Instrumentos musicais de todo o continente africano

Sikó é um membranofone quadrangular percutido com par de baquetas. A caixa, feita de madeira é revestida na parte superior com pele de gazela ou cabra fixa por pregos. Originário da Guiné-Bissau (África Ocidental), é o instrumento crioulo por excelência, acompanhando o canto e a dança. É um instrumento popular ligado à música das “mandjuandades” (pessoas da mesma idade).

Asalato, também conhecido por kashaka, cas cas, kas kas ou aslatua, é um idiofone de agitação originário do Gana, na África Ocidental. É composto por um par de pequenas cabaças secas, cada uma contendo alguns grãos ou sementes, que são interligadas por um cordel de comprimento variável.

A sonoridade característica do asalato é produzida pela manipulação habilidosa das cabaças. O músico segura uma cabaça em cada mão e, através de movimentos rítmicos e coordenados, as faz colidir entre si e com a palma da mão, criando uma variedade de sons distintos. O chocalhar dos grãos no interior das cabaças adiciona uma textura sonora rica e complexa ao ritmo produzido.

Nos tempos contemporâneos, o asalato transcendeu as origens africanas e ganhou popularidade em todo o mundo. Músicos de diversos géneros musicais incorporaram o seu som único nas suas composições, explorando as suas possibilidades rítmicas e texturais. Além do seu uso musical, o asalato também se tornou um objeto de destreza manual e coordenação motora, sendo utilizado em algumas práticas lúdicas e terapêuticas. 

Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida. É um idiofone percutido de altura indefinida.

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Asalato, Gana

Asalato, Gana

Cas cas, o mesmo que kashaka ou aslatua, em África, é um idiofone de agitação constituído por um par de pequenas cabaças secas, ligadas por um cordel, com alguns grãos dentro.
Kashaka, o mesmo que cas cas ou aslatua, em África, é um idiofone de agitação constituído por um par de pequenas cabaças secas, ligadas por um cordel, com alguns grãos dentro, tradicional do Gana.
Situa-se no índice 11 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Os idiofones percutidos são postos em vibração por um golpe ou batida. É um idiofone percutido sem intenção melódica (é de altura indefinida).
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Karimba é um instrumento da categoria dos idiofones, tradicional de África, constituído por lamelas dispostas numa caixa de ressonância retangular e beliscadas com os dedos.

Mbira é um instrumento musical único da família dos lamelofones, tradicional do povo Shona do Zimbábue. Instrumento da família dos denominados “piano de polegar”, consiste numa placa de madeira (muitas vezes equipada com um ressonador) com lâminas de metal escalonadas presas. Estas lâminas, ou “teclas”, são tocadas segurando o instrumento nas mãos e dedilhando-as principalmente com os polegares, mas também com o indicador direito e, ocasionalmente, com o indicador esquerdo.

As teclas da mbira variam em comprimento, sendo as mais longas colocadas no centro, determinando o seu tom. Quanto mais curta a lâmina (ou lamela), mais agudo o som, e quanto mais longa, mais grave. As lâminas eram feitas de minério de ferro derretido, mas hoje em dia é comum utilizarem-se materiais reciclados como molas de colchões, raios de bicicleta ou outros objetos de metal.

A mbira é frequentemente colocada dentro de uma cabaça grande para amplificar o som, fixada com uma pequena vara. Adicionalmente, podem ser colocadas contas de metal, tampas de garrafa ou conchas na placa de som para criar um som de zumbido característico que enriquece a sonoridade do instrumento.

A mbira desempenha um papel cultural e espiritual significativo na sociedade Shona, sendo utilizada em cerimónias religiosas, celebrações e como forma de comunicação com os espíritos ancestrais.

O instrumento é um idiofone beliscado que se encontra no índice 12 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. As suas partes vibrantes são colocadas em vibração ao serem beliscadas ou dedilhadas.

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  • Lamelofones dedilhados
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Mbira, Zimbabwe

Mbira, Zimbabwe

Kalimba é um idiofone beliscado africano dotado de lâminas de metal presas numa ponta a uma caixa de ressonância de madeira. É originário do Zimbabwe, e semelhante ao “sansa” do Zaire. Há kalimbas soprano e contralto. É constituído por cerca de 22 a 28 placas metálicas sobre uma pequena caixa de madeira, tocadas com os dedos do executante. Também conhecido por mbira, é um instrumento muito importante na África sub-saariana.
O instrumento é um idiofone beliscado que se encontra no índice 12 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. As suas partes vibrantes são colocadas em vibração ao serem beliscadas ou dedilhadas.
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Amadinda, ou embairé, é um idiofone da família dos xilofones tradicional do Uganda.

Timbila é um idiofone de percussão direta com baquetas, um xilofone artesanal da África Ocidental constituído por placas de madeira ordenadas pelo seu comprimento com cabaças de ressonância por baixo. 

Semelhante à marimba angolana, este instrumento encontra-se também em Moçambique, e é conhecido em Moçambique por Timbila. “Trata-se um nome genérico atribuído a um conjunto específico de instrumentos musicais, da família do xilofone, executado e construído pela etnia Chope do sul de Moçambique.

Manuel Neto Matos Osório Nelo, Armando Assunção Soares, Paula Catarino, Etnomatemática da Marimba: instrumento etnográfico da provincia de Malanje em Angola, in Revista Latinoamericana de Etnomatemática (Universidad de Nariño) vol. 10, núm. 1, pp. 6-20, 2017.

Esta manifestação cultural ganhou, recentemente, certo destaque internacional devido à sua proclamação pela UNESCO, em novembro de 2005, como Obra-prima do Património Oral e Intangível da Humanidade. De referir que esta proclamação efetuada pela UNESCO enquadrou-se no âmbito da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Intangível, adotada pela entidade em outubro de 2003. Fundamentalmente, este instrumento de caráter supranacional, foi criado com o objetivo de preservar manifestações culturais ameaçadas de extinção pelo avanço da globalização e as transformações sociais decorrentes, em todo o mundo. Sobre a história e a importância da Timbila, o músico Matchume afirma que:

“A Timbila é um instrumento que faz parte da vida cotidiana de um certo povo que se chama Chope. Eu não conseguiria determinar quando a Timbila surgiu porque na verdade eu estaria mentindo. Eu nasci e já encontrei a Timbila, ela é um instrumento que varia de geração para geração, sendo que cada geração tem uma maneira de tocar e interpreta a Timbila, por exemplo, o meu avô toca de uma maneira e eu já tenho outro estilo, mas, nós não perdemos o estilo tradicional. Embora nós não presenciamos o estilo de antigamente tentamos sempre buscar o tradicional e evoluir com o instrumento. Como a Timbila agora que foi considerada Patrimônio Cultural da Humanidade é um sinal de que ela já não mais pertence somente ao povo Chope. Isto é muito bom para nós os Chopes porque podemos divulgar a nossa cultura com mistura de várias culturas do mundo.”

Timbila

Timbila

Tem diversos nomes conforme a região e o país: balafon, balo, kponimbo, madimba, kundu, marimba, valimba, endara, rongo, mbira, mutondo, mbila, balangui, akadinda, kalanba, ilimba, baza, dimba, madimba, dipela, elong, dzil. Com tambores, é utilizado em cerimónias e festas de aldeia.

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Shekere é um idiofone de fricção tradicional de África constituído por uma cabaça seca envolvida por uma rede de sementes ou pequenos búzios. No Gana tem o nome de lilolo e axatse; djabara, Guiné; ushàkà, chequere e saa saa na Libéria.
Situa-se no índice 13. do sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Nestes idiofones, o som produz-se por fricção ou raspagem.
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