Instrumentos musicais do continente asiático

O Choghur, com as suas diversas denominações regionais como chagur, chaghyr ou chonguri, é um cordofone de braço longo tradicional das regiões do Cáucaso, Irão e Anatólia. Na Geórgia e no Azerbaijão, é mais comummente conhecido como chogur ou chonguri. Esta designação abrangente reflete a sua presença e importância cultural em várias tradições musicais interligadas.

Caracterizado por um braço longo e um corpo geralmente em forma de pêra ou oval, o Choghur pertence à família dos alaúdes de braço comprido. O número de cordas pode variar dependendo da região e do tipo específico do instrumento, mas geralmente situa-se entre três e seis. Estas cordas, tradicionalmente feitas de tripa ou seda, são vibradas através da dedilhação ou do uso de um plectro, produzindo melodias e acompanhamentos.

A ausência de trastos no braço longo do Choghur permite uma grande flexibilidade na produção de microtons e variações de altura, conferindo à sua sonoridade uma expressividade melancólica e rica em nuances. É frequentemente utilizado na música folclórica, em canções tradicionais e em narrativas épicas destas regiões, acompanhando a voz de cantores e contando histórias através das suas melodias evocativas. 

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

ETIQUETAS

  • Família dos alaúdes de braço longo
  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Instrumentos começados por c
Choghur, Azerbaijão

Choghur, Azerbaijão

O babendil, também conhecido por uma variedade de nomes como babendir, bandil ou mapindil, é um idiofone tradicional das Filipinas, da família dos gongos. É um gongo de borda estreita, o que influencia o seu timbre e ressonância. Feito de bronze ou latão, o Babendil possui uma superfície lisa e ligeiramente convexa, característica dos gongos de placa.

A sua função principal na música tradicional filipina é marcar o tempo e fornecer uma base rítmica estável para outros instrumentos e para as melodias vocais. O Babendil é tocado através da percussão direta da sua superfície com uma ou duas baquetas de madeira, por vezes envoltas em tecido ou borracha para alterar a sonoridade. O som produzido é geralmente claro e metálico, com uma sustentação moderada, contribuindo para a textura sonora dos conjuntos musicais das Filipinas.

A sua presença é fundamental em muitas das orquestras de gongo das Filipinas, como o kulintang, onde desempenha uma função de “guardião do tempo”. 

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida. 

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais das Filipinas
  • Família dos gongos de borda estreita
  • Idiofones percutidos de metal
  • Instrumentos começados por b
Babendil, gongo, Filipinas

Babendil, gongo, Filipinas

Donbak, também conhecido por variações como tombak, dombak ou zarb, é um membranofone iraniano com forma de cálice. É reverenciado como o principal instrumento de percussão na música persa, desempenhando um papel rítmico fundamental e oferecendo uma vasta gama de timbres e matizes expressivos.

O corpo do Donbak é feito de madeira, embora também possam ser encontrados exemplares em cerâmica ou metal. Uma única membrana, geralmente de pele de cabra ou cordeiro, é esticada e colada na abertura mais larga do corpo, criando a superfície de percussão. A forma de cálice do corpo contribui para a ressonância e projeção do som, conferindo-lhe uma qualidade rica e encorpada.

A técnica de execução do Donbak é altamente desenvolvida e envolve o uso de ambas as mãos para produzir uma variedade de sons distintos. Diferentes partes da mão e diferentes tipos de golpes na membrana geram timbres que variam de graves e profundos a agudos e estalados. Os músicos de Donbak empregam uma linguagem rítmica complexa, utilizando combinações intrincadas de toques para criar padrões rítmicos sofisticados e acompanhar melodias vocais e instrumentais na música persa. 

Situa-se no índice 31 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais (cordofones simples, compostos de cordas esticadas em um suporte) com caixa de ressonância, neste caso.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Irão
  • tambores em forma de cálice
  • Instrumentos começados por g
Donbak, Irão, tambor em forma de cálice

Donbak, Irão, tambor em forma de cálice

Dombyra, também conhecido como dombra, é um cordofone tradicional do Cazaquistão, classificado como um alaúde de braço comprido. A sua construção inclui um corpo de formato oblongo, feito de madeira, e um braço longo, proporcionando espaço para a execução de melodias e acordes. Uma característica essencial do Dombyra é a presença de apenas duas cordas, tradicionalmente feitas de tripa, mas atualmente também de nylon ou outros materiais sintéticos.

O Dombyra é capaz de produzir uma rica variedade de sons através de técnicas de dedilhação e batida com os dedos ou com uma palheta. A afinação das duas cordas varia, mas frequentemente estão afinadas em intervalos de quarta ou quinta, permitindo a execução de melodias lineares e acompanhamentos rítmicos. O braço longo facilita a execução de passagens musicais mais complexas e a exploração de diferentes tessituras sonoras.

O Dombyra ocupa um lugar central na cultura musical cazaque, sendo um instrumento fundamental em canções folclóricas, narrativas épicas e apresentações de menestréis, conhecidos como aqyns. 

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Cazaquistão
  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Cordofones do tipo alaúde
  • Instrumentos começados por d
Dombyra, Assel Abrakhmanova. Cazaquistão

Dombyra, Assel Abrakhmanova. Cazaquistão

O dhadh é um instrumento musical tradicional do Punjab, uma região localizada no noroeste da Índia e no leste do Paquistão. É um tambor de mão bimembranofone em forma de ampulheta, o que significa que possui duas peles esticadas em ambos os lados de um corpo em forma de ampulheta.

O dhadh é sustentado por uma mão do músico enquanto é percutido com a outra mão. O músico geralmente utiliza uma técnica de batimento específica para produzir diferentes sons e ritmos. O instrumento é frequentemente usado por cantores para acompanhar suas canções tradicionais do Punjab.

Além de sua utilização na música tradicional do Punjab, o dhadh também é visto em apresentações de dança e em diferentes formas de música folclórica indiana. É conhecido pelo seu som distintivo e ritmos complexos, que acrescentam uma dimensão única à música Punjabi.

(com IA)

Situa-se no índice 21 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, entre os tambores percutidos, instrumentos cuja membrana é posta em vibração ao ser batida ou percutida. 

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais da Índia
  • tambores percutidos
  • tambores em forma de ampulheta
  • Instrumentos começados por d
Dhadh, bimembranofone em forma de ampulheta

Dhadh, bimembranofone em forma de ampulheta

O dhadd é um instrumento musical muito popular na música tradicional do Punjab, região localizada no norte da Índia e no Paquistão. É principalmente usado como acompanhamento para cantores durante apresentações ao vivo e festivais de música.

É um tambor de mão bimembranofone, o que significa que tem duas membranas esticadas em ambos os lados do corpo do tambor. Normalmente feito de madeira, é moldado como uma ampulheta e é menor em tamanho em comparação com outros tambores de mão tradicionais, como o dhol.

O músico segura o dhadd com uma mão e percute-o com a outra usando palhetas ou varetas finas que são feitas de bambu ou metal. Essas palhetas são chamadas de “daa” e são usadas para bater nas membranas do dhadd, produzindo ritmos e ritmos vibrantes.

O som do dhadd é distinto e enérgico, com uma batida forte que adiciona um ritmo característico à música do Punjab. É comumente usado em estilos musicais tradicionais, como bhangra e gidha, bem como em canções folclóricas e devocionais.

Além da sua importância na música e dança tradicional, o dhadd também desempenha um papel cultural e espiritual significativo. É frequentemente usado em ocasiões como casamentos, festivais e cerimónias religiosas no Punjab, onde sua batida poderosa é considerada auspiciosa e capaz de criar uma atmosfera festiva.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais da Índia
  • tambores em forma de ampulheta
  • tambores de mão
  • Instrumentos começados por d
Dhadd, tambor em forma de ampulheta

Dhadd, tambor em forma de ampulheta

Dranyen é um cordofone tradicional do Butão, pertencente à família dos alaúdes e caracterizado por um braço longo que não possui trastes. A ausência de trastos permite maior liberdade na produção de microtons e glissandos, conferindo à sua sonoridade uma expressividade particular. O corpo do Dranyen é geralmente feito de madeira e apresenta um formato arredondado ou oval, semelhante a outros alaúdes.

As cordas do Dranyen, tradicionalmente feitas de tripa ou seda, mas atualmente também de materiais sintéticos, são esticadas ao longo do braço e vibradas através da dedilhação ou do uso de um plectro. O número de cordas pode variar, mas geralmente situa-se entre seis e sete. A afinação do instrumento também pode variar dependendo da região e da preferência do músico.

O Dranyen desempenha um papel significativo na música tradicional do Butão, sendo frequentemente utilizado em canções folclóricas, danças e celebrações religiosas. A sua sonoridade melancólica e expressiva adapta-se bem à rica tradição musical do país, acompanhando narrativas e transmitindo emoções profundas. A sua construção artesanal e a sua importância cultural fazem do Dranyen um símbolo da identidade musical do Butão.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Butão
  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Cordofones do tipo alaúde
  • Instrumentos começados por d
Dranyen, alaúde, Butão

Dranyen, alaúde, Butão

O dramyen é um instrumento musical tradicional dos Himalaias, sendo classificado como um cordofone pertencente à família dos alaúdes. Ele apresenta variações no tamanho e no número de cordas de acordo com a região em que é encontrado, geralmente variando de 4 a 7 cordas. Além disso, o dramyen possui diferentes nomes dependendo da localidade. Alguns exemplos desses nomes alternativos são damyan, dranyen, dramyin e tungana.

O instrumento é tocado utilizando uma técnica de dedilhação das cordas semelhante ao alaúde. Tradicionalmente, o dramyen é utilizado em diferentes estilos musicais dos Himalaias, como o folclore tibetano e a música budista.

O dramyen continua a ser usado na região dos Himalaias e em comunidades tibetanas dispersas pelo mundo, tanto para apresentações tradicionais como em contextos mais contemporâneos.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Tibete
  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Família dos alaúdes
  • Instrumentos musicais começados por d
Dramyen, alaúde tibetano

Dramyen, alaúde tibetano

Duf (daff, dafli, dufli, def, daf) é um membranofone circular de aro baixo revestido de pele de vaca, cabra ou cavalo, e com pequeníssimos aros a toda a volta, no lado inferior.

É um instrumento muito usado no Médio Oriente, Irão, Índia e Ásia Central, tanto na música popular como na erudita.

Alguns daf são munidos de soalhas o que os torna semelhantes a pandeiretas maiores.

ETIQUETAS

  • tambores de aro baixo
  • Unimembranofones cierculares
  • Instrumentos tradicionais do Médio Oriente
Duf, tambor de mão

Duf, tambor de mão

Ik tara, também grafado como ektar, ektara ou iktara, é um cordofone reconhecível por ter apenas uma corda. Este instrumento musical é tradicionalmente encontrado e tocado em diversas regiões do subcontinente indiano, abrangendo a Índia e o Bangladesh, mas também com presença no Egito e no Paquistão.

A sua construção é caracterizada por um corpo ressonador de formato geralmente circular, feito de materiais como cabaça seca, coco ou madeira. Uma longa haste de bambu é fixada a este corpo, e a única corda, geralmente de aço ou tripa, estende-se ao longo desta haste, presa ao corpo ressonador numa extremidade e a uma cravelha na outra, permitindo a afinação.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Bangladesh
  • Instrumentos começados por i
Ik tar, Índia, Bangladesh

Ik tar, Índia, Bangladesh