Laúd
O termo castelhano laúd designa um instrumento de corda dedilhada europeu, com proeminência nos períodos do Renascimento e Barroco. Integrante da família dos alaúdes, o laúd partilha uma rica história com seus congéneres europeus. O “alaúde” foi considerado o instrumento musical de maior prestígio durante o Renascimento.
A introdução deste tipo de instrumento na Europa ocorreu na Idade Média, através da influência árabe, que o denominava al’ud, cuja tradução literal é “madeira”. Ao longo da sua expansão pelo continente, o nome do instrumento adaptou-se às diversas línguas: em Portugal, manteve-se alaúde; em Espanha, adotou-se laúd; na França, tornou-se luth; na Inglaterra, lute; na Itália, liuto ou laùto; e na Alemanha, laute.
O laúd caracteriza-se por um corpo arredondado e abaulado, construído com finas ripas de madeira coladas, e um braço com trastes. Possui múltiplas cordas, usualmente organizadas em pares, chamados cursos, que são dedilhadas para produzir a sua sonoridade melancólica e rica em harmónicos. A sua versatilidade permitia a execução de peças complexas a solo, bem como o acompanhamento de canções e outros instrumentos, consolidando o seu papel central na música da época. A sua influência perdurou, deixando um legado significativo na história da música ocidental.
Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas tensionadas.
ETIQUETAS
- Instrumentos musicais do Renascimento
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