A evolução dos instrumentos

Flauta pré-histórica alemã

A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DOS INSTRUMENTOS

Excerto de A Engenharia e a Música, Projeto FEUP 2013/2014 – Equipa 1M3_04, Diogo Antunes, Oleksandra Sidlovska, Rita Beco, Rui Costa, Tiago Rodrigues, Diogo Antunes, Oleksandra Sidlovska, Rita Beco, Rui Costa, Tiago Rodrigues

(…) A História dos instrumentos musicais de sopro começou há mais de 67 mil anos com a produção de som através de frutos secos ou de pedaços de plantas. Através de uma longa e rica evolução estes instrumentos chegaram até aos dias de hoje com variadíssimas formas e sonoridades, para as quais a engenharia teve um contributo muito significativo.

Quase todos os países têm um instrumento de sopro primitivo, no entanto são muito variadas as formas como eles evoluíram. Sabe-se, por exemplo, que os sul-americanos desenvolveram flautas de pã, enquanto os pastores de Zulu aumentaram a escala harmónica com instrumentos de uma nota apenas, através da vibração dos lábios.

Não obstante, ao mesmo tempo, instrumentos de sopro de diferentes civilizações como o Egipto, a China e a Samaria progrediram no mesmo sentido, criando aquela que é considerada uma das mais importantes etapas na História da música: a invenção dos orifícios na flauta. Estes foram progressivamente aumentando em número, o que permitiu aos músicos tocar uma maior variedade de notas (melódicas e harmónicas).

Posteriormente, surgiram constantes mudanças na flauta, mas as dedilhações destes instrumentos continuavam a ser difíceis. Este problema só viria a ser resolvido pela engenharia, séculos mais tarde.

Foi já no século XIX, no apogeu da música clássica, que compositores, instrumentistas e fabricantes de instrumentos confluíram numa verdadeira revolução musical. A par deste ambiente, a engenharia evoluía a um ritmo extraordinário, aplicando também as suas inovações no campo da música.

Foi em particular o alemão Boehm que virou uma página na História dos instrumentos de sopro de madeira. Defendendo que era necessário um orifício para cada nota da escala cromática, dimensionou orifícios posicionados de acordo com seus princípios acústicos e não pela conveniência do dedilhado.

Para conseguir controlar os orifícios distantes, criou o sistema mecânico Boehm, com chaves (peças metálicas em forma de anel que tapariam os orifícios). Esta inovação teve um enorme êxito, tendo sido aplicados sistemas semelhantes a outros instrumentos, como o clarinete e o saxofone. (…)

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