressonância retangular ou trapezoidal, frequentemente construída a partir de madeira ou, tradicionalmente, de um tronco de árvore oco coberto com pele de camelo ou cabra esticada. Esta pele vibrante atua como uma membrana, semelhante à de um banjo, produzindo um som característico e ressonante.

Braço: Um braço longo e geralmente sem trastes estende-se a partir do corpo. Tradicionalmente, este braço pode ser feito do mesmo material que o corpo ou de uma madeira diferente. A ausência de trastos permite uma maior flexibilidade nas afinações e na produção de microtons, importantes em muitas músicas tradicionais do Norte de África.

Cordas: O número de cordas varia, mas geralmente possui de duas a três cordas feitas tradicionalmente de tripa animal ou, mais modernamente, de nylon. Estas cordas são afinadas em intervalos específicos, que podem variar dependendo da região e da tradição musical.

Ponte: Uma pequena ponte de madeira ou osso eleva as cordas acima da membrana, permitindo a sua vibração.

Pestana: Uma pestana no topo do braço guia as cordas até as cravelhas de afinação.

Decoração: Os gembri podem apresentar decorações entalhadas no corpo e no braço, ou serem adornados com contas e outros materiais, refletindo a estética e a identidade cultural do seu construtor e utilizador.

Som e Técnica de Execução:

Som: O som do gembri é geralmente descrito como profundo, ressonante e com uma qualidade percussiva devido à membrana de pele. As cordas dedilhadas produzem notas distintas que se misturam com a vibração da pele, criando uma textura sonora rica e terrosa.
Técnica: O gembri é tradicionalmente tocado dedilhando as cordas com os dedos de uma mão, enquanto a outra mão pode ser usada para manipular a tensão da pele ou produzir efeitos percussivos no corpo do instrumento. A ausência de trastes permite a execução de glissandos e microtons, elementos importantes na música gnawa e em outras tradições musicais do Norte de África.

Papel Cultural e Musical:

Música Gnawa: O gembri é um instrumento central na música gnawa de Marrocos e de partes da Argélia. Nos rituais gnawa (lila), o gembri é tocado pelo maâlem (mestre músico), que lidera as cerimónias espirituais através da sua música hipnótica e ritmada. O som profundo do gembri é considerado a voz do camelo, um animal com fortes conotações espirituais na cultura gnawa.

Outras Tradições Musicais: Além da música gnawa, o gembri também é encontrado em outras tradições musicais do Norte de África, onde desempenha papéis variados, desde acompanhamento melódico até à criação de ritmos de dança.

Evolução e Influências: Como derivado do ngoni, o gembri partilha uma linhagem com outros instrumentos de corda da África Ocidental. Ao longo do tempo, adaptou-se aos contextos culturais e musicais do Norte de África, desenvolvendo características próprias.

Em resumo, o gembri é mais do que um simples instrumento musical; é um artefacto cultural carregado de história e significado. O seu som único e a sua ligação profunda com tradições musicais como a gnawa fazem dele um elemento essencial da paisagem sonora do Norte de África.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

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Gembri, Norte de África

Gembri, Norte de África

Guember, também conhecido por gumbri, guembri, gambri ou guember, é um instrumento de corda dedilhada com raízes profundas na música do Norte de África, nomeadamente em Marrocos, Tunísia, Argélia e Mali. Descendente do ngoni da África Ocidental, o guember possui características distintas que o singularizam.

O seu corpo, geralmente retangular ou trapezoidal, é tradicionalmente construído a partir de um tronco oco coberto por uma pele esticada de camelo ou cabra, funcionando como uma membrana ressonante similar à de um banjo. Um braço longo, tipicamente sem trastes, estende-se do corpo, permitindo grande flexibilidade nas afinações e na produção de microtons característicos da música regional.

O número de cordas varia, mas usualmente apresenta duas ou três, feitas tradicionalmente de tripa animal ou, modernamente, de nylon. Estas são elevadas por uma pequena ponte sobre a membrana e guiadas por uma pestana até às cravelhas de afinação. O instrumento pode exibir decorações entalhadas ou adornos diversos, refletindo a estética cultural.

O som do guember é profundo, ressonante e percussivo devido à pele vibrante. É tocado dedilhando as cordas, enquanto a outra mão pode manipular a tensão da pele para efeitos sonoros adicionais. É um instrumento central na música gnawa de Marrocos e Argélia, onde o maâlem (mestre músico) o utiliza nos rituais espirituais (lila). O seu som grave é associado à voz do camelo, simbolicamente importante na cultura gnawa. Além da música gnawa, o guember também integra outras tradições musicais do Norte de África, desempenhando papéis melódicos e rítmicos. A sua evolução a partir do ngoni demonstra a adaptação e a importância cultural deste instrumento na paisagem sonora da região.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas em tensão.

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Guember, Rabat, Marrocos

Guember, Rabat, Marrocos

Garagab – também chamado krakebs, qaraqib, karkabat, krakebs, qarqaba, qarqreb, querbat – é um idiofone metálico de concussão tradicional de Marrocos, constituído por dois pares de peças metálicas que entrechocam por ação das mãos, como as castanholas.

Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida. É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida).

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Garagab, Marrocos

Garagab, Marrocos

Qaraqib – também chamado krakebs, qaraqib ou garagab – é um idiofone metálico de percussão direta tradicional de Marrocos, constituído por dois pares de peças metálicas que entrechocam por ação das mãos, como as castanholas.

Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida. É um idiofone percutido de altura indefinida.

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Qaraqib

Qaraqib

 

Ghaita, também conhecida como rhaita, é um aerofone de palheta dupla com uma sonoridade pungente e característica, enraizado nas tradições musicais do Norte de África. Inseparavelmente ligado à imagem dos encantadores de serpentes, partilha semelhanças estruturais notáveis com o mizmar árabe e a zurna turca, evidenciando uma possível linhagem ou influências musicais da região.

Construída tipicamente em madeira, a ghaita possui um tubo cónico com uma série de orifícios de digitação que permitem ao músico modular a altura do som. A sua característica distintiva reside na utilização de uma palheta dupla, feita de cana, que vibra com o sopro do executante, produzindo um timbre intenso e frequentemente nasal. A intensidade do som da ghaita torna-a ideal para atuações ao ar livre e para acompanhar eventos festivos e rituais.

A associação da ghaita com os encantadores de serpentes confere-lhe um aura de mistério e exotismo. A melodia hipnótica e repetitiva produzida pelo instrumento é tradicionalmente utilizada para cativar e controlar as serpentes em apresentações públicas. No entanto, a ghaita também desempenha um papel importante em outros contextos musicais no Norte de África, marcando o ritmo e a melodia em celebrações, procissões e cerimónias tradicionais.

A técnica de tocar a ghaita exige um domínio da respiração e da embocadura para controlar a afinação e a expressividade do som. Músicos habilidosos são capazes de produzir uma variedade de melodias e ritmos complexos, muitas vezes utilizando ornamentações e improvisações características da música da região. A sua sonoridade forte e penetrante garante que a ghaita se destaque em qualquer ensemble, adicionando uma cor sonora vibrante e inconfundível.

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Ghaita, Marrocos

Ghaita, Marrocos

Atabal refere-se a diferentes tipos de tambores de duas membranas em várias regiões do mundo. Em Marrocos, o atabal é um membranofone percutido, classificado no sistema Hornbostel-Sachs como um instrumento cuja membrana vibra ao ser golpeada.

Em Porto Rico, “Atabal” é o nome de um grupo musical que enfatiza a importância dos tambores afro-latinos, particularmente a plena e a bomba. Fundado em 1983, o grupo explora ritmos e sons, misturando elementos tradicionais com influências contemporâneas, como o pop latino.

No País Basco, na Espanha, o atabal é um tambor cilíndrico, mais largo do que alto, tradicionalmente tocado acompanhado pelo txistu, uma espécie de flauta basca. É um instrumento fundamental em muitas festas e celebrações da região.

Assim, embora o nome “atabal” seja compartilhado, o instrumento em si e seu contexto cultural variam significativamente entre Marrocos, Porto Rico e o País Basco.

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.

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Atabal, Marrocos

Atabal, Marrocos

Ta’arija é um unimembranofone em forma de cálice tradicional de Marrocos.

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.

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Ta'arija, Marrocos

Ta’arija, Marrocos

Tbilat é um membranofone duplo com peles tensionadas por cordéis, tradicional de Marrocos.

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida.

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Tibilat, Marrocos

Tibilat, Marrocos