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Sistrum, Egito

Sistrum, Egito

Sistrum, derivado do grego “seistron” que significa “o que é abanado”, era um idiofone metálico de percussão indireta de grande importância musical e religiosa no antigo Iraque e, especialmente, no Egito. Conhecido como “sekhem” ou “sesheshet” na língua egípcia, este instrumento produzia som através do movimento de pequenas peças metálicas, como discos ou barras, que vibravam quando o instrumento era agitado.

Construído geralmente em bronze, embora também existissem exemplares em madeira, o sistro possuía um formato característico de ferradura ou de um arco com um cabo. Através do arco passavam varetas metálicas soltas, que chocavam entre si e contra as laterais da estrutura quando o instrumento era sacudido. A intensidade e o ritmo do som produzido dependiam da maneira como o sistro era agitado.

No antigo Egito, o sistro estava particularmente associado ao culto de diversas divindades femininas. A deusa Nefertari, esposa do faraó Ramsés II, é frequentemente representada com um sistro na mão direita, como se observa no templo de Abul-Simbel, testemunhando a sua relevância em contextos rituais. Era um instrumento tocado principalmente por sacerdotisas e mulheres da nobreza durante cerimónias religiosas, procissões e festivais dedicados a deusas como Hator, Ísis, Bastet e também ao deus Amom.

O som vibrante e cintilante do sistro era considerado capaz de afastar espíritos malignos, promover a fertilidade e invocar a proteção divina. A sua utilização em rituais visava criar uma atmosfera sagrada e alegre, honrando as divindades e acompanhando cânticos e danças. A presença constante do sistro nas representações artísticas e nos achados arqueológicos do antigo Egito sublinha o seu papel fundamental na música, na religião e na vida social daquela civilização.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Egito
  • Idiofones com soalhas
  • Família dos sistros
  • Instrumentos começados por s
Sistrum, Egito

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