Satara, Paquistão

Satara, Paquistão

Satara é um instrumento de sopro tradicional do Paquistão, conhecido por diversos nomes regionais como jorhi, pawa jorhi, do nali, donal, giraw, ou nagoze. A sua característica distintiva reside na sua construção com duas flautas paralelas, unidas entre si. Esta configuração permite uma execução musical única, onde uma das flautas é utilizada para tocar a melodia principal, enquanto a outra emite um bordão constante, criando uma textura sonora rica e envolvente.

As duas flautas do Satara são geralmente feitas de madeira ou bambu, com comprimentos e diâmetros que podem variar ligeiramente, influenciando a sua afinação e timbre. A flauta melódica possui uma série de orifícios para os dedos, permitindo ao músico produzir diferentes notas ao abrir e fechar estas aberturas. A flauta de bordão, por outro lado, possui menos orifícios ou nenhum, sendo afinada para uma nota fundamental que serve de acompanhamento contínuo à melodia.

A técnica de execução do Satara exige coordenação e habilidade do músico, que sopra simultaneamente nas duas flautas através de uma embocadura comum ou separada. Os dedos são utilizados para manipular os orifícios da flauta melódica, enquanto a flauta de bordão fornece uma base harmónica constante, semelhante ao efeito de um drone em outros instrumentos como a gaita de foles.

O Satara desempenha um papel importante na música folclórica do Paquistão, sendo frequentemente utilizado em apresentações rurais, celebrações e festivais. A sua sonoridade característica, com a melodia a destacar-se sobre o fundo constante do bordão, evoca a paisagem e as tradições musicais da região. Apesar da sua simplicidade construtiva, o Satara é capaz de produzir melodias expressivas e ritmos cativantes, mantendo viva uma rica herança musical.

ETIQUETAS

  • Instrumentos musicais do Paquistão
  • Instrumentos de sopro de aresta
  • Instrumentos começados por s
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