Tag Archive for: instrumentos musicais de África

Dji dunum, water drum em Inglês, tambour d’eau em Francês, é um tambor de água tradicional de África.
Anemba é um idiofone de percussão direta com baquetas, xilofone artesanal de África constituído por placas de madeira ordenadas pelo seu comprimento com cabaças de ressonância por baixo. A família deste instrumento inclui: balafon, balo, kponimbo, madimba, kundu, marimba, valimba, endara, shijimba, silimba, medzang, dyomoro, rongo, mbira, mutondo, mbila, timbila, balangui, akadinda, kalanba, ilimba, baza, dimba, madimba, dipela, elong, dzil.
Goje é um instrumento de uma corda friccionada com arco semelhante a outros cordofones da África Ocidental: goje, goge, gonjey, gonje, njarka, n’ko e nyanyeru.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
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  • Instrumentos musicais da África Ocidental
  • Instrumentos de corda friccionada
  • Cordofones de arco
  • Instrumentos começados por g
Carimba, que também aparece como karimba ou kalimba, é um lamelofone dedilhado tradicional de África. Consiste numa pequena caixa de ressonância de madeira e lâminas de metal beliscadas pelos dedos do executante. Em África, o instrumento tem diferentes nomes e características específicas, de acordo com o país e região: likembe, ubo, sanza, sansu, zanzu, mbila, mbirahuru, mbiranjari, okeme, mbira nyunga nyunga, marimba, marimbula, karimbao.
O instrumento é um idiofone beliscado que se encontra no índice 12 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. As suas partes vibrantes são colocadas em vibração ao serem beliscadas ou dedilhadas.
  • Instrumentos musicais do Zimbabwe
  • Lamelofones dedilhados
  • Instrumentos começados por c
No México, carimba designa o instrumento nacional do povo Nahua (arco musical).
Zenzula é uma das designações para um lamelofone dedilhado existente em África.
O instrumento é um idiofone beliscado que se encontra no índice 12 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. As suas partes vibrantes são colocadas em vibração ao serem beliscadas ou dedilhadas.
  • Instrumentos musicais de África
  • Lamelofones dedilhados
  • Instrumentos começados por z

Sansa, também conhecida por diversos nomes como kisanji, quissange, mbira, kalimba ou piano de polegares, é um idiofone beliscado originário de África. Este instrumento musical único é caracterizado por lamelas metálicas flexíveis, fixadas sobre uma caixa de ressonância retangular, geralmente feita de madeira.

O som da sansa é produzido ao beliscar as extremidades livres das lamelas com os polegares (ou ocasionalmente outros dedos), causando a sua vibração. O comprimento e a tensão de cada lamela determinam a altura da nota produzida, permitindo a execução de melodias e harmonias. A caixa de ressonância amplifica o som suave e melódico das lamelas, conferindo-lhe corpo e projeção.

Tradicionalmente, as sansas eram construídas com materiais locais, como madeira esculpida e lâminas de metal reciclado. A sua portabilidade e a doçura do seu som fizeram dela um instrumento popular para acompanhamento vocal, narração de histórias e entretenimento pessoal em diversas culturas africanas, incluindo Angola, de onde se originou. A sansa continua a ser apreciada pela sua simplicidade, beleza sonora e significado cultural.

Encontra-se no índice 12 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

Sanza, Angola

Sanza

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  • Pianos de polegares
  • Idiofones beliscados
  • Instrumentos começados por s

Agbê

Agbê, também conhecido como abê ou sekere (na grafia Yoruba), é um idiofone de fricção com raízes profundas no continente africano, desempenhando um papel significativo nas tradições musicais e rituais de diversas culturas. A sua construção engenhosa e a sua sonoridade versátil tornam-no um instrumento distintivo e expressivo. Essencialmente, o agbê é composto por uma cabaça seca, cuidadosamente preparada através de um corte preciso na extremidade próxima ao pedúnculo. Esta cabaça serve como corpo ressonante do instrumento.

A característica definidora do agbê é a rede de contas que o envolve externamente. Esta rede, geralmente feita de sementes, pequenas conchas (como os búzios) ou contas de plástico, é trançada de forma a cobrir a superfície da cabaça. Ao longo de África, o instrumento adquire diferentes denominações, refletindo a rica diversidade linguística e cultural do continente. Exemplos incluem lilolo, xequere (uma variante comum), e axatze (utilizado no Gana). Na Nigéria, a designação predominante é shekere.

A forma e o tamanho da cabaça utilizada na construção do agbê são determinantes para o timbre e o volume do som produzido. Cabaças maiores tendem a gerar sons mais graves e com maior ressonância, enquanto cabaças menores produzem sons mais agudos e estalados. O processo de fabricação de um xequere, uma das designações frequentes, é meticuloso e demorado. As cabaças são selecionadas e deixadas a secar naturalmente durante vários meses, um passo crucial para garantir a sua durabilidade e qualidades sonoras. Após a secagem completa, a polpa e as sementes são cuidadosamente removidas do interior, deixando a cabaça oca e pronta para receber a rede de contas.

A técnica de execução do agbê explora a interação entre a cabaça e a rede de contas. O músico pode produzir sons de raspagem rítmica ao friccionar a rede contra a superfície da cabaça, ou obter sons percussivos mais secos e definidos ao golpear diretamente a cabaça com as mãos. A combinação destas técnicas permite a criação de padrões rítmicos complexos e texturas sonoras interessantes. No Brasil, o agbê encontrou um lugar de destaque em manifestações culturais e religiosas de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, e também enriquece a percussão de géneros musicais populares como o maracatu e o samba, demonstrando a sua adaptabilidade e a sua rica herança sonora.

Situa-se no índice 13. do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Nestes idiofones, o som produz-se por fricção ou raspagem.

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  • Instrumentos tradicionais de África
  • Idiofones de fricção
  • Instrumentos começados por a
Agbê

Agbê

Reciclanda, instrumentos sustentáveis

Reciclanda, música e instrumentos para um planeta sustentável

Reciclanda é um conceito musical inovador que contribui para o cumprimento dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e das metas de reciclagem de embalagens, promovendo a sustentabilidade desde idade precoce até idade avançada através da reutilização musical, com sessões, oficinas, formações e exposições. Promove o desenvolvimento global, a inclusão e a reabilitação a partir de eco-instrumentos, do ritmo, do jogo e das literaturas de tradição oral.

Udu é um instrumento de percussão direta tradicional de África, notável pela sua forma única e pela sonoridade peculiar que produz. Essencialmente, o udu é um vaso de cerâmica, artisticamente moldado e cozido, que se distingue por possuir dois orifícios distintos em sua estrutura. Estes orifícios, geralmente de tamanhos diferentes, desempenham um papel crucial na produção do som característico do instrumento. A palavra “udu” tem origem na língua Igbo da Nigéria e significa “vaso” ou “recipiente”.

A técnica de execução do udu envolve a percussão direta da superfície do vaso com as mãos e os dedos. No entanto, a singularidade do udu reside na utilização alternada dos seus dois orifícios durante a performance. Ao cobrir e descobrir um dos orifícios enquanto se percute o corpo do vaso ou o outro orifício, o tocador manipula o fluxo de ar dentro da cavidade cerâmica, criando variações tonais e efeitos sonoros distintos. Esta interação com o ar ressonante dentro do vaso produz um som grave, oco e com uma qualidade ecoante, que lembra o gotejar da água ou batimentos cardíacos profundos.

Embora as suas origens se encontrem nas tradições musicais e rituais da Nigéria, o udu ganhou reconhecimento e apreciação em diversas culturas musicais ao redor do mundo. A sua sonoridade terrosa e misteriosa o torna um instrumento atraente para músicos de diferentes géneros, incluindo a música ambiente, o jazz, a música clássica contemporânea e a world music. A sua beleza estética como objeto de cerâmica, aliada à sua capacidade sonora única, confere ao udu um lugar especial entre os instrumentos de percussão, transcendendo as suas origens africanas e inspirando novas formas de expressão musical. A sua simplicidade estrutural contrasta com a riqueza de possibilidades sonoras que oferece ao músico criativo.

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  • Instrumentos musicais de África
  • Instrumentos começados por u
Udu

Udu

Wassamba é um instrumento de percussão idiofone, tradicionalmente construído com madeira e pedaços de cabaça, com raízes na África Ocidental, particularmente no Mali, mas também encontrado com variações em outras partes do mundo, como Austrália, Tibete, Indonésia e México. A sua utilização principal está associada a cerimoniais fúnebres, onde o seu som pode contribuir para a atmosfera solene e ritualística. Em algumas culturas, também é empregado em contextos de diversão, como acompanhamento para danças e outras celebrações.

A construção do Wassamba geralmente envolve uma estrutura de madeira, que pode variar em forma e tamanho, servindo como suporte para as peças de cabaça. Estas cabaças, secas e ocas, são fixadas de forma a poderem chocar umas contra as outras ou contra a estrutura de madeira quando o instrumento é movimentado. O som produzido é um chocalho rítmico, com um timbre seco e percussivo, resultante da colisão dos materiais.

A técnica de execução do Wassamba envolve movimentos laterais e verticais do instrumento, agitando-o para criar os sons desejados. A intensidade e o padrão rítmico podem ser controlados pela velocidade e amplitude dos movimentos. Em cerimoniais fúnebres, o Wassamba pode ser tocado de forma lenta e constante, criando uma atmosfera de lamento e respeito. Em contextos festivos, os ritmos podem ser mais rápidos e complexos, incentivando a dança e a celebração.

A presença do Wassamba em diversas culturas geográficas sugere uma origem ancestral comum ou uma convergência na utilização de materiais naturais para criar instrumentos de percussão. As variações regionais podem apresentar diferentes materiais, tamanhos e técnicas de execução, mas o princípio fundamental de produzir som através do movimento e da colisão de elementos permanece. No Mali e noutras regiões da África Ocidental, o Wassamba é um elo sonoro com as tradições e rituais das comunidades.

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  • Instrumentos musicais da África Ocidental
  • Família dos chincalhos
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Wassamba

Wassamba

Xalam é um instrumento de cordas dedilhadas tradicional da África Ocidental, com uma presença marcante na música do Mali, Gâmbia, Níger, Gana, Burkina Faso e Mauritânia. A sua origem é objeto de debate, com algumas teorias a apontarem para a região do atual Mali como o seu berço, enquanto outras sugerem uma ligação ancestral ao antigo Egito, dada a semelhança com certos instrumentos encontrados em representações históricas. Curiosamente, existe também um instrumento com o mesmo nome na Arábia Saudita, embora possa não ter uma conexão direta.

O Xalam é caracterizado por um corpo pequeno, geralmente feito de uma cabaça coberta com pele de animal esticada, funcionando como caixa de ressonância. Um braço longo de madeira atravessa a cabaça e sustenta um número variável de cordas, tipicamente entre uma e cinco, embora as configurações mais comuns apresentem duas ou três cordas. Estas cordas eram tradicionalmente feitas de tripas de animais, mas atualmente podem ser de nylon ou metal.

O instrumento é tocado dedilhando as cordas com os dedos de uma das mãos, enquanto a outra mão pressiona as cordas ao longo do braço para alterar a altura das notas. O som produzido pelo Xalam é geralmente descrito como melancólico, com uma capacidade expressiva notável para um instrumento com poucas cordas. É frequentemente utilizado para acompanhar canções, contar histórias e em cerimónias sociais, desempenhando um papel importante na preservação da tradição oral e na identidade cultural das comunidades onde é encontrado.

Conhecido por diversos nomes locais, como kontingo, khalam, ngoni e koni, o Xalam demonstra a riqueza e a diversidade das tradições musicais da África Ocidental. A sua construção simples, mas eficaz, e a sua sonoridade distintiva garantiram a sua sobrevivência e a sua contínua relevância na música contemporânea da região, sendo por vezes incorporado em estilos musicais modernos e em colaborações com artistas de outras partes do mundo. A sua história multifacetada e a sua presença cultural fazem do Xalam um instrumento musical de grande significado.

Xalam

Xalam