Instrumentos musicais de todo o continente africano

Darbuka é um unimembranofone árabe em forma de cálice que se toca com as mãos e produz um som agudo. Darabuka, darrabuka, darbucca, darbouka, darabukkah, derabucca, drbakka, d’rbuka, drbekki, derbuka, derbekki, tarambuka, tarabuka, derbakeh são diferentes designações deste instrumento que tem especificidades conforme a região e o fabricante.

Balafon é um idiofone de percussão direta com baquetas, xilofone artesanal da África Ocidental, É constituído por placas de madeira ordenadas pelo seu comprimento com cabaças de ressonância por baixo. Tem diversos nomes conforme a região e o país: balafon, balo, kponimbo, madimba, kundu, marimba, valimba, endara, shijimba, silimba, medzang, dyomoro, rongo, mutondo, mbila, timbila, balangui, akadinda, kalanba, ilimba, baza, dimba, madimba, dipela, elong, dzil. Com tambores, é utilizado em cerimónias e festas de aldeia.

Balafon

Balafon

Instrumentos musicais da África Ocidental

Flauta de fulas é uma flauta tradicional da Guiné-Bissau (África Ocidental) usada em casamentos, festas, manifestações, lutas e colheitas.

Flauta de fulas

Flauta de fulas

Cabaça, também conhecida por xequere e afoxe, é um idiofone de fricção, feito de cabaça seca revestida de missangas interligadas por uma rede. O som é produzido pela fricção das missangas na superfície da cabaça. Na Guiné-Bissau, é um idiofone em forma hemisférica tradicional da etnia fula, na Guiné-Bissau (África Ocidental). Toca-se quando morre um “djerga”, termo que significa rei em fula, ou um “djidiu” (músico) e sobretudo em cerimónias religiosas, batizados, casamentos, fanados e toda a diversidade de festas populares. Segundo o Atlas de Instrumentos Tradicionais da Guiné-Bissau, a cabaça tem por função principal acompanhar as danças e os cantos em harmonia com outros instrumentos (flauta, nhanheiro e djimbé). A cabaça é tocada unicamente por homens, sentados num pano ou esteira, no chão. Para tocar cabaça o músico encosta a cabaça ao peito e toca com os anéis encaixados nos dedos. Baseado em Manual de Apoio aos Cursos de Artes Performativas em Bissau.

O nyatiti é um cordofone dedilhado, de cinco a oito cordas. É um instrumento clássico do Quénia tocado pelo povo Luo do Quénia Ocidental, especificamente na região de Siaya, ao sul de Kisumu. Tem um ressonador de madeira esculpida em forma de tigela coberto de pele de vaca.

Nyatiti, Quénia

Nyatiti, Quénia

Situa-se no índice 32 do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos. É um cordofone composto, instrumento de corda que tem caixa de ressonância como parte integrante e indispensável. Nos instrumentos da categoria “cordofone”, o som é produzido principalmente pela vibração de uma ou mais cordas em tensão.

ETIQUETAS

  • Instrumentos tradicionais do Quénia
  • Instrumentos de corda dedilhada
  • Instrumentos começados por n

Enipiti, ou chiquitsi, é um instrumento tradicional de Moçambique. É uma espécie de chocalho constituído por uma caixa feita de caniço fino e sementes ou pequenas pedras no interior.

Enipiti, Moçambique

Enipiti, Moçambique

Situa-se na categoria 1 (idiofones) no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais de Moçambique
  • Idiofones de agitamento
  • Instrumentos começados por e

Chiquitsi é um instrumento que pertence à categoria dos idiofones, do tipo chocalho de mão. É feito de caniço fino ou de palha de uma planta chamada txlhongue, entrançada como se fosse uma esteira e cujas pontas são unidas por corda, formando uma caixa oca. Dentro colocam-se sementes ou pedrinhas. Para tocar, pega-se o instrumento com ambas as mãos e agita-se. É normalmente tocado por mulheres, acompanhando canções, nomeadamente em cerimónias de casamento. O chiquitsi é bastante vulgar nas Províncias do Sul de Moçambique (Maputo, Gaza e Inhambane). No entanto, também podemos encontrá-lo na Província do Niassa e em vários distritos da Província de Tete, onde toma o nome de Kaembe.

Fonte: Catálogo dos Instrumentos Musicais de Moçambique, República Popular de Moçambique, Ministério da Educação e Cultura 1980.

Situa-se na categoria 1 (idiofones) no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.

Em Portugal, Ricardo Lopes é um construtor de instrumentos tradicionais que produz entre outros, o chiquitsi.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais de Moçambique
  • Idiofones de agitamento
  • Instrumentos começados por c
Chiquitsi, RL Instrumentos Artesanais

Chiquitsi, RL Instrumentos Artesanais

Vuvuzela é um instrumento de sopro em forma cilíndrica com cerca de 1 metro de comprimento, originário da África do Sul. No Brasil é conhecida por corneta ou cornetão.
É um instrumento de sopro do grupo 423 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de bocal (também chamado de palheta labial) em que os lábios do executante causam diretamente a vibração do ar.
  • Instrumentos musicais da África do Sul
  • Aerofones de bocal
  • Instrumentos começados por v

Tabaque

O tabaque, também grafado atabaque, é um tambor unimembranofone de origem afro-brasileira, caracterizado por ter uma membrana vibratória, geralmente de couro animal, esticada sobre um corpo cilíndrico de madeira. A sua própria denominação evoca as suas raízes, derivando do termo árabe “al-Tabaq”, que significa “prato” ou “bacia”, sugerindo uma possível conexão histórica com instrumentos de percussão do mundo árabe.

No Brasil, o tabaque assume um papel fundamental em diversas manifestações culturais e religiosas de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, onde é utilizado para invocar e saudar os orixás e entidades espirituais através de ritmos específicos e complexos. A sua sonoridade rica e percussiva marca o ritmo dos cânticos e das danças rituais, criando uma atmosfera de profunda conexão espiritual.

Existem diferentes tamanhos de tabaques, cada um com uma função e sonoridade distintas dentro dos conjuntos musicais tradicionais. O repique, o rumpi e o rum são os mais comuns, variando em altura e diâmetro, e consequentemente, na tonalidade e no volume do som produzido. A percussão do tabaque é feita diretamente com as mãos ou com o auxílio de uma baqueta, exigindo dos tocadores técnica e sensibilidade para extrair a sua vasta gama de timbres e ritmos.

Em São Tomé e Príncipe (África) também existe um membranofome com o nome de tabaque, um tambor médio cuja pele é amarrada em vez de pregada.

Tabaque com suporte, em Português

Tabaque com suporte, em Português

Reciclanda, instrumentos sustentáveis

Reciclanda, música e instrumentos para um planeta sustentável

Reciclanda é um conceito musical inovador que contribui para o cumprimento dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e das metas de reciclagem de embalagens, promovendo a sustentabilidade desde idade precoce até idade avançada através da reutilização musical, com sessões, oficinas, formações e exposições. Promove o desenvolvimento global, a inclusão e a reabilitação a partir de eco-instrumentos, do ritmo, do jogo e das literaturas de tradição oral.

Tambor falante é uma família de tambores bimembranofones em forma de ampulheta, tradicional da África Ocidental, utilizado para comunicar. O tocador coloca o tambor debaixo do braço e bate o instrumento com um pau ou um aro de ferro com uma bola na ponta.

A sua característica mais distintiva é a capacidade de imitar os tons e ritmos da fala humana. Esta habilidade única deriva da sua construção e da técnica de execução. Consiste num corpo cilíndrico de madeira com duas peles de couro presas em ambas as extremidades por um intrincado sistema de cordas de tensão. Estas cordas, geralmente feitas de couro ou tecido resistente, correm ao longo do corpo do tambor e são apertadas ou afrouxadas pelo executante ao pressioná-las com o braço ou uma vara curva enquanto percute as peles com uma baqueta curva.

Ao variar a tensão das cordas, o músico consegue alterar a altura do som produzido pelo tambor. Apertar as cordas eleva o tom, enquanto afrouxá-las o baixa. Através de uma manipulação habilidosa da tensão e da forma como percute as peles, um tocador experiente de tambor falante pode produzir uma vasta gama de sons que se assemelham aos padrões tonais das línguas africanas, permitindo a transmissão de mensagens, provérbios, poesia e até mesmo histórias inteiras.

Historicamente, os tambores falantes desempenharam um papel vital na comunicação inter-aldeias, servindo como um sistema de telégrafo sonoro. Em contextos musicais, adicionam uma camada rítmica e melódica complexa aos conjuntos, interagindo de forma expressiva com cantores e outros instrumentos. 

ETIQUETAS

  • Família dos tambores falantes
  • Bimembranofones
  • tambores tradicionais africanos
Tambor falante, em Português

Tambor falante, em Português