Shigshuur é um antigo idiofone de agitação tradicional da Mongólia ao qual era atribuída energia mística, feito de corno de boi em forma de cabeça de corvo.
Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida. É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida).
Khuuchir é um cordofone de arco de 2 a quatro cordas com um pequena caixa de ressonância, tradicional da Mongólia.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
Chanza é um instrumento musical do tipo cordofone dedilhado, tradicional da Mongólia, país asiático. É munido três ou quatro cordas, com caixa de ressonância geralmente coberta de pele de réptil e braço a terminar em cabeça de cavalo. É similar ao sanshin, ao shamisen e ao sanxian.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
Yatuga, também conhecida como cítara da Mongólia, é um instrumento de corda dedilhada com um timbre doce e melodioso, profundamente enraizado na tradição musical da Mongólia. Pertencente à família das cítaras, a Yatuga possui uma longa caixa de ressonância retangular, geralmente feita de madeira, sobre a qual se estendem um número variável de cordas de seda ou metal.
Uma característica social e histórica interessante da Yatuga reside na distinção do número de cordas e no seu uso. Tradicionalmente, a Yatuga de 12 cordas era um instrumento de prestígio, tocado exclusivamente nas cortes reais e nos mosteiros budistas. O seu acesso era proibido aos pastores, a maioria da população mongol, que só tinham permissão para tocar uma versão menor, a Yatuga de 10 cordas. Esta restrição reflete a hierarquia social e o valor cultural atribuído ao instrumento de maior complexidade.
As cordas da Yatuga são esticadas ao longo da caixa de ressonância e elevadas por pequenas pontes. São dedilhadas com os dedos ou com pequenos plectros presos aos dedos, produzindo um som suave e lírico. A técnica de execução envolve a criação de melodias, harmonias e ornamentações, explorando a ressonância da longa caixa de madeira.
Apesar da distinção histórica no número de cordas e no seu uso social, ambas as versões da Yatuga desempenham um papel importante na música tradicional mongol. A sua sonoridade evoca as vastas estepes e a rica herança cultural do país. Nos tempos modernos, a Yatuga é apreciada tanto em apresentações solo quanto em agrupamento, continuando a encantar os ouvintes com o seu timbre doce e a sua expressividade melódica.
Yatga, também conhecido como yatuga ou yataga, é um cordofone elegante e ancestral pertencente à família das cítaras, profundamente enraizado na tradição musical da Mongólia. Distingue-se pela sua longa caixa de ressonância trapezoidal, sobre a qual se estendem um número variável de cordas, tradicionalmente feitas de seda ou tripa, que são beliscadas com os dedos ou com plectros. A sua sonoridade delicada e lírica evoca as vastas paisagens e a rica história da Mongólia.
Uma característica socialmente significativa do yatga reside na distinção histórica entre o número de cordas dos instrumentos permitidos a diferentes estratos da sociedade. A yatga de 12 cordas era outrora um privilégio exclusivo das cortes reais e dos mosteiros budistas, onde a sua música solene e refinada adornava cerimónias e momentos de contemplação. Esta proibição impedia os pastores, a maioria da população mongol, de tocar este instrumento de maior complexidade.
Em contraste, os pastores tinham acesso à yatga de 10 cordas. Embora mais simples em termos de alcance e possibilidades harmónicas, esta versão do instrumento desempenhava um papel vital na sua vida quotidiana, acompanhando canções folclóricas, narrativas épicas e momentos de lazer nas vastas estepes. Esta diferenciação social através do número de cordas do yatga reflete uma estrutura hierárquica e um controlo cultural sobre a prática musical.
Hoje, estas restrições históricas diminuíram, e ambas as versões do yatga são apreciadas e tocadas por músicos de diversas origens na Mongólia e além-fronteiras. O yatga continua a ser um símbolo da identidade musical mongol, com a sua sonoridade única a evocar a serenidade das estepes e a riqueza da sua herança cultural. Seja nas suas versões de 10 ou 12 cordas, o yatga mantém o seu lugar como um instrumento de beleza e significado na tapeçaria sonora da Mongólia.
Huqin, ou hu-ch’in, é um instrumento de corda friccionada com profundas raízes na tradição musical chinesa, tendo a sua origem nas estepes da Mongólia. Caracteriza-se por um design engenhoso que inclui uma pequena caixa de ressonância, geralmente coberta com pele de cobra, e um braço cilíndrico vertical que atravessa essa caixa. O número de cordas varia, podendo ser duas, três ou mesmo quatro, tradicionalmente feitas de seda, embora materiais metálicos sejam cada vez mais comuns. As cordas são friccionadas por um arco de bambu e crina de cavalo, criando uma sonoridade expressiva e versátil.
Apesar do seu tamanho compacto, o huqin possui uma notável capacidade expressiva, tornando-o ideal tanto para performances a solo quanto para integrar ou acompanhar diversos agrupamentos musicais. A sua voz pode evocar uma ampla gama de emoções, desde a melancolia lírica até a vivacidade alegre, adaptando-se a diferentes estilos e géneros musicais chineses. A técnica de execução envolve uma manipulação precisa do arco e dos dedos sobre as cordas, permitindo a produção de melodias fluidas, glissandos expressivos e ornamentações delicadas.
O huqin é um termo genérico que engloba diversas variantes regionais e especializadas, cada uma adaptada a contextos musicais específicos. O erhu, talvez a variante mais conhecida, possui duas cordas e é amplamente utilizado na música folclórica e orquestral chinesa. O jinghu, menor e de timbre agudo, é essencial na ópera de Pequim. O sihu, com as suas quatro cordas, encontra o seu lugar em certas tradições regionais. A existência destas variantes antes da dinastia Song (960–1279) atesta a antiguidade e a evolução contínua desta família de instrumentos ao longo da história da música chinesa.
Em essência, o huqin e as suas variantes representam uma parte fundamental da herança sonora da China, com a sua voz única a ecoar através de séculos de tradição musical. A sua versatilidade e expressividade garantem a sua presença contínua e a sua apreciação tanto por músicos quanto por ouvintes em todo o mundo.
Limbe é um aerofone da família das flautas traversas tradicional da Mongólia. É tradicionalmente feito de bambu, sendo hoje com frequência feito de plástico.
É um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.
Bishguur é um aerofone de palheta dupla tradicional da Mongólia, com corpo cónico e pavilhão por vezes ricamente decorado.
É um instrumento de sopro do grupo 422 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de palheta em que o músico sopra colocando a palheta em vibração.
Morin khuur é um cordofone de arco, de duas cordas, com corpo de madeira em forma trapezoidal e braço longo não trastejado. Também chamado violino cabeça de cavalo por não-mongóis, traduz a cultura mongol na reverência que tem pelo cavalo. É um instrumento nacional largamente espalhado pela Mongólia.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.
Shanz (também chamada shudraga) é um cordofone da família dos alaúdes, com braço longo e três cordas, tocado com plectro, originário da Mongólia (China).
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.