Instrumentos musicais do continente asiático

Dotara, dotar, dotora, instrumento tradicional da Índia e nacional do Bangladesh, é um cordofone com corpo em forma de pera e braço longo em forma de cabo com duas cordas.

O seu corpo, geralmente esculpido em madeira de manga ou jacarandá, ressoa com uma qualidade tonal rica e quente. Um braço longo e esguio, semelhante a um cabo, estende-se a partir do corpo, suportando tipicamente apenas duas cordas de metal.

Apesar do número reduzido de cordas, o dotara é capaz de produzir uma variedade surpreendente de melodias e ritmos. As cordas são dedilhadas ou beliscadas com os dedos ou com uma palheta, gerando um som que acompanha frequentemente canções folclóricas e devocionais. A sua sonoridade evoca paisagens rurais e tradições seculares, sendo um elemento fundamental na música folclórica de regiões como Bengala. 

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

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Dotara, cordofone, Índia, Bangladesh

Dotara, cordofone, Índia, Bangladesh

Instrumento nacional do Uzbequistão, doyra é um membranofone circular de tamanho médio percutido com os dedos de ambas as mãos. Tambor de mão, é tocado sem baqueta, bastão ou martelo.

É usado no Irão, Azerbaijão, Cáucaso, Balcãs, e vários países da Ásia Central como Tajiquistão e Uzbequistão. Assim, o instrumento tem variações de construção e de nome: dayereh, doyra, dojra, dajre, daire, doira, dajreja.

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Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida. 

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Doyra, tambor de mão do Uzbequistão, Abbos Kosimov

Doyra, tambor de mão do Uzbequistão, Abbos Kosimov

A iktara, também conhecida como ektar, ektara, ou ik tara, é um instrumento musical popular na Índia, Bangladesh, Egito e Paquistão. É um instrumento de corda simples, feito com um corpo circular e uma única corda fixada em uma extremidade e ajustada através de tensão manual.

É tradicionalmente tocada com o dedo ou unha, deslizando-o ao longo da corda para criar diferentes notas. Apesar de ter apenas uma corda, é possível produzir uma variedade de sons, dependendo da forma como o instrumento é tocado.

O instrumento é frequentemente usado em apresentações folclóricas e devocionais, acompanhando cantores e músicos. Também é comum ser utilizado em músicas populares e clássicas indianas. Devido à sua simplicidade e facilidade de manuseio, a iktara é um instrumento popular entre os músicos de rua na Índia.

A iktara tem uma longa história e é considerada um dos instrumentos musicais mais antigos da Índia. A sua origem remonta a mais de 1.000 anos, e seu nome deriva da palavra sânscrita “ik,” que significa “um”, e “tara”, que significa “corda”.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

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Iktara, Índia

Iktara, Índia

Elathalam (ou ilathalam) é um instrumento musical tradicional do sul da Índia, originário dos estados de Kerala e Tamil Nadu. É classificado como um idiofone de percussão direta, ou seja, produz som através do choque direto entre dois objetos. Consiste em dois pequenos pratos de bronze, que são segurados nas mãos do executante. Ao bater os pratos um contra o outro, cria-se um som metálico característico. Os pratos são presos por um fio ou cordão, que permite que sejam facilmente manuseados.

Esse instrumento é comumente usado nas artes performativas tradicionais da região, como a música clássica indiana, danças típicas e rituais religiosos. Geralmente, o elathalam é tocado em conjunto com outros instrumentos de percussão, como o mridangam e a kanjira, para proporcionar ritmo e acompanhar as melodias.

O elathalam é considerado um instrumento importante na cultura de Kerala e Tamil Nadu, desempenhando um papel fundamental nas apresentações artísticas e cerimónias religiosas. A sua técnica de execução requer habilidade e coordenação, e é valorizada pelos músicos tradicionais da região.

Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida. É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida).

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Elathalam, pratos, Índia

Elathalam, pratos, Índia

Ekkalam é um aerofone da família das trombetas usado especialmente em Tamil Nadu, Índia. Consiste num tubo comprido de metal com pavilhão. O som é produzido pela vibração do ar provocada executante, podendo a altura ser modificada pela tensão dos lábios e a força do sopro.

O ekkalam é um instrumento musical tradicional do sul da Índia, mais especificamente do estado de Tamil Nadu. Ele pertence à família das trombetas e é feito de metal, consistindo em um tubo longo com pavilhão na extremidade. O som é produzido pela vibração do ar quando o executante sopra no instrumento.

Uma característica importante do ekkalam é que a altura do som pode ser modificada pela tensão dos lábios do músico e pela força do sopro. Isso permite que diferentes notas sejam tocadas no instrumento.

O ekkalam é frequentemente usado em apresentações de música tradicional do sul da Índia, como a música carnática. Desempenha um papel importante na música folclórica e religiosa da região. Além disso, é comum encontrar o ekkalam sendo usado em festivais e cerimónias especiais em Tamil Nadu.

Nos instrumentos da categoria 4 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais (aerofones), o som é produzido principalmente pela vibração do ar ou pela sua passagem através de arestas ou palhetas: o instrumento por si só não vibra, nem há membranas ou cordas vibrantes.

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Ekkalam, Índia

Ekkalam, Índia

Pin pia é um cordofone tradicional da Tailândia. Este instrumento de cordas dedilhadas possui geralmente entre duas e cinco cordas, esticadas ao longo de um corpo ressonador, tradicionalmente feito de uma cabaça ou madeira esculpida. A sua forma pode variar, mas frequentemente apresenta um braço longo que se estende da caixa de ressonância, permitindo a fixação e o ajuste da tensão das cordas.

As cordas do pin pia são geralmente feitas de materiais como seda, nylon ou metal fino, e são afinadas para criar diferentes intervalos musicais. O músico dedilha as cordas com os dedos de uma mão, enquanto a outra mão pode ser usada para pressionar as cordas contra o braço, alterando seu comprimento vibratório e, consequentemente, a altura do som produzido. A técnica de execução pode envolver dedilhados simples, arpejos suaves ou padrões rítmicos mais complexos, explorando a sonoridade melancólica ou alegre que o instrumento pode oferecer.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

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Pin pia, Tailândia

Pin pia, Tailândia

O urumili, também conhecido como urumi, é um instrumento de percussão originário da Índia. É um tambor bimembranofone, o que significa que tem duas peles tensionadas em ambas as extremidades do tambor.

O urumili tem duas formas principais: ampulheta e cilindro. A forma de ampulheta é mais comum e consiste em uma cintura estreitada no meio do tambor. A forma de cilindro é menos comum e possui um diâmetro uniforme em toda a extensão do tambor.

Este instrumento é tradicionalmente fabricado com madeira e couro de búfalo. As peles são amarradas em torno do corpo do tambor para criar uma superfície de impacto. Existem geralmente cordas de tensão ou anéis metálicos anexados à pele, que permitem ajustar a tensão e o som do tambor.

O urumili é tocado com as mãos, que batem nas peles para produzir som. Dependendo da região da Índia, diferentes técnicas de tocar o instrumento podem ser utilizadas.

O som produzido pelo urumili é alto e enérgico. É comumente usado para acompanhar danças e cerimónias religiosas, mas também pode ser encontrado em diferentes estilos de música indiana, como música clássica e folclórica.

Hoje em dia, o urumili é amplamente utilizado em todo o mundo, tanto na música tradicional indiana quanto na música contemporânea. É um instrumento versátil, capaz de produzir uma ampla gama de sons e ritmos.

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida. 

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Urumili, Índia

Urumili, Índia

Santur (santoor, santour) é um instrumento de cordas tendidas horizontalmente que são percutidas com dois finos martelinhos de madeira esculpida. É um instrumento muito antigo da família das cítaras, com corpo trapezoidal, utilizado na Índia, Iraque e Irão. É um instrumento difícil e delicado que exige virtuosismo.

O santur iraquiano difere um pouco do iraniano e do grego: tem mais possibilidades sonoras, com os seus 23 a 25 grupos de cordas “irmãs”; conforme os músicos, cada grupo pode ter 3, 4 ou mesmo 5 cordas.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

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Santur, Índia

Santur, Índia

O Mridanga é um instrumento de percussão tradicional da música carnática, uma forma de música clássica do Sul da Índia. É um bimembranofone, o que significa que possui dois tambores de diferentes tamanhos unidos por uma estrutura de madeira. Os tambores são feitos tradicionalmente de argila e pele de búfalo, e são afinados através do uso de massa na pele para obter diferentes notas.

O Mridanga é tocado com as mãos, com o músico batendo nas peles de ambos os lados do instrumento. Um lado produz um som grave, chamado de “sada”, e o outro lado produz um som agudo, chamado de “tha”. Essa combinação de sons é usada para criar ritmos complexos e melódicos durante a atuação.

O Mridanga é considerado um instrumento sagrado no sul da Índia e é usado principalmente em espetáculos de música carnática, seja como um instrumento solo ou acompanhando outros instrumentos e vocais. Os músicos que tocam Mridanga são altamente treinados e habilidosos, pois devem dominar uma variedade de ritmos e técnicas complexas.

Além disso, o Mridanga também é usado em outras formas de música folk e devocional na Índia. É um instrumento versátil e amplamente admirado por sua capacidade de adicionar ritmo às atuações musicais.

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida. 

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Mridanga, bimembranofone, Índia

Mridanga, bimembranofone, Índia

Sanshin (literalmente, três cordas) é um cordofone tradicional do Japão, concretamente da província de Okinawa. A sua semelhança com o sanxian chinês sugere origens chinesas por via das fortes ligações do Reino de Ryukyu (que governava Okinawa antes dos japoneses) com a China. No século XVI, o sanshin chegou a Osaka e evoluiu para dar origem ao shamisen, instrumento de maior porte.

Situa-se no índice 31 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais (cordofones simples, compostos de cordas esticadas em um suporte) com caixa de ressonância, neste caso.

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