Ophicleide
Ophicleide, também conhecido por ophicleide, oficlide ou figle, é um instrumento de sopro da família dos metais que surgiu no século XIX, inventado pelo renomado construtor de instrumentos belga Antoine Joseph Sax, o mesmo criador do saxofone. O seu nome deriva do grego, combinando “ophis” (serpente) e “kleidos” (chave), uma referência à sua linhagem evolutiva a partir do serpentão, um instrumento de sopro baixo em forma de serpente que utilizava orifícios laterais para a produção de notas. O oficleide representou uma evolução significativa ao incorporar um sistema de chaves ao longo do seu corpo cónico, permitindo uma execução cromática mais completa e uma maior agilidade em comparação com o seu antecessor.
Construído geralmente em metal, como o bronze, o oficleide possuía um bocal semelhante ao da trompa ou do trombone e um pavilhão largo que contribuía para a projeção do seu som potente e encorpado, situado na tessitura do baixo e do barítono. O número de chaves variava dependendo do modelo e do fabricante, mas geralmente situava-se entre nove e doze, oferecendo uma capacidade melódica consideravelmente superior à do serpentão.
Durante a primeira metade do século XIX, o oficleide gozou de considerável popularidade, sendo utilizado em orquestras, bandas militares e como instrumento solista. Compositores importantes como Hector Berlioz e Felix Mendelssohn escreveram peças específicas para ele. No entanto, com o desenvolvimento e aprimoramento de outros instrumentos de metal com pistões e válvulas, como a tuba e o bombardino, o oficleide gradualmente caiu em desuso, tornando-se relativamente obsoleto no final do século XIX. Apesar disso, o seu legado perdura na história da música como um importante elo na evolução dos instrumentos de metal de baixa frequência.