Instrumentos musicais de todo o continente africano

Instrumentos musicais de Angola

Fonte: Instrumentos Musicais de Angola. Sua construção e descrição, José Redinha. Coimbra: Instituto de Antropologia, 1984.

Adingu: tambor antigamente usado apenas para festejos reais e como instrumento musical de guerra.

Andingo: tambor de dois tímpanos tradicional dos Uambos, usado na entronização dos antigos sobas (chefes das aldeias) de Huambo, província de Angola.

Ariba: xilofone da cultura umbundu com 11 a 15 teclas de madeira sobre tiras de couro, tendo cabaças como caixas de ressonância por baixo.

Bavugo: instrumento composto por três cascas do fruto macolo ligados por uma pasta feita de cera de abelha.

Bissaca: idiofone da família dos paus de percussão da Lunda.

Bungo: espécie de trompa feita de troço de colmo na Ilha de Luanda.

Buzina: aerofone, o mesmo que búzio, objeto sonoro com funções musicais e de sinalização, ou pequena trompa de marfim.

Búzio: também chamado buzina, búzio furado tradicional dos Cabindas que se ouvia a larga distância. É também utilizado também em Portugal e vários países do mundo.

Cabaça de fricção: cabaça com pedúnculo acentuado com abertura na “barriga” e sobre ela uma vara em reco-reco, raspada com vareta.

Cabaças da Xicula: cabaças em forma de pera e fundo truncado usadas antigamente pelas raparigas do povo Ambuela nos seus ritos da puberdade.

Cacotia: espécie de violino de 3 cordas, em certas regiões chamado kakoxi, cacoxe, cambanza, calialia ou cacoxa.

Cacoxa: espécie de violino de 3 cordas, em certas regiões chamado kakoxi, cacotia, cambanza ou calialia.

Cacoxe: espécie de violino de 3 cordas, em certas regiões chamado kakoxi, cacotia, cambanza, calialia ou cacoxa.

Caiengassa ua Xianda: tira de pele com chocalhos amarrada ao tornozelo para marcar o compasso em danças e marchas.

Calialia: instrumento de corda da família dos violinos, com duas ou três cordas, com braço curto e caixa ampla, e entalhes artísticos na madeira.

Caloa: arco de fricção do sul da Lunda, antigo reino que tem uma parte em Angola.

Calcuta: cordofone da família das harpas dos Songos.

Calucuta: idiofone da família das maracas dos Ambuelas, povo do sueste de Angola.

Cambanza: cordofone dedilhado, espécie de guitarra de três cordas.

Cambulumbumba: cordofone da família dos arcos musicais semelhante ao embulumbumba e ao ombulumbumba.

Cariari: arco de cabaça quioco, do Nordeste de Angola.

Cassaca: idiofone de agitamento da família das maracas em forma de maleta feita com técnica de cestaria.

Catanga: tambor de uma membrana constituído por um pequeno cilindro de madeira com uma ranhura e percutido de pé com um troço de madeira grosso.

Catiacata: idiofone da família das maracas feito de três cascas de frutos como o coco com sementes rijas dentro e cabo para agitar.

Catou: instrumento de sopro da família das ocarinas, feito de endocarpo duro de fruto (como o coco) com buracos para soprar e colocar os dedos de modo a obter diferentes sons.

Catuela: instrumento de sopro da família das ocarinas feita do endocarpo (parte dura) de maboque.

Cauaiauaia: arco de fricção com vara entalhada com ranhuras, semelhante ao oluncungulo e ao cavalongongo.

Cavalongongo: arco de fricção com arco serrilhado para raspar como reco-reco.

Cinkuvu: o mesmo que txinguvo ou quinguvu, tambor de fenda de madeira de um bloco tocado por macetas de borracha. O txinguvo ua cavunga é de menores dimensões.

Dilele: flautim (pequeno instrumento de sopro) tocado por Lundas e Quiocos.

Dikanza: idiofone de raspagem tradicional da família dos reco-recos.

Ditondo: pequeno instrumento de sopro de madeira tradicionalmente usado pelos Lundas.

Djimba: termo dos quiocos para xilofone da Lunda com 12 a 19 teclas sobre cabaças por ordem crescente de tamanho do agudo para o grave.

Djimba ia maquiri e djimba mangonje: xilofones curvos do povo Lunda.

Ecorua: arco de cerca de 50 cm com reco-reco e a cavidade bocal a servir de caixa de ressonância.

Elumba: arco com cabaça tocado com varinha de madeira.

Encuene: flauta de dois sons dos Nhanhecas (etnias do sudoeste de Angola).

Gongue: duplo sino manual ou dupla campânula de ferro (ou de cobre, em Cabinda), também chamado lubembe ou rubembe, antigamente considerado instrumento real. Terá dado origem ao agogô brasileiro.

Guitarra: instrumento de corda dos Cabindas, a norte de Angola, com cabaça alongada a formar a caixa de ressonância do instrumento.

Henguengu: tambores médio e pequeno, com tímpanos de pele de antílope, entre os Quibalas.

Hungo: arco musical originário de Luanda constituído por uma vara, um fio de ferro e uma cabaça, tocado por uma vara e dedilhado. Pertence à família dos arcos angolanos, semelhante ao oburububa.

Jimbendo: flauta de pã (composta de vários tubos) tocada antigamente por rapazes.

Jiuaua: tornozeleira com fios de ferro à volta dos tornozelos usada para marcar o ritmo de danças.

Kakoxi: espécie de violino de 3 cordas frequente no Cuanza Sul que apresenta diversos formatos.

Kapalandanda: variante do vandumbo, instrumento de sopro comprido “que imita o choro das crianças”.

Lioio: guizo de Cabinda, uma das 18 províncias de Angola, situada a norte do País.

Luacanda: xilofone reduzido da Lunda (que foi um antigo reino, estando parte dele em Angola).

Lubembe, ou rubembe: campânula geminada, tal como o rubembe, chingongo, gongo ou ngongo.

Lucungo: arco musical de uma corda com cabaça.

Luncomba: arco de corda dedilhada tocado especialmente por mulheres usando a boca como caixa de ressonância.

Lundamba: reco-reco constituído por pau comprido serrilhando e com fenda, semelhante a dicanza e catiacatu.

Lupembe: xilofone de duas teclas com cabaças tocado com baqueta.

Luxiba: flauta de pã (feita de vários tubos) tradicional da Lunda

Luzenze: maraca feita de casca dura de fruto seco do tipo coco e sem miolo em que foi colocado um cabo.

Malimba: xilofone semelhante às designações nativas de ndjimba e ariba, antigamente considerado instrumento real. Os xilofones podem ser direitos ou curvos e ter um número variado de teclas de madeira desde 2 a mais de 20.

Mandumbua: instrumento de lâminas do Leste de Angola com corpo em forma de tábua e grande cabaça como amplificador.

Manjata ou manzata: banda de pele com conchas metálicas para marcar o ritmo de danças em práticas mágicas.

Marimba: xilofone semelhante às designações nativas de ndjimba e ariba, antigamente considerado instrumento real. Os xilofones podem ser direitos ou curvos e ter um número variado de teclas de madeira desde 2 a mais de 20.

Marimbas do Estado: xilofone direito, de montagem e acabamento cuidados, nas cortes dos Muatianvuas.

Massiquilo ma quinfume: pequeno tambor cilíndrico, de uma membrana, antigamente usado só nas cerimónias de investidura de chefes e coroamentos de reis.

Matiapato: idiofone da família das maracas dos Ambuelas, povo do sueste de Angola.

Mbutete: variedade de quissanje, piano de dedo, usada antigamente em Luanda.

Micacala: paus de percussão dos Quiocos para acompanhamento rítmico, tocando na madeira do instrumento que acompanham.

Mohongo: instrumento de sopro feita de cabaça, o mesmo que mbinda.

Mondo: espécie de tambor de madeira de caixa inteiriça tocado por macetas de borracha.

Mucalengue: chocalho raro de latão ou de ferro para cães de caça de diversas regiões diversas de Angola.

Mucatxacatxa: maraca feita de cabaça com sementes e cabo.

Mucuazo: tambor de duas membranas valorizado pelos Quiocos, eximios na sua construção em que faziam entalhes geométricos e figurativos.

Mucubile: tambor de duas membranas munido de manga com palheta, e quatro asas laterais na cintura do tambor.

Mucueiele: instrumento composto por duas cabaças ligados no interior por uma vara e no exterior por um arco reco-reco, ligado a práticas rituais e religiosas.

Mucupela: o mesmo que mucuazo, tambor de duas membranas valorizado pelos Quiocos, eximios na sua construção.

Mucuvo: equivalente ao txinguvo, tambor de fenda de madeira de um só bloco tocado por macetas de borracha.

Muia: idiofone da família dos cintos de dança com guizos e campainhas que entrechocam ao ritmo dos movimentos.

Mungomba: tambor cilíndrico, grande, dos Quibalas, com uma membrana de pele de antílope, utilizado em conjuntos musicais de batuques.

Mussamba: maraca geminada em forma de haltere comum a vários grupos étnicos. Era usadas em honra dos ídolos e em danças.

Mussarengo lua engombo: maraca geminada em forma de haltere

Mussengo: nome genérico de apito entre os Lundas (grupo de povos que vive em Angola, Congo e Zâmbia).

Muxapata: maraca esférica com em que foram inseridos pequenos seixos ou sementes com pedúculo de cabaça a servir de pega.

N//Kau: arco de cabaça que pode servir também como arco bocal. A riqueza do som é regulada aproximando a boca da cabaça do peito do tocador.

N/ka ou Sungu: arco bocal por vezes adaptado a arco de cabaça, com uma parte apoiada no chão e outra na boca que amplia as vibrações da corda.

Nbulumbumba: também chamado ombulumbumba, é um arco musical de uma corda batido com vara, com caixa de ressonância de cabaça. A riqueza do som é regulada pela proximidade da boca da cabaça ao peito do tocador.

Nbungu: aerofone da família das trompas feito de chifre de antílope ou de boi.

Ncueia-ncueia: instrumento de uma corda com arco serrilhado dos Nhaneca, no Sudoeste de Angola, que usa a boca como caixa de ressonância.

Ndembo: tambor de um tímpano cintado com bandas de ferro e latão, tocado em certas funções, como quando o soba espirrava.

Ndunga: pequeno tambor de tímpano tocado com pedaço de madeira redondo e pesado.

Nedunguilo: tambor comprido que foi no passado usado para rebate em Cabinda.

Ngambo: o mesmo que ngombo, tambor de um tímpano do qual há relatos com 500 anos.

Ngombo: o mesmo que ngambo, tambor de um tímpano do qual há relatos com 500 anos.

Ngoma ua cassumbi: pequeno tambor com tampo de rufo utilizado em especial pelos Quiocos.

Ngoma ua Mputu: espécie de caixa que imita caixas de rufo militares, com dois tampos de pele, tocada por duas baquetas. Entre os Quibalas, precedia as comitivas do soba, chefe da aldeia, dando aviso da sua aproximação.

Ngoma ua mucamba: tambor dos antigos Lundas e privativo do Muatianvua. Apenas era tocado por motivos de guerra. Tinha 1,30 m a 1,50 m e era tocado manualmente e por macetas.

Ngoma ua mucundo: tambor com uma membrana, da Lunda e do Moxico. Tamanho abaixo do txina, na familia dos tambores Lunda-Quiocos.

Ngoma ua Nguri ua Cama: enorme tambor cilíndrico que rufava apenas em nome de Nguri wa Kama, para reunir de urgência os seus súbditos e grupos de guerra.

Ngoma ua txina: tambor de uma face, o maior da família de três tambores cilíndricos de uma só membrana, usados por Quiocos, Lundas e Luenas.

Ngoma: nome em kimbundu para batuque, tambor alongado, e a designação mais mais comum para tambor em vários povos de Angola.

Ngonga: arco com cabaça truncada com uma corda que se bate com vareta.

Nguaia: maraca feita de cabaça de pedúnculo comprido para agarrar, com seixos e sementes no interior. Recorda o maracá do Brasil.

Nhatzikali: variante do vandumbo, instrumento de sopro comprido “que imita o choro das nulheres”.

Nhungo: arco musical de Malanje, semelhante ao hungo.

Nkungulu: variante do vandumbo, instrumento de sopro comprido “que imita o choro dos homens”

Nsaca: maraca feita da parte dura do coco com cabo de madeira ou pedúnculo de cabaça, tendo milho ou feijão dentro.

Nzanza: espécie de violino semelhante ao kakoxi.

Oburububa: arco dos Benguelas com cerca de 1 metro e meia cabacinha por caixa de ressonância.

Ocaiaia: arco de fricção tradicional dos Cuanhamas e Ovambos.

Odigu: tambor cónico muito comprido de uma só membrana, tradicional dos Ganguelas.

Ohejego: tambor de pequenas dimensões com uma membrana tocado com as mãos.

Olandingo: tambor umbumdo de duas membranas, com uma ranhura larga e comprida, fechada por um pedaço de bordão de função amplificadora.

Olombendo: flauta de madeira considerada em tempos um instrumento real.

Oluncungulo: arco musical em reco-reco tocado com vara. Semelhante ao lukungo e à cauaiauaia. O tocador com uma mão raspa o reco-reco e com a outra regula a altura dos sons com os dedos sobre a corda.

Oluqui: palheta de latão usada como assobio por pastores no Sudoeste de Angola.

Omacola: instrumento composto por duas cabaças unidas pelas bocas, cosidas entre si por fibras vegetais. Nos topos perfurados do conjunto das cabaças é enfiado um pau e feitas ranhuras de reco-reco. Associado antigamente a práticas de magia, é batido nas cabaças por vassourinha e raspado no reco-reco.

Orucuguru: arco tradicionalmente tocado por mulheres.

Otxiumba: instrumento de corda do tipo lira tradicional dos pastores Ambos.

Otyisuba: o mesmo que otyssuba, lira do sudoeste de Angola com caixa retangular e 8 a 10 cordas.

Oxissuba: o mesmo que otyisuba, lira do sudoeste de Angola com caixa retangular e 8 a 10 cordas.

Puíta (também chamado quipuita, kipwita ou mpwita): tambor com vara de fricção que deu origem à cuíca brasileira.

Quiboco: espécie da harpa registada na Lunda por volta de 1900.

Quindendo: arco musical com cabaça percutido por vara.

Quinguvu: o mesmo que txinguvo ou cinkuvu, tambor de fenda de madeira de um bloco tocado por macetas de borracha. O txinguvo ua cavunga é de menores dimensões.

Quipuita: tambor de fricção constituído por um cilindro oco com uma só membrana. Ao meio, pelo lado interno, prende-se uma haste de pau sobre a qual se passa a mão bem lavada e molhada. Em Angola divulgou-se a partir de Luanda. Entre os Bailundos é também chamado onjique.

Quipungi: trompa de marfim considerada antigamente um instrumento real.

Quissanje: piano de mão com ou sem caixa que aparece também com os nomes de sambi e sanza. Há vários tipos de quissanje, e alguns são equipados com cabaça. Toca-se com ambas as mãos fazendo vibrar as palhetas com os polegares.

Quissanje, lamelofone dedilhado, Angola

Quissanje, lamelofone dedilhado, Angola

Quitala: guitarra de três cordas inspirada na guitarra europeia.

Quitarra: o mesmo que titala, guitarra de três cordas inspirada na guitarra europeia.

Ritumba: tambor lunda, cilíndrico e comprido, com um tímpano ou membrana de coiro cru e despelado, usado no acompanhamento de danças.

Rucumba: arco sonoro dos Lundas com cabaça acústica e percussão por vara de madeira.

Sacaio: forma deturpada de chocalho, maraca em forma de cabaça com milho dentro, da Ilha de Luanda.

Sambi: piano de polegar semelhante ao quissanje.

Sango: maraca dos Quiocos feita do endocarpo de fruto como o coco, furado em lados opostos, em que são colocados grãos e um cabo. É semelhante ao lossango e ao mundja.

Sanza: piano de polegar, instrumento de lâmina dedilhada semelhante ao quissanje.

tambores: numerosos instrumentos (largos ou alongados, grandes, pequenos ou médios, com diversos formatos e materiais, para acompanhar danças, marchas e com outras funções, com uma ou duas membranas, em forma de cone ou de cilindro) marcam a tradição dos grupos étnicos de Angola: tabalha, vipuali, ongoma, ndungu, Ngoma ua muanga, Ngoma ua calenga, cassumbi, capopo, iacupapa, jacuzica, iacuvunga, Ngoma ua mucundo, messaqui, Ngoma ua munganga, ncula.

Tavale: tábua para percussão com dedos usada em Benguela, província angolana.

Tuelele: tiras de pele com pequenos chocalhos metálicos para marcar o compasso de danças e marchas.

Txicolowa: arco musical dos Ganguela, na bacia do rio Cubango.

Txicuma: instrumento de corda da família das liras de Bailundos e outros povos de Angola.

Txihumba: instrumento de corda do tipo lira, semelhante à otxiumba, com destaque para dois modelos, a lira dos viajantes e a lira dos pastores.

Txingalagala: peça de madeira de três campânulas com punho.

Txinguvo: o mesmo que cinkuvu ou quinguvu, tambor de fenda de madeira de um bloco tocado por macetas de borracha. O txinguvo ua cavunga é de menores dimensões.

Txiribe txa caua: cocalhos de cães de caça dos Quiocos. São chamados lumbando quando são feitos de ferro; e txiribo ou txiribo-holo quando feitos de madeira a imitar a drupa do fruto de palmeira.

Txirubue: chocalho tradicional da Lunda, para cães de caça, feito de drupa em forma de ovo de palmeira com pequenos seixos dentro.

Txissola txa malunga: vara com chocalhos para evocação dos espíritos.

Txizuzo: instrumento de corda em forma de arco do tipo harpa com 5 cordas originária do Bailundo.

Vandumbo: um instrumento de sopro comprido, feito de madeira que é estreito no bocal e alarga progressivamente.

Viola ou viora: instrumento de corda do Golungo Alto, Cuanza Norte, cuja forma lembra a Viola.

Viola ua Machicongo: instrumento de 5 ou 6 cordas em forma de Viola com cabaça.

Viola ua Mahungo: instrumento de corda com caixa de madeira retangular e quatro cordas de fibra vegetal.

Xicomba: arco musical com cabacinha dos bosquímanos, grupo étnico do sul de África.

Xipanana: trompa de chifre de antílope ou de marfim dos Lundas (balunda, luunda, ruund).

Instrumentos musicais de Angola

Instrumentos musicais de Angola

Racordai é uma soalheira (idiofone de agitamento dotado de soalhas) existente em Cabo Verde, onde também tem os nomes de pandêr ou pandiêr). Consiste numa prancha de madeira, com uma parte mais estreita que constitui a pega, e uma parte mais larga onde existem uns pregos que servem de suporte para tampas metálicas de garrafas, que funcionam como soalhas. É frequentemente usado no dia de São Silvestre (31 de dezembro) por crianças que vão tocando de porta em porta desejando as boas festas. Pelo fato de ser de construção simples e com materiais reciclados, é frequentemente elaborado pelas próprias crianças. Em Portugal, existem tipos de soalheira a que se dá o nome de chincalho.

No Centro Cultural do Mindelo, em 2020, decorreu uma residência criativa entre designers e artesãos, no âmbito da URDI – Feira Nacional de Artesanato e Design de Cabo Verde, que culminou na exposição enquadrado no Salão Created in CV, patente no Centro Cultural do Mindelo. Sobe o pensamento de «contemporanidad n tradison», o paleio Racordai, a 5 de fevereiro de 2020, pretendeu ser uma roda de conversa sobre o design da conceção do Racordai (instrumento de percussão), com o objetivo de desconstruir pensamentos do que já existe, refletir e sugerir novas abordagens sobre o instrumento e seu processo criativo durante a residência.

Racordai, Cabo Verde

Racordai, Cabo Verde

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bibliografia:

Os Instrumentos Musicais em Cabo Verde, Margarida Brito. Praia – Mindelo: Centro Cultural Português, 1998.

Bolon é um instrumento musical do tipo cordofone, dedilhado, nativo de vários grupos étnicos da África Ocidental. É tocado pelas comunidades Senufo, Mandinka, Kissi (Guiné), Banbara, Susu e Fulbe.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas em tensão.

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Bolon, Gâmbia

Bolon, Gâmbia

Akoting é um instrumento tradicional africano do tipo cordofone. Supõe-se que foi pela comunidade Jola, que se pode encontrar na Gâmbia, Senegal e Guiné-Bissau. Consiste em uma cabaça revestida de pele, com braço e duas cordas longas e uma curta.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas em tensão.

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Akoting, Gâmbia

Akoting, Gâmbia

 

Wazza é um instrumento musical tradicional do Sudão (África), do tipo aerofone.

Nos instrumentos da categoria aerofone, índice 4 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais, o som é produzido principalmente pela vibração do ar ou pela sua passagem através de arestas ou palhetas: o instrumento por si só não vibra, nem há membranas ou cordas vibrantes.

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Wazza, Sudão

Wazza, Sudão

maracas, ou maraca, sendo uma só, é um instrumento do tipo idiofone de agitação difundido um pouco por todo o mundo. É constituído por um recipiente de material e formato variável com grãos, sementes ou outras partículas. Em África, a cabaça é um dos materiais mais utilizados para a feitura do instrumento. Foi encontrado na África Ocidental, mas foi adotado em muitas culturas latinas e no Caribe. Para melhor efeito sonoro, o instrumento deve ser tocado em pares.

Maraca, África

Maraca, África

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na Venezuela, as maracas são feitas do fruto do tamaro (Crescentia Cujete), que tem forma esférica ou oval. A árvore é conhecida popularmente no Brasil como cuieira, cabaceira, árvore-de-cuia, cuitê, cuité, coité e cabaça. Uma vez limpo o fruto seco, são nele introduzidas sementes, que podem ser de vários tipos (milho, sementes, pequenas pedras). O cabo de madeira permite agitar e produzir o som típico de forma prática. Usado em pares, o instrumento é com a harpa e quatro, um dos instrumentos mais populares na Venezuela, e utilizado em diversos agrupamentos. As maracas aparecem representadas no traje de alguns dos mais importantes grupos de dança da Venezuela. (AJF)

Crescentia cujete, cabaça de cuieira

Crescentia cujete, cabaça de cuieira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Instituto Colombiano de Antropología e Historia (ICANH) dispões de uma coleção de cerca de 3000 peças etnográficas, recolhidas pelo território nacional desde o início do Século XX, por exploradores e antropólogos colombianos e estrangeiros.

Feitas de diversos materiais, com diversos formatos e timbres, as maracas são instrumentos musicais utilizados um pouco por todo o mundo, com recurso muito frequente à reciclagem.

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maracas na educação musical

Na educação e expressão musical, as maracas são dos instrumentos mais populares. Existem maracas produzidas industrialmente em formado cilíndrico ou oval com cabo. Existem ainda as maracas tradicionais feitas por artesãos e vendidas em lojas de artesanato e feitas. Podendo ser objeto de reutilização e reciclagem com inúmeros objetos de plástico, as próprias crianças podem criar as suas maracas, em formatos diversos úteis para a assimilação de conteúdos do currículo (esférica, oval, cilíndrica).

Nativo da tribo Hausa (Nigéria), Algaita é um instrumento de sopro popular na África Ocidental. Tem um timbre aparentado ao oboé, embora a configuração seja diferente. É muito utilizado em eventos cerimoniais no Gana, Senegal, Nigéria, Togo, Benim, e outras regiões. Surge ocasionalmente em gravações jazz.

É um instrumento de sopro do grupo 422 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de palheta em que o músico sopra colocando uma palheta em vibração.

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Algaita, Nigéria

Algaita, Nigéria

O kakaki é um instrumento de sopro muito popular na Nigéria, Chade, Gana, Burkina Faso, Benin e Níger. No Chade e Sudão é chamado wazza, e na Etiópia tem o nome de malakat.

É um instrumento de sopro do grupo 423 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de bocal (também chamado de palheta labial) em que os lábios do executante causam diretamente a vibração do ar.

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Kakaki, Nigéria, cerimónia Hausa, créditos Giditraffic

Kakaki, Nigéria, cerimónia Hausa, créditos Giditraffic

Molo é um instrumento musical do tipo cordofone dedilhado da família dos alaúdes, tradicional do Níger e outros países africanos. Os hauçás utilizam a duma (instrumento de percussão local) e o molo (um alaúde) em suas tradições griôs, juntamente com o Ganga, a algaita (instrumento de sopro) e o kakaki (trompete) para cerimónias formais, de luta e de Estado. Um exemplo disso é o uso cerimonial de trombetas para marcar a ampla autoridade do Sultanato de Damagaram na região sudeste de Zinder. Os Zarma, ao redor da capital, Niamey, tocam uma variedade de alaúdes (xalã ou molo), flautas e violinos. Os tuaregues do norte são conhecidos por sua poesia romântica, informal cantada/falada, com vozes acompanhadas por palmas, tambores tinde (nas canções das mulheres) e o viol de uma corda (nas canções dos homens). Os fulas e Wodaabe, subgrupo nômade do deserto de Fula, entoam repetidamente cantos a várias vozes acompanhados por palmas, batidas e sinos.

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas em tensão.

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Lengwane é um pequeno instrumento tradicional do Botswana, do tipo aerofone, sem orifícios digitadores.

Bibliografia:

Traditional Music in Botswana, Elizabeth N. Wood, in The Black Perspective in Music Vol. 13, No. 1 (Spring, 1985), pp. 13-30.

O Lengwane é um instrumento de sopro do grupo 421 – aerofones com sopro em aresta – no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

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